Banco Mundial/FMI : o apoio às ditaduras. A conspiração para derrubar Dilma

por Eric Toussaint

Gianfranco Uber
Gianfranco Uber

Após a Segunda Guerra Mundial, numa zona cada vez maior do Terceiro Mundo, as políticas implementadas viram as costas às antigas potências coloniais. Essa orientação esbarra contra a oposição firme dos governos dos grandes países capitalistas industrializados, que exercem uma influência determinante sobre o Banco Mundial e sobre o FMI. Os projetos do Banco possuem uma vertente política acentuada: refrear o desenvolvimento de movimentos que ponham em causa o poder das grandes potências capitalistas. A proibição de apresentar justificações “políticas” e “não económicas” nas operações do Banco (uma das mais importantes cláusulas dos seus estatutos) é sistematicamente contornada. A parcialidade política das instituições de Bretton Woods é demonstrada pelo apoio financeiro dado, em especial, às ditaduras que assolaram o Chile, o Brasil, a Nicarágua, o Congo-Kinshasa e a Roménia.

Para implementar essa política, o Banco Mundial e o FMI adotam uma tática generalizada: tornam-se mais flexíveis em relação aos governos de direita (menos exigentes em termos de políticas de austeridade antipopulares), que se confrontam com uma forte oposição de esquerda, do que em relação aos governos de esquerda, que se confrontam com uma forte oposição de direita. Concretamente, isso significa que essas instituições pretendem dificultar a vida aos governos de esquerda, confrontados com uma oposição de direita, de modo a enfraquecê-los e a favorecerem a ascensão da direita ao poder. [É a política ora adotada para derrubar Dilma Rousseff].

Segundo a mesma lógica, serão menos exigentes com os governos de direita, que se confrontam com oposições de esquerda, de modo a evitarem enfraquecê-los e impedindo a esquerda de ascender ao poder. A ortodoxia monetarista possui uma geometria variável: as variações dependem muito de fatores políticos e geoestratégicos.

Alguns casos concretos – o Chile, o Brasil, a Nicarágua, o Zaire e a Roménia – ilustram o que ficou dito: trata-se, em simultâneo, de escolhas do Banco e do FMI, porque essas escolhas são determinadas, grosso modo, pelas mesmas considerações e são submetidas às mesmas influências.

O FMI e o Banco Mundial não hesitam em apoiar as ditaduras, quando (tal como outras grandes potências capitalistas) acham oportuno. Os autores do Relatório Mundial sobre o Desenvolvimento Humano, realizado pelo PNUD (edição de 1994), afirmam claramente isso: “De facto, a ajuda dada pelos Estados Unidos, durante os anos oitenta, é inversamente proporcional ao respeito pelos direitos humanos. Os doadores multilaterais também não parecem muito incomodados com tais justificações. Parecem, de facto, preferir os regimes autoritários, aceitando sem pestanejar que esses regimes favorecem a estabilidade política e gerem melhor a economia.

O regime democrático do presidente João Goulart foi deposto pelos militares em abril de 1964. Os empréstimos do Banco e do FMI, que tinham sido suspensos durante três anos, são retomados pouco tempo depois. |9|
Resumo sucinto dos acontecimentos: em 1958, o presidente brasileiro Kubitschek entra em negociações com o FMI para receber um empréstimo de 300 milhões de dólares por parte dos Estados Unidos. Finalmente, Kubitschek recusa as condições impostas pelo FMI e dispensa o empréstimo. Isto vale-lhe grande popularidade.

O seu sucessor, João Goulart, anuncia que vai pôr em prática uma reforma agrária radical e proceder à nacionalização das refinarias de petróleo: é derrubado pelos militares. No dia seguinte ao golpe, os Estados Unidos reconhecem o novo regime militar. Algum tempo depois, o Banco e o FMI retomam a política de empréstimos suspensa. Por seu lado, os militares anulam as medidas económicas criticadas pelos Estados Unidos e pelo FMI. Note-se que as instituições financeiras internacionais consideram que o regime militar adota medidas económicas saudáveis (sound economic measures). |10| No entanto, o PIB cai 7% em 1965, e milhares de empresas vão à falência. O regime organiza uma forte repressão; proíbe as greves; provoca uma forte queda dos salários reais; suprime as eleições por sufrágio universal; decreta a dissolução dos sindicatos e recorre regularmente à tortura.

Desde a primeira viagem efetuada em 1968, McNamara visita com regularidade o Brasil, encontrando-se sempre com os governantes militares. Os relatórios públicos do Banco saúdam de forma sistemática a política da ditadura no que se refere à redução de desigualdades |11|, apesar de, internamente, as discussões poderem azedar. Quando o subdiretor do Departamento de Projetos, Bernard Chadenet, declara que a imagem do Banco vai degradar-se após ser dado apoio ao governo repressivo do Brasil, McNamara reconhece que há uma repressão muito forte (“um tremendo esforço repressivo”). Mas acrescenta que “não é necessariamente muito diferente do que tinha ocorrido em governos anteriores e que não parecia ser muito pior do que noutros países membros do Banco. O Brasil será pior do que a Tailândia?”. |12| Alguns dias mais tarde, McNamara prosseguia: “Não parece haver uma alternativa viável ao governo dos generais” Kap. |13|. O Banco Mundial compreende bem que as desigualdades não diminuem e que os seus empréstimos para a agricultura fortalecem os grandes proprietários. Decide, entretanto, prosseguir com os empréstimos, porque o que pretende realmente é manter o governo sob sua influência. Contudo, a esse nível, enfrenta um óbvio fracasso: os militares dão mostras de uma profunda desconfiança face à vontade de o Banco aumentar a sua influência. Finalmente, em finais dos anos setenta, beneficiam de uma profusão de empréstimos concedidos por banqueiros privados internacionais, a taxas de juros inferiores às do Banco. Transcrevi trechos. Leia mais e entenda o perigo do Brasil ter como ministro da Fazenda um ex-agente do FMI

O espírito golpista dos ricos contra os pobres

Vladimir Kazanevsky
Vladimir Kazanevsky
Olha o Velhinho

por Luís Fernando Veríssimo

Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres. O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar. Economistas liberais recomeçaram a pregar abertura comercial absoluta e a dizer que os empresários brasileiros são incompetentes e superprotegidos, quando a verdade é que têm uma desvantagem competitiva enorme. O país precisa de um novo pacto, reunindo empresários, trabalhadores e setores da baixa classe média, contra os rentistas, o setor financeiro e interesses estrangeiros. Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente. Não é preocupação ou medo. É ódio. Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou. Continuou defendendo os pobres contra os ricos. O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres. Não deu à classe rica, aos rentistas. Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força. Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita. Dilma chamou o Joaquim Levy por uma questão de sobrevivência. Ela tinha perdido o apoio na sociedade, formada por quem tem o poder. A divisão que ocorreu nos dois últimos anos foi violenta. Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho. E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo.

Nada do que está escrito no parágrafo anterior foi dito por um petista renitente ou por um radical de esquerda. São trechos de uma entrevista dada à “Folha de São Paulo” pelo economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que, a não ser que tenha levado uma vida secreta todos estes anos, não é exatamente um carbonário. Para quem não se lembra, Bresser Pereira foi ministro do Sarney e do Fernando Henrique. A entrevista à “Folha” foi dada por ocasião do lançamento do seu novo livro “A construção politica do Brasil” e suas opiniões, mesmo partindo de um tucano, não chegam a surpreender: ele foi sempre um desenvolvimentista nacionalista neokeynesiano. Mas confesso que até eu, que, como o Antônio Prata, sou meio intelectual, meio de esquerda, me senti, lendo o que ele disse sobre a luta de classes mal abafada que se trava no Brasil e o ódio ao PT que impele o golpismo, um pouco como se visse meu avô dançando seminu no meio do salão — um misto de choque (“Olha o velhinho!”) e de terna admiração. Às vezes, as melhores definições de onde nós estamos e do que está nos acontecendo vem de onde menos se espera.

Outro trecho da entrevista: “Os brasileiros se revelam incapazes de formular uma visão de desenvolvimento crítica do imperialismo, crítica do processo de entrega de boa parte do nosso excedente a estrangeiros. Tudo vai para o consumo. É o paraíso da não nação.”

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Direita quer Banco Central manipulado pelos banqueiros

FMI brasil

O FMI, o imperialismo, os banqueiros, os partidos de direita volver estão tramando o fim de Dilma Rousseff, que vai perdendo poderes presidencialistas para a ditadura parlamentarista de Eduardo Cunha, e para os direitistas Joaquim Levy e Tombini, que assumiram a política econômica do governo, e defendem as mesmas idéias de Marina Silva, de Aécio Neves, propostas na campanha eleitoral.

Joaquim Levy foi chefe do tesouro do governo de Fernando Henrique, e secretário da fazenda do governador Sérgio Cabral Filho, quando pagava os contratos da Delta. Levy cuidou do dinheiro de dois governos corruptos, e dos serviços terceirizados do Bradesco, com milhares de trabalhadores escravizados na Contax.

Os dois comandantes da economia do governo de Dilma rezam na cartilha do FMI. São homens da máxima confiança dos banqueiros. Tombini, entre 2001 e 2005, foi um simplório assessor sênior da Diretoria Executiva no escritório da representação brasileira do Fundo Monetário Internacional.

Nesta terça-feira (26), na Câmara dos Deputados, Alexandre Tombini defendeu as propostas conservadoras de Marina e Aécio para o Banco Central, que se opõem à política econômica do PT que defende total independência do Banco Central.

Em linhas gerais, na campanha presidencial, e neste começo do segundo governo de Dilma, o que está em disputa é o conceito geral de como cuidar da economia e, de certa forma, dos rumos da nação: de um lado estão os que defendem a intervenção mínima do governo. Para estes, o mercado pode se autorregular, e um BC totalmente independente é parte do pacote. Do outro lado estão os que defendem alguma intervenção do governo na economia, de forma a garantir que o Poder Executivo eleito pela maioria da população (e não o mercado) seja a voz mais forte na definição das prioridades da economia nacional. “O assunto pode soar arenoso ou parecer mera discussão técnica. Mas não se engane: o regime do Banco Central pode influenciar diretamente no dia a dia de sua família”, in Carta Capital.

Tombini: O BC não opera um dia sem autonomia.

Estadão – “BC não consegue operar um dia sem autonomia operacional”, disse Tombini. Perguntado sobre projeto que tramita no Congresso sobre o tema, o presidente declarou também que, se a casa não tivesse autonomia, ele não estaria presidindo-a. “Não estaria a frente do BC se não tivesse autonomia”, disse.

Ele fez questão de diferenciar autonomia operacional de independência do BC e autonomia de juris, pela lei. Sobre o projeto que tramita na casa, Tombini afirmou que “o parlamento é quem melhor dirá” sobre o assunto. O tema ganhou muito destaque na campanha presidencial do ano passado.

Na audiência, Tombini voltou a dizer que a missão do Banco Central é levar a inflação para o centro da meta, de 4,5% ao ano até o fim de 2016. Ele ressaltou que o Brasil cresceu 20% desde 2008 e saiu rapidamente da crise. “Precisamos agora reequilibrar a questão dos fluxos fiscais. É muito importante para retomar a confiança e as bases para a retomada do crescimento”, afirmou.

Tombini disse ainda que o BC tem dado “uma grande atenção” ao sistema cooperativista de crédito e ressaltou que o número de cooperativistas tem crescido.

O presidente do Banco Central disse que, apesar das limitações do atual cenário econômico, a área de fiscalização é prioritária. A afirmação vem em meio a operações de investigação de casos que envolvem a lavagem de dinheiro, como a Zelotes e a Lava Jato.

“Em relação aos recursos humanos, estamos de fato com 4 mil funcionários no Banco Central e também somos supervisores e reguladores do sistema”, disse. “Neste período de escassez, onde todo o governo, as autarquias, as agências reguladoras estão sofrendo o impacto da restrição orçamentária, estamos trabalhando para preservar ao máximo as atividades”, ressaltou.

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O conservador Joaquim Levy ministro do FMI e a vitória da esquerda na Espanha

Luscar
Luscar

Na nova Europa que começa a surgir das urnas na Grécia, na Espanha, não existe vitória para os partidos de direita – o Solidariedade de Paulinho da Força (Central) Sindical, o PMDB de Cunha, o PSDB de Aécio, o DEM de Ronaldo Caiado que votam o emprego terceirizado, precário, e a aposentadoria depois dos 75 anos proposta pela reacionário senador José Serra.

Nem governos entreguistas das privatizações à Fernando Henrique. Nem vitória para ministros que cortam as verbas dos serviços essenciais, os serviçais de banqueiros tipo Joaquim Levy, que reza na cartilha do FMI.

La “indignada” de Barcelona

“O povo venceu aqui, e não um monte de siglas”, disse Ada Colau perante simpatizantes, em referência às siglas tradicionais espanholas.

Colau ocupará a prefeitura de Barcelona depois de derrotar Xavier Trias, atual prefeito da segunda maior cidade do país.

Em coletiva, Colau afirmou que pretende suspender os despejos dos espanhóis que não conseguem pagar seus aluguéis ou hipotecas e que exigirá que os bancos disponibilizem ao público as milhares de moradias vagas que têm em sua posse.

Entre suas promessas estão investir na geração de empregos, reduzir “privilégios” e salários de autoridades e revisar projetos de privatizações.

Ada Colau
Ada Colau

Colau, activista de la Plataforma de Afectados por las Hipotecas, anunció que terminará con los desalojos y los cortes de luz y de agua que golpean a los sectores más necesitados. Sus rivales la tachan de populista y radical.

La gran ganadora de la izquierda española y la futura intendenta de Barcelona, Ada Colau, anunció ayer que no bien asuma el cargo terminará con los desalojos y los cortes energéticos y de agua que golpean a los sectores más necesitados, promesas que sus aliados de Podemos impulsan para el resto del país.

“Ahora la ciudad de Barcelona es injusta, hay ciudadanos de primera y de segunda. Nosotros aprobaremos un plan de choque de 30 medidas, entre las que se incluye acabar con los desahucios (desalojos), con la pobreza energética, generar trabajo de calidad y luchar contra la corrupción”, prometió Colau, la dirigente social que se convertirá en la primera intendenta “indignada” de Barcelona.

Avalada por su activismo en contra de los desahucios (desalojos), Colau fue escogida para liderar la candidatura Barcelona en Comú, una amalgama de varios partidos de izquierda nacidos al calor de las protestas de los Indignados, como Podemos.

Tachada de populista, inexperta y radical por sus rivales, esta mujer de 41 años consiguió un 25,21 por ciento de los sufragios y 11 concejales para hacerse con el ayuntamiento de la segunda ciudad más poblada de España, con 1,6 millón de habitantes. Colau superó al actual alcalde conservador nacionalista Xavier Trias, que obtuvo diez ediles.

“Es una noche increíble, impensable hace un año. Gracias por demostrar que la gente de abajo, de los barrios populares, nos podemos organizar y podemos ganar”, dijo tras su victoria.

De facciones redondeadas y pelo corto y ondulado, su rostro no era anónimo. Su liderazgo de la PAH (Plataforma de Afectados por las Hipotecas), una organización contra los desahucios de familias que no podían pagar la hipoteca, ya la habían convertido en una heroína entre los más afectados por la crisis. Y sus primeras medidas de gobierno deberían ser para ellos: paralizar los desahucios en la ciudad, ceder pisos vacíos a alquileres sociales, forzar a las compañías a reducir las tarifas del agua, la luz o el gas o introducir una renta de 600 euros para las familias en riesgo de pobreza.

Durante la campaña, recorrió a fondo las zonas más empobrecidas de esta turística ciudad mediterránea que esconde grandes diferencias entre los barrios ricos y pobres, agravadas por la crisis.

Sin pasado político ni militancia en ningún partido, Colau quiere acabar con los “privilegios” de los dirigentes. Así, se bajará el sueldo a 2200 euros mensuales –contra 143.000 anuales del actual alcalde nacionalista conservador Xavier Trias–, reducirá los coches oficiales y limitará los mandatos a dos legislaturas.

Se mueve en transporte público, viste camiseta y jeans. Además, vive en casa de alquiler con su compañero, también activista, y su hijo Luca, de cuatro años, que con poco más de un año ya sabía decir “sí, se puede”, uno de los lemas de los Indignados inspirado en el “Yes, we can” de Barack Obama.

Estudiante de Filosofía, dejó la carrera cuando estaba a punto de terminarla para ayudar económicamente a su familia. Sus inicios fueron precarios: encuestadora, azafata, profesora particular hasta 2007, cuando entró en un centro de estudios económicos y sociales.

“El sueldo más alto que he tenido ha sido de 1500 euros”, dijo recientemente. Cuarta hija de un diseñador gráfico y una comerciante, separados después, Colau nació el 3 de marzo de 1974 en Barcelona, pocas horas antes de que fuera ejecutado el último reo de la dictadura de Francisco Franco (1939-1975), un conocido anarquista catalán.

“Mi madre me lo recuerda cumpleaños tras cumpleaños y eso marcó mi compromiso con la lucha por el cambio social”, dice ella. De su mano asistió a su primera manifestación con sólo cinco años, un hábito del que ya no se desprendería.

Participó en sindicatos estudiantiles, movimientos antiglobalización, protestas en contra de la guerra de Irak y, sobre todo, asociaciones para reivindicar el derecho a la vivienda. Su trabajo desde la PAH, denunciando los excesos del sector bancario “en connivencia” con la clase política y frenando más de mil desahucios, le valió una agria animadversión del gobernante Partido Popular, que la calificó incluso de “terrorista”, pero también le consiguió el Premio Ciudadano Europeo 2013 del Parlamento Europeo.

Ahora entrará en las esferas del poder que tanto había criticado. Asegura que lo hace con la intención de convertir Barcelona en “la punta de lanza de un cambio democrático en España y el sur de Europa”.

Joaquim Levy, o bom ministro de Marina e Aécio

A Velha Economia, por Faruk Soyarat
A Velha Economia, por Faruk Soyarat

Joaquim Levy seria um excelente ministro da Fazenda de Marina Silva, de Aécio Neves. Não difere em nada de André Lara Resende, Eduardo Giannetti da Fonseca, Walter Feldman, Marcos Lisboa, Bernard Appy, Eduardo Loyo, Tiago Cavalcanti, Neca Setubal, que executariam a política do PSB; de um Armínio Fraga, José Roberto Mendonça de Barro, Mansueto Almeida, Samuel Pessoa, que promoveriam a política econômica de um governo do PSDB.

Toda uma elite ligada aos banqueiros, na sua maioria, ex-empregados de bancos ou empresas estrangeiras. Os nomeados e festejados cérebros da economia brasileira jamais defenderiam programas sociais que beneficiassem os sem terra, os sem teto, os sem nada. A cartilha deles é única: a do FMI.

São inimigos do BRICs, da União dos Países da América do Sul, que classificam de chavismo, quando o bolivarismo constituía um sonho do próprio Símon Bolívar. Por defender esta união, foi assassinado.

Todos os governos que apóiam o Unasul, o Mercosul, o Banco Central da América do Sul, estão sob o fogo de uma campanha antinacionalista e antidemocrática de desestabilização.

Campanha financiada por especuladores tipo George Soros, um maldito pirata que está por trás de todas as guerras e golpes nas Américas, África, Ásia e Europa.

Um elite econômica que jamais defenderia os direitos dos trabalhadores, como a estabilidade no emprego, cassada pelo ditador Castelo Branco.

Dessa gente só dá para esperar leis que escravizam. A terceirização jamais foi condenada pelos economistas do PT, que presidem os bancos estatais e executam os projetos econômicos.

Não esquecer que Levi foi chefe do Tesouro do governo Fernando Henrique.

A Nova Política Econômica do PT
A Nova Política Econômica do PT

Ajuste, o tiro de trabuco de Dilma no pobre povo brasileiro

proxy troika

 

O ajuste fiscal anunciado pela equipe econômica do governo é uma “necessidade absoluta” afirmou, nesta segunda-feira, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, em um evento do banco em São Paulo.

Disse mais na sua ordenação: “O ajuste é necessidade absoluta, não existe plano B nem plano C”.

O todo poderoso não oferece alternativa. Tem que ser do jeito do Trabuco.

É a troika do Bradesco – prometida pelo Itaú de Marina Silva – e do banqueiro Armínio Fraga ministro da Fazenda de Aécio.

Dilma ameaça realizar um governo dos candidatos a presidente que ela derrotou.

Cortes, ajuste fiscal, estado mínimo são velhas palavras de ordem da cartilha do FMI e dos governos direitistas hoje odiados pelos europeus em crise.

Austeridade é atraso.

Austeridade é desemprego.

É arrocho. É fome. É tortura. É despejo. É cortar verbas dos serviços essenciais. É o Joaquim Levy da Contax. Chefe do Tesouro de FHC.

Vale para Espanha. Vale para o novo Brasil do trabuco. A mesma convicção monarquista
Vale para Espanha. Vale para o novo Brasil do trabuco. A mesma convicção monarquista

Que acha Levy do projeto da terceirização que Eduardo Cunha pretende aprovar?

Quem nomeou Levy primeiro ministro de Dilma e do PT?

“Ajuste fiscal é necessidade absoluta”, ordena Luiz Carlos Trabuco Cappi, ex-patrão de Levy.

É isso aí: trabuco no povo!

Que Dilma se cuide! para não ficar conhecida como a presidente do trabuco, que atira no povo já ferido de morte.

banco banqueiro FMI troika

Trabuco
Trabuco

Levy, ministro trapalhão do Bradesco, ataca política econômica de Dilma

Kacio
Kacio

 

 

 

Marina Silva fosse presidente teria nomeado um ministro do Itaú. Aécio Neves, um ex-empregado do especulador George Soros.

Outro costume colonial a obrigação do ministro da Fazenda falar inglês. Basta lembrar que a imprensa elitista do Sul pediu a cabeça de Gustavo Krause, ministro de Itamar Franco, alegando que ele não sabia a língua falada nos Estados Unidos. Foi assim que Fernando Henrique virou ministro.

Outro costume de quintal: O ministro articular, dialogar, papear em língua estrangeira. Exigência que jamais humilhará um ministro das potências que possuem armamento nuclear, ou país que o governo possui uma política cívica, patriótica e nacionalista. Idêntico ao comportamento servil de tirar os sapatos, para passar pela polícia do aeroporto do Tio Sam. Como aconteceu com ministros no governo entreguista de FHC.

Eis que se deu de Joaquim Levy – ex-secretário da Fazenda dos negócios de Sérgio Cabral, ex-diretor do Tesouro do governo Fernando Henrique, ex-diretor de ativos do Banco Bradesco (Bradesco Asset Management) – pronunciar uma palestra em inglês, na última terça-feira, em São Paulo, a ex-alunos da escola de negócios da Universidade de Chicago (EUA).

Esse foi o segundo pito de Levy em Dilma. Informa o Jornal do Brasil:

No encontro, Levy disse que a presidente Dilma Rousseff nem sempre faz as coisas da maneira mais fácil e efetiva, embora tenha um desejo genuíno de acertar. De acordo com a Folha, a fala do ministro foi uma crítica à “pessoa” da presidente. O áudio original da fala de Levy foi disponibilizado no site do jornal na tarde de sábado.

Na nota divulgada na noite deste sábado, a assessoria do ministro diz: “O ministro sublinha os elementos dessa fala que são os seguintes: aqueles que têm a honra de encontrarem-se ministros sabem que a orientação da política do governo é genuína, reconhecem que o cumprimento de seus deveres exige ações difíceis, inclusive da Exma. Sra. Presidente, Dilma Rousseff, e eles têm a humildade de reconhecer que nem todas as medidas tomadas têm a efetividade esperada”, afirmou a nota, que destaca não ser oficial.

“Isto não é uma nota oficial, mas uma manifestação pessoal do ministro em face de uma matéria online que comenta a fala do ministro em uma conversa informal com membros do setor financeiro em que ele procurou transmitir os pontos principais do ajuste econômico em face da evolução economia global e da exigência de crescimento no Brasil, e a importância de se executá-lo rapidamente”, diz o texto.

duke levy economia dilma

Armínio Fraga sempre defendeu arrocho para o povo, e o dinheiro dele correndo solto no paraíso

O banqueiro Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, ex-empregado de George Soros maior acionista particular da Petrobras, e nomeado por Aécio Neves, antes da contagem dos votos nas urnas, ministro da Fazenda, quer um arrocho daqueles do povo botar a língua pra fora.

No lugar de Fraga, o ministro hoje é Joaquim. Os dois trabalharam juntos com FHC… Armínio tem que explicar, para Joaquim, como mandou um ônibus de dinheiro, pelo HSBC, para o paraíso… Coisa de anjo. O diabo seria se fosse explicar a origem do dinheiro…

Fraga deixou de ser brasileiro?  Como prova de que possui dupla nacionalidade – não sei qual está valendo – ele está sendo investigado pelo FBI.

Se o Brasil quer acabar com a corrupção, que fique proibido que um dupla nacionalidade exerça cargo do primeiro escalão do Executivo. Estou falando de quem renunciou a nacionalidade brasileira, para jurar fidelidade a uma outra Constituição.

O Brasil precisa de gente que ame o Brasil, mesmo que tenha nascido noutro país. O Brasil deve sua independência à imperatriz Maria Leopoldina de Áustria; e a Cidade do Rio de Janeiro, a preservação do verde, do que resta da Floresta Atlântica.

Em verdade, uma pessoa não possui dupla nacionalidade. E sim uma. Renuncia uma nacionalidade para assumir outra. Nos Estados Unidos participa de uma solenidade de juramento à Constituição e à Bandeira.

 

Tucano Armínio Fraga diz que medidas são “insuficientes para arrochar”

 

Manchete dos arrochados tempos de Fernando Henrique presidente e Armínio Fraga no Banco Central
Manchete dos arrochados tempos de Fernando Henrique presidente e Armínio Fraga no Banco Central

Enquanto a oposição tucana por meio da mídia golpista afirma que o governo comete “estelionato eleitoral” por conta das medidas econômicas, o guru econômico dos tucanos, Armínio Fraga, disse que a meta de superavit primário de 1,2%, estabelecida pelo governo, é “insuficiente para o arrocho” que considera necessário para para interromper o aumento da dívida bruta.

Fraga foi ex-presidente do Banco Central no governo FHC e deixou o governo com inflação em 12,5%, quase quatro vezes a meta determinada pelo próprio PSDB e juros na marca de 45%, beneficiando somente aqueles que especulavam, enquanto o desemprego e o arrocho de salários sacrificavam a vida dos trabalhadores.

Em entrevista ao Valor Econômico, ele afirmou que é necessário um “esforço superior a 3%”. “A continuar nesse passo, a dívida chegará a 100% do PIB em quatro anos ou cinco anos”, defendeu ele, dizendo que o governo deve cuidar do lado qualitativo do ajuste.

Salários subiram muito

Armínio Fraga

Durante a campanha no ano passado, Fraga chegou a afirmar que salários no Brasil subiram “muito” e saiu em defesa da política tucana, afirmando que as reformas feitas por FHC promoveram “ganhos sociais”, sem citar quais.

Fraga disse também que, como ministro da Fazenda dos tucanos, iria continuar com os programas sociais, mas “pretendemos também eliminar ao longo do tempo a parte injustificada das medidas de proteção, subsídio e desoneração voltadas às empresas”. Na época ele chamou as medidas de desoneração do governo Dilma, que mantiveram os empregos e reduziram os impactos da crise internacional, de “bolsa empresário”.

Fonte: Portal Vermelho

 

Fundo de Investimento do tucano Armínio Fraga na mira do FBI

 

HSBC aécio cpi

Armínio Fraga tem um fundo intitulado Armínio Fraga Neto Fundação Gávea. Pois este fundo é investigado nos Estados Unidos por ter feito a transferência de US$ 4,4 milhões de uma conta nas Ilhas Cayman para outra do HSBC na Suíça. Quem passou a informação ao R7 foi uma fonte do FBI, a polícia federal norte-americana.

Os documentos mostram, ainda, que para tentar evitar a tributação de impostos, Armínio Fraga teria declarado que o fundo era filantrópico, isto é, isento de tributos.

Armínio Fraga disse, ao R7, que a investigação nos EUA é “100% ficção”, mas admitiu que o fundo existiu. Declarou ele ao portal que investiu nesse fundo “há sete ou oito anos, mas tudo dentro da legalidade”. Segundo ele, todas as suas contas, de sua família e da Gávea Investimentos são “declaradas perante as autoridades competentes, brasileiras e americanas”. Ainda sobre a acusação, Fraga diz que “não houve esta transferência mencionada, houve sim um investimento regular e documentado”. E finalizou afirmando não ter notícia de qualquer investigação “sobre o tema”.

Fraga tem dupla cidadania, é brasileiro e norte-americano.

As autoridades americanas chegaram ao fundo nas investigações do Swissleaks, passando pente fino em contas do HSBC da Suíça. A lista foi vazada por um ex-funcionário do banco.

No caso da apuração do FBI, Armínio teria uma conta de compensação, conhecida como ‘conta-ônibus’, que só serve para transportar dinheiro, já que por ela não é possível fazer investimentos.

Os documentos de posse das autoridades norte-americanas mostram que antes de ser depositado no HSBC, o dinheiro passou por outra conta no Credit Bank da Suíça, supostamente para fugir do rastreamento. Depois de enviado à Suíça, mostram as investigações que o dinheiro teria volta para uma conta no America Bank de Nova York.

Os investigadores pediram quebra de sigilo do fundo.

Swissleaks

O vazamento do HSBC, conhecido por Swissleaks, tem mais de 8 mil brasileiros citados. Os detalhes de contas de mas de 100 mil clientes do banco HSBC na Suíça foram disponibilizados em fevereiro e contemplam cerca de 60 mil documentos mostrando movimentações nas contas entre 1988 e 2007, totalizando mais de US$ 100 bilhões. Na lista constam 8.667 brasileiros que depositaram US$ 7 bilhões apenas entre 2006 e 2007.

As informações foram cedidas ao jornal francês Le Monde pelo ex-funcionário do HSBC em Genebra, Herve Falciani. O jornal francês compartilhou os dados com mais de 140 jornalistas de 54 países do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos) que comanda desde então a análise e divulgação do Swissleaks.

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, determinou que a Polícia Federal apure possíveis crimes relacionados às movimentações nas contas dos brasileiros. A Receita Federal já conduz uma investigação em busca de indícios de evasão de divisas, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

Apurar ou investigar?

Por que não avança a CPI do HSBC?

 

Fonte: Jornal GGN com informações do R7 e Portal Vermelho

Bloqueio de estradas pelos bilionários proprietários de frota de caminhões é democracia. Pelos sem teto é terrorismo e baderna e caos no trânsito

Greve dos caminhoneiros no Paraná
Greve dos caminhoneiros no Paraná
Bahia
Bahia

O país tem 3,2 milhões de caminhões, dos quais mais da metade pertencem a grandes empresários, um monopólio comandado por umas cinco pessoas imensamente ricas e poderosas.

Para dimensionar o poder desses empresários, deles dependem o abastecimento de 60 por cento dos alimentos consumidos no Brasil.

Uma greve de cinco bilionários pode criar um clima de revolta popular, e de desestabilização do governo. Aconteceu em todos os golpes do Cone Sul. A mesma estratégia está sendo realizada hoje na Venezuela.

No Brasil, o próprio governo é responsável por tal abuso de poder. Segundo dados do BNDES, o programa Procaminhoneiro financiou quase 70 mil veículos, com subsídios do Tesouro. Não é nada, não é nada. Representou, desde 2007,  um investimento de 11,7 bilhões.

“Essas operações são uma fração dos finaciamentos e se concentram nas grandes empresas”, informa a Folha de S. Paulo, reportagem de Dimmi Amora.

 

Publiquei vários artigos que tratam do perigo que representa para a democracia esse poder dos frotistas. Em recente reportagem, Carta Maior historia:

A expressão ‘greve de caminhoneiro’ condensa um clássico latino-americano. No Chile de Allende, a paralisação nacional dos caminhoneiros, em outubro de 1972, insuflada pelos proprietários de frotas que seccionaram o país e causaram grave e longo desabastecimento, foi um divisor de águas na escalada golpista.

A greve, que segundo historiadores, foi sustentada por dinheiro do Departamento de Estado norte-americano, inaugurou o capitulo ‘faça-se o caos’.

E foi o que se fez. O resto é sabido: ele culminaria com o bombardeio do La Moneda, 11 meses depois.

A recente greve dos caminhoneiros no Brasil sugestivamente iniciada no Paraná do juiz Moro e do tucano Beto Richa, não acontece com o pano de fundo de um embate de vida ou morte da burguesia contra um governo progressista.

Há distintas motivações a fermenta-la, sendo o reajuste nos preços do diesel uma delas. Leis trabalhistas que contrariam os interesses dos donos de frota, outra.

Mas a sua ordenação política, as palavras de ordem e o tratamento obsequioso da mídia – a mesma que antes exigia o realismo tarifário e o fim dos subsídios da Petrobras – borbulha uma cumplicidade sugestiva com os paladinos da moral, do impeachment e do desmonte da Petrobras para rifar o pré-sal.

O conjunto evidencia o subtexto de uma convergência que não pode mais ser ignorada pelo governo.

Acumulam-se sinais – alguns ostensivamente desrespeitosos, como os da elite que destratou o ex-ministro Mantega, no Hospital Albert Einstein, dia 19, onde a esposa se trata de um câncer, aos gritos ‘vai para o SUS’ – de que setores crescentes do conservadorismo resolveram aqui também desencadear o capítulo ‘Faça-se o caos; semeie-se a guerra’.

A meta nada dissimulada foi convergir distintas iniciativas para o grande dreno das correntezas golpistas em 15 de março último, no ato golpista pró impeachment de Dilma.

 

Movimentos bloqueiam estradas em protesto por moradia digna

 

São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Ceará
Ceará

Paraná

 

por Vitor Abdala,  da Agência Brasil Edição
Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fizeram na manhã de hoje (18) um protesto na Rodovia Niterói-Manilha (BR-101), em Niterói, no Grande Rio. Eles atearam fogo em uma barricada de pneus e fecharam a pista no sentido Ponte Rio-Niterói.

O protesto faz parte do Dia Nacional de Lutas, que está acontecendo em 13 estados. O MTST e movimentos da Frente de Resistência Urbana querem o lançamento imediato do Programa Minha Casa, Minha Vida 3 e o recuo no ajuste fiscal do governo federal.

Segundo a concessionária Autopista Fluminense, que administra a via, o protesto ocorreu na altura do quilômetro 321, a pouco mais de um quilômetro da ponte. O engarrafamento, de acordo com a concessionária, chega a cinco quilômetros de extensão.

Policiais militares e rodoviários federais negociaram com os manifestantes a liberação da rodovia e, neste momento, bombeiros apagam o incêndio da barricada.

Escandalosamente noticia Brazil Post:

Sob o slogan de “Não queremos intervenção militar, queremos intervenção popular”, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) organizou protestos em 13 estados do país. Até o momento já foram no mínimo 15 importantes rodovias bloqueadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará.Confira aqui a notícia do Brazil Post com z. O MTST faz questão de frisar que não apóia a política econômica de Dilma, fato escondido pela mídia.

 

Brasil Post usa o seguinte cartaz para incendiar o noticiário
Brazil Post usa o seguinte cartaz para incendiar o noticiário. Veja a data

Leia mais na página do MTST

coxinha

banqueiros

Boneco de Joaquim Levy queimando na Avenida! Não ao ajuste fiscal antipopular!
Boneco de Joaquim Levy queimando na Avenida! Não ao ajuste fiscal antipopular!

São Paulo está economizando até pingo nos iis

 

por Gilmar Crestani

 

 

O racionamento de água em São Paulo evaporou da página dos jornais. É mais fácil encontrar denúncias de que, no futuro, pode faltar energia elétrica do que a presente mais constante na vida dos paulistas, a falta de banho. Os malabarismos linguísticos para secar o governo federal e irrigar o governo de São Paulo com boas notícias é algo que deveria concorrer ao Prêmio Nobel da HiPÓcrisia…

Todos sabemos da parceria entre o Instituto Millenium & o PSDB. Não só pela declaração da D. Judith Brito e da ANJ, mas porque a prática diuturna dos grupos mafiomidiáticos é por demais evidente. Estão todos preocupados em destruir a Petrobrás, mas ninguém ousa levantar um dedo para incriminar os que já estão presos por terem fraudado a empresa. Por que é mais fácil acusar contra quem não só não há qualquer denúncia como há sobejas provas de que fez o que nenhum outro governante tinha feito até agora, do que trazer à luz do sol o papel das maiores empresas no maior assalto à Petrobrás?!

A lista dos maiores envolvidos está aí, gente fina das das empreiteiras: Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS; Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC Participações; Dalton dos Santos Avancini, Eduardo Hermelino Leite e João Ricardo Auler, da Camargo Corrêa; e Gerson de Mello Almada, da Engevix. E ainda falta a principal, a Odebrecht, cereja do bolo empresarial no assalto à Petrobrás. Por que eles não são objeto de reportagens, mostrando o que eram e como ficaram? Por que o apartamento do Lula é matéria de capa mas o enriquecimento deste pilantras com dinheiro da Petrobrás não merece uma linha nas milhares já escritas pelas cinco irmãs (Folha, Estadão, Veja, Globo & RBS)?!

Toda hora Antonio Imbassahy, Álvaro Dias, Fernando Francischini tem mentiras divulgadas contra o Lulinha, que eles divulgaram ser o dono da Friboi, mas nada dizem a respeito dos seus financiadores? Por que não mostram com quem andava Alberto Youssef? Quem eram suas amizades, com quem trabalhava?

Com a mesma desenvoltura com que aplicam a lei Rubens Ricúpero para esconder o que lhes pertence e mostrar por diversionismo em relação à Operação Lava Jato, também a aplicam em relação ao racionamento de água em São Paulo.

Se rir é o melhor remédio, ria de quem não tem rio

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por José Simão

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Carná 2015! As águas vão rolar!
Paulista não pode mais usar pingo nos is! E estão proibidas as expressões: lavar a égua e lavou tá novo

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!

E olha essa faixa em Pirangi: “II Concurso de Peidos! Pirangi 2015”.

O problema não é participar, é ser jurado.

E o Palmeiras contratou o Ryder pra fazer dupla com o Valdívia?

Os Chinelos. Próxima contratação será o atacante Havaianas!

E o Ministro do Apocalipse Levy quer a levytação dos preços.

Os preços lá em cima, levytando!

Rarará!

Joaquim Levy
Joaquim Levy

E sabe como se chama o imposto que o novo governo grego quer derrubar? ENFIA!

Verdade! Imposto de grego!

Todo imposto devia se chamar Enfia. “Dilma lança mais um enfia”. Então ENFIA!

Rarará!

E a grande bomba da semana! Rodízio da Sabesp: 2 dias com água e 5 sem água! 5 X 2! Pior que o 7 a 1! Entendi o rodízio da Sabesp: 2 dias com água e 5asec! Rarará!

Paulista vai ser reconhecido no aeroporto pelo fedor. “Tapa o nariz que lá vem um paulista.”

Vou lançar o perfume Alckmi Número 5! Fleur de Chuchu!

E em São Paulo mandar cagar no mato não é ofensa, é economia de água!

Paulista não pode mais usar pingo nos is! Desperdício de pingos.

E estão proibidas as expressões: águas passadas, lavar a égua, nó em pingo d’água (nó em pingo d’água é crime inafiançável), lavou tá novo, olhos rasos d’água e foi tudo por água abaixo.

Estão proibidas as doenças: gota e barriga d’água! Rarará!

E adorei a charge do Nani com o corretor vendendo apartamento: “Dois quartos, sala, cozinha e uma falta d’água maravilhosa”.

Eita! Rarará.

E essa piada pronta: “Cerveró ameaça processar quem produzir máscaras com seu rosto no Carnaval”. A fábrica desistiu e agora vai de Graça Foster!

Quem não tem Cerveró vai de Graça Foster! O susto é o mesmo.

CERVERO/CAMARA

E a minha cara pra máscara de Carnaval só falta o elástico.

Então não falta mais nada. Acabei de ganhar o elástico. Rarará!

E olha a placa na porta do banheiro da empresa de um amigo meu: “Está faltando água! Favor cagar em casa!”. Rarará.

Que situação! Nóis sofre mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!