No Brasil todo defunto vira santo. Morte de corrupto não merece luto oficial. Isso acontece porque temos cidades com nome de torturador e de ladrão

 

 

Que uma família cultue e chore seus mortos um direito sagrado. Mas o Estado deve apenas homenagear e lembrar personalidades, cuja história sirva de exemplo para todos os brasileiros, principalmente quando exerceram cargos nos poderes executivo, legislativo e judiciário.

Leio hoje: Pela morte do deputado estadual Walter Rabello (PSD), o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), decretou luto oficial por três dias. Por meio da Secretaria de Comunicação Social, o chefe do Executivo estadual disse lamentar a perda do parlamentar, que faleceu na noite desta terça-feira (9), aos 48 anos.

“O Walter fazia um grande trabalho e infelizmente nos deixou. Que Deus conforte sua família neste momento tão difícil”, disse o governador, em nota. Walter Rabello deixou a mulher, cinco filhas e duas netas. Além de deputado, ele também trabalhava como apresentador de TV e cantor.

Na sessão plenária desta terça-feira, Rabello fez um balanço de sua atuação parlamentar durante o primeiro semestre deste ano. Presidente da Comissão de Segurança Pública e Comunitária na Casa de Leis, ele comentou sobre os projetos que apresentou para melhorias nessa área.

Rabello começou na política em 2004, quando se elegeu vereador por Cuiabá e, dois anos depois, deputado estadual. Por mudar de partido, teve o mandato cassado por ‘infidelidade partidária’, em 2008. Na eleição de 2010, conquistou mais uma vez a cadeira. Este ano, foi reeleito com 27.232 votos.

Todo deputado do Mato Grosso é um Rabello em vida? Tem Rabello como modelo? Justa a homenagem, ele vai terminar nome de ruas e avenidas. De escolas e ginásios. De faculdade de comunicação social. Talvez de um algum presídio.

Major Curió nome de cidade

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Adorados como deuses, depois de mortos, Hitler teve derrubadas suas estátuas na Alemanha. Deixou de ser nome de cidades e monumentos. Aconteceu o mesmo com Stalin. Posso citar dezenas de ditadores na Europa do Século XX.

A estátua de Stálin derrubada pelo povo húngaro
A estátua de Stálin derrubada pelo povo húngaro

 

Por que não acontece o mesmo no Brasil? Resultado: São Paulo já realizou a quinta marcha pedindo o retorno da ditadura de 1964, que durou 21 anos.

A quinta marcha depois das eleições do segundo turno, para impedir a posse de Dilma Rousseff eleita, democraticamente, pelo voto direito.

É repugnante. O Brasil tem um município e cidade com o nome de Curionópolis, que homenageia o major Sebastião Curió, um assassino, um torturador, um ladrão, um traficante de minério.

 

Curionópolis fica no estado do Pará. Localiza-se na microrregião de Parauapebas e na mesorregião do Sudeste Paraense. O município tem 18.108 habitantes (2012) e 2 289 km² de área territorial.

Foi emancipado administrativamente em 1988. O município é notório por abrigar a Serra Pelada, que foi o local de operações do maior garimpo a céu aberto do mundo, durante a década de 1980. Um ouro que foi transportado de avião para vários países, principalmente o Uruguai.

Curió praticou todos os crimes que lhe deu na telha. Impunemente. Um deles. Foi condenado ao pagamento de R$ 1,1 milhão por improbidades administrativas ocorridas entre 2001 e 2004, durante sua penúltima gestão como prefeito do município. A decisão da Justiça Federal em Marabá foi publicada nesta quarta-feira, 25 de março, e suspende os direitos políticos de Curió por cinco anos.

A ação contra Curió e o então secretário de Finanças do município Wilson da Silva Marques foi ajuizada pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) em setembro de 2006. O juiz federal Carlos Henrique Haddad considerou que o ex-prefeito teve enriquecimento ilícito, fraudou licitações e feriu os princípios de honestidade e legalidade na administração pública. As acusações contra Marques foram rejeitadas pela Justiça.

Curió foi várias vezes prefeito. As irregularidades foram praticadas principalmente com verbas do Fundef. As fraudes vão desde a contratação de empresas fantasmas, uso de notas fiscais falsas, inexistência de processos licitatórios ou processos irregulares, entre outras. As investigações também detectaram que houve fraude na criação do conselho do Fundef, que provavelmente não chegou a funcionar durante o período pesquisado.

Em defesa dele, pode-se afirmar que, praticamente, todos os prefeitos desviam verbas federais e estaduais. Pobre país de prefeitos ladrões.

 

Quem é Walter Rabello?

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Apenas conhecido no Mato Grosso, Walter Rabello já foi denunciado pelas suas trapaças. Em maio deste ano, a imprensa publicou: A Secretaria Nacional de Defesa dos Direitos Humanos, órgão ligado à Presidência da República, enviou um ofício ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira, pedindo urgência no julgamento da ação penal que envolve o deputado estadual e apresentador de televisão Walter Rabello (PSD).

Ele é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de cometer crime de tráfico de influência e de pertencer a um grupo criminoso chefiado pelo empresário Julio Uemura.

No mês passado, o órgão solicitou ao presidente do TJ prioridade no andamento processual da ação penal, já que, segundo o órgão federal, existem testemunhas que estão sendo beneficiadas pelo Programa Nacional de Proteção a Testemunhas.

Relações com Uemura: “padrinho”

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Com uma relação estreita com o chefe da organização acusada de aplicar golpes e tinha o monopólio no setor de hortifrutigranjeiro em Mato Grosso, empresário Júlio Uemura, o deputado Rabelo afirmou que, caso vencesse a eleição para Prefeitura de Cuiabá, quando disputou em 2008, quem iria administrar a Capital seria o “padrinho” Uemura.

A revelação está contida na denúncia que os promotores Joelson Maciel e Célio Wilson, que atuavam no Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE, encaminharam à Justiça, após a deflagração da “Operação Gafanhoto”.

O MPE colheu as declarações do parlamentar por meio de gravação telefônica autorizada pela Justiça. A conversa entre Rabello e Uemura e foi gravada um ano antes das eleições municipais, no dia 19 de outubro de 2007, às 11h15.

Rabello disputou as eleições para prefeito de Cuiabá e ficou em terceiro lugar. Informações extra-oficiais apontam Júlio Uemura como principal financiador da campanha do progressista ao Palácio Alencastro.

A denúncia oferecida pelo Gaeco e acatada pela Justiça aponta que Walter Rabello agia fazendo tráfico de influência, utilizando de sua influência política em benefício do grupo.

Conforme conversa telefônica, gravada no dia 28 de janeiro de 2009, às 19h13, o MPE considerou que ficou evidenciada a troca de favores em obtenção de uma série de vantagens, tais como patrocínios.

As gravações, conforme a denúncia, também revelam que Rabello pedia bênçãos ao “cabeça” da organização, com o tratamento de “chefe” e “padrinho”, revelando a estreita relação entre os dois denunciados pela Operação Gafanhoto.

“Conversas (…) relatam empréstimos concedidos por Júlio Uemura, como doação de cadeiras de rodas para seu programa”, revela trecho da denúncia do Gaeco. O programa “Olho Vivo na Cidade” era apresentado por Rabello na TV Cidade Verde, até então afiliada ao SBT, de onde ele foi demitido pelo dono da emissora, antes de oficializar sua campanha a prefeito de Cuiabá.

As investigações também mostram que, enquanto deputado estadual, Walter Rabello empregava em seu gabinete pessoas indicadas por Júlio Uemura, comprovando a existência de “troca de gentilezas” entre os denunciados.

“Walter Rabello, após solicitar o apoio financeiro de Júlio Uemura para realização de uma campanha beneficente (entrega de brinquedos no Natal), ressalta que colocará à disposição deste, uma vaga de assessor direto em seu gabinete”, relata denúncia, conforme conversa telefônica no dia 11 de dezembro de 2007.

 

Propaganda fúnebre. O BUROCRATA

1966 La muerte de un burocrata (cub) 01

(Segundo poema)

Na velação
todo morto
um santo
e quanto
mais morto
mais santo

Incelenças cantam
as virtudes
Uma vida dedicada
à família
ao trabalho
Uma vida
de mãos limpas
sem escrita
na folha corrida

Incelenças cantam
a pobreza
cobiçada moeda
dos mortos
como garantia
da conquista
do paraíso


Publicado in O Enforcado da Rainha. Talis Andrade, Livro Rápido, 2009, Olinda

Paulo Câmara Ardente

pyramidshapes

Paulo Câmara Ardente é o vivo-carregando-o-morto por cada cidade de Pernambuco, transformando cada comício em um velório de Eduardo Campos.

Nos discursos diz Câmara Ardente que vai realizar um governo do morto, para o morto, pelo morto. Garante fazer, em quatro anos, tudo que Eduardo não fez em oito. Um governo de faraó, de múmia de muitas pirâmides, padrão Fifa, tipo a super, super faturada Arena construída na Mata de São Loureço para os jogos da Copa do Mundo, que rendeu milhares de despejo e muita cacetada, bombas de efeito imoral, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e prisão para o povo.

Esquece Paulo de prometer se vai continuar com os serviços fantasmas do morto e as obras fantasmas do morto, tudo pago com a assinatura dele Câmara Ardente, quando secretário da Fazenda.

Também não toca no avião fantasma. Apesar do palanque sempre armado ao lado da pichação “O PT matou Eduardo Campos”.

Pergunta uma alma: -Por que matou?

Uma assombração responde: -Para eleger Marina presidente. Marina sempre garantiu que tinha mais votos do que Aécio, do que Eduardo. Que era a única candidata que podia derrotar Dilma.

NESTE MUNDO DE CADÁVERES

por Talis Andrade

Tiradentes_Esquartejado_(Pedro_Américo,_1893)

 
Religiões cultuam a morte

Para atrair peregrinos
cadáveres são esburgados
os ossos transformados em relíquias
Cadáveres são exibidos
em redomas de vidro
 
Cadáveres são desenterrados
e julgados
São desenterrados
e estaqueados

A multidão entontecida
pelo ódio e o vinho 
arranca os olhos
a língua o pênis
privando o morto
de uma vida idílica
no paraíso 
 



Do livro inédito O Judeu Errante

Ilustração Tiradentes Esquartejado, tela de Pedro Américo (1893) – Acervo Museu Mariano Procópio

A teoria da conspiração. Quem matou Eduardo Campos: a mão de Deus, que salvou Marina, um complô internacional ou quem o povo acredita?

Nos sete dias da trégua de luto pela morte de Eduardo Campos, espalhafatosamente quebrado pela grande mídia e pelo PSB (Marina Silva, familiares do morto) foi “feita” a cabeça do povo.

Eduardo Campos transformou-se em um mito mais forte que os de Arraes (em Pernambuco) e de Tancredo Neves (em Minas Gerais).

Sagrou-se como principal eleitor das eleições deste ano. Não há como Lula da Silva, um mortal, derrotar um santo e, mais do que santo um mártir, mais que se comprove que a queda do avião foi um acidente.

Porque, para vencer uma campanha emocional, é preciso muita competência dos propagandistas políticos  para reverter uma estratégia tão bem planejada e/ou executada.

O primeiro dia da campanha eleitoral na televisão foi fortalecer o mito.

jornal_estado_minas. mto eduardo

br_diario_comercio.750 criação do mito

Viúvas, como se sabe, reivindicam, por força de sua condição, o espólio

 

 

Marina anuncia ao mundo que está sofrendo mais do que a viúva. Não dá!
Genildo
Genildo

 

por Reinaldo Azevedo

Desculpem a crueza, mas não tenho paciência para mistificações. Leio na Folha a seguinte informação, de Mônica Bergamo. Prestem atenção. Volto em seguida.

A ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) telefonou ontem para Renata Campos, viúva do ex-presidenciável Eduardo Campos.
Foi a primeira vez que as duas se falaram depois do acidente que matou o ex-governador.
A conversa durou mais de uma hora e foi bastante emotiva.
Renata contou à candidata como estava cuidando dos filhos e como os quatro mais velhos tinham reações distintas diante da tragédia.
Houve momentos de descontração em que as duas rememoraram episódios divertidos da campanha.
De acordo com relatos que Marina fez a interlocutores, a viúva estava serena e firme, a ponto de consolar a ex-senadora.
“Eu quero te agradecer por você me dar esse momento. Eu liguei para te confortar e, na verdade, quem me confortou foi você com a sua tranquilidade e a sua força. Você é muito corajosa”, teria dito Marina.
De acordo com testemunhas, as duas não conversaram sobre campanha eleitoral.

Voltei

Não tenho dúvida de que Mônica Bergamo apurou exatamente o que está aí. Ocorrem-me algumas coisas. Vamos a elas:
1: era uma conversa privada, entre Marina e Renata;
2: Renata não falou com a imprensa, como se sabe;
3: logo, quem falou “a interlocutores”, que, por sua vez, falaram com a imprensa, foi… Marina Silva, este ser que flana acima do mundo, sem maldades.

Sinceramente… Eu estou entendendo direito ou Marina, segundo a informação divulgada por seus “interlocutores” pretende sofrer mais do que a viúva, mãe de cinco filhos. Não é preciso ser muito rigoroso para considerar indecoroso esse tipo de vazamento de “informação”. Não estou criticando a jornalista, não — até porque, quando acho que é o caso, critico. Cumpre a sua função e informa.

O que me incomoda, meus caros, é que Marina está, vamos dizer, se comportando como a viúva política. E viúvas, como se sabe, reivindicam, por força de sua condição, o espólio.

Com a devida vênia, esse tipo de informação me causa mais repulsa do que admiração.

 

benett
benett

O cheiro da morte de quem mora sozinho

Cada vez mais as pessoas nascem e morrem nos hospitais. E morrem sozinhas nas U.T.Is.

Quando não apodrecem em edifícios cortiços. No Brasil, sete em cada dez unidades domésticas têm apenas um responsável pelo domicílio.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 57 milhões de domicílios recenseados em 2010, 6,9 milhões eram de pessoas vivendo sozinhas.

Que serviço público atende um pedido de socorro de pessoas que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões etc?

Que orientação oferecem os governos federal, estaduais e municipais?

5 pessoas que foram encontradas mortas anos depois de terem morrido

por  Ramon Voltolini

Tente manter contato com um ao menos um círculo pequeno de pessoas. Pode ser que você não seja fã de dar as caras em absolutamente todas as confraternizações agendadas via Facebook. Mas pertencer a um nicho social qualquer é o que nos faz existir. Essas breves considerações se dão em função desta infeliz lista: pessoas que foram encontradas mortas em suas próprias casas depois de anos.

42 anos assistindo à TV sem dar um suspiro

Os restos de uma mulher foram encontrados 42 anos depois de sua morte. Mais curioso notar que o corpo sem vida estava sentado sobre uma poltrona, em frente a uma TV. Hedviga Golik, nascida em 1924, aparentemente fez um copo de chá antes de sentar-se como espectadora de um show qualquer.

suspiro

E tudo parou aí. Algumas décadas após 1966 – última vez em que Hedviga fora vista pelos seus vizinhos –, policiais acabaram invadindo o tal flat e a encontraram lá, congelada no tempo. Nada na velha casa tinha sido destruído até a chegada dos policiais – que tomaram o local em função da aquisição do flat por outra pessoa.

3 anos deitada sobre o sofá

Policiais do norte de Londres fizeram uma triste descoberta em janeiro de 2006. Deitado sobre seu sofá, estava o esqueleto de uma mulher. Em um dos quartos, uma televisão ainda estava ligada. Em outro dos cômodos, presentes de Natal ainda não tinham sido abertos.

sofá

Ao combinar os ossos do corpo estático, percebeu-se que tratava-se dos restos mortais de Joyce Vincent. A causa da morte ainda é desconhecida. E por três anos, ninguém deu falta da presença de Joyce – mesmo fazendo ela parte do cenário musical londrino das décadas de 1980 e 1990.

escritor

Ao entrar no flat de Barbara, o cunhado da escritora sentiu um “cheiro horrível”. Uma autópsia preliminar apontou morte natural como causa do infortúnio falecimento.

15 anos, um monte de ossos e pijamas
Um homem sem família foi encontrado morto em sua casa depois de 15 anos. Sobre o esqueleto, um pijama ainda cobria os ossos dos sujeito. O caso aconteceu na França, no ano passado.

caveira

“Não havia bagunça. A casa estava trancada por dentro. E nada sugeriu um ato criminoso”, disse um dos responsáveis por encontrar o corpo. O esqueleto do homem, nascido em 1921, foi achado sobre a cama.

Morto durante 7 anos sobre a cama

Em 2007, o corpo de um homem foi encontrado sem vida sobre uma cama, na Alemanha. E o mais trágico da história é o fato de que nenhum dos parentes sentiu falta do falecido.

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Ao lado da cama, encontrava-se uma carta enviada pelo Welfare Office, um maço de cigarros e um catálogo de televisão. E o cheiro de decomposição não perturbou ninguém? Aparentemente não. Os restos do homem foram encontrados por policiais que cumpriam uma ordem de despejamento.

Por que no Brasil não tem auxílio funerário para os pobres? Em Portugal, 1.200 euros

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O ministro  nazista das finanças do Japão,  Taro Aso, pediu aos idosos que apressem a morte  como uma forma de redução das despesas médicas e previdenciárias. Desconhecemos quanto Taro paga pela vida de um pé na cova. O apelo dele, no Brasil, não é um ‘bom negócio’ para nenhuma família pobre ou da classe média baixa. A morte matada, a morte morrida, a morte por causa desconhecida, a morte voluntária, a morte na fila do SUS está mais cara que a vida.

Os segurados do regime geral da Previdência Social que recebem benefício de até R$ 862,60 poderão ter direito ao pagamento do auxílio-funeral, se aprovado o projeto de lei 2983/11, do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ).

O projeto determina que o benefício pago ao responsável pelo funeral não poderá exceder o salário mínimo vigente. O auxílio será pago imediatamente ao responsável pelo funeral, desde que o segurado tenha contribuído para Previdência Social por pelo menos 12 meses.

Em casos em que o executor do funeral seja dependente do segurado, o benefício será de um salário mínimo.

Segundo a Agência Câmara, Garotinho explicou que o auxílio-funeral para segurados da Previdência Social já existiu na década de 1960 e vigorou por cerca de 30 anos, mas foi extinto. [Sarney foi presidente até 15 de março de 90. Collor governou até dezembro de 92. Itamar até 1 de janeiro de 95. Ferando Henrique de 95 a 2003]. Tal decisão presidencial desfaz o mito do Brasil cordial – um slogan para enganar turista.

Atualmente, a legislação prevê um benefício eventual por morte, concedido às famílias com renda per capita de até um quarto do salário mínimo.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família, Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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No Brasil da escravatura legal, os proprietários cidatinos jogavam os cadáveres dos negros nas ruas, como se faz hoje com os bichos.

A escravidão persiste, tanto que, neste 28 de janeiro, viveremos o nono Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e, consequentemente, denunciaremos os  nove anos de impunidade, por parte do Tribunal de Justiça de Minais Gerais, da Chacina de Unaí.

O brasileiro não é de reclamar nada. Não tem coragem de ir pra rua, e enfrentar as polícias dos governadores.

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Em Portugal, as famílias em crise, estavam deixando seus mortos no hospital. O governo ficou com a obrigação de enterrar os abandonados cadáveres como indigentes. Como nenhum governo gosta de trabalhar para o povo, além do vexame da burocracia = a demora pra enterrar aumentava a despesa – existe a propaganda fúnebre negativa.

Eis a decisão anunciada hoje:

Subsídio por morte fixado nos 1.200 euros

Oje/Lusa – O subsídio por morte passa a ter um valor fixo de cerca de 1.200 euros, bem como o reembolso das despesas de funeral, segundo o decreto-lei hoje publicado e que altera os regimes jurídicos de proteção social.

As alterações aos regimes jurídicos de proteção social no desemprego, morte, dependência, rendimento social de inserção, complemento solidário para idosos e complemento por cônjuge a cargo, do sistema de Segurança Social, foram aprovadas em Conselho de Ministros em dezembro e publicadas hoje em Diário da República.

No decreto-lei está definido que, “no âmbito das prestações por morte, o montante do subsídio passa a ter um valor fixo correspondente a três vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS) e o reembolso das despesas de funeral passa a ter o limite máximo correspondente também a três IAS”.

Desta forma, o subsídio por morte passa a ter o valor fixo de 1.257,66 euros, com o reembolso das despesas de funeral a não ultrapassar este valor.

No documento está também definido que, “na falta de comprovativo do pagamento das despesas de funeral por parte dos titulares do direito ao subsídio de morte, este só é pago àqueles findo o prazo de requerimento do reembolso das despesas de funeral”.

Estas alterações aplicam-se às situações de óbito ocorridas depois da data da entrada em vigor, ou seja, o primeiro dia útil do mês subsequente ao da publicação, que é o dia 1 de fevereiro.