A classe jornalística com o pé a puxar para o chinelo social e da ignorância

Presidenta, ou ‘a ignorância é um espanto’

por Pedro d´Anunciação/ Sol/ Portugal

 

Andam por aí os jornais a tratar o gosto de Dilma Rousseff em ser tratada por Presidenta (assim mesmo, com ‘a’ no fim) como uma bizarria idiomática, de cariz político semelhante ao das mulheres que preferem obrigar a palavra poeta (substantivo masculino) a funcionar nos 2 géneros, para se aplicar a elas, que a preferem ao seu feminino, poetisa.

Até pode ser que haja cariz político semelhante na coisa. Simplesmente a palavra Presidenta, como feminino do substantivo de 2 géneros Presidente, existe e é acolhida há muito nos dicionários portugueses mesmo de Portugal (ao contrário de poeta no feminino), sem precisar para nada deste último e polémico Acordo Ortográfico. Passo a enumerar o que sucede nos meus dicionários, ou naqueles a que tenho maior acesso. Na 10ª edição do Morais, datada dos anos 1940, lá vem Presidenta, de forma muito escorreita. Como vem no dicionário que uso hoje mais para fixar a língua portuguesa, à margem do ‘insistência em ver o Presidenta’um anigo programa de J 1981.como feminino do substantivo de 2 gncionar nos 2 gúltimo Acordo Ortográfico, a edição de 1981 do Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Sociedade de Língua Portuguesa.

Mas esta insistência em ver o ‘Presidenta’ como uma bizarria de Dilma só me faz lembrar aquele slogan de um antigo programa de Jô Soares que por aí passou, e que dizia: «A ignorância da juventude é um espanto». E é que não é só da juventude. Pode ser também a classe jornalística com o pé a puxar para o chinelo social e da ignorância. Não sabem do Presidenta, não sabem do poeta ser masculino, não sabem dizer oiro e toiro (preferem as versões mais popularuchas de ouro e touro), não sabem que a cor encarnada existe em português (antigamente os ‘vermelhos’ eram só os comunistas, e nunca os benfiquistas), não sabem que presente é mais usável e bonito do que prenda (neste caso, apesar de ambas as palavras serem aceites nos dicionários) – enfim, não sabem uma série de coisas da língua portuguesa.

 

Na folha de pagamentos da Odebrecht está quase toda a república brasileira. Não estão Lula nem Dilma

por KATHLEEN GOMES/ Publico/ Portugal

 

O drama da política brasileira virou uma tragédia na quarta-feira com a divulgação de uma longa lista de pagamentos feitos a mais de 200 figuras de mais de 20 partidos pela maior construtora brasileira, a Odebrecht, envolvida no escândalo de corrupção da Petrobras. A Polícia Federal apreendeu dezenas de folhas de cálculo na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior – que era também um dos principais interlocutores do presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, na atribuição de doações financeiras a campanhas eleitorais –, que contêm duas centenas de nomes de todo o espectro político associados a montantes financeiros.

É uma lista “ecuménica”, como descreveu o jornal Folha de S. Paulo: estão lá ministros do governo, líderes da oposição, senadores, deputado, governadores, presidentes de câmara. Estão o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também do PMDB. Estão o ex-ministro da Casa Civil e chefe de gabinete da Presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, e o adversário de Dilma nas últimas eleições presidenciais, de 2014, Aécio Neves, do PSDB. Estão “petistas” (militantes do PT, o partido do governo) como o senador Lindbergh Farias e “tucanos” (militantes do PSDB) como José Serra. Estão o ex-Presidente brasileiro José Sarney, do PMDB, os actuais presidentes de câmara de São Paulo (Fernando Haddad) e Rio de Janeiro (Eduardo Paes), próximos do governo, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, um adversário do governo, e pelo menos oito deputados que integram a comissão que vai avaliar o processo de impeachment (destituição) contra Dilma no Congresso. A lista é tão extensa que o Jornal Nacional da Globo, o principal noticiário da televisão brasileira, declarou, quarta-feira à noite, que não ia referir nome algum para não ser selectivo e que não teria tempo para divulgá-la por inteiro…

Quem não está na lista: nem Dilma, que corre o risco de perder a presidência no próximo mês, nem o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no último mês foi o principal alvo da Operação Lava Jato. Primeiro, foi levado de casa pela polícia para depor como se fosse ser preso; depois viu as suas conversas telefónicas, que estavam sob escuta por ordem judicial, serem divulgadas publicamente pelo juiz Sérgio Moro; e foi impedido de assumir o cargo de ministro do governo por causa das investigações em curso, apesar de não estar formalmente incriminado.

Do ponto de vista político, a actuação da Lava Jato, notam analistas brasileiros, tem estado sobretudo focada na relação entre a corrupção praticada dentro da companhia estatal Petrobras e o partido do governo, o PT. A revelação da lista da Odebrecht tem o potencial de ampliar as investigações para outros políticos e partidos, nota Thiago Bottino, professor de direito penal na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. Ela teve um efeito imediato em Brasília: segundo a Folha, os documentos circularam por todo o Congresso na quarta-feira, e os deputados tentavam verificar se o seu nome estava na lista, ou o dos seus adversários.

A divulgação da lista pela imprensa ocorreu um dia depois de se ficar a saber que a Odebrecht tinha um departamento de contabilidade paralela que se dedicava a pagamentos ilícitos – por outras palavras, subornos. Não é claro se os valores atribuídos a cada nome são doações legais para campanhas eleitorais ou pagamentos ilícitos, ou ambos. As construtoras envolvidas no escândalo da Petrobras são as maiores financiadoras de campanhas eleitorais no Brasil. Horas depois de os documentos circularem, aparentemente sem a sua autorização, o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, decretou que fossem colocados em segredo de justiça, afirmando, em despacho, ser “prematura” qualquer conclusão sobre a natureza dos pagamentos e lembrando que a Odebrecht realizou diversas doações eleitorais nos últimos anos. Muitos dos deputados mencionados na lista apressaram-se a dizer que os valores se referem a doações legais para campanhas, que foram declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. Mas fica por explicar por que é que muitos dos políticos incluídos na lista estão associados a nomes de código ou alcunhas – o que, naturalmente, fez as delícias dos caricaturistas brasileiros. Uma pequena amostra: “Caranguejo”, “Drácula”, “Nervosinho”, “Viagra”, “Múmia”, “Colorido”… No departamento de “subornos” mantido pela Odebrecht, os beneficiários também eram mencionados por alcunhas, de forma a dificultar a sua identificação por terceiros.

E agora, Brasil?

 

por Tiago Mota Saraiva/ Jornai I/ Portugal

 

Se os governos de Dilma e Lula não tiverem pactuado com esquemas de corrupção, seriam os primeiros governos brasileiros em 50 anos a não o fazer.

Não pretendendo arrancar este escrito com uma prévia condenação sem julgamento – como tem sido vulgar na imprensa portuguesa, atingindo uma lamentável expressão na capa deste jornal da passada sexta-feira -, a principal acusação que tenho a fazer aos governos liderados pelo PT é a de não ter rompido com a oligarquia do país de coronéis brancos que agora pretende recuperar o poder, num golpe muito semelhante ao que derrubou o governo democraticamente eleito liderado por João Goulart para instalar a ditadura militar.

Se há conclusão a retirar destes últimos dias é a de que não estão reunidas as condições para que se apure a verdade e se faça justiça.

Veja-se, por exemplo, que na comissão que apreciará o impeachment de Dilma, 40 dos 65 membros receberam dinheiro de empresas investigadas ou subsidiárias para a campanha de 2014 e que um deles é Paulo Maluf, político dos tempos da ditadura e com inúmeras acusações e condenações por práticas de crimes de colarinho branco.

Na prática, o que está sob ameaça são as conquistas obtidas nos últimos anos pelas classes mais desfavorecidas, e não a casta que detém o poder financeiro e alimenta o sistema de corrupção.

Defender o afastamento de Dilma e Lula, nestas circunstâncias, significa a condenação dos progressos sociais e, muito provavelmente, ou o regresso a um poder hegemónico encabeçado pelos filhos dos coronéis, transformados em gestores financeiros, banqueiros e playboys, ou a definitiva ascensão da obscurantista Igreja Evangélica.

O sinal de fraqueza que representa a ida de Lula para o governo – que, ao contrário do que despudoradamente é repetido, não o torna inimputável – só poderá ser revertido se o governo retomar os planos da reforma agrária, do combate à pobreza ou da casa para todos, alargando a sua base social de apoio que, atualmente, está longe de subir à favela, entrar no mato ou caminhar ao lado dos sem-terra.

Dos 594 membros do Congresso, 352 enfrentam acusações criminais

A ordem vem de uma revista do império: “É hora de Dilma sair”.

A revista britânica The Economist argumenta, porém, que não vê motivos para o impeachment e que os processos abertos contra Dilma no Congresso “são baseados em alegações não comprovadas” das chamadas pedaladas fiscais – e de que essa saída pareceria um “pretexto” para remover uma presidente impopular. “Democracias representativas não podem ser governadas por protestos e pesquisas de opinião”, opina a Economist.

Para a revista, “o jeito mais rápido e melhor para Dilma deixar o Planalto seria que ela renunciasse antes que seja forçada a sair”.

“Sua saída ofereceria ao Brasil a chance de um recomeço”, prossegue a reportagem. “Mas a renúncia não resolveria, por si só, os muitos problemas do Brasil. Seu lugar seria inicialmente ocupado pelo vice Michel Temer (…), cujo partido está tão implicado no escândalo da Petrobras quanto o PT.”

“Muitos políticos que participariam de um governo de unidade, inclusive alguns da oposição, são vistos como representantes de uma classe dominante desacreditada. Dos 594 membros do Congresso, 352 enfrentam acusações criminais. Uma nova eleição presidencial daria aos eleitores a oportunidade de confiar as reformas a um novo líder. Mas até isso manteria esse Legislativo apodrecido no poder até 2019.” Transcrevi trechos

A casta dos sem teto: juízes e desembargadores recebem ricos auxílios para residir em encantados palácios

deusa justiçaBolsa familia não tem auxílio moradia.
Quem ganha salário mínimo não tem auxílio moradia.
Favelado não tem auxílio moradia.
Sem teto não tem auxílio moradia.
Sem terra não tem auxílio moradia.

Por que juízes têm?
Por que procura dores e não acham têm todos os auxílios inimagináveis?
Por que os ministros dos tribunais possuem todas as regalias do Rei Sol?

Por que acreditam eles que devem viver no O limpo?
Por que eles tratam os demais brasileiros como sujos e condenados a viver nas imundas favelas?
Por que as elites do judiciário têm nojo do povo?

Todo mundo sabe porquê os rabos presos dos executivos pagam os mais altos salários para os que fiscalizam, investigam, prendem e condenam.
Ainda bem que Dilma não tem medo dessa gente.

Por que tanta desigualdade no Brasil? É assim mesmo. O povo de baixo, conformado e ordenado, nunca reclama contra os de cima, sempre auxiliados e beneficiados. É o que chamamos de ordem e progresso.

Dilma acaba com mamata de marajás do judiciário e MP. Marajás se revoltam

Uma decisão da presidente Dilma Rousseff vem causando insatisfação entre procuradores e juízes. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pelo Congresso e sancionada por Dilma, restringiu os gastos com auxílio-moradia de políticos, autoridades e servidores.

Mas, procuradores e magistrados ameaçam recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar as restrições, informa reportagem de Eduardo Militão, publicada no Correio Braziliense.

O benefício de R$ 4.377 por mês é utilizado, em alguns casos, para ultrapassar o teto constitucional de R$ 33 mil – manobra que os novos limites impostos pela LDO buscam coibir. A norma estabelece que, para receber a verba indenizatória, será preciso apresentar o recibo do gasto com aluguel ou hotel, requisito até então não exigido de magistrados e membros do Ministério Público.

A LDO também especifica que o auxílio-moradia não será fornecido caso a pessoa ou seu cônjuge tenha residência própria.

Quando a lei foi aprovada pelo Congresso, em 17 de dezembro, oito associações de juízes, promotores e procuradores ameaçaram ir ao Supremo se Dilma não vetasse a medida. “Não se hesitará em adotar as providências pertinentes no âmbito do Supremo Tribunal Federal, guardião maior da Constituição”, disseram em nota divulgada à época.

O presidente da Associação de Juízes Federais (Ajufe), Antônio César Bochenek, disse ao jornal que as entidades ainda estudam a elaboração de uma ação direta de inconstitucionalidade no STF. Já o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, informou que o assunto só deverá ser tratado a partir do dia 15.

Para o grupo, a LDO é inconstitucional porque é uma lei comum que tratou de assuntos já regulados por duas leis complementares que regem a magistratura e a procuradoria.

Quero ver todos os bandidos na cadeia. Não vai ter impechament

por Sílvio Costa, deputado federal

Brasileiros e brasileiras que conhecem a história da presidente Dilma. Que respeitam a democracia. Que não estão com ódio no coração. Sabem que este pedido de impechament não tem o menor fundamento jurídico. Que Eduardo Cunha acolheu o pedido de impechament por vingança, porque não conseguiu os votos dos três deputados do PT no conselho de ética.

Faço um apelo a vocês, não aceitem provocações. Fiquem tranquilos porque a oposição mais irresponsável da história do Brasil jamais conseguirá 342 votos para derrubar a presidente Dilma.

Todos os países do mundo já passaram por dificuldades econômicas. Sei que estamos vivendo um momento difícil. Mas o Brasil vai sair desta.

Quero ver todos os bandidos na cadeia. De todos os partidos. Do PSDB, DEM, PSB, PT, PMDB, todos sem exceção. Não defendo bandidos.

Defendo o mandato de uma mulher digna que foi torturada nos porões da ditadura, lutando pela liberdade em nosso pais.

Vou participar com o maior orgulho e paixão da comissão que vai analisar o impechament. Vou para o debate com a alma e o coração.

Tenham certeza que estes irresponsáveis não vão derrubar a presidente Dilma. Não vai ter impechament.

 

 

CUNHA CASSA DILMA E VIRA VICE-PRESIDENTE DO BRASIL E CONTINUA NA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

 

Os tucanos, liderados por Aécio Neves (PSDB), pretendem entregar todo o poder ao PMDB, e cassar Dilma.

Empossado Michel Temer na presidência, o vice-presidente do Brasil passa a ser Eduardo Cunha, que continua na presidência da Câmara dos Deputados.

Além da promoção, Cunha escapa do processo de perda do mandato de deputado por corrupção passiva, corrupção ativa, tráfico de moedas, sonegação e outros crimes.

 

TODO PODER AO PMDB

Michel Temer (PMDB) presidente, Eduardo Cunha (PMDB) vice-presidente do Brasil e presidente da Câmara dos Deputados, Renan Calheiros (PMDB) presidente do Senado Federal.

O PMDB que tem como presidente de honra José Sarney.

Michel Temer, desconhecido do povo, sem votos, sem liderança nacional,  foi escolhido e eleito por Dilma Rousseff (PT)

A última denúncia de propina paga a Eduardo Cunha motivou ele abrir processo de cassação de Dilma

Uma anotação apreendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), encontrada pela Polícia Federal na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, mostra que o banco BTG Pactual pagou uma quantia de R$ 45 milhões ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

O documento em que foi encontrada a anotação foi usado pela PGR para prender o banqueiro André Esteves.

Mas não serve para prender Cunha.

Na anotação, o seguinte texto: “Em troca de uma emenda à Medida Provisória número 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais da tal massa, pagou ao deputado Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões”.

Aprovada em 2013, a Medida Provisória número 608 permite a extinção de dívidas de bancos ou sua conversão em ações quando julgar ser preciso preservar o “regular funcionamento do sistema financeiro” pelo Banco Central, segundo critérios estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional.

 

 

 

Impossível esconder os crimes de Eduardo Cunha

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  • Caiu a blindagem do presidente da Câmara dos Deputados, o segundo nome da linha sucessória para presidente do Brasil

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  • Michel Temer foi indicado e eleito vice-presidente com os votos de Dilma Rousseff

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Cunha imprensa

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