A corrupção seja investigada no executivo, no legislativo e no judiciário

Faixa da passeata deste 15 de março
Faixa da passeata deste 15 de março

 

O povo pediu nas ruas o fim da corrupção.

Que ela seja investigada já! no executivo, no judiciário e no legislativo.

Que o “Abre-te, Sésamo” aconteça em todas as cavernas das prefeituras, das câmaras municipais, dos governos estaduais, das assembléias legislativas, dos tribunais, do governo da União, do Congresso Nacional.

Que todas as cavernas sejam aclaradas. Nas reitorias, nos cartórios, nas estatais, nos quartéis, no fisco, nos serviços terceirizados, nos leilões da justiça, nas quermesses do executivo, nas Anas, nos pedágios…

Que sejam analisadas todas as outorgas, notadamente de fontes de água, de entrega de ilhas marítimas e oceânicas; todas as concessões para explorar os minérios do Brasil, a começar pelo ouro, pelo nióbio, pelos diamantes, pelos meios de comunicação de massa; todos os precatórios assinados pelos desembargadores, e pagos por prefeitos e governadores; todas as isenções fiscais que beneficiam as castas, as elites protegidas pelo sigilo (fiscal e bancário); todas as anistias concedidas pela justiça secreta do foro especial.

Que seja fiscalizado todo o dinheiro arrancado do povo, via impostos diretos e indiretos, para autarquias, planos de saúde, serviços de informações estratégicas, pesquisas de opinião pública, fundações, ONGs, hospitais, igrejas, maçonaria, partidos políticos, promotores culturais, proxenetas e pedófilos dos esportes amadores, escolas e hospitais particulares…

Que sejam exterminados o tráfico de dinheiro, de minérios, de órgãos humanos, de prostitutas infantis; o mercado negro de venda de sentenças judiciais, do dólar paralelo; o contrabando de medicamentos, de madeira nobre; as máfias dos fiscais, dos alvarás, das obras e serviços fantasmas e dos agiotas das campanhas eleitorais…

 

Que prometem o judiciário e o legislativo? Apenas o governo da União anuncia o combate do bem contra as almas sebosas

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A presidente Dilma Rousseff esteve reunida com nove ministros e o vice, Michel Temer, no Palácio do Planalto. Após o encontro, os ministros da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, e de Minas e Energia, Eduardo Braga, fizeram um pronunciamento a respeito das manifestações do último fim de semana e reafirmaram que o governo está ouvindo as manifestações e aberto ao diálogo. Cardozo reconheceu que o país precisa passar por uma mudança, pois, só assim, conseguirá superar os desafios. Além disso, os ministros disseram que não vão retirar os programas sociais.

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Não vão retirar os programas sociais

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Durante o pronunciamento do ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, a palavra “humildade” foi usada para dizer que o governo reconhece que é preciso mudar, e que para chegar a essa mudança é preciso à união de todos os que estão no poder, seja da base aliada ou da oposição.

“Reitero que até o final da semana, a presidente da República, assim como anunciou no seu programa de reeleição, irá lançar um projeto para auxiliar as empresas a implementar um mecanismo que ajude a coibir e investigar a corrupção. É preciso ter humildade para reconhecer que o momento é delicado e que é necessário uma mudança. O governo está aberto ao diálogo com todos, oposicionistas ou não, e estamos abertos a debater com a sociedade brasileira. A presidente Dilma Rousseff governa para 200 milhões e não apenas para os que votaram nela”, comentou Cardozo.

Já o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reforçou as palavras de Jose Eduardo Cardozo:

“O governo sabe que temos um desafio grande, e que é preciso enfrentá-lo. O governo buscou até o esgotamento da sua capacidade com o Tesouro para combater esse momento, e tentando manter todos os programas sociais. Todos esses ajustes são com o único objetivo de continuar crescendo, e alcançando o nível que queremos chegar. Mas para vencer desafios, é preciso coragem para mudar. Reforço que esses novos ajustes serão necessários para que possamos deixar a nossa economia saudável por emprego e distribuição de renda. Um governo que tem compromisso com a transparência e a eficiência, não pode se esconder neste limite, e é isso que nós estamos fazendo, anunciando que chegamos a esse limite”, anunciou o titular da pasta de Minas e Energia.

Ao ser questionado sobre como a presidente ficou após ver todas aquelas pessoas nas ruas protestando contra a corrupção e contra seu governo, o ministro Eduardo Cunha lembrou-se do passado político de Dilma Rousseff para mostrar que ela aceita qualquer manifestação, desde que democrática.

“A presidenta Dilma sofreu uma prisão lutando pela democracia, ela perdeu a sua liberdade para que conseguíssemos nossa democracia, portanto, ela encarou as manifestações de ontem com esse sentimento. Sentimento de quem prega a liberdade de reivindicações, desde que democráticas, e as reivindicações que tivemos nos últimos dias foram totalmente democratas”, explicou Cunha.

Para encerrar, o ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, comparou as manifestações do último fim de semana com as que aconteceram em 2013, e que ao contrário do que ocorreu há um ano e meio, desta vez existe uma causa direta, a corrupção.

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Desta vez existe uma causa direta, a corrupção

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“As manifestações de ontem, foram totalmente diferente das manifestações de 2013, antes foram reclamados outras coisas difusas, hoje o povo se manifesta pela corrupção. A grande verdade, é que a corrupção é muito antiga no Brasil, mas hoje ela é investigada e punida. Na história brasileira, desde a constituição de 88, passando por todos os governos, o Brasil trabalha para que possamos investigar coisas como essas”, encerrou Cardozo. Fonte Jornal do Brasil 

O ruído das panelas e os palavrões na boca dos privilegiados são a língua culta da ignorância

A língua culta dos midiotas

 

 

 

por Luciano Martins Costa

 

Esse é um aspecto que não será lido na imprensa: o jornalismo brasileiro é feito para aqueles que nunca se conformaram com as políticas de redução das desigualdades sociais.

Ainda que tais políticas tenham beneficiado também as classes de renda mais altas, não apenas pela oportunidade de multiplicação das fortunas criada pela nova escala de negócios, aquela fração da sociedade brasileira mimada pelas políticas segregacionistas resiste a admitir a companhia dos emergentes na fila do aeroporto, no navio de cruzeiro ou nos empórios dos melhores bairros.

O jornalismo brasileiro é uma máquina de fabricar midiotas.

O Globo, por exemplo, afirma na primeira página que “enquanto a presidente pede paciência em pronunciamento, população reage”.

Para o jornal carioca, a população brasileira se resume aos moradores de bairros como o Leblon e a Barra da Tijuca.

A Folha compara a circunstância ao clima que antecedeu o impeachment de Fernando Collor de Mello, e um de seus diretores afirma que o Brasil vive uma “debacle econômica”.

O leitor que não reflete sobre aquilo que lê, compra pelo que lhe é oferecido tanto a ideia de que a “população brasileira” está contida nas regiões onde se concentra o bem-estar, quanto a tese de que a economia nacional foi para o abismo.

O ruído das panelas e os palavrões na boca dos privilegiados são a língua culta da ignorância, mas não se pode condenar liminarmente quem não teve a oportunidade de se educar para a cidadania.

A midiotice é moléstia que afeta principalmente a consciência social do paciente.

Mas a circunstância não facilita apreciações sobre essa questão, mesmo porque nossa produção intelectual em torno de política e sociologia empobreceu drasticamente desde que a universidade resolveu higienizar o marxismo dos fundamentos do conflito de classes.

Aqui tratamos das responsabilidades da imprensa, e o episódio serve bem para ilustrar o que tem sido objeto de nossas observações: a mídia tradicional tange seu gado – o rebanho dos midiotas – na direção da irracionalidade.

O ato de bater panelas vazias sempre foi uma expressão daqueles a quem faltava alimento.

Os abastados abestados se apropriam desse símbolo sem mesmo saber o que significa.

Em torno dos edifícios onde os direitos são medidos pelo valor do metro quadrado, a maioria silenciosa não bate panelas.

 

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[As repetitivas manchetes de hoje indicam a existência de um movimento. De um planejamento político. Preparativo de passeatas nas ruas, que desde o final das eleições do segundo turno não conseguem juntar gente, principalmente em Minas Gerais, terra do candidato derrotado Aécio Neves.

Até hoje falharam as marchas pelo terceiro turno, pelo impeachment, pelo golpe “suave”, pelo retorno da ditadura. Assim partiram para o panelaço em suntuosos edifícios. Cinco ou seis protestantes, em uma varanda, realizam a festa.

A próxima manifestação está marcada para este dia 15. Tais protestos vem acontecendo, também sem êxito, contra a presidenta Cristina Kirchner na Argentina, que denunciou a presença de traidores da pátria. Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro chama de “golpe permanente”, e financiado pela CIA.

As convocações no Brasil partem do extremismo político e religioso, com Bolsonaro, Marco Feliciano, Silas Malafaia, líderes do PSDB, notadamente Aloysio Nunes Ferreira, candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves.  Nunes pulou do extremismo da esquerda para o extremismo da direita.

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Jorge Lemann é a maior riqueza do Brasil, e a segunda da Suíça onde reside. Sócio da filha de José Serra, conseguiu várias concessões de água, inclusive em São Paulo, para fabricação de cerveja, sorvetes, bebidas frias e quentes e, também, exportação de água engarrafada.

O bem mais precioso da riqueza de Lemann é a água brasileira. A fartura da água brasileira, país que possui os dois maiores aquíferos do mundo, e rios perenes como o Amazonas, chamado de “Mar Doce”. T.A.]

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Largo da Batata é um logradouro público localizado no distrito de Pinheiros, na cidade de São Paulo
Largo da Batata é um logradouro público localizado no distrito de Pinheiros, na cidade de São Paulo

São Paulo cenário da guerra do futuro pela água

 

 

água ouro campanha Peru

 Alfredo Martirena
Alfredo Martirena

O racionamento d’água em São Paulo, região metropolitana e capital, virou um cenário de estudo das guerras futuras, entre países, pela posse do ouro azul.

Trechos de uma reportagem da agência inglesa BBC, por Renata Mendonça:

“É desumano. Chegou num ponto que a gente começou a ver situações inacreditáveis. Uma pessoa chegou na bica com uma arma e falou pro pessoal: passa a água! Olha a inversão de valores que a gente tem’.

Cenas como a descrita acima assustaram Victor Terraz, morador de Itu (102 km de São Paulo), a cidade mais afetada pela seca que assola o Estado de São Paulo. Assim como os outros 163 mil ituanos, ele tem sofrido com a falta de água na região, que já está há nove meses em racionamento.

A Águas de Itu é uma empresa privada que tem a concessão da prefeitura para o abastecimento de água da cidade. Em meio à crise, a companhia está disponibilizando caminhões pipa para levar água a residências, escolas, hospitais e prédios públicos. São cerca de 34 a 38 caminhões pipa por dia, segundo a empresa.

Mas os caminhões viraram alvo de ‘ataques’ da população. No desespero da falta de água, alguns moradores chegaram a fazer emboscadas para conter os caminhões da empresa antes que eles chegassem ao seu destino.

‘Aqui na rua, o caminhão foi passar só 1h30 da manhã, porque ele senão ele é atacado’, explica Luiz Carlos.

‘Os caminhões sofrem retaliações, teve um motorista de um deles que foi espancado, tudo isso por causa da briga pela água. Agora os caminhões que entram na cidade são escoltados pela guarda municipal para não dar problema’, conta Victor.

Publica G1: Em meio à crise de falta d’água que atinge a Grande São Paulo, a Polícia Civil prendeu na quinta-feira (10), durante a operação “Gato Escaldado”, o dono de cinco hotéis e o proprietário de uma churrascaria por furto de água.

Policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Crimes Patrimoniais contra Órgãos e Serviços Públicos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), e técnicos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fiscalizaram nove locais e encontraram sinais de furto de água em uma churrascaria de Cangaíba, na Zona Leste, em cinco hotéis de um mesmo proprietário no bairro do Ipiranga e nas vilas Monumento e Clementino, na Zona Sul; e também em uma fábrica de gelo em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Os dois donos da fábrica de gelo ainda não foram localizados.

água ouro segurança

 

O Brasil, rico em água, possui os dois maiores aquíferos do mundo, e centenas e centenas de rios perenes, inclusive um Mar Doce, o Rio Amazonas.

Faltar água para o povo em São Paulo, um estado de cobiçada riqueza hídrica, pelas engarrafadoras de água de poço e de água mineral, pelos fabricantes de bebidas frias e quentes, e sorvetes, escancara a corrupção das outorgas, o entreguismo das privatizações, e a degradação do governo estadual.

As propostas do corrupto e mentiroso governador Geraldo Alckmin são indecentes. A começar pelo rodízio de quatro por dois (quatro dias sem água e dois com), para tentar evitar o colapso completo.

O racionamento coloca vizinho contra vizinho. A Folha divulga hoje: “Moradores de prédio em São Paulo escutam canos para vigiar banho dos vizinhos”.

Quando morei na Espanha da ditadura de Franco, para estudar na Universidade de Navarra, os meus vizinhos diziam, como piada, que as paredes que separavam os apartamentos eram finas, para uma família espionar a outra. Esse dedurismo, também, era incentivado no Brasil da ditadura militar de 64.

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Os vizinhos Catherine Sabbagh e Aristides Costa em prédio que vigia banho de morador. O síndico incentiva que todos sejam “guardiães da água”

O biógrafo, romancista e poeta Fernando Monteiro observou, em sua página na intenert:

“São Paulo… Tem gente lá capaz de tudo — principalmente na faixa da alta renda.

Curioso: a moça sorri. E o senhor com camisa de grife esboça um… Bem, deixa pra lá.

[AQUI no Nordeste velho, desde pelo menos 1888, nós lidamos com secas horrendas e tivemos — ainda temos? — até a famosa ‘indústria da seca’ etc.]”

Previu, com humor, o professor universitário José Eugenio Guimarães: “Vai ter a ‘Delação premiada’ da água”.

Fernando Monteiro concluiu: “E senhores executivos de multinacionais fazendo cálculos exponenciais do consumo de água na descarga dos vasos sanitários dos vizinhos das torres residenciais mais altas”.

Contra a espionagem
Contra a espionagem

Quando as principais providências seriam policiais: investigar as posses de outorgas, as privatizações, principalmente a da Sabesp, o tráfico de água para o exterior, e proibir a exportação de água, de cervejas e refrigerantes.

A campanha milionária para economizar água visa culpabilizar a população. Veja apenas uma prova do desgoverno

O poeta Juareiz Correya mostra a beleza do Rio Tietê antes de chegar a São Paulo
O poeta Juareiz Correya mostra a beleza do Rio Tietê antes de chegar a São Paulo
Rio Tietê poluído na região de Salto, SP (Foto- Vinícius Marques:TEM Você)
Rio Tietê poluído na região de Salto, SP (Foto- Vinícius Marques:TEM Você)
Rio Tietê em São Paulo Capital
Rio Tietê em São Paulo Capital

Veja outras providências nos links deste post

Água engarrafada mais cara que gasolina

por Geraldo Elísio Machado Lopes

 

 Mehedi Haque
Mehedi Haque

Basta de irresponsabilidade! A crise hídrica (falta de água) bate às nossas portas. É preocupante.

Chega de desmatar matas ciliares, de derrubar matas de cabeceiras, de poluir mares, rios, córregos e lagoas.

As principais responsáveis são as mineradoras de todas as naturezas.

Assim como no passado existiu uma Guerra do Fogo, a humanidade um dia assistirá, infelizmente, a Guerra da Água.

Basta de cimentar leitos dos rios, basta de criar boulevards que matam a existência dos cursos d’águas, do menor ao maior afluente que vai desaguar no mar.

Ao mesmo tempo ouço falar que a água deve se transformar em questão comercial, vendida se tornando propriedade privada para ser comercializada. A isto todos os brasileiros têm de dizer não.

A água tornou-se uma questão de segurança nacional, aí sim eu concordo. E sendo assim deve ser gerida pelo Ministério da Defesa do Brasil, sob a orientação direta de nossa Marinha de Guerra.

Não é só uma questão de seca. Períodos de seca sempre ocorreram. Além do mais temos de observar a histeria da imprensa e que em outros países, afora os desérticos isto não está ocorrendo. Não podemos negar a realidade. Mas que alguma coisa existe no ar além dos aviões de carreira isto existe e não atende aos interesses do povo brasileiro que vive na quinta maior bacia hidrográfica do mundo. Água, uma questão de segurança nacional!

Cartazete de campanha no Peru
Cartazete de campanha no Peru

 

Nota do editor do blogue. Vale a advertência de Geraldo Elísio: “Alguma coisa existe no ar além dos aviões de carreira.

Atente para a declaração nazista do presidente de uma empresa pirata, que possui várias outorgas de água potável e mineral no Brasil.

Presidente da Nestlé: “Água não é um direito humano básico”

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O atual presidente e ex-CEO da Nestlé, o maior produtor de alimentos do mundo, acredita que a resposta para as questões globais da água é a privatização. Esta afirmação está no registro da maravilhosa empresa que vende junk food na Amazônia, tem investido dinheiro para impedir a rotulagem de produtos cheios de organismos geneticamente modificados. Vídeo 

Peter Brabeck-Letmathe, acredita que “o acesso à água não é um direito público”. Também não é um direito humano. Então, se a privatização é a resposta, é esta a empresa na qual a sociedade deve colocar a sua confiança?

Este é apenas um exemplo dentre muitos da preocupação da empresa de Brabeck com o público:

Na pequena comunidade paquistanesa de Bhati Dilwan, um ex-vereador diz que as crianças estão ficando doentes com água suja. Quem é o culpado? Ele diz que é a marca que faz água engarrafada Nestlé, pois cavou um poço profundo que está privando os moradores de água potável. “A água não é apenas muito suja, mas o nível de água caiu de 30,5 metros de profundidade para 91,5 a 122 metros”, diz Dilwan. 

Por quê? Porque se a comunidade tivesse água potável canalizada, privaria a Nestlé de seu lucrativo mercado de água engarrafada da marca Pure Life.

Presidente da Nestlé
Presidente da Nestlé

Industriais da seca estão tirando o pé da lama no governo de Alckmin. Mais de 40 cidades sem água

água ouro segurança

 

A Sabesp vende ações na bolsa de Nova Iorque. Proprietários de poços artesianos negociam água. Donos de frota de caminhões-pipa abastecem palacetes e condomínios de luxo. Fábricas aumentaram o engarrafamento de água mineral. São Paulo é um estado rico em recursos hídricos: O mapa recortado por rios perenes, cascatas, fontes e aquíferos.

São Paulo, dispõe do segundo maior aquífero do planeta, é um estado exportador de água para o Brasil e exterior.

Água apenas falta nas torneiras dos pobres e da baixa classe média, que fazem fila para encher baldes nas torneiras dos caminhões-pipa. A água gratuita está garantida até o dia das eleições, que Alckmin precisa eleger Aécio.

A discussão do dia, se a água vai faltar antes ou depois de novembro, um bate-boca para despistar os bobos. A justiça PPV, existem 360 desembargadores no TJ-SP, carece intervir. Água é alimento, disse a ONU. Negar água ao povo, um crime de lesa humanidade. As outorgas estaduais e da ANA, prostituta respeitosa, precisam ser revistas.

Veja o valor das dez maiores empresas

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Jornal Hoje – Mais de 40 cidades de São Paulo enfrentam problemas no abastecimento de água. A forma que muitos moradores e empresários encontraram para não ficar sem é comprar água de empresas que têm poços artesianos.

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Quase oito milhões de pessoas têm motivos para se preocupar com a falta de água. O Sistema Cantareira, que abastece quase a metade da população da Grande São Paulo, está no nível mais baixo da historia: 3,9%. Hoje, tem apenas 40 bilhões de litros de água do primeiro volume morto. Ainda restam mais 106 bilhões de litros de uma segunda reserva que, agora, pode ser usada.

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O governo de São Paulo conseguiu derrubar na Justiça a liminar que impedia a retirada de água desse segundo volume morto. O uso das reservas técnicas só é possível com a transferência da água de um reservatório para outro.

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O Sistema Cantareira tem seis represas interligadas por 48 quilômetros de túneis. A Atibainha, em Nazaré Paulista, por exemplo, chegou na quinta-feira (16) ao nível zero pelo sistema de captação atual, mas ainda tem 26 bilhões de litros estocados.
De acordo com a Sabesp, a água é suficiente para garantir o abastecimento até março do ano que vem, mas casas, prédios e indústrias de São Paulo já têm sido obrigados a recorrer aos caminhões-pipa.

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“Uma pessoa que compra um caminhão-pipa de água tem que procurar saber a procedência, se ela realmente vem de um poço artesiano, se existe uma análise de água, se ela tem os padrões de potabilidade”, alerta Carlos Alberto de Freitas, presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas

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Saber se a água que sai debaixo do poço é de boa qualidade é só o primeiro cuidado. É preciso conferir também como está a manutenção do reservatório, da tubulação e ter certeza de que o tanque do caminhão-pipa, que leva a água até a casa, está limpo, não está enferrujado e se está livre de bactérias que possam fazer mal para a saúde.

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O movimento de uma empresa que vende água de poços artesianos dobrou desde o último fim de semana. O preço também. O dono garante que a água é de qualidade. “Em um dia do mês, nós atestamos todos os caminhões, pegamos amostras da água que já está dentro do tranque e fazemos o laudo”, afirma Antonio Belentani Neto, dono da empresa.

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Algumas empresas que vendem água de poço artesiano aumentaram bastante o preço. Um caminhão com 20 mil litros pode custar de R$ 500 a R$ 1.700.

água

Moradores das zonas Norte e Sul de São Paulo ouvidos pelo G1 nesta quinta-feira (16) dizem que já estão ‘acostumados’ com a falta d’água em suas casas. Uma dona de casa de 50 anos contou que o problema já virou ‘rotina’.

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“A gente vai se acostumando, já que não chove nunca. Já até virou rotina pra gente ficar sem água. Tem que ficar tomando banho de caneca”, lamentou Maria da Silva, que vive no bairro da Pedreira, na Zona Sul.

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Maria disse que, normalmente, falta água em sua casa todas as noites, mas que a situação se agravou nas últimas semanas. “Está tendo muita falta d’água. Uma vez foram dez dias, e dessa vez foram oito. Já estou todo esse tempo com torneira seca”, informou.

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No outro extremo da cidade, em Lauzane Paulista, na Zona Norte, a situação rotineira do comerciante Marco Aurélio Ferreira é praticamente igual a de Maria. “Normalmente a água para de chegar sempre de noite. Eu chego às 21h e já não tem mais, aí fica até de manhã. A gente já até se acostumou”, disse.

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“Fora essa rotina de não ter água de noite, não está tendo água desde ontem de manhã. Dessa vez já estamos há um dia inteiro sem água. O mais incrível é o governo falar que não tem racionamento. Tem sim, e muito”, completou Ferreira.

 

O drama de oito milhões de paulistanos

 

justiça água

Contribuições foram enviadas através do VC no G1.

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Quinta-feira (16): Denílson Pandolfo – Vila Clarice (Pirituba)
“Estamos nesse racionamento desde janeiro. Sempre no período da noite entre 6h e 18h não tem água e, quando vem, vem sem pressão e não enche a caixa. Há três semanas, a água começou a acabar à noite e ficamos sem durante o dia inteiro, já ficamos dois dias sem água. Quando ligamos para a Sabesp, dizem que é manutenção. O pessoal precisa pegar água da caixa d’água do condomínio com baldes para levar aos apartamentos diariamente. A gente sabe do problema. Eles podiam avisar que tem um rodízio, não mentir e falar que está em manutenção ou que não tem. É uma situação desagradável.”

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Quinta-feira (16): Marco Aurélio Ferreira – Lauzane Paulista (Zona Norte)
“Normalmente a água para de chegar sempre de noite. Eu chego às 21h e já não tem mais, aí fica até de manhã. A gente já até se acostumou. Fora essa rotina de não ter água de noite, não está tendo água desde ontem de manhã. Dessa vez já estamos há um dia inteiro sem água. O mais incrível é o governo falar que não tem racionamento. Tem sim, e muito”.

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Quinta-feira (16): Maria da Silva – Eldorado (Zona Sul)
“A gente vai se acostumando, já que não chove nunca. Já até virou rotina pra gente ficar sem água. Tem que ficar tomando banho de caneca. Está tendo muita falta d’água. Uma vez foram dez dias, e dessa vez foram oito. Já estou todo esse tempo com torneira seca”

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Quarta-feira (15): Nair de Souza Brun – Jardim Piratininga (Zona Sul)
“Na sexta, a água acabou, mas voltou depois. No sábado já não tinha mais. Ela só voltou hoje, umas 9h. Quando ligamos para reclamar, eles disseram que estavam fazendo reparos na rede. Mas, no meu entender, o racionamento já está acontecendo, sim. Tem dia em que a água vai e volta. Há um mês faltou três dias direto. Acho que se eles divulgassem o cronograma seria melhor, porque aí você se prepara um pouco”.

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Terça-feira (14): Maria Conceição Faustino – Americanópolis (Zona Sul)
“Nós estamos super revoltados, estamos comprando água mineral para tudo, para usar no banheiro, para lavar louça. Nós somos chiques, estamos tomando banho com Bonafont. Meu filho tem Síndrome de Down, tem que ter um cuidado extra com a higiene, e a roupa dele está suja desde sábado. Acabou a água até do mercado, está todo mundo comprando. E eu sou uma pessoa que economiza não por causa dos 20%, mas pela consciência”

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Terça-feira (14): Vileide Bueno – Americanópolis (Zona Sul)
“Eu estou gastando de R$ 50 a R$ 60 por semana com água mineral. Para banho, para louça, para escovar os dentes, tudo. É um dinheiro que faz muita falta. Você liga na Sabesp, eles falam que domingo à noite volta, aí ligamos ontem, diz que vinha ontem. Hoje de novo, e ainda não veio. Os vizinhos estão todos revoltados”

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Terça-feira (14): Valdira Santana – Santana de Parnaíba
“Estou há nove dias sem água. Liga na Sabesp, e eles não dão a mínima atenção para a gente, colocam uma gravação. É um absurdo, é uma vergonha. E eu não sei mais o que fazer para economizar, faço tudo o que mostram e falam para fazer. Eu só estou fazendo comida porque estou comprando água. A higiene pessoal não tem condição, está um absurdo”

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Segunda-feira (13): Alessandra Coelho – Campo Limpo (Zona Sul)
“Todos os dias, de noite, a gente fica sem água. Nesse final de semana ficou durante o dia também sem água. Fiquei das 20h do sábado até as 5h de segunda. A gente vai guardando água. Vou estocando em containers, em baldes, e vou me virando assim. E ainda tem que comprar água potável pra beber”.

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Segunda-feira (13): Gabriela Mendes – Jardim Conceição (Osasco)
“Normalmente o abastecimento para na sexta, de noite, e fica sem água até domingo de madrugada. Isso era o normal, mas agora estamos desde quinta sem água e ainda não voltou hoje, segunda. Está difícil, não tem água pra beber, pra tomar banho, pra dar banho nas crianças. Estamos tendo que comprar água. Meu marido ligou lá e a Sabesp disse que não tem água pra mandar”.

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Segunda-feira (13): Valter Fernandes Teixeira – Vila Dirce (Carapicuíba)
“Você não tem água pra lavar o rosto, pra escovar o dente. Trabalhei o dia inteiro ontem, naquele sol, a roupa chega a grudar no corpo. Aí cheguei em casa e não pude tomar um banho, tive que ir na casa da minha mãe. Está faltando com frequência, normalmente é de dia, às vezes volta de noite. Tem dia que não volta. Aí tem que ficar estocando”.

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Segunda-feira (13): Daniele Reis – Vila Santa Catarina (Zona Sul)
“Desde sexta-feira está assim, sem água direto. Normalmente para de dia, e volta a noite, de madrugada. Enche a caixa e no dia seguinte está sem de novo. Mas dessa vez não voltou ainda, ficou direto. No final de semana tivemos que comprar água, tem um pingo só pra tomar banho, aí não tem pra beber, pra cozinhar”.

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Segunda-feira (13): Tainá Andrade – Americanópolis (Zona Sul)
“Todos os dias durante a noite ficamos sem água, mas esse final de semana está direto. Desde sábado até agora estamos sem água, não voltou ainda. Final de semana todo sem nem uma gota. Tivemos que comprar água pra beber e pra poder fazer comida. De resto, ficamos sem fazer, a louça está amontoada na pia, tudo.”

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Segunda-feira (13): Caíque Ferreira – Jardim Santa Terezinha (Zona Leste)
“Estamos sem água desde sexta. Segundo a Sabesp, tiveram que fazer um conserto, mas não informaram onde e nem quando a água voltaria”.

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Segunda-feira (13): Joraci Veiga – Casa Verde (Zona Norte)
“Não é a primeira vez, nos últimos dois meses já foram várias vezes. Mas dessa vez está mais tempo. Desde sábado, acordei de manhã, fui pro banho e não tinha água. Hoje ainda não fui trabalhar porque estou sem banho. Parece que a água voltou na rua, mas ainda não chegou aqui porque a pressão está muito baixa. De que adianta mandar água com pressão fraca?”

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Segunda-feira (13): Ligia Silva Frazão – Luz (Centro)
“Hoje cedo abri a torneira e não saía água. Creio que esteja desde ontem, por que pra caixa do prédio ter secado, é porque não vem água da rua já faz tempo. Eu tenho duas crianças pequenas, a gente não se preparou nem nada, a Sabesp tinha que avisar quando for fazer isso. Meu marido ligou lá e eles assumiram que não tem água, disseram que é ‘uso excessivo de água na região”.

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Segunda-feira (13): Juliana Barbosa da Silva – Parque Santa Tereza (Carapicuíba)
“Ficamos sem água de sexta feira das 12h até domingo às 20h. Aí agora de manhã, umas 10h30 acabou e não voltou mais. Entrei em contato várias vezes [com a Sabesp], disseram que tinha passado o limite de gasto de água da região. Mas ninguém nos avisou disso. Agora, quando ligamos colocam uma gravação afirmando isso. Ela volta bem fraca, demorou um tempão para encher a caixa. É difícil, porque praticamente não podemos tomar banho, mal tínhamos como fazer comida. Precisamos tomar banho frio para poder cozinhar”.

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Segunda-feira (13): Marcília Olivieri – Granja Viana (Cotia)
“Desde ontem por volta das 10h [falta água] e até agora ainda não voltou. Eu e outros moradores entramos em contato com a Sabesp, que diz que não tem problemas de abastecimento de água na região. A gente já está acostumada a isso, sempre falta água aqui. É o racionamento que não existe, mas existe. Não dei banho na minha bebê hoje, não consegui nem lavar a louça”.

Admitir falta d’água só depois da eleição é “estelionato eleitoral do PSDB”, diz Padilha

 

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O ex-ministro da Saúde discursa em frente a fábrica da Volks em São Bernardo do Campo (SP)
O ex-ministro da Saúde discursa em frente a fábrica da Volks em São Bernardo do Campo (SP)

 

por Rodrigo Rodrigues / Portal Terra

Candidato derrotado ao Governo de São Paulo, o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), chamou de “estelionato eleitoral do PSDB” o depoimento da presidente da Sabesp na CPI da Câmara Municipal, onde a mesma admitiu que a primeira leva do volume morto de água só deve durar até meados de novembro.

Segundo Padilha, o governador Geraldo Alckmin escondeu a real situação do Sistema Cantareira do contribuinte paulista durante toda a campanha para colher dividendos eleitorais.

“O governador Geraldo Alckmin não foi transparente durante toda a crise. Vocês vão se lembrar que no último debate ele teve a coragem e desfaçatez de dizer que não faltava água em São Paulo e, passado o primeiro turno, começou a ficar escancarado o estelionato eleitoral dele e o tamanho real do problema. Naquela ocasião, vários bairros já estavam sem água na periferia de São Paulo, em Osasco e Itapevi, por exemplo. Visitei a região de Campinas hoje e já há bairros que há uma semana não recebem água. É uma situação que só prova o estelionado eleitoral do PSDB”, declarou o petista, que na noite desta quarta-feira (15) esteve em evento da presidente Dilma com professores da rede pública de ensino.

Sobre as pesquisas de intenção de voto que dão empate técnico entre Dilma e Aécio Neves (PSDB), o candidato derrotado do PT em São Paulo diz que o eleitor não pode levar em conta esses números na hora de decidir o voto.

Segundo Padilha, os institutos de pesquisas perderam a capacidade de mostrar a real situação da intenção de voto dos brasileiros no País inteiro, em virtude dos erros cometidos no segundo turno.

Para o petista, as pesquisas do Instituto Paraná Pesquisas e do Instituto Sensus, que colocam Aécio Neves muito na frente de Dilma, foram desmontadas pelos próprios Datafolha e Ibope divulgados nesta quarta – e que dão empate técnico de 51% para Aécio e 49% para Dilma Rousseff:

“São pesquisas com critérios bem duvidosos, que já foram desmontadas. O primeiro turno mostrou que as pesquisas hoje têm muita dificuldade de captar a realidade da decisão do voto do eleitor. Fui fortemente prejudicado com as pesquisas que foram divulgadas aqui no estado de São Paulo. Me tiraram trinta dias da cobertura dos telejornais por conta dessas pesquisas e, na reta final, não mostraram que estávamos brigando com o segundo colocado para ir ao segundo turno. Mais uma vez parece que o indicador mais fidedigno atual é o Databolsa. Porque toda vez que a Dilma cresce ou vai bem no debate, a Bolsa de Valores cai no outro dia pela manhã”, destacou Alexandre Padilha.

O ex-ministro da Saúde diz que está convencido de que a briga pela vaga de presidente da República no segundo turno se dará em São Paulo e a intenção do PT é buscar os eleitores que voltaram em Marina Silva na primeira etapa.

“Queremos mostrar que o projeto que o PSDB tem para o País não deu certo em São Paulo e não dará certo no restante do Brasil. Vejam o problema da falta d’água, do transporte e da violência. As urnas fizeram do PT um fiscalizador incansável do que acontece em São Paulo e nós vamos continuar cobrando os tucanos pelas coisas ruins que estão acontecendo. A crise da falta de água não é uma preocupação do PT, mas da população que já faz fila para encher os baldes em várias cidades do interior do Estado”, declara o petista.

São Paulo vai virar sertão. O sertão vai virar mar com a transposição do Rio São Francisco

 

 

Farhad Foroutanian
Farhad Foroutanian

 

Governo tucano é um mar de lama. Alckmin conseguiu enxugar a lama. Não restou uma gota d’água para o povo.

A crise no abastecimento d’água em São Paulo levou a prefeitura de Casa Branca, cidade a quase 230 quilômetros da capital paulista, a decretar estado de emergência. Desde maio, a prefeitura suspende o fornecimento das 6h às 21h. Além disso, houve aumento na tarifa, que passou de R$ 0,68 para R$ 1,76 o metro cúbico.

O decreto de estado de emergência tem o objetivo de facilitar repasse de verbas para execução de obras e melhoria no abastecimento na cidade. A prefeitura pede R$ 700 mil para tentar resolver o problema na região.

No início de julho, Tambaú, que fica a 255 quilômetros de São Paulo, também decretou estado de emergência por causa da crise hídrica.

Para piorar a situação da população de São Paulo, o nível do sistema Cantareira continua em queda. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a capacidade do reservatório caiu para 17% nesta segunda-feira (21).

Desde o dia 15 de maio, parte da população paulista é abastecida com o volume morto do Cantareira. Estimativas apontam que a reserva dure até outubro.

SP seca

 

Tsunami água São Paulo

São Paulo X Rio de Janeiro. A GUERRA DA ÁGUA

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A guerra dos desgovernos. Da corrupção. O povo sempre perde. Ganham as multinacionais engarrafadoras de água.

Veja só um exemplo: Aquífero Guarani foi o nome que, em 1996, o geólogo uruguaio Danilo Anton propôs para denominar um imenso aquífero que abrange partes dos territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e principalmente Brasil, ocupando 1 200 000 km². Na ocasião, ele chegou a ser considerado o maior do mundo, capaz de abastecer a população brasileira durante 2500 anos. A maior reserva atualmente conhecida é o Aquífero Alter do Chão, que fica na Amazônia.

A maior parte (70% ou 840 mil km²) da área ocupada pelo aquífero — cerca de 1 200 000 km² –  está no subsolo do centro-sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 mil km²), noroeste do Uruguai (58500 km²) e sudeste do Paraguai (58500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná. A população atual do domínio de ocorrência do aquífero é estimada em quinze milhões de habitantes.

  • Mato Grosso do Sul (213 700 km²)
  • Rio Grande do Sul (157 600 km²)
  • São Paulo (155 800 km²)
  • Paraná (131 300 km²)
  • Goiás (55 000 km²)
  • Minas Gerais (51 300 km²)
  • Santa Catarina (49 200 km²)
  • Mato Grosso (26 400 km²)

Nomeado em homenagem ao povo Guarani, possui um volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1 800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação. É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos. Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do Aquífero Guarani cada vez mais controverso.

Corria o boato, durante o governo Fernando Henrique, que o Brasil teria entregue o Aquífero Guarani aos Estados Unidos como caução da dívida externa.

São Paulo é um estado rico em água. Já tive oportunidade de mostrar sua hidrologia e hidrogeologia. (Clique nas fotos para ampliar).

Quantos aquíferos possui São Paulo?

Aquíferos São Paulo. Quantas outorgas existem para a pirataria estrangeira? Para onde vai a água exportada por São Paulo?
Aquíferos de São Paulo. Quantas outorgas existem para a pirataria estrangeira? Para onde vai a água exportada por São Paulo?

A

Rio Tietê, um dos principais rios paulistas. Na imagem, o rio está na altura de Cabreúva, mas percebe-se que ainda há poluição da metrópole.

B

C

D

E

F

G

I

J

Cachoeira do Pimenta, a maior do Rio Jacuí

L

M

Rio Monjolinho, vista dentro da cidade de São Carlos-SP.

N

Rio Novo- Lat. S 22º56’39” e Log. O 49º03’12”

P

Rio Paranapanema no município deParanapanema

Rio Pardo cruzando o centro da cidade deÁguas de Santa Bárbara

Q

R

S

T

Rio Tietê em Barra Bonita / Igaraçu do Tietê

V

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Racionamento d’água em São Paulo: Incompetência dos sucessivos governos tucanos

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Escreve Ana Cecilia da Costa e Silva: “Dentre os grandes temas da atual agenda sócio-econômica mundial, está a questão da escassez de água potável.

Hoje, dos 6 bilhões de habitantes, 1,1 bilhões não têm acesso à água doce, que inclui a água potável para higiene pessoal e irrigação e produção de alimentos. O último relatório para o desenvolvimento das Nações Unidas prevê que até 2050, 45% da população mundial não terá acesso à quantidade mínima de água para atender suas necessidades básicas de ingestão e para produção de alimentos se mantidas as atuais taxas de crescimento do produto e da população (PROGRAMA, 2006).

As reservas mundiais de água doce estão concentradas em poucos países: Brasil, Rússia, China e Canadá. Cabe a esses países desenvolver tecnologia que permita, ao mesmo tempo, captação e preservação dos mananciais dessa água, já que a quantidade de água doce disponível no planeta é a mesma há 100 milhões de anos e é um bem não renovável (ECO, 2007).

Nesse sentido, o comércio internacional ganha fôlego, considerando que a troca de bens escassos sempre foi tema de discussão na economia internacional”.

O Brasil tem pouco mais de 13% de toda a água doce do planeta. Os desafios são: reduzir o enorme desperdício domiciliar, industrial e agrícola; acabar com a contaminação dos rios e lagos e, quem sabe um dia, conseguir cobrar alguma coisa pelo item mais nobre da nossa balança comercial. E acabar de vez com o tráfico internacional de água, com a desnacionalização do comércio de abastecimento  das cidades, inclusive de água engarrafada. A safadeza é tão grande que empresas multinacionais usam garrafas e botijões de plástico.

Graças à localização intertropical, ao clima e à geologia, o Estado de São Paulo tem abundância de água superficial e subterrânea. O racionamento por falta de chuvas parece piada. Quando várias cidades reclamam das enchentes.

As águas subterrâneas e os aquíferos são bem explorados pelos piratas estrangeiros. E faltar água é incompetência tucana.

Estudo realizado em 2005, pelo governo de São Paulo: A chuva média plurianual que ocorre no território de SP é da ordem de 1380 mm/ano ou 10.800 m3/s. Deste total, apenas 30% (3120 m3/s) constituem a vazão média que escoa pelos rios. Uma parcela desta vazão média constitui o chamado escoamento básico, isto é, o volume de águas subterrâneas que, na fase terrestre do ciclo hidrológico, mantém o nível de base dos rios durante o período seco; corresponde a 40% (1280 m3/s) do escoamento total.

A demanda atual por água superficial é da ordem de 350 m3/s, assim repartida:

• abastecimento público: 110 m3/s

• uso industrial: 93 m3/s

• irrigação: 143 m3/s

• uso doméstico rural: 4 m3/s

 

 

As outorgas e privatização da água, o ouro azul

Arcadio Esquivel
Arcadio Esquivel

 

Ficam avisados os que pretendem votar em Eduardo Campos para presidente do Brasil. Ele como secretário da Fazenda do avô, terceiro e último governo de Miguel Arraes, privatizou a Celpe, Companhia de Eletricidade de Pernambuco. Também governador, desde 2007, Eduardo Campos, nas surdinas, privatizou a Compesa, Companhia de Água e Saneamento de Pernambuco que, empresa do povo, passou a ser uma S.A., sociedade anônima. Isto é, pertence hoje a desconhecidos donos.

Se a eleição presidencial, deste ano, exigir um segundo turno, prevalecerá a dobradinha Eduardo Campos/Aécio Neves contra Dilma Rousseff. Não tem outra possibilidade.

Eduardo Campos presidente vai privatizar o que restou de riqueza nacional, depois dos leilões quermesses de Fernando Henrique, que criou as Anas, prostitutas respeitosas que defendem os interesses das empresas brasileiras que foram desnacionalizadas.

Não vou livrar a cara de Lula, que este blogue que edito não tem patrocinador.

Quando Eduardo Campos mandou prender e censurar Ricardo Antunes, e quando Aécio Neves mandou prender e censurar Marco Aurélio Carone, alegaram os anjos da escuridão da polícia e do judiciário, que estes jornalistas, “inimigos da ordem pública”, eram empresários da comunicação, com o mesmo poder econômico de um Marinho, de um Frias, de um Mesquita, ou um deputado ou senador, políticos vendidos que receberam concessões de rádio e televisão, de Fernando Henrique, para votar a reeleição, que Eduardo Campos jura ser contra. Justamente ele, que foi reeleito governador de Pernambuco.

Contra Carone, “de acordo com o Ministério Público, será apurada a fonte de recursos responsável por financiar o site, uma vez que ele não conta com anunciantes. De acordo com o MP, o Novo Jornal sobrevive com recursos de origem clandestina”.

Os meus sites são patrocinados pelo Governo de Pernambuco. Explicando: tiro da minha aposentadoria 59 reais e 90 centavos para pagar a uma empresa internacional – que nada é brasileiro em cibernética – que me fornece uma linha na internet. Tudo mais é de graça.

Será que algum f.d.p. vai me chamar de empresário?

Não tenho nenhum funcionário ou colaborador. Apenas pago impostos indiretos. Da minha miserável e humilhante aposentadoria, retiro menos de 60 reais para manter meus blogues, pelo vício de escrever, desde que era criança, quando dirigi o primeiro jornal estudantil em Limoeiro, Pernambuco. Depois um universitário, no Rio Grande do Norte.

Voltando a Lula. Ele criou a Ana, que chamou de menina dos olhos lá dele.

A Agência Nacional de Águas abre as pernas para os piratas estrangeiros, dando nosso ouro azul. Esse entreguismo (concessões), Ana chama de outorgas. É um meio de enriquecimento de muitos amigos da corte. O cortesão ou a cortesã pega uma outorga de Ana, depois revende para uma multinacional, ou entra de sócio minoritário. Assim foram criadas grandes empresas fabricantes de água (engarrafadoras), de suco de frutas, de bebidas frias e quentes etc.

Não esquecer que o Brasil possui os maiores aquíferos do mundo, o primeiro e o segundo, e o Mar Doce do Rio Amazonas.

El negocio del agua potable

por Edmundo Fayanas Escuer | Nuevatribuna.es
ARTSENAL
ARTSENAL

Recientemente [agosto 2013] se ha producido en la Unión Europea la primera iniciativa ciudadana europea sobre la gestión pública del agua que han recogido ya, más de millón y medio de firmas. La iniciativa ciudadana europea es el instrumento que los habitantes de los países de la Unión Europea tienen desde el año 2012 para intervenir en la agenda política europea.

Como consecuencia de esta iniciativa, el comisario europeo del Mercado Interior. Michel Barnier, anunció que el agua quedaba excluida de la propuesta de la directiva europea sobre concesiones, que es la norma que regula los contratos de las Administraciones y las empresas privadas para la prestación de servicios de interés público.

Ha sido un gran triunfo de aquellos que defendemos que el agua es un derecho básico para la vida del ser humano, y en consecuencia, debe alejarse del mundo privado y ser un bien que esté garantizado por el Estado. Ni el agua ni los servicios de saneamiento deben estar sujetos a fórmulas de de cooperación público-privada ni, mucho menos ser privatizado.

Ha sido una práctica habitual de la Comisión Europea el de obligar y exigir a los países de la Unión y sobre todo, a todos aquellos que han solicitado ayudas, a imponerles entre una de sus obligaciones la privatización de su sistema público de agua potable, como estamos viendo actualmente en Grecia, donde entre las condiciones impuestas esta la privatización de las sociedades de gestión de agua y saneamiento de Atenas y Salónica.

Esto mismo ha venido obligando el Banco Mundial y el Fondo Monetario Internacional sobre todo en América latina,  como por ejemplo en Cochabamba (Bolivia) donde se dieron concesiones de agua en el año 2000 a una multinacional norteamericana, la cual impuso que los beneficios debían pagarse en dólares. Lo primero que hizo, fue subir el precio del agua un 50%. Como consecuencia toda la ciudad se sublevó y la multinacional tuvo que abandonar la ciudad y el país.

El economista John Stuart Mill, sustentaba la tesis de que la gestión del agua es un monopolio natural que debe estar  en manos públicas. Este economista de finales del siglo XIX, aviso que las inversiones necesarias para sostener servicios como los del agua y el del saneamiento, hacían de ellos un negocio que solo puede llevarse a cabo ventajosamente a una escala tan grande que haga casi ilusorio la libertad de competencia. Stuart Mill considera que el tema del agua es mucho mejor tratarlo de inmediato como una función pública.

¿Es un negocio el agua potable de las ciudades? SI. En primer lugar, es una actividad que deriva siempre en monopolio. El precio de la concesión, lo acaba marcando la propia empresa, además el nivel de cobro de los recibos es prácticamente total, por lo que permite a las empresas disponer siempre de importantes cifras de financiación. El nivel de mantenimiento de las instalaciones en manos privadas es mínimo, por lo que en la práctica supone un deterioro de las instalaciones y de la calidad del agua y del servicio. Las empresas privadas si entran es este tipo de negocios es porque normalmente se les garantiza un beneficio alrededor del 10% anual.

Las principales multinacionales del agua son francesas y británicas. Es España destacan Agbar, Acciona y Aguas de Valencia. Lo que se está viendo es que muchas ciudades que habían privatizado sus sistemas públicos de agua, lo están volviendo a asumir, ante el fracaso del servicio privado. Caso emblemático es la ciudad de París, sede de las más importantes multinacionales de agua. París remunicipalizó su servicio de agua en el año 2010.   En el año 2011, la empresa municipal “Eau de París” consiguió un beneficio de 35 millones de euros, lo que le permitió un recorte de tarifas del 8% y además siguió invirtiendo en el mantenimiento de su red de agua.

La propia ciudad de Berlín, que  era una de las pocas ciudades alemanas de gestión privada del agua, está dando marcha atrás. El ayuntamiento berlinés, compró el 50% de las acciones que estaban en manos de la multinacional británica RWE y ahora hace lo mismo con la multinacional francesa Veolia, para así lograr el cien por cien de su capital y gestionar públicamente el agua de Berlín.

En nuestro país, más de un 50% de la gestión del agua está en manos privadas y la tendencia es a aumentar. Muchos ayuntamientos y comunidades autónomas intentan vender sus sistemas públicos de agua. Dos son los casos más llamativos, por un lado, el intento de privatización del canal de Isabel II en Madrid, empresa pública con beneficios y que es modelo de gestión del agua.

El segundo caso, es la privatización en Cataluña por parte de la Generalitat de la empresa pública Aigues del Ter-Llobregat. Concesión valorada en mil millones de euros por un periodo de cincuenta años y que fue ganada por Acciona pero que ha provocado una guerra jurídica entre esta y Agbar.

Como vemos, la presión para la privatización en los países del sur de Europa aquejados por la crisis económica va en contra de las decisiones, que se están tomando en los países centrales de Europa. El consumo humano de agua representa el 10% del total de agua consumida, por ello la garantía del derecho humano sobre el agua pasa por la propiedad y la gestión pública democrática y transparente, de un bien que es esencial para la vida.

Tras el éxito de la iniciativa ciudadana europea, ahora debemos pedir que se incluya en la legislación comunitaria el derecho humano al agua y al saneamiento. Así, podremos frenar esta sin razón de los procesos privatizadores de servicios públicos de agua que se están dando en nuestro país.

 

OURO AZUL
OURO AZUL

Beleza roubada da Bahia: Cachoeira da Água Branca

Uma cachoeira e ilhas e lagoas e matas privatizadas. Ninguém sabe quem é o dono da Cachoeira da Água Branca neste imenso Brasil do estado mínimo.

O país do segredo. Gastei a manhã inteira para localizar onde ficava a Cachoeira de Água Branca. Tente descobrir em que município da Bahia.

No Brasil são desconhecidas as ilhas fluviais, marítimas e oceânicas. As cachoeiras, os lagos, os aquíferos e fontes d’água. Não estou referindo a Região Amazônica, que existe uma legal e outra ilegal. Mas ao Brasil mapeado desde antes da conquista portuguesa.

Não falo do potencial turístico, que no Brasil o turismo está nos bilhões da Copa do Mundo, no Carnval, e algumas festas de santo padroeiro. Mas da riqueza da água que é mais cara do que o ouro, cuja posse motivará as guerras do futuro.

Foto Jefferson Nagata
Foto Jefferson Nagata
Situada dentro de uma área de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, dentro da Fazenda Água Branca, a cachoeira, de mesmo nome, cai numa deslumbrante cortina de espuma branca de 30 metros de altura.
Para chegar até lá, o visitante passa por uma trilha ecológica, a maior parte dela sombreada e úmida, em meio à mata densa, moradia de animais silvestres, incluindo fazendas de criação de búfalos, e uma fauna diversificada.
No mesmo local, há uma ilha fluvial (de desconhecido nome), onde foi construído um quiosque que permite apreciar a bela vista ao redor.
Além disso, uma vista deslumbrante do alto do mirante, com panorâmica de toda a cidade [que cidade?] e do encontro do Canal de Taperoá com o mar.
A queda d’água é formada pelo Rio Gereba [Também encantado rio].
mirante cachoeira

(continua)