O espírito golpista dos ricos contra os pobres

Vladimir Kazanevsky
Vladimir Kazanevsky
Olha o Velhinho

por Luís Fernando Veríssimo

Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres. O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar. Economistas liberais recomeçaram a pregar abertura comercial absoluta e a dizer que os empresários brasileiros são incompetentes e superprotegidos, quando a verdade é que têm uma desvantagem competitiva enorme. O país precisa de um novo pacto, reunindo empresários, trabalhadores e setores da baixa classe média, contra os rentistas, o setor financeiro e interesses estrangeiros. Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente. Não é preocupação ou medo. É ódio. Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou. Continuou defendendo os pobres contra os ricos. O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres. Não deu à classe rica, aos rentistas. Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força. Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita. Dilma chamou o Joaquim Levy por uma questão de sobrevivência. Ela tinha perdido o apoio na sociedade, formada por quem tem o poder. A divisão que ocorreu nos dois últimos anos foi violenta. Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho. E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo.

Nada do que está escrito no parágrafo anterior foi dito por um petista renitente ou por um radical de esquerda. São trechos de uma entrevista dada à “Folha de São Paulo” pelo economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que, a não ser que tenha levado uma vida secreta todos estes anos, não é exatamente um carbonário. Para quem não se lembra, Bresser Pereira foi ministro do Sarney e do Fernando Henrique. A entrevista à “Folha” foi dada por ocasião do lançamento do seu novo livro “A construção politica do Brasil” e suas opiniões, mesmo partindo de um tucano, não chegam a surpreender: ele foi sempre um desenvolvimentista nacionalista neokeynesiano. Mas confesso que até eu, que, como o Antônio Prata, sou meio intelectual, meio de esquerda, me senti, lendo o que ele disse sobre a luta de classes mal abafada que se trava no Brasil e o ódio ao PT que impele o golpismo, um pouco como se visse meu avô dançando seminu no meio do salão — um misto de choque (“Olha o velhinho!”) e de terna admiração. Às vezes, as melhores definições de onde nós estamos e do que está nos acontecendo vem de onde menos se espera.

Outro trecho da entrevista: “Os brasileiros se revelam incapazes de formular uma visão de desenvolvimento crítica do imperialismo, crítica do processo de entrega de boa parte do nosso excedente a estrangeiros. Tudo vai para o consumo. É o paraíso da não nação.”

o patrocinador água protesto golpe dilma

O ruído das panelas e os palavrões na boca dos privilegiados são a língua culta da ignorância

A língua culta dos midiotas

 

 

 

por Luciano Martins Costa

 

Esse é um aspecto que não será lido na imprensa: o jornalismo brasileiro é feito para aqueles que nunca se conformaram com as políticas de redução das desigualdades sociais.

Ainda que tais políticas tenham beneficiado também as classes de renda mais altas, não apenas pela oportunidade de multiplicação das fortunas criada pela nova escala de negócios, aquela fração da sociedade brasileira mimada pelas políticas segregacionistas resiste a admitir a companhia dos emergentes na fila do aeroporto, no navio de cruzeiro ou nos empórios dos melhores bairros.

O jornalismo brasileiro é uma máquina de fabricar midiotas.

O Globo, por exemplo, afirma na primeira página que “enquanto a presidente pede paciência em pronunciamento, população reage”.

Para o jornal carioca, a população brasileira se resume aos moradores de bairros como o Leblon e a Barra da Tijuca.

A Folha compara a circunstância ao clima que antecedeu o impeachment de Fernando Collor de Mello, e um de seus diretores afirma que o Brasil vive uma “debacle econômica”.

O leitor que não reflete sobre aquilo que lê, compra pelo que lhe é oferecido tanto a ideia de que a “população brasileira” está contida nas regiões onde se concentra o bem-estar, quanto a tese de que a economia nacional foi para o abismo.

O ruído das panelas e os palavrões na boca dos privilegiados são a língua culta da ignorância, mas não se pode condenar liminarmente quem não teve a oportunidade de se educar para a cidadania.

A midiotice é moléstia que afeta principalmente a consciência social do paciente.

Mas a circunstância não facilita apreciações sobre essa questão, mesmo porque nossa produção intelectual em torno de política e sociologia empobreceu drasticamente desde que a universidade resolveu higienizar o marxismo dos fundamentos do conflito de classes.

Aqui tratamos das responsabilidades da imprensa, e o episódio serve bem para ilustrar o que tem sido objeto de nossas observações: a mídia tradicional tange seu gado – o rebanho dos midiotas – na direção da irracionalidade.

O ato de bater panelas vazias sempre foi uma expressão daqueles a quem faltava alimento.

Os abastados abestados se apropriam desse símbolo sem mesmo saber o que significa.

Em torno dos edifícios onde os direitos são medidos pelo valor do metro quadrado, a maioria silenciosa não bate panelas.

 

BRA^PE_JDC jornal do comércio

correio_braziliense.

[As repetitivas manchetes de hoje indicam a existência de um movimento. De um planejamento político. Preparativo de passeatas nas ruas, que desde o final das eleições do segundo turno não conseguem juntar gente, principalmente em Minas Gerais, terra do candidato derrotado Aécio Neves.

Até hoje falharam as marchas pelo terceiro turno, pelo impeachment, pelo golpe “suave”, pelo retorno da ditadura. Assim partiram para o panelaço em suntuosos edifícios. Cinco ou seis protestantes, em uma varanda, realizam a festa.

A próxima manifestação está marcada para este dia 15. Tais protestos vem acontecendo, também sem êxito, contra a presidenta Cristina Kirchner na Argentina, que denunciou a presença de traidores da pátria. Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro chama de “golpe permanente”, e financiado pela CIA.

As convocações no Brasil partem do extremismo político e religioso, com Bolsonaro, Marco Feliciano, Silas Malafaia, líderes do PSDB, notadamente Aloysio Nunes Ferreira, candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves.  Nunes pulou do extremismo da esquerda para o extremismo da direita.

golpe lemann 15

Jorge Lemann é a maior riqueza do Brasil, e a segunda da Suíça onde reside. Sócio da filha de José Serra, conseguiu várias concessões de água, inclusive em São Paulo, para fabricação de cerveja, sorvetes, bebidas frias e quentes e, também, exportação de água engarrafada.

O bem mais precioso da riqueza de Lemann é a água brasileira. A fartura da água brasileira, país que possui os dois maiores aquíferos do mundo, e rios perenes como o Amazonas, chamado de “Mar Doce”. T.A.]

água ouro campanha Peru

Largo da Batata é um logradouro público localizado no distrito de Pinheiros, na cidade de São Paulo
Largo da Batata é um logradouro público localizado no distrito de Pinheiros, na cidade de São Paulo

Operação Lava Jato esconde tráfico de diamantes. Conheça o doleiro da Cemig. A Fundação Estudar e as marchas golpistas

pater tucanos palácio aécio

“Nós já dizíamos que o escândalo da Petrobras é o maior caso de corrupção do Brasil, mas a coisa não para de crescer. E agora estamos sabendo que não era apenas na Petrobras”, afirma Aécio.

Tem razão o derrotado candidato a presidente da República. O delegado Marcio Adriano Anselmo, que iniciou a Operação Lava Jato, confirma que foram desviados cerca de 10 bilhões de reais. O dinheiro provinha principalmente do tráfico de drogas, do contrabando de diamantes e do desvio de recursos públicos.

Aécio, as autoridades judiciais e a imprensa não revelam quais empreiteiras e doleiros ou desconhecidos presos na Operação Lava Jato estão envolvidos no bilionário tráfico de diamantes e de drogas.

 

O vazamento seletiva da peneira Lava Jato  

 

petrobras empreiteiras aécio

 

 

As informações vazadas, até agora, visaram mudar o resultado das urnas na campanha presidencial, e são exploradas na campanha golpista do impeachment de Dilma Rousseff e intervenção militar dos Estados Unidos.

Comenta o portal 247: O político tucano poderia ter mencionado, por exemplo, a Cemig, joia da coroa de Minas Gerais, que também alimentou o esquema do doleiro Alberto Yousseff. Quando prendeu diversos empreiteiros, o juiz Sergio Moro, do Paraná, mencionou o inquérito 5045104-39.2014.404.7000.

Eis o que escreveu Sergio Moro a respeito: A Investminas Participações S/A confirmou, em petição de 21/10/2014 (evento 18) pagamento de 4.600.000,00 (R$ 4.317.100,00 líquidos) à MO Consultoria. Alegou que remunerou conta indicada por Alberto Youssef em decorrência de intermediação e serviços especializados deste na venda de suas ações na Guanhães Energia S/A para a Light Energia S/A, com intervenção a CEMIG Geração e Transmissão S/A. Juntou como prova os contratos e notas fiscais pertinentes, todos com suspeita de terem sido produzidos fraudulentamente.

Alegou que Alberto Youssef seria ‘empresário que, à época, detinha conhecimento do setor elétrico e reconhecida expertise na área de assessoria comercial’. Aparentemente, trata-se de negócio que, embora suspeito, não estaria relacionado aos desvios na Petrobras.

Aécio, por sua vez, apareceu na lista de políticos presenteados pela OAS, mas na maior cara de pau insiste em convocar o povo para participar de marchas contra a corrupção, relembrando os tempos da CCC, da TFP e outros movimentos que atuaram no golpe de 64 e que, hoje, foram exportados para desestabilizar os governos da Venezuela, da Bolívia, do Equador, da Argentina, e que tiveram êxito em Honduras e no Paraguai.

As últimas convocações de Aécio, José Serra, Aloysio Nunes e Lobão foram divulgadas no site vemprarua.org.br, que estava registrado em nome da Fundação Estudar, criada pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, e que foi retirado do ar na tarde de sábado último – no entanto, o domínio vemprarua.org, registrado fora do País, continua ativo.

Em entrevista ao 247, Lemann, homem mais rico do Brasil, e o segundo da Suíça, onde mora, com uma fortuna estimada em US$ 21 bilhões, negou à informação de que sua fundação estava sendo usada com finalidade política.  “Eu não me meto em politica e a Fundação Estudar também tem que ser totalmente apolitica”, disse.

O domínio vemprarua.org.br foi registrado em nome da Fundação Estudar por Fábio Tras, diretor-executivo da entidade. Ainda não se sabe se ele será definitivamente afastado, mas o presidente do conselho da fundação, Marcelo Barbosa, informou ao 247 que estão sendo avaliadas as “providências cabíveis”.

Quem finanCIA a baixaria também é responsável!

ambev202
por Gilmar Crestani
Primeiro foram a Multilaser e o Banco Itaú que finanCIAram os reis dos camarotes vips a xingarem Dilma, na abertura da Copa do Mundo, na Arena Itaquera. Agora estão reunidos entorno da Fundação Estudar para finanCIArem Lobão, Feliciano & Aécio para derrubarem Dilma. Eles viram que financiar os veículos dos grupos mafiomidiáticos, como a Veja, via Instituto Millenium, já não adianta mais. O povo descobriu quem finanCIA, quem manipula e quem paga a manipulação.

Será que são os mesmos que estão envolvidos no sumiço dos 450 kg de pó? Será que a perda de uma carga de cocaína altera tão profundamente o caráter das pessoas? Até onde vai o ódio provocado pela síndrome de abstinência? Será que eles querem transformar o Brasil num Cartel de Medellin?! Sei não, mas tem muito nariz cumprido metido nessa cumbuca.

Não sei porque mas estou me lembrando de um Santo Padroeiro para esta turma: Pablo Escobar!

Saiba quem são os bilionários que bancam o golpismo de Aécio

Ficha Corrida/ Poços 10 – A tentativa desesperada de prolongar a guerra eleitoral depois do fechamento das urnas não é novidade.

Aécio tenta desesperadamente se firmar como líder da oposição antes que seu arquirrival José Serra tome posse como senador e deixe-o em segundo plano.

Mas um detalhe chama a atenção de quem vê a mensagem gravada de Aécio, a indicação de um site com mais informações sobre o movimento.

Uma pesquisa ao Registro.BR revela que o site é registrado em nome de uma tal FUNDAÇÃO ESTUDAR com o cnpj: 040.287.005/0001-61 e tendo como responsável um tal Fabio Tran.

Estranho uma Fundação ser a dona do site de mobilização contra o Governo.

Pois bem, uma pesquisa no Google mostra que os fundadores desta tal Estudar são Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.

Alguns dos empresários mais ricos do país.

Impressionante que o neto de Tancredo se preste à cumprir a função de marionete de luxo dos donos da Ambev, do Burguer King e outras franquias.

Será que os revoltados manipulados por Aécio e sua trupe sabem que a cada queda da Bolsa ou das ações da Petrobras, eles enriquecem ainda mais esses três alegres senhores?

 

golpe ditadura

Como é a vida, a censura e a autocensura dentro de uma redação

por Paulo Nogueira

Ela não está segurando um rottweiler
Ela não está segurando um rottweiler

Leitores gostam de saber como são as entranhas das redações. Muitas vezes, eles têm uma ideia distante da realidade.

Então vou escrever mais um texto sobre isso, baseado numa troca de tuítes que tive hoje com Barbara Gancia, colunista da Folha e integrante do grupo do programa Saia Justa.

Barbara disse algo mais ou menos assim: “A pergunta não é por que Dirceu está preso, mas por que Palocci não está.”

Eu retruquei: “A pergunta é por que a Folha não cobre a sonegação da Globo.”

Falei isso, mas poderia ter dito centenas de coisas.

Para lembrar, fiz a mesma pergunta para o editor executivo da Folha, Sérgio Dávila, pelo Facebook. A Globo acabara de admitir, em nota, um problema extraordinário com a Receita Federal, depois que o site Cafezinho publicou documentos vazados que mostravam que a empresa fora flagrada ao trapacear na compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002.

Repito: trapaça. Golpe. A Receita viu que a Globo tentara passar por investimentos no exterior – num paraíso fiscal, aliás – a compra para sonegar o imposto devido.

A multa da Receita, em dinheiro de 2006, era de 615 milhões de reais. São, apenas para efeitos de comparações, seis Mensalões. Em dinheiro de hoje, seria mais ou menos 1 billhão, ou 10 M, se adotarmos a moeda do mensalão como equivalente a 100 milhões.

Vi que o UOL fora atrás da Globo e extraíra uma admissão do caso. E perguntei a Dávila se aquilo não era assunto para Folha, “um jornal a serviço do Brasil”.

Não me lembro o teor de sua resposta precisamente, mas, como bom jornalista, ele reconheceu que sim. Um ou dois dias depois, saiu uma nota na Folha, motivada pela minha pergunta, provavelmente.

E depois não saiu mais nada. Nem mesmo quando se soube que uma funcionária da Receita fora presa – e liberada por Gilmar Mendes, por coincidência – por tentar destruir fisicamente as evidências da dívida.

Veja: só a Globo lucrava com a destruição. (Fora, é verdade, a destruidora, que dificilmente estaria agindo por amor irrestrito à família Marinho.)

Tudo isso não bastou para convencer a Folha – ou a Veja, ou outras mídias amigas – a investigar um caso de enorme interesse nacional.

Na internet, depois que a Globo alegou ter pagado a dívida, algo que a fonte da Receita negou perempetoriamente, surgiu uma campanha: “Mostra a Darf”. Mostre o recibo, em linguagem corrente.

A Globo jamais mostrou.

O que aconteceu? Dávila – que por alguns anos foi colega meu de Abril – provavelmente recebeu um aviso de seu chefe, Frias. Que, muito provavelmente, recebeu um aviso de seus sócios, os Marinhos. (Eles dividem a propriedade do jornal Valor Econômico.)

Melhor não pedir a Dávila que fale da sonegação da Globo
Melhor não pedir a Dávila que fale da sonegação da Globo

É assim que as coisas funcionam, e é por isso que a sociedade tem que abençoar a aparição da internet, como forma de ter acesso a informações que os amigos proprietários das empresas de jornalismo não querem que se tornem públicas.
Na troca de tuítes de hoje, perguntei a Barbara Gancia por que ela, sendo uma colunista tão destemida, jamais falara no caso.
E então ela se saiu com essa: “Em 30 anos de coluna JAMAIS fui censurada.”
Pausa para rir.
Jamais é censurado quem jamais escreve alguma coisa que incomode o patrão. No próprio Twitter, alguém fez a analogia: “Reinaldo Azevedo diz que jamais foi censurado na Veja. É porque ele jamais escreveu algo que os Civitas não queriam que fosse escrito.”
Disse a Barbara que sabia como eram as coisas, uma vez que trabalhara anos na Abril e na Globo. “Deve ter sido no almoxarifado”, disse ela.
Bem, no almoxarifado que me coube como diretor de redação da Exame, nos anos 1990, encomendei a um excelente repórter, José Fucs, uma capa sobre os Safras.
Era uma capa estritamente jornalística. Falava dos bastidores de um dos bancos mais falados – para o bem ou para o mal – do mundo.
Fucs realizou um trabalho brilhante. Entrevistou, ao longo de meses, dezenas de executivos e ex-executivos do Safra.
A matéria já estava pronta para ir para a gráfica quando Roberto Civita pediu para lê-la. Era algo que ele nunca fazia, na Exame.
O texto jamais retornou. Os Safras eram credores da Abril, e um deles ligou para Roberto Civita pedindo que a matéria não saísse.
Não saiu.
Na Globo, onde trabalhei no almoxarifado da diretoria editorial das revistas, encomendei certa vez uma matéria sobre Jorge Paulo Lemann para a revista Época Negócios.
O repórter estava fazendo as entrevistas quando João Roberto Marinho, que cuida da parte editorial das Organizações Globo, me procurou. Ele recebera um telefonema de Lemann, que queria garantias de que a reportagem seria positiva.
É assim que funcionam as coisas nas empresas de mídia. Você só não é censurado quando não escreve nada que incomode.
Barbara Gancia terminou a conversa avisando que iria fazer massagem. Me acusou, antes, de ser “esquerdista radical”.
Fora Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo, e agora Barbara Gancia, ninguém me chamou de “esquerdista radical” em minha carreira.
Sou radical na defesa de um Brasil Escandinavo, sabem os que me conhecem.

Mas vinda a acusação de onde vem, tomo-a com alegria: estou combatendo o bom combate.

O segundo banqueiro mais rico o brasileiro Jorge Lemann. O quinto, o colombiano Luis Carlos Sarmiento

Jorge Paulo Lemann é um brasileiro-suiço. Nasceu no Rio de Janeiro em 1939. Mora no Lago de Zurique. Fundador da GP Investimentos é a maior fortuna do Brasil, e a segunda da Suíça.

Um dos controladores da AmBev, a fabricante de cervejas e refrigerantes resultante da fusão entre Brahma e Antarctica e posteriormente fundida com a belga Interbrew, formando a segunda maior cervejaria do mundo, a Inbev. Jorge Leman, após a compra da Budweiser, forma AB InBev, a maior cervejaria do mundo. Sua maior concorrente é a SABMiller. Também é dono da rede de fast food Burger King, da ALL, assim como de ferro-vias nos EUA, das Lojas Americanas, da Submarino, Americanas.com e outros interesses difusos, sempre junto com Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann

Escreve Ricardo Grinbaum: “Localizado num prédio de bancos e empresas da avenida Faria Lima, em São Paulo, o GP Investimentos é uma instituição para poucos iniciados. Quem chega no edifício, não vê placa com o nome da companhia na portaria nem no sétimo andar, onde fica o escritório. Mas todos os empresários e executivos com algum poder e dinheiro sabem quem trabalha ali. O GP foi criado há dez anos por Jorge Paulo Lemann. Fundador do banco Garantia e um dos donos da Ambev, Lemann é um dos banqueiros de investimentos mais badalado e imitado do País. No GP, Lemann e outros ex-sócios do Garantia, como Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, criaram o primeiro e o maior fundo de private equity do País. Sua especialidade é comprar pedaços de empresas (como Telemar, Ferrovia Centro-Atlântica e Gafisa), dar um impulso na companhia e revender as ações com lucro.

gp_ok

(…) Antonio Bonchristiano, Fersen Lamas Lambranho e Marcelo Peano são os responsáveis por administrar o dia-a-dia da companhia. Além deles, estão no controle do GP Octávio Lopes, Carlos Medeiros, Nelson Rozental e Rodrigo Campos”.

Não sei se a GP, que tem logomarcas brasileira e estrangeira, aparece no proer dos bancos de Fernando Henrique, ou se recebeu ajuda do governo Lula, via Henrique Meireles. Mas a AmBev recebeu concessões de fontes de água da ANA. Está entre as maiores exportadoras brasileiras de água engarrafada. Na lista dos royalties, cuja divisão com todos os estados brasileiros foi cobrada em uma manchete de O Globo.

Este é o retrato mais verdadeira da misteriosa Aval: (Wikipedia) GP Investments (also GP Investimentos), is a private equity  firm focused on emerging markets leveraged buytout  and growth capital investments in Latin America. The firm’s shares are publicly traded on the Brazilian BM&F Bovespa.

The firm, which is one of the leading Latin American private equity firms has raised approximately $4 billion since inception across five funds and has completed 48 investments in 15 different industries as of 2009.

GP Investments, which is based in São Paulo, Brazil, was founded in 1993. The firm also has offices in Hamilton, Bermuda and Mexico City.

1993 to 2005

GP Investments was founded in 1993 to focus on invest   ments in Latin America, what was at that point a nascent market in private equity. At that time, the firm was a subsidiary of Baring Private Equity International, an affiliate of Barings Bank. Among the affiliates of Baring Private Equity International are Russia-focused Baring Vostok Capital Partners founded in 1994, as well as Baring Private Equity Asia founded in 1997 and Baring Private Equity Partners India, founded in 1984.

In 1994, GP raised its first investment fund with US$500 million of investor capital which it followed up with its US$800 million successor fund, GP Capital Partners II, in 1997.

In 2001, the firm completed fundraising for its first local private equity fund raising R$130 million to focus on technology investments. In 2003, the current executive

GP américa latina

partners, Antonio Bonchristiano and Fersen Lambranho assumed the leadership of the firm and the following year acquired 100% control of the firm from ING Barings. Under the terms of the agreement with its former parent, the investment teams managing each regional fund acquired ownership of their respective management companies.

 

Since 2005

By the mid-2000s, GP was once again growing rapidly. In 2005, the firm, under its new leadership, was able to raise its third private equity fund, GP Capital Partners III, which closed on $250 million of investor capital in 2005.

The firm underwent a novel structural change in 2006, selling shares to the public to raise permanent capital for future transactions. GP completed a $308 million initial public offering  in 2006, listing its shares on BOVESPA to generate permanent capital for future investments. The firm has used the capital to make investments on behalf of the firm’s balance sheet alongside its family of private equity investment funds. The following year, in 2007, the firm raised its then largest fund to date with US$1.3 billion of capital as interest in emerging markets and the BRIC countries increased dramatically. Also in 2007, the firm was able to raise US$190 million of debt through an offering of perpetual notes, followed in 2008 by a $232 million follow-on equity offering which increased its permanent capital base.

GP is in the process of raising the firm’s latest investment fund, GP Capital Partners V. GPCP V held its first closing in July 2008 on US$884 million of investor commitments.

Investments

The firm invests across a range of industries in Latin America. Among the firm’s most notable current investments are

      • Allis
      • BHG – Brazilian Hospitality Group
      • BR Properties
      • Tempo
      • Magnesita
      • San Antonio
      • Allis
      • Invest Tur
      • Estácio
      • LBR – Lácteos Brasil
      • BRZ Investments

Luis Carlos Sarmiento Angulo, ou simplesmente Luis Carlos Sarmiento, nasceu em Bogotá em 1933. acionista majoritário e presidente do Aval Grupo Acciones y Valores, S.A, um grande conglomerado bancario de investimento e seguros.

Estes dois banqueiros Lemann e Sarmiento não têm banco no ranking mundial. Outra curiosidade: os brasileiros bilionários moram no exterior e possuem dupla nacionalidade.

Luis Carlos Sarmiento
Luis Carlos Sarmiento

Top 5 maiores bancos do mundo

hsbc-um-dos-maiores-bancos-do-mundo

HSBC do Reino Unido, o primeiro.  Valor $ 27,59 bilhões.

wells-fargo-um-dos-melhores-bancos-do-mundo

O segundo, o  Hells Fargo, dos Estados Unidos. Valor $ 22,23 bilhões.

bank-of-america-uma-das-maiores-instituicao-financeira-do-mundo

Terceiro, Bank of America, dos Estados Unidos. Valor $ 22,9 bilhões.

santander-entre-os-maiores

Quarto, Santander da Espanha. Valor $ 19.97 bilhões.

chase-bank-big-world

Quinto, Chase dos também dos Estados Unidos. Valor $ 18,96 bilhões. Confira a lista dos 500 bancos mais valiosos, pela Brand Finance em parceria com a revista britânica The Banker.

OS MAIORES BANCOS DO BRASIL POR PATRIMÔNIO

Itaú Unibanco manteve-se na liderança, com um patrimônio líquido ajustado de  $ 38,4 bilhões (cerca de R$ 79,3 bilhões). Em segundo, aparece o Bradesco, com patrimônio líquido ajustado de US$ 31,1 bilhões (cerca de R$ 64,2 bilhões).

O Banco do Brasil passou o Santander e assumiu a terceira posição, com patrimônio líquido ajustado de US$ 28,9 bilhões (cerca de R$ 59,7 bilhões), contra US$ 27,1 bilhões (cerca de R$ 55,9 bilhões) do concorrente espanhol.

Já o quinto maior banco brasileiro em 2012 é o mesmo que em 2011: a Caixa Econômica Federal, com patrimônio líquido ajustado de US$ 10,6 bilhões (cerca de R$ 21,9 bilhões).

O HSBC foi outro que avançou, do 7º para o 6º lugar, trocando de posição com o Banco Votorantim.

O Votorantim teve o maior prejuízo (-US$ 288 milhões) entre os 50 maiores, pelo critério lucro líquido ajustado.

Banqueros más ricos del mundo según Bloomberg

COL_LR banqueiros banco

por Camilo Giraldo Gallo

En el listado de los financieros más ricos del mundo: el estadounidense Warren Buffett, dueño de Berkshire Hathaway, con US$52.200 millones; su compatriota George Soros, dueño del Fondo Quantum, con US$21.200 millones; el brasileño Jorge Lemann, de 3G Capital, con US$19.500 millones, y el también estadounidense Carl Icahn, dueño de Icahn Enterprises, con US$19.200 millones.

Luis Carlos Sarmiento quedó en el quinto lugar entre los banqueros más ricos del mundo, según reveló ayer Bloomberg en su lista de los hombres más acaudalados del planeta.

os mais ricos rostos

El listado general de los 100 personajes con las fortunas más grandes del planeta está encabezado una vez más por el mexicano Carlos Slim, que gracias a sus empresas, entre las que están América Móvil y las holding Inbursa y Minera Frisco, llegó a una fortuna de US$78.500 millones. A Slim lo sigue el dueño de Microsoft, Bill Gates, con US64.100 millones, y luego el español Amancio Ortega, dueño de Inditex y la cadena de ropa Zara, que acumuló una fortuna de US$59.400 millones.

Otro de los datos que arroja el informe son las actividades económicas donde hay más millonarios. Las ventas al por menor es la que más ricos ha dado y generó una fortuna de US$458.900 millones en total. Sus personajes más destacados después de Ortega son Ingvar Kamprad, el sueco dueño de muebles Ikea, y Christy, Jim y Rob Walton, dueños de la cadena Wal-Mart, cuyas fortunas sumadas dan US$97.300 millones, mucho más que la de Slim.

La segunda fuente de riqueza viene de las inversiones diversificadas, encabezadas por Slim, y seguido por Charles y David Koch, presidente y vicepresidente de Koch Industries, respectivamente. El tercer sector es el de tecnología, que sigue encabezado por Bill Gates.

Por el lado latinoamericano, después de Slim encabezan la lista dos mineros: el también mexicano Alberto Bailleres, con US$20.100 millones, y la chilena Iris Fontbona, viuda de Andronico Luksic, y matriarca de la familia más rica de su país.

Estadounidenses siguen siendo los más millonarios
La primera economía del mundo sigue teniendo el mayor número de magnates, que suman 37. Lo sigue Rusia con 12 y Alemania con 8. Uno de los datos más interesantes es que los dueños de Wal-Mart tienen US$97.300 millones, US$18.800 millones más que el mexicano Carlos Slim con todo su emporio y quien ocupa el primer lugar.

Los dueños de la cadena minorista recibieron sus fortunas por herencia. En el caso de Jim y Rob Walton, la recibieron de su padre y fundador de Wal-Mart, Sam Walton. La otra propietaria, Christy Walton, es la viuda del segundo hijo, John.

 millonarios

Clique para aumentar

Bloomberg Billionaires