Aposentados e pensionistas de Pernambuco passam fome e Paulo Câmara, o Governador Caviar, compra 283 mil reais em crustáceos, carnes e frutas para seu gabinete

Os funcionários públicos aposentados do governo de Pernambuco passam fome para Paulo Câmara Ardente comer e beber do bom e do melhor, e ter uma vida de luxo de fazer inveja ao Rei Sol da França. Antes de ser governador, ele já era marajá do Tribunal de Contas de Pernambuco. Eta vida boa e ociosa.

Que faz o governador Paulo Câmara pelo pensionista sem teto e sem nada, que herdou de um funcionário morto uma pensão de merda, humilhante, degradante, cada vez mais desvalorizada, de marginalizado econômico e social?

Paulo Câmara, um governador que não faz nada que preste para o povo. Nem para o funcionalismo público. Funcionários condenados ao esquecimento na vida e na morte. Que, mesmo depois de mortos, são supliciados.

Pensionistas e aposentados, desde os tempos de Eduardo Campos, vivem no inferno

Para Paulo Câmara não existe vida depois da morte. E nem direito à vida para aposentados e pensionistas. Isso quando ele depende do espetáculo fúnebre e macabro de uma câmara ardente…

Escreve Jamildo Melo:

Sem alarde, o gabinete pessoal de Paulo Câmara (PSB) finalizou uma licitação para compra de até 283 mil reais em alimentos para o seu gabinete pessoal no Palácio do Campo das Princesas.

Através de uma ata de registro de preços, o gabinete terminou a licitação de crustáceos, carnes, verduras, frutas, polpa de frutas, peixes e gelo para consumo do governador e seus assessores.

O resultado da licitação foi assinado em 8 de janeiro, mas só foi publicado no Diário Oficial em 27 de janeiro, um atraso inusual na divulgação.

A aquisição foi feita através de um pregão eletrônico, via Internet.

Em 27 de novembro, com exclusividade, o Blog de Jamildo revelou que o mesmo gabinete estava promovendo outro pregão para aquisição de até 90 mil reais em flores “para atender ao Gabinete do Governador”.

As flores para o gabinete tiveram grande repercussão (negativa) em redes sociais.

Leia os comentários

Até hoje permanece encantado o preço do escondido estádio construído na Mata de São Lourenço em Pernambuco. Com certeza o coliseu mais caro do mundo

Arena do Coliseu de Pernambuco. Foto de Eduardo Matino
Arena do Coliseu de Pernambuco. Foto de Eduardo Matino
Os camarotes para você assistir os jogos no luxo e na luxúria
Os camarotes para você assistir os jogos no luxo e na luxúria

“O novo mandatário da Capitania hereditária de Pernambuco foi empossado, no dia 1 de janeiro de 2015, falando em um novo federalismo.

Como auditor do Tribunal de Contas do estado, ex-coordenador administrativo do TJ (onde tem um irmão) e ex-secretário da Fazenda, o mais novo integrante da oligarquia pernambucana deve saber que um novo federalismo só se faz com reforma tributária e a União”, escreve Michel Zaidan Filho, que sofre assédio judicial do governador Paulo Câmara Ardente.

O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, ex-secretário de Planejamento também é funcionário concursado do Tribunal que faz de contas que faz as contas. Lá trabalha a viúva de Eduardo Campos.

O próprio Eduardo, que pediu para Dilma nomear Ana Arraes, nome de solteira, ministra do Tribunal de Contas da União do Brasil, foi secretário da Fazenda. E acusado de pagar escandalosos precatórios, conforme denúncias de Jarbas Vasconcelos então candidato a governador vitorioso nas eleições que derrotaram Miguel Arraes (1998).

De toda essa gente doutora em contas, a notícia, na época da inauguração, de que o Itaipava Arena Pernambuco, estádio construído na Mata de São Lourenço custou a bagatela de 532 milhões de reais.

A obra orçada em 479 milhões, hoje “O valor é 55% acima do contrato original, transformando o estádio no 4º mais caro do último Mundial”: 743 milhões, informa Cassio Zirpoli.

“Em relação ao fato de Odebrecht ter entregue ao Tribunal de Conta do Estado um relatório informando apenas o custo original (R$ 479 mi), Raul Henry defendeu o ato, pois o contrato original com a empresa não exigia uma planilha de custos unitários, conforme exigido pelo TCE-PE, mas com os seus recursos na obra (como guindastes utilizados, operários contratados etc)”. Leia mais

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Apesar de todos os doutorados em taboada, continua aberto 0 custo final do estádio, que passou a ser investigado pela Polícia Federal.

Informou toda a imprensa que a PF deflagrou a operação Fair Play, que apura irregularidades na construção da Arena Pernambuco.

Até agora foi encontrado um rombo de 42,8 milhões de reais. Conheça a safadeza:

“Há uma projeção de superfaturamento [R$ 42,8 milhões], e a constatação com precisão matemática será o segundo passo da investigação”, disse o delegado da PF Felipe Barros Leal, no Recife. Segundo ele, será recolhido material para confirmar a alta no custo da obra e o valor exato que foi superfaturado.

“A fraude na concorrência internacional já está confirmada”, afirmou Leal. Segundo ele, a Odebrecht foi procurada para fazer o projeto do estádio um ano antes de sair a licitação. Quando o edital saiu, as concorrentes tiveram apenas 45 dias para elaborar uma proposta.

Policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão no escritório da Odebrecht no Recife nesta sexta-feira na Operação Fair Play (Foto: Camila Torres / Globo Nordeste)
Policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão no escritório da Odebrecht no Recife nesta sexta-feira na Operação Fair Play (Foto: Camila Torres / Globo Nordeste)

Informa Vinícius Segalla: “A Odebrecth tem uma concessão para exploração do equipamento esportivo por 30 anos. Até lá, além do valor fixo que vem recebendo parceladamente por ter construído a arena, a empreiteira tem, por contrato, uma receita garantida de R$ 73 milhões por ano. Se a operação do estádio não resultar nesta receita, o contribuinte pernambucano completa o caixa da empreiteira baiana.

Conforme o UOL Esporte mostrou em reportagens recentes, por causa dessa cláusula contratual, o desembolso a mais do Estado com o estádio poderá chegar a R$ 1,76 bilhão, ou até ultrapassar esta cifra, fazendo com que o preço total da arena supere com folga a casa dos R$ 2 bilhões”. A putaria é maior do que se pensava. Veja

Carlos Augusto, do Jornal da Bahia, informou: na Operação Fair Play, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em sedes da construtora em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Os agentes também recolheram documentos na residência de dois sócios da empresa e na sede do Comitê Gestor de Parceria Público-Privada Federal, em Pernambuco.

charge licitação

Os envolvidos na fraude responderão pelos crimes de organização criminosa voltada à corrupção de agentes públicos e à fraude em licitações.

Muito já se escreveu sobre o estádio escondido na Mata. Mas o governador de Pernambuco, empossado em 1 janeiro último, e que até agora nada fez, decidiu sair dos esconderijos do Palácio das Princesas para processar Michel Zaidan Filho que escreveu:
O povo de Pernambuco aguarda, ansiosamente, que Sua Excelência o governador do Estado, o PSB, família Campos, os ex-secretários de Eduardo Campos, à frente deles o ex-secretário da Copa, o Sr. Ricardo Leitão, venham explicar como entregaram a construção de uma obra de 500.000.000 de reais à uma Construtora, cujo o dono encontra-se preso nas dependências da Polícia Federal do Paraná, sem terem realizado concorrência pública, mesmo com o formato simplificado dos editais para a construção das obras da Copa do Mundo. E também como e porque superfaturaram as indenizações e compra de materiais na ordem de 70.000.000 de reais. Espera-se que o senhor governador da capitania Eduardo Campos use os dotes literários exercitados ontem na Folha de São Paulo para dar uma explicação cabal, clara e convincente sobre o favorecimento de uma Construtora, sob investigação, numa obra feita com recursos do BNDES, avalizada e intermediada pelo Governo do Estado.

Para sermos justos, o nome do falecido deveria ser transferido para a Arena Pernambuco, pois esta obra faraônica é o principal legado do ex-governador. Além, é claro, da imensa pletora das obras inacabadas que deveriam contribuir para a (i)mobilidade dos pernambucanos. Da dívida de mais de 8 milhões de reais. De uma política criminal que só faz aumentar o número de homicídios e rebelião e fuga de presos. Do sucateamento e privatização da saúde pública, entregue aos amigos do IMIP. Do aviltamento salarial dos professores da rede estadual. Do plano de educação elaborado às vesperas do fim do prazo. Da quadrilha que atuava dento da CPRH, desmantelada pela nova gestora.

Vossa Excelência deve explicar como funciona a democracia interna de seu partido, que concede por direito dinástico cargos de candidato a prefeito ao irmão do morto, de vereador, ao filho do morto. Afinal de contas, o PSB é um partido ou é uma oligarquia familiar? Continue lendo

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Governador Paulo Câmara Ardente prepara a cama do professor Michel Zaidan

Veja quanto a justa de Pernambuco persegue a verdade, e oculta o rombo de oito milhões no estádio que os ladrões construíram na Mata de São Lourenço para a Copa do Mundo

Alex Falco Chang
Alex Falco Chang

No Blog do Jamildo, Michel Zaidan escreve

O convite de Vossa Excelência

Tive a súbita honra de receber, nesta manhã, em minha residência, um jovem e simpático oficial de Justiça convidando-me para uma audiência na 7a Vara da Justiça Criminal de Pernambuco, com o Excelentíssimo Senhor Governador do estado, o sr. Paulo Henrique Saraiva Câmara.

O lacônico e singelo documento, assinado por uma servidor da Justiça chamado Elisan da Silva Francisco, não menciona o assunto. Apenas marca a hora, o dia e o lugar do encontro.

E uma advertência “em se tratando da parte, o não comparecimento da mesma implica na presunção de culpa perante os fatos contra ela alegados (art.343, 1o e 2o do CPC).

Deve ser um privilégio do cargo (não só a celeridade do rito de inculpação), mas o poder de convocar uma pessoa a “prestar depoimento pessoal”, sob assunto não mencionado, sob pena da presunção confessada dos fatos contra si alegados.

Que fatos?

Que denúncias?

Que crimes?

Onde fica a presunção de inocência? O devido processo legal? O direito do contraditório….quando o litigante é o governador do estado?

Por quê Vossa Excelência não teve a gentileza de declinar as razões de tão honroso convite?

– Teria sido, por acaso, pela publicação no Blog de Jamildo de um pedido de explicação sobre as denúncias da Polícia Federal de superfaturamento e favorecimento a uma empresa construtora, por ocasião da contratação das obras da Arena Pernambuco, na operação Fair Play?

Gostaria de dizer que não fui denunciado pela PF nessa operação. Não tenho ligações com a Construtora Odebrecht, não fui beneficiado pelo favoritismo da “concorrência”. Não sou servidor público estadual e nem tenho negócios com o estado.

SOU PROFESSOR TITULAR DA UFPE, e não moro na Várzea.

Na breve convivência com a “entourage” do ex-governador, seja nas reuniões de Boa Viagem, seja em sua mansão do Sítio dos Pintos, ou na Pousada de Olinda, não tive o prazer de conhecer o digno mandatário.

Tive sim com o prefeito Geraldo Júlio, na Assembléia Legislativa. Para mim, é frustrante ser convidado por ele, sem saber exatamente de que se trata.

Candidamente, o portador do convite perguntou se era proibido fazer crítica às autoridades públicas em nosso estado. Ou se o estado tinha dono. Pura inocência, a dele!

Um mandatário popular (prefeito, governador, presidente) recebe uma autorização pelo voto para tomar decisões políticas e administrativas, respeitando os comandos constitucionais e as demais leis do país e do estado. Ele, portanto, deve satisfação aos seus representados.

Não pode prometer uma coisa e fazer outra. Ou seja, um auditor de contas, transformado em secretário da Fazenda e eleito governador, não pode simplesmente alegar o desconhecimento de fatos graves, como o “rombo” de 8.000.000.000 nas contas estaduais, atender às exigências de pagamento da Arena Pernambuco (40.000.000) e dizer que não tem dinheiro para a educação, a saúde, a segurança pública, o esgotamento sanitário, o poder judiciário etc.

E colocar a culpa no governo federal ou no ajuste fiscal ou na lei de responsabilidade fiscal ou na crise mundial ou seja lá no que for.

É como se praticasse um estelionato eleitoral para com os eleitores, aproveitando a comoção pública pela morte do seu patrono político.

Como dizia o outro, quem não tem competência, não se estabelece.

O que não dá é para o povo de Pernambuco aguentar as consequências desse descalabro administrativo, pela eleição de um gestor que pressupunha um chefe ou um comandante que desapareceu. E agora Jose? Para onde?

Aqueles que confiaram o seu voto e mesmo os que não confiaram o seu ao atual governador do Estado têm todo o direito de saber o que aconteceu com as contas públicas de Pernambuco e qual a relação da política e dos políticos pernambucanos com as denúncias publicizadas com a delação premiada dos réus da Operação Lava Jato, da construção da Refinaria Abreu e Lima e, agora, da Arena Pernambuco.

É sobre esses assuntos que o governador quer conversar?

OUTRO LADO:

O Blog de Jamildo entrou em contato com a assessoria do governador, que declarou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Nota do editor deste blogue: O caso Zaidan pode ser uma repetição do caso Ricardo Antunes, preso político do governador Eduardo Campos, que odiava a claridade. Veja link. 

Pernambuco está assim: Todo mundo é livre para meter o pau em Dilma, em Lula, e calar qualquer crítica sobre os becos e ruas escuras de Pernambuco.

Que reine as trevas!

Paulo Câmara anuncia secretariado e investe no mito de Campos

Paulo Câmara anuncia os novos secretários estaduais com herdeiros políticos e representantes dos governos Marco Maciel, José Muniz Ramos, Roberto Magalhães, Carlos Wilson Campos, Joaquim Francisco Cavalcanti, Jarbas Vasconcelos,  José Mendonça, Eduardo Campos e João Lyra Neto.

Estranhamente não existe ninguém do governo de Miguel Arraes. Têm políticos que divergiram dele. Arraes foi governador em 1963-64, 87-90, 95-99. Talvez seja uma represália à Marília Arraes, que não aceitou a troca do mito Arraes por Eduardo Campos.

Marília Arraes se fortaleceu com a vitória de Dilma Rousseff em Pernambuco
Marília Arraes se fortaleceu com a vitória de Dilma Rousseff em Pernambuco

Paulo Câmara contemplou os partidos da Frente Popular e abriu espaço para parlamentares não reeleitos neste ano ao convocar deputados federais e estaduais para seu governo.
Paulo Câmara mudou a estrutura do governo, criando novas secretarias, como a de Justiça e Direitos Humanos, e fazendo a fusão de outras, como a de Turismo com Esportes e Lazer. O governador eleito também atendeu às demandas da sociedade civil organizada, mantendo a Secretaria da Mulher.

Confira a lista abaixo:

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+ Chefe da assessoria especial
José Cavalcanti Neto

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Chefe de gabinete de projetos estratégicos
Renato Thièbaut

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+ Chefe de gabinete de projetos do governador
Rui Bezerra Filho

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+ Chefe da Casa Militar
Coronel Pedro Mário Cavalcanti
+ Procuradoria geral do estado
Antônio César Reis

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+ Secretaria da Casa Civil
Antônio Figueira
Comandou a pasta da Saúde durante a gestão Eduardo Campos. Neste ano, deixou o governo para fazer parte da coordenação da campanha de Paulo Câmara ao governo do estado.

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+ Secretaria de Planejamento
Danilo Cabral
Eleito deputado federal, ele volta ao governo do estado. Durante as gestões de Eduardo Campos atuou nas pastas de Cidades e Educação. Com a ida de Danilo para o governo, Paulo Câmara abre espaço para que Augusto Coutinho (SD) assuma uma cadeira na Câmara dos Deputados.

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+ Secretaria da Fazenda
Marcio Stefani
Atual secretário de Desenvolvimento Econômico, ele também fez parte do governo Eduardo Campos. Antes da atual pasta, ele foi presidente da AD-Diper.

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Secretaria da Administração
Milton Coelho
Foi secretário de Governo da segunda gestão de Eduardo Campos e um dos aliados mais próximos do ex-governador.

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+ Secretaria de Educação
Fred Amâncio
Também fez parte das gestões de Eduardo Campos e de João Lyra Neto no comando de várias pastas. Fazendário de carreira, foi secretário da Saúde, deDesenvolvimento Econômico e, atualmente, é de Planejamento e Gestão.

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+ Secretaria da Saúde
Iran Costa
Médico e interventor do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) desde março de 2013.

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+ Secretaria das Cidades
André de Paula
Eleito deputado federal, ele vai comandar uma pasta responsável por algumas das principais obras do governo estadual. Com a escolha de André de Paula, ele contempla o partido aliado PSD e abre espaço que Cadoca (PCdoB), não reeleito, permaneça na Câmara dos Deputados.

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+ Desenvolvimento Social, Criança e Juventude
Isaltino Nascimento
Ele foi secretário de Transportes na gestão de Eduardo Campos. Deixou o governo para concorrer uma vaga na Assembleia Legislativa, mas não foi eleito.

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+ Secretaria de Agricultura
Nilton Mota
É outro que volta à gestão estadual. Foi secretário da Educação de Pernambuco, presidente da Companhia Estadual de Habitação entre 2011 e 2012. Quando Geraldo Julio foi eleito prefeito do Recife, ele deixou o governo estadual e assumiu a pasta de Infraestrutura e Serviços Urbanos da capital. Nestas eleições, conquistou uma das 49 cadeiras da Assembleia Legislativa.

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+ Desenvolvimento Econômico
Thiago Norões
Procurador de carreira, ele foi procurador-adjunto na primeira gestão de Eduardo Campos (2007-2010). No governo seguinte, foi o titular da pasta. Deixou o governo neste ano após desentendimentos com o governador João Lyra Neto, quando se integrou à equipe de transição.

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+ Secretaria do Trabalho e Micro Empresa
Evandro Avelar
Atual secretário das Cidades, Avelar deixa a pasta após quase oito meses – ele foi nomeado quando João Lyra Neto assumiu o governo, em abril. É engenheiro civil e já foi secretário de Desenvolvimento Urbano e de Projetos Especiais. Já esteve à frente também da secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Humana de Jaboatão dos Guararapes e da Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU).

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+ Secretaria de Relações Institucionais
André Campos
Não reeleito deputado estadual, ele fará parte do primeiro escalão do governo.

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+ Secretaria de Meio Ambiente
Sérgio Xavier
Ele volta ao governo para a mesma pasta que ocupou durante a gestão de Eduardo Campos. A escolha dele abre espaço para o Partido Verde e para um aliado da ex-ministra Marina Silva, que foi candidata do PSB à Presidência da República.

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+ Secretaria de Imprensa
Ênnio Benning
Jornalista, Benning foi repórter e editor dos cadernos de política e economia do Diario. Já foi titular da secretaria de imprensa durante a gestão do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), para quem trabalhou até este ano, quando foi cedido (a princípio, temporariamente) para a campanha de Paulo Câmara (PSB) ao governo do estado, estando à frente do núcleo de comunicação.

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+ Secretaria de Turismo
Filipe Carreras
Formado em Ciências Contábeis, Carreras iniciou sua atuação na vida pública em 2013, quando ocupou a secretaria de turismo e lazer da prefeitura do Recife. Até então, trabalhava na indústria de entretenimento. Neste ano, candidatou-se a deputado federal, sendo o candidato mais votado na capital pernambucana e um dos mais votados em todo o estado. A cadeira de Carreras na Câmara Federal será ocupada por Fernando Monteiro (PP), sobrinho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro.

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+ Secretaria de Transportes
Sebastião Oliveira
Formado em Medicina, Sebastião Oliveira é deputado estadual, sendo integrante, inclusive, da mesa diretora da Assembleia Legislativa (Alepe). Neste ano, conseguiu se eleger deputado federal, com mais de 115 mil votos. Natural de Serra Talhada, no Sertão, Oliveira é filho do ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sebastião Ignácio de Oliveira Neto. A vaga de Sebastião na Câmara Federal será ocupada por Raul Jungmann (PPS), que atualmente é vereador do Recife.

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+ Secretaria de Defesa Social
Alessandro Carvalho
O secretário permanecerá como titular da pasta, cargo que ocupa desde 2013. Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia, é delegado de Polícia Federal desde 1999. Já atuou nos estados do Rio Grande do Norte, da Bahia e do Paraná. Ele é especialista em Gestão de Políticas de Segurança Pública pela Academia Nacional de Polícia e exerceu o cargo de secretário executivo de defesa social entre julho de 2010 e dezembro de 2013.

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+ Secretaria de Infraestrutura
Fernando Dueire
Já ocupou a titularidade da secretaria durante a gestão do ex-governador Jarbas Vasconcellos (PMDB). A indicação de Dueire, inclusive, teria sido do próprio Jarbas.

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+ Controladoria-Geral do Estado
Rodrigo Amaro
É presidente da empresa Pernambuco Participações (Perpart), vinculada à Secretaria de Administração.

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+ Secretaria de Justiça e Direitos Humanos
Pedro Eurico
É o atual secretário de Criança e Juventude do governo do estado. Faz parte do PSDB, mas trata-se de uma escolha pessoal de Paulo Câmara.

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+ Secretaria da Mulher
Silvia Cordeiro
É a atual secretária da Mulher da Prefeitura do Recife. É médica sanitarista e feminista.

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+ Secretaria de Cultura
Marcelino Granja
Foi titular da secretaria de Ciência e Tecnologia durante a gestão do ex-governador Eduardo Campos. Deixou o governo para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do estado, mas não foi eleito. A escolha de Marcelino contempla o PCdoB, partido aliado do PSB durante a campanha de Paulo Câmara ao governo do estado.

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+ Secretária da Ciência, Tecnologia e Inovação
Lúcia Melo

Quem vai indenizar as vítimas do avião fantasma que matou Eduardo Campos?

Acusado de ter assassinado o candidato a presidente Eduardo Campos, o PT perdeu as eleições em Pernambuco, e jamais cobrou dos candidatos beneficiados uma resposta clara: se os eleitos governador Paulo Câmara e o senador Fernando Bezerra Coelho concordam com a denúncia, que também beneficiou eleitoralmente Marina Silva.

Eis uma tragédia que muita gente quer agora esquecer, mas que exige a cada dia vários esclarecimentos. Notadamente o pagamento das indenizações às vítimas do voo e aos moradores afetados em solo.

"Minha vida era tranquila, até o dia em que caiu a turbina de uma aeronave dentro da nossa sala, enquanto a minha filha assistia desenho no apartamento que a gente morava no Boqueirão. Minha família sobreviveu, mas nós perdemos todos os bens. Recomeçar do zero não é fácil. Apesar de ter recebido muitas doações de roupas e cestas básicas, tive que comprar muitas coisas e a minha vida se transformou num caos. Já se passaram mais de 3 meses da tragédia e não fui ressarcida de nada. As empresas envolvidas esqueceram que eu existo. Espero que um dia eu tenha a minha vida tranquila de volta."
“Minha vida era tranquila, até o dia em que caiu a turbina de uma aeronave dentro da nossa sala, enquanto a minha filha assistia desenho no apartamento que a gente morava no Boqueirão. Minha família sobreviveu, mas nós perdemos todos os bens. Recomeçar do zero não é fácil. Apesar de ter recebido muitas doações de roupas e cestas básicas, tive que comprar muitas coisas e a minha vida se transformou num caos. Já se passaram mais de 3 meses da tragédia e não fui ressarcida de nada. As empresas envolvidas esqueceram que eu existo. Espero que um dia eu tenha a minha vida tranquila de volta.”

Escreve Paulo Moreira Leite: Depois que o nome de Eduardo Campos surgiu na delação de Paulo Roberto da Costa, Marina Silva tenta nos convencer de que é possível entrar na chuva e não se molhar.

Explico. Ao mesmo tempo em que tenta entrar no coro conservador ao falar do ‘apadrinhamento, da corrupção, do uso político’ na Petrobras, Marina afirma que ‘não quer uma segunda morte de Eduardo Campos por leviandade.’ Pode?

Ou a candidata denuncia a leviandade – e neste caso não lhe cabe fazer afirmações levianas sobre a maior empresa brasileira, colocando seu tijolo na preservação do mítico ‘mar-de-lama’ criado por Carlos Lacerda para atacar as conquistas do governo Getúlio Vargas.

Ou então utiliza argumentos de natureza emocional (‘segunda morte’) para fugir do debate real, finge que sua campanha não tem nada a ver com isso e segue na corrida atrás de votos procurando a criminalizar os adversários.

O que não dá é ficar em posturas opostas, quando convém. Ora vítima de uma possível injustiça, ora candidata imaculada. Existe algo mais ‘velha política’?

 

Aroeira
Aroeira

(…) Marina agiu de forma parecida quando se verificou que o PSB fazia campanha com um avião registrado em nome de laranjas.

Ela própria só não embarcou no voo da tragédia porque naquela manhã Eduardo Campos se dirigia para um seminário ao qual a vice não tinha interesse em comparecer.

Marina viajou seis vezes no Cessna que caiu em Santos. Prometeu solenemente dar explicações que nunca vieram. Mas segue falando em ‘corrupção’, ‘apadrinhamento’, ‘uso político’.

Isso acontece porque o moralismo – que é uso seletivo e maroto de princípios éticos com fins políticos – é uma moeda de troca eleitoral. O mensalão do PSDB-MG segue a grande prova definitiva a respeito”.

 

Meme da campanha eleitoral
Meme da campanha eleitoral

De acordo com os números pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha do PSB arrecadou e gastou exatamente o mesmo valor: R$ 62.066.728,32.

Os recursos representam a prestação final das contas da campanha pessebista, ou seja, levam em consideração também o período em que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em agosto, era o candidato da coligação.

O detalhamento das receitas e despesas de Marina, no entanto, não explica o pagamento do jato que caiu em Santos.

No fim de agosto, o PSB divulgou uma nota na qual dizia que o partido iria contabilizar e declarar à Justiça Eleitoral o empréstimo da aeronave somente na prestação final de contas da campanha, o que não aconteceu.

O avião continua fantasma.

marina tchau

O PSB de Marina Silva não quer pagar a conta. O advogado e escritor Antônio Ricardo Accioly Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, pretende que a União e a Cessna, fabricante da aeronave, paguem as indenizações às vítimas do voo e aos moradores afetados em solo.

No final de agosto, o irmão de Campos visitou os moradores e prometeu apoio às famílias. “Eu não prometo uma coisa sem fazer. O partido [PSB] admite, no futuro, a possibilidade de ajudar em caso de ausência da seguradora”, afirmou.

A representação na Procuradoria tem como alvo a União porque, segundo ele, a base aérea de Santos não poderia ter autorizado o pouso da aeronave com o tempo ruim do dia do acidente.

O advogado alega também que o sistema de auxílio de voo da base é “muito antigo e praticamente inoperante”, o que “pode também ter influenciado”. A base aérea de Santos é de responsabilidade da Força Aérea Brasileira.

Ele aponta ainda falhas estruturais no avião, como a caixa-preta, que não teria gravado as últimas horas de voo.

“Não é normal uma caixa-preta não estar funcionando. Se cai no fundo do mar, se acha e continua funcionando”, disse.

Além disso, ele entende que há um “erro de projeto” sobre o recolhimento de flaps em alta velocidade.

Fica explícito que Antônio Campos não acredita em atentado político. A causa da morte de Eduardo Campos foi acidental.

 

A eleição da morte e do volume morto. O voto emocional no caixão

O acidente aéreo que ceifou a vida de Eduardo Campos criou o voto dos justiceiros. O voto de vingança. Porque foi espalhado o boato de que “o PT matou Eduardo Campos”.

Tal mentira ajudou a eleger desgastados governadores do PSDB, a começar por Geraldo Alckmin que, sem nenhuma protesto de Aécio Neves, fez divulgar a seguinte propaganda:

EDuardo alckmin 2

Uma propaganda que representa uma traição ao candidato tucano a presidente. Mas todo o PSDB aprovou. Que São Paulo é a maior cidade do Nordeste.

Em Pernambuco, todos os candidatos petistas foram considerados assassinos. Resultado: o PT não elegeu o senador e nenhum deputado federal e diminuiu sua bancada na Assembléia Legislativa.

A atoada de que “o PT matou Eduardo Campos” sobrou para Dilma e para o candidato a governador Armando Monteiro, e os dois vinham liderando as pesquisas.

O candidato Paulo Câmara Ardente, casado com uma prima de primeiro grau de Eduardo Campos, foi o candidato a governador campeão de votos no Brasil.

A coscuvilhice de “o PT matou Eduardo Campos” transformou em assassinos os deputados federais não eleitos Fernando Ferro, João Paulo, que foi candidato a senador, Pedro Eugênio, Paulo Rubem Santiago (do PDT, candidato a vice-governador), e os deputados estaduais Manoel Santos, Odacy Amorim, Sérgio Leite, Teresa Leitão.

 

muro pichado

A reação do PT foi pedir investigação sobre autoria de diversas pichações que apontam a legenda como responsável pela queda do avião que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Noticiou a imprensa nacional no primeiro turno: A frase “O PT matou Eduardo Campos” aparece em muros do Recife e em vários municípios. “Parece que estamos entrando em uma espécie de obscurantismo de campanha. É preciso que isto seja investigado e que os responsáveis sejam identificados e devidamente punidos, já que o fato dialoga com a eleição que está em curso”, disse a presidente estadual do PT, Teresa Leitão.

As fotos das pichações foram publicadas em todos os jornais e mostradas pelas televisões. Na internet, os nojentos memes:

Quem matou Eduardo Campos

Coronel-diz-que-morte-de-Eduardo-Campos-não-foi-acidente-300x222

dilma assassina

derrubo Aécio

proximo é você

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O PT, por incompetência, notadamente em Pernambuco e São Paulo, pretendeu anular uma campanha emocional com uma contrapropaganda racional. Alckmin, além de usar o cadáver de Eduardo Campos, continua a jogar com o volume morto das represas, garantido que não vai faltar água em São Paulo. Agora, para eleger Aécio.

Não foi divulgado que Eduardo Campos, quando comprou o avião, demitiu a antiga a tripulação, que foi substituída por pilotos de sua confiança. Pilotos que não conheciam o avião, que antes de explodir, teve um pane elétrica, logo nos primeiros vôos de Eduardo e Marina Silva.

Limitou-se o PT a comprovar que o avião foi comprado com dinheiro do caixa 2, e no nome de empresas laranjas.

O certo é que o corpo de Eduardo Campos continua insepulto. Não se sabe até onde a propaganda fúnebre influenciará a votação do segundo turno. Relembre que o primeiro ato da campanha de Aécio Neves, neste segundo turno, foi visitar a viúva de Eduardo.

O zunzum do atentado teve como base um texto que apareceu na web, logo depois do fatídico 13 de agosto, usando indevidamente o nome do coronel do Exército José Ori Dolvin Dantas, comprovando que o avião foi sabotado.

Garante o coronel que o texto jamais foi escrito por ele, e anunciou que está tomando “as devidas providências cabíveis para descobrir quem usou seu nome e seu currículo, indevidamente”.

Os políticos do PT acusados também precisam desmontar a câmara ardente, e condenar os pichadores de muros, os mexeriqueiros, os violadores de túmulo, os vivos-que=carregaram-o-morto de cidade em cidade, os que criaram a inverdade do atentado para matar Eduardo, os infames acusadores de um falso assassinato. Eleição não é linchamento.

eleição caixão

 

Propostas de Aécio, “música” aos senhores da riqueza financeira

Paulo Copacabana, em especial para o Viomundo, escreveu que as propostas de Marina eram música para os “senhores da riqueza financeira”. Troquei o nome de Marina pelo de Aécio. Por vários motivos.

Que Marina se vendeu a Aécio. Em troca do apoio, quer um ministério todinho pra ela, um mandato de quatro anos para presidente, e ser candidata do PSDB em 2018.

Miguel
Miguel

Finalmente, tirou a máscara de fada defensora da floresta, e desconstruiu o mito de Nossa Senhora das Dores, de uma infância parecida com a de Santa Joana d’Árc, a analfabeta que salvou a França, e o sofrimento de Santa Benadette. Santas que fizeram parte da devo√ação de Marina, noviça da Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras, em Rio Branco (AC).

“Maria Osmarina da Silva, a Marina Silva, chegou à casa das irmãs em 19 de fevereiro de 1976, 11 dias depois de completar 18 anos.

(…) ‘É a primeira vez que vive com as irmãs’, afirma o documento, guardado no arquivo da entidade.

No período de um ano e cinco meses em que ficou lá, Marina ocupava uma das três camas do quarto 07, de cerca de 25 metros quadrados ao final de um amplo corredor de paredes verde-claras que liga a sala aos quartos das aspirantes. O cômodo mantém a decoração: alguns dos móveis simples de madeira e até as colchas daquela época.

O casarão com varandas é amplo e fresco nos dias de brisa da incomum friagem (período de queda de temperatura) da equatorial Rio Branco. Tem oito quartos – para quatro moradoras e visitantes –, cozinha e copa espaçosas e um grande terreno gramado, com seringueiras e um pomar com pés de enormes laranjas e de cupuaçu. Era o seu canto favorito. ‘Ela era muito voltada à contemplação, gostava de ficar no quintal, junto às árvores, talvez um ambiente parecido com aquele em que vivia antes’, diz a irmã Eva, repetindo relatos.

O restante do tempo dividia entre as aulas no Instituto Imaculada Conceição – hoje com cerca de 700 alunos e ainda mantido pela ordem – e os estudos religiosos. ‘Ela entrou para a família religiosa com o intuito de ser irmã, mas chegou o momento em que não se encaixou e, depois de conversas, decidiu sair. A pessoa entra, conhece a estrutura e o jeito de viver, mas às vezes não se encaixa, é comum. É uma vida muito rigorosa, difícil’.

As Irmãs Servas de Maria Reparadoras tiveram origem na Itália, em 1900, voltada a ajudar e educar crianças órfãs. Chegou em 1921 ao Brasil e se instalou em Sena Madureira (AC). É da corrente progressista da Igreja Católica e atua na educação, saúde e contra violações de direitos humanos. ‘Uma moça sem ligação com educação não fica. Talvez tenha inspirado Marina, depois professora, não sei o que ela pensa disso, mas acho que influenciou nas suas opções’, disse irmã Eva, que não deve votar na ex-companheira. ‘Não fiz a opção ainda. Talvez a opção seja outra.’

Os sinais da saúde frágil já apareciam, mostra o livro. ‘Em 29/7/76, estando com gripe acompanhada de tosse, foi consultada pelo Dr. Silvestre; este solicitou uma radiografia dos campos pulmonares, a qual foi tirada no mesmo dia. Resultado: normal.’

Em julho de 1977, Marina desistiu da vida religiosa. ‘A própria candidata disse não ter vocação’ é a anotação do livro. O pai, Pedro, tem outra versão. ‘Ela queria emprego para ajudar nossa família, mas lá o dinheiro fica na comunidade. Aí desistiu”.

Sinfronio
Sinfronio

Marina nunca gostou de trabalhar. No seringal de onde saiu perto de completar 16 anos não foi seringueira, trabalho proibido para as mulheres. Principalmente para uma criança. Pelos perigos de ficar solta na floresta. Perigos de todos os tipos. Não se quebra, facilmente, os tabus de pequenas comunidades.

No mais, Marina teve os poderes, eleita pelo PT, de vereadora, deputada estadual, duas vezes senadora, ministra de Lula; tem as amizades das maiores fortunas do Brasil; e o pai, com 87 anos, vive no alagado de uma favela do Rio Branco, em casa de madeira.

Tem irmãs que ainda vivem nas mesmas terras de sua infância feliz.

Pedro Augusto, 87 anos, pai de Marina
Pedro Augusto, 87 anos, pai de Marina

Marina pai

 

É um conto de fadas de Cinderela: Marina empregada doméstica. O pai não ia deixar a filha sair de casa (Marina vivia e foi criada pela avó, parteira) para a cidade grande, sem ter para aonde ir. Para ficar na rua. Marina viajou para um endereço certo.  A casa do tio delegado, de onde saiu por maltrato não explicado. Antes de entrar no convento ficou em uma casa tão pobre quanto a do pai dela hoje. Como agregada.

Não confundir pobreza com vida de miserável, de abandono.

Do convento, Marina saiu para estudar história em uma universidade, quando fundou a CUT, e foi candidata derrotada a deputado federal, tendo Chico Mendes como candidato a deputado estadual. Era a Marina sindicalista e comunista.

Senadora conheceu as maiores fortunas do Brasil, e foi candidata a presidente em 2010, tendo como vice um dos homens mais ricos do Brasil, explorador da Floresta da Amazônia, dono de uma empresa com o nome bem sugestivo, Natura. Este ano foi candidata, pela segunda vez, tendo como vice um latifundiário do Rio Grande do Sul, líder da bancada ruralista na Câmara dos Deputados, e defensor das empresas de álcool, fumo e armas, lóbi que não casa com Marina evangélica, parceira dos pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano.

nani mudança marina

Qual a diferença entre Maria Alice Setubal, dona do Banco Itaú e mentora do plano econômico de Marina, e Armínio Fraga, também banqueiro, que coordena a campanha de Aécio Neves?

Os dois defendem a autonomia do Banco Central, contra o Mercosul, o BRICS; e a volta do FMI e das privatizações de Fernando Henrique, o tudo para “os senhores da riqueza financeira”, e neca para o povo pobre e para os miseráveis.

Aécio lucro

Armínio Fraga

Armínio Fraga era um empregado de George Soros, indicado para presidir o Banco Central no governo entreguista de Fernando Henrique.

Bancário que era virou banqueiro.

No governo de FHC, Soros se tornou o principal acionista da Vale do Rio Mais do que Doce.

A imprensa vendida brasileira informou que Soros trocou as ações da Vale por ações da Petrobras. Acho que não existe esse tipo de transa. Assim sendo, a Petrobras passou a ser sócia da Vale. Coisa pouca: 634 milhões de dólares.

O noticiário da campanha de Aécio jura que Soros, temeroso de uma vitória de Dilma, passou essas ações para não se sabe quem. Queira Deus que sim. Soros é um especulador, um predador internacional. Ladrão todo. Se aparecer na Rússia vai preso. Patrocina a atual guerra da Ucrânia e outras. Pela teoria da conspiração, mandou matar Eduardo Campos. Não acredito que seja verdade, mas que ele é capaz disso é, e de coisas piores.

Na Ucrânia, muitos dos participantes das manifestações em Kiev assumiram fazer parte de determinadas Organizações Não Governamentais (ONGs) responsáveis por treiná-los em táticas de guerrilha urbana, em numerosos cursos e conferências promovidos pela Fundação do Renascimento Internacional (IRF, em inglês), criada por Soros. A IRF, fundada e financiada pelo multimilionário, orgulha-se de ter feito “mais do que qualquer outra organização” para a “transformação democrática” da Ucrânia, afirmou.

A ação de Soros, no entanto, permitiu que ultranacionalistas passassem a controlar os serviços de segurança ucranianos, como a polícia e as forças armadas. Em abril, o secretário do Conselho de Segurança Nacional e da Defesa, Andréi Parubiy, foi acusado por testemunhas de aceitar suborno da CIA para ajudar no combate àqueles que se opõem ao governo autoproclamado. Ainda segundo o InfoWars, a operação militar de Kiev, com seu caráter violento, incluindo o incêndio na sede de um sindicato em Odesa, no qual morreram mais de 80 pessoas, também pode ser atribuído ao ativismo de George Soros e das outras organizações ligadas à IRF.

Estas mesmas ONGs foram detectadas no Brasil com um serviço semelhante àqueles prestados pela IRF à ultradireita na Ucrânia. A ONG Brazil No Corrupt seria mais uma na lista de organizações patrocinadas por organismos internacionais para a promoção de atos de vandalismo e de violência nas manifestações de rua.

No Brasil, antes e durante e depois da Copa do Mundo, no movimento #naovaitercopa. Compete, ainda, a estas organizações, o patrocínio de páginas nas redes sociais, como a TV Revolta, entre outras, criadas para disseminar o ódio e promover a desestabilização do governo instituído, em manifestações violentas nas principais capitais, com infiltrados das polícias de São Paulo e Rio de Janeiro.

Em Pernambuco, a campanha do governador eleito Paulo Câmara Ardente denunciou que “O PT mandou matar Eduardo Campos”. Resultado: o PT não elegeu o senador, e nenhum deputado federal. Os pernambucanos colocaram nas urnas o voto justiceiro. As eleições representaram um verdadeiro linchamento dos “assassinos”. Sobrou para Dilma e Armando Monteiro, candidato a governador.

Incompetência da propaganda petista. Bastaria completar a frase pichada nos muros: “O PT matou Eduardo Campos” para eleger Marina ou Aécio.

 

 

Frank
Frank

 

Eis o texto de Paulo Copacabana:

Não tem como fazer omeletes sem quebrar os ovos.

Esta frase, para mim, resume os desafios políticos que temos pela frente para melhorarmos nosso país nos próximos anos.

A Nova Política só começará com uma ampla discussão e mobilização popular sobre uma reforma política que permita três coisas: ampliar os canais de participação da sociedade na definição do seu próprio destino, reduzir o poder do dinheiro sobre a política e ampliar a representação das classes populares nos parlamentos brasileiros.

Para isso, precisamos de partidos fortes, democracia interna e idéias claras sobre suas posições.

Para Marina Silva representar efetivamente este ideal, não basta dizer que representa a Nova Política. Os aliados que ela carrega e o jatinho que usou financiado por caixa 2 e empresas laranjas desmentem a todo momento esta sua profissão de fé.

Ela precisa rapidamente dizer quando, como, em que direção e com quem fará uma reforma política no Brasil, já no início do seu governo.

A princípio, Marina não parece se preocupar com partidos fortes ou idéias claras. Parece carregar apenas o “espírito do tempo”, marcada por vontades de mudanças abstratas, sem saber exatamente para onde e como. Uma certa continuidade e vertente eleitoral das jornadas de junho de 2013.

Os apolíticos e os antipolíticos parecem finalmente se juntar aos reacionários e àqueles que representam a infantilização da política (quero tudo agora e de qualquer jeito).

As dificuldades de Marina em construir a Nova Política residem exatamente nesta sua frágil base politica de sustentação.

Precisará dos movimentos sociais e trabalhadores organizados para aprofundar a democracia no Brasil. Quando e se quiser fazer este aceno, será rapidamente abandonada pela sua base eleitoral. Crise política à vista.

Por outro lado, na economia política, Marina já encarna o papel de melhor guardiã da financeirização da riqueza. As poucas famílias, empresas não financeiras e bancos, que aplicam suas riquezas em diversos produtos financeiros, estão indo ao delírio com as propostas dos gurus econômicos de Marina.

Banco Central independente, altíssimas taxas de juros que procurem levar a inflação a níveis suíços, câmbio livre, cortes nos gastos públicos, redução dos salários e “outras maldades” já reveladas soam como música aos senhores da riqueza financeira.

Deve começar seu governo já refém destes interesses poderosos. Uma verdadeira crise econômica se avizinha.

Paralisia política e crise econômica pode ser o resultado mais esperado do seu governo. Marina já acenou que planeja ficar apenas quatro anos.

Não terá outra saída. De qualquer modo, já terá cumprido o papel para os senhores do dinheiro.

Para o país, uma lição a mais: a infantilização da política não produz avanços.

 

Dilma Aécio nova políitca

 

Paulo Câmara Ardente

pyramidshapes

Paulo Câmara Ardente é o vivo-carregando-o-morto por cada cidade de Pernambuco, transformando cada comício em um velório de Eduardo Campos.

Nos discursos diz Câmara Ardente que vai realizar um governo do morto, para o morto, pelo morto. Garante fazer, em quatro anos, tudo que Eduardo não fez em oito. Um governo de faraó, de múmia de muitas pirâmides, padrão Fifa, tipo a super, super faturada Arena construída na Mata de São Loureço para os jogos da Copa do Mundo, que rendeu milhares de despejo e muita cacetada, bombas de efeito imoral, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e prisão para o povo.

Esquece Paulo de prometer se vai continuar com os serviços fantasmas do morto e as obras fantasmas do morto, tudo pago com a assinatura dele Câmara Ardente, quando secretário da Fazenda.

Também não toca no avião fantasma. Apesar do palanque sempre armado ao lado da pichação “O PT matou Eduardo Campos”.

Pergunta uma alma: -Por que matou?

Uma assombração responde: -Para eleger Marina presidente. Marina sempre garantiu que tinha mais votos do que Aécio, do que Eduardo. Que era a única candidata que podia derrotar Dilma.

Xeque-mate das eleições de Pernambuco

Da Revolução de Trinta – e tudo indica – até os anos vinte deste século, Pernambuco teve quatro governadores que marcaram a sua História.

Marco Maciel que era da escola de Paulo Guerra que era da escola de Miguel Arraes que era da escola de Agamenon Magalhães.

Pouco importam as circunstâncias das ditaduras de 37 (Agamenon e Arraes) e de 64 (Paulo Guerra e Marco), eles imaginaram e criaram o Pernambuco que hoje vivemos.

O governo do Estado está sendo disputado por um neto de Agamenon, Armando Monteiro, e o parente Paulo Câmara (*) de Eduardo Campos, neto de Arraes.

Paulo Câmara é apenas uma sombra de Eduardo Campos, que foi um razoável, regular governador. E Armando Monteiro tem uma vivência legislativa, mas falta provar que merece comandar Pernambuco.

Duke
Duke

Vivemos uma campanha emocional, demagógica, e marcada pela baixaria da propaganda fúnebre, desde que se pede o voto dos justiceiros, que no enterro de Eduardo Campos exclamaram “justiça, justiça”, anunciando que Eduardo Campos foi assassinado  e, finalmente, apelaram para o linchamento do “PT que matou Eduardo Campos”.

Outra teoria de conspiração (**), muito mais convincente, porque cita os nomes dos interessados, denuncia que os inimigos do PT, a CIA de Obama e o bilionário especulador George Soros, para impedir a reeleição de Dilma Rousseff, uma das fundadoras do BRICS contra o FMI, explodiram o avião de Eduardo Campos. Rememore que no dia 13 de agosto, dia do suposto ato de terrorismo, Dilma e Armando venceriam no primeiro turno. Assim indicavam todas as pesquisas de opinião pública.

Morto Eduardo, Marina passou a liderar as pesquisas (Ela sempre disse que possuía mais votos).

Aécio Neves, via Armínio Fraga, tem o apoio de George Soros. Idem Marina, via o Banco Itaú.

Não acredito na  chacina de Eduardo Campos e de seus assessores, porque parentes das vítimas não pediram a prisão de nenhum sicário.

O irmão de Eduardo Campos deu uma entrevista, reconhecendo que foi uma morte acidental.

Por que, no anonimato dos muros, a pichação o “PT matou Eduardo Campos”?

Quem picha sabe: esse slogan sangrento rende  votos.

 

(*) Paulo Câmara é casado com Ana Luiza Câmara, prima de primero grau de Eduardo Campos

(**) Vide links

 

 

A desprotegida residência de Eduardo Campos

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Falta polícia em Pernambuco. Várias cenas de bandidagem já aconteceram em frente à casa da família de Eduardo Campos, ex-candidato a presidente do Brasil.

Na véspera do seu enterro, jornalistas e cinegrafistas foram assaltados por dois bandidos armados. Que levaram três relógios. Ninguém foi preso.

Banners utilizados na campanha presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB) ao governo de Pernambuco amanheceram rasgados em frente à casa da família Campos, no bairro de Dois Irmãos no Recife, na manhã deste sábado (13). A data marca um mês após o trágico acidente aéreo que vitimou o ex-governador e outras seis pessoas na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.

Esse material de propaganda foi retirado das ruas a mando do Tribunal Regional Eleitoral. Quem cumpriu a ordem judicial deve ser investigado.

Eduardo Campos era uma pessoa querida, não tinha inimigos. E os candidatos que disputam a presidência da República e o governo de Pernambuco jamais seriam capazes de dar um tiro no pé para patrocinar um estranho e inusitado e perigoso evento político, que apenas beneficia Marina que, no momento, faz a campanha do choro, e que a suspeita revista Veja diz ser “vítima da fúria do PT”.

Se Dois Irmãos, um dos bairros da elite recifense, permanece despoliciado, podemos avaliar a falta de segurança nos bairros da classe média baixa e nas favelas.

 

Veja fúria Marina

EM NOVA PEÇA DE CAMPANHA, VEJA AGORA VITIMIZA MARINA

247 – Na ausência de um novo escândalo, a revista Veja desta semana optou por dedicar sua capa a uma peça de propaganda em favor de Marina Silva, candidata do PSB à presidência da República.

Na capa “A fúria contra Marina”, a revista acusa o Partido dos Trabalhadores de promover baixarias contra a candidata que, hoje, representa a esperança de vitória de setores mais conservadores da sociedade brasileira na disputa presidencial de outubro. “Nunca antes neste país se usou de tanta mentira e difamação para atacar um adversário como faz agora o PT”, diz o subtítulo.

Veja não se referia às diversas tentativas frustradas comandadas por ela própria para tentar impedir vitórias do PT em 2002, 2006 e 2010, como as capas sobre os dólares de Cuba, o apoio financeiro das Farc ao PT ou os pacotes de dinheiro entregues na Casa Civil – teses que jamais se comprovaram.

O tema da reportagem desta semana é a crítica que começou a ser feita, pelo PT, a algumas contradições de Marina. O texto de Veja lista o que chama de “as 6 mentiras de Dilma”. Seriam as seguintes: Marina vai abandonar o pré-sal, será um novo Collor, Banco Central independente significa miséria para os brasileiros, Marina é sustentada por banqueiros, vai acabar com o Bolsa-Família e vai tirar R$ 1,3 trilhão de reais da educação e da saúde.

O problema é que muitas dessas “mentiras” estão mais próximas da realidade do que da fantasia. Foi a própria Marina quem, em seu programa de governo, negligenciou o pré-sal, dedicando algumas poucas linhas ao grande vetor da economia brasileira nos dias de hoje.

Sobre o fato de ser sustentada por banqueiros, é uma verdade absoluta. Afinal, Neca Setubal, herdeira do Itaú doou 83% dos recursos que bancam seu instituto. E graças a essa generosidade passou a falar em nome da candidata, defendendo uma agenda que atende ao interesse de bancos privados, com propostas como a independência do Banco Central.

Sobre ser um novo Collor, a crítica do PT não é dirigida à personalidade de Marina, mas sim à sua falta de sustentatação política e ao fato de se colocar acima dos partidos, com sua promessa de uma “nova política”.

Ao vitimizar Marina, Veja sinaliza que, hoje, acredita mais na candidata do PSB do que em Aécio Neves, do PSDB, como alternativa mais viável para derrotar o PT. Hoje, faltam pouco mais de vinte dias para as eleições presidenciais, período que comporta mais três capas de Veja.

Ao que tudo indica, o arsenal de denúncias da revista se esgotou e resta apelar a novas peças de propaganda política.