Imprensa faz propaganda do golpe com as manchetes da primeira página

O Diário de Pernambuco consegue o feito de ser mais golpista que os conservadores jornais Estado de S. Paulo e o Zero Hora do Rio Grande do Sul.

Para uma mesma campanha de degola de Dilma Rousseff confira a graduação da maldade nas manchetes do dia 20 de outubro

 

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MINAS GERAIS
MINAS GERAIS

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O partidarismo político de uma manchete

villa bôas

O general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, está no comando geral do Exército brasileiro desde fevereiro. Nesta semana, esteve pela primeira vez em Pernambuco depois de assumir a função. Em passagem pelo Recife, concedeu entrevista aos jornais e falou sobre drogas, crise, transposição do Rio São Francisco, golpe militar e mulheres no Exército. O currículo de Villas Bôas inclui a função de adido militar na China, chefe da assessoria parlamentar do Exército e comandante militar da Amazônia. Além disso, em 2014, respondeu pelo comando de operações terrestres, com atuação na estratégia de defesa da Copa do Mundo.

O título de uma notícia pode se transformar em slogan de propaganda política, e tendencioso, por destacar uma frase fora do contexto, inclusive por orquestrar uma meia verdade.

Transcrevo a entrevista de Villas Bôas, e que título escolheu o Diário de Pernambuco, um jornal sectário e facioso?

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Transposição
Ontem (quinta-feira passada) fomos a Paulo Afonso conhecer as obras da transposição do Rio São Francisco. É realmente de importância transcendental. Pela primeira vez se empreendeu projeto capaz de mudar a realidade do Nordeste. O Brasil entrou no século 20 e saiu do século 20 com a mesma realidade. Hoje sabemos que não sairemos do século 21 da mesma forma. São quinze anos de atraso, o que sacrifica uma geração, mas é um avanço incrível de qualquer forma.

Crise
O orçamento dos sete projetos estratégicos do Exército sofreu corte de 40%. O que considero mais importante para a sociedade é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), iniciado em 2012 para melhorar o controle da fronteira e avaliado em R$ 12 bilhões em dez anos. A previsão era concluir em 2022, mas hoje, com o ritmo orçamentário que nós temos, ele não estará pronto antes de 2035. São tecnologias sensíveis, que correm o risco de ficar obsoletas até lá. A Polícia Federal estima que 80% da criminalidade urbana são ligadas ao tráfico de drogas. E tudo passa pela fronteira. Nos preocupa também o fato de as empresas contratadas serem obrigadas a interromper os serviços.

Descriminalização das drogas
É uma questão sensível. Preocupa bastante. As polícias se manifestam contra. Em um pronunciamento, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria disse ser veementemente contra. Ele disse que as pessoas não imaginam a relação entre droga e suicídio. Isso nos afeta. Não posso admitir a discriminalização no Exército. Não posso admitir militar armado de serviço consumindo droga.

Golpe
As manifestações de rua que pedem a volta do regime militar são uma questão complexa. Nossa interpretação é que as pessoas não pedem a volta do governo militar, com algumas exceções. Estão reclamando dos valores. Estamos em crise econômica, política e ética. Se transformar em crise social, pode gerar problemas de segurança pública e o Exército pode ser chamado a intervir.

Mulheres
Hoje 5% do nosso efetivo são formados por mulheres, mas na área técnica, e não na operacional. Em 2016 faremos concurso para elas ingressarem em 2017 pela primeira vez na Academia Militar das Agulhas Negras. Teremos mulheres cadetes.

Título
Destaquei em azul os possíveis títulos. A entrevista de Villas Bôas aborda variados temas do mais alto interesse público.

Mas o Diário de Pernambuco preferiu um escandaloso. Que oferece esperança de uma intervenção militar para derrubar Dilma Rousseff.

Nem é preciso esclarecer, em defesa da paz em um grave momento de crise social, “o Exército pode ser chamado a intervir”.

Apologia
O Diário de Pernambuco tascou o seguinte título de apologia da ditadura militar:
“O Exército pode ser chamado a intervir”, diz comandante geral do Exército”

É um título que parece vago, não explicativo, mas que deixa a impressão de que o Exército está pronto para…

Vingança da imprensa porque Dilma vetou anistia de Eduardo Cunha aos planos de saúde

Planos de saúde por Alfredo Martirena
Planos de saúde por Alfredo Martirena

Eduardo Cunha apresentou um projeto que, além de outras prendas, perdoava multas no valor de 2 bilhões de reais para os planos de saúde.

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Eduardo Cunha, que teve a campanha financiada pelos planos de saúde, com o poder de presidir a Câmara dos Deputados, fez o Congresso aprovar a bilionária anistia. Acontece que a presidente Dilma Rousseff vetou o perdão (pasmem!) transformado em lei.

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Na imprensa vale a máxima: quem paga a publicidade, compra a mensagem. Os médicos estão proibidos de fazer publicidade, mas os hospitais e planos de saúde e a indústria de medicamentos são os grandes anunciantes de todas as mídias. Assim fica explicada, ou bem paga, a orquestração da prisão do tesoureiro do PT pela nova república do Galeão do Paraná. Que faz da justiça uma fonte de propaganda golpista. Ou linha auxiliar da campanha fora Dilma dos partidos da direita, notadamente o Dem, o PSDB derrotado nas últimas eleições, e o PMDB de Eduardo Cunha, que votou a terceirização.

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Foi Dilma vetar o perdão dos 2 bilhões para que a fúria dos planos de saúde ficasse estampada nas manchetes de hoje da imprensa.

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A NECESSIDADE DO VETO PARA IMPEDIR AS MUTRETAS DOS PLANOS DE SAÚDE

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A mobilização das entidades de defesa do consumidor, entre as quais a PROTESTE Associação de Consumidores, não teve nenhuma influência sobre o Congresso.  Valeu o destemor da presidente.

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O Diário Oficial desta quarta-feira (14) publicou o veto de Dilma Rousseff à proposta para reduzir o valor das multas aplicadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) às operadoras de planos de saúde. Entre as razões apresentadas para o veto, está o argumento de que a redução das multas incentivaria a prestação inadequada do serviço de saúde.

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A proposta estava em emenda ao texto da Medida Provisória MP 627 sobre tributação do lucro de empresas brasileiras no exterior, incluída na Câmara dos Deputados.

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A medida, tomada sem qualquer discussão do tema junto à população e junto ao Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, representava um claro retrocesso para a proteção dos consumidores, em todo o país.

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Na prática, estabelecia um evidente estímulo às operadoras para que desrespeitassem as normas às quais devem se submeter, dada a fragilidade das sanções que a elas poderiam ser aplicadas, em cada violação que cometessem aos direitos dos consumidores.

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Informa a Proteste, Associação de Consumidores, a medida apresentada por Eduardo Cunha reduziria substancialmente o valor das penalidades aplicadas, com risco de incentivo à prestação inadequada de serviço de saúde. “Além disso, o dispositivo enfraqueceria a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), causando desequilíbrio regulatório”, diz o texto que explicita as razões do veto.

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O novo texto propunha teto amigo para penalidades, enquanto a lei atual determina multas de R$ 5 mil a R$ 1 milhão por infração.

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A aprovação da emenda representaria um perdão de cerca de R$ 2 bilhões para as operadoras, segundo estimativa do Ministério da Saúde.

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PLANOS DE SAÚDE NA CAMPANHA GOLPISTA PELA DITADURA MILITAR

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Golpe ao seu alcance
Golpe ao seu alcance

Os planos de saúde faturam adoidado, e seguem os passos das igrejas pentecostais na aquisição dos meios de comunicação de massa. A Hapvida, um plano de saúde com sede em Fortaleza, além de principal sócio dos Associados, comprou a parte nordestina do monopólio, uma rede de televisões e rádios, incluindo jornais, sendo o mais importante o Diário de Pernambuco. Dos Associados, o antigo império de Assis Chateaubriand depredado pelos condôminos, os jornais Correio Braziliense e o Estado de Minas, que hoje dão suas respostas ao veto de Dilma Diario de Pernambuco BRA_CB vacari correio braziliense BRA^MG_EDM Estado de Minas

Novo dono demite mais de 130 funcionários dos Associados

Você cliente do HapVida ganha a assinatura de um jornal dos Associados. Ou vice-versa. Por Payam Boromand
Você cliente do HapVida ganha a assinatura de um jornal dos Associados. Ou vice-versa. Por Payam Boromand

 

Informa o Portal da Imprensa: “Desde a última terça-feira (24/3), mais de 30 jornalistas das equipes dos jornais Diario de Pernambuco e AquiPE e cerca de 100 profissionais de outras áreas foram demitidos. Nesse grupo estão editores, repórteres, diagramadores, ilustradores e fotógrafos — um deles com 40 anos de casa. Também foram cortados integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), dos gráficos, da administração, transportes, marketing, alimentação e recursos humanos.

Os cortes foram feitos pelo Grupo Opinião de Comunicação (GOC), controlado pelo Canadá Investimentos, proprietário da Hapvida, nova holding das publicações. Era a hora de parar todas as redações de Pernambuco, por um salário digno, e perdidos direitos trabalhistas”.

 

Pavão misterioso

 

O novo e misterioso dono do Diário de Pernambuco. Por Fadi Abou Hassan
O novo e misterioso dono do Diário de Pernambuco. Por Fadi Abou Hassan

 

O Sindicato lastima o passaralho, e esconde o salário base de uma profissão escravizada, que a liberdade de imprensa é da empresa, uma casa de negócios, e não de quem faz o jornal, o jornalista. Uma classe desunida. Relembro o caso de Ricardo Antunes. Ficou injustamente preso mais de seis meses, e ninguém, ninguém mesmo, disse nada. Fui anticandidato a presidente do Sinjope, para denunciar o salário de fome e medo. Convidei Ricardo para ser o vice como protesto.

Sempre digo que jornalismo se faz com coragem e sonho. Coragem para combater os barões da imprensa, os monopólios, que transformam as redações em senzalas.

Os Associados têm um dono, com desconhecido nome. Um bando de jornalistas desenformados, os que continuam empregados, ignoram o nome do patrão. Um patrão que determina a linha editorial. Um patrão que pode ser a mestra, a contramestra, a Diana ou o velhinho de um pastoril que os jornalistas dançam…

Acrescenta o Portal da Imprensa: Em janeiro desde ano, a empresa adquiriu 57,5% da participação societária nas empresas de comunicação do Grupo Diários Associados, e assumiu o controle do Sistema Associado de Comunicação, TV Borborema, Rádio e TV O Norte; as rádios Poti, O Norte e Borborema, Diario de Pernambuco e AquiPE.

 

Jornalista on line do Diário de Pernambuco examinado pelo patrão proprietário
Língua afiada. Jornalista on line do Diário de Pernambuco examinado pelo patrão HapVida. Por Alfredo Martirena

Nesta quarta-feira (25/03), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram uma nota de repúdio à ação da empresa. O texto diz que com as demissões, o grupo compromete a credibilidade dos veículos que controla, incluindo a TV Clube/Record, as rádios Clube/Globo AM, a Clube FM e, na Internet, o portal Pernambuco.com, o Vrum, o Admite-se, o Lugarcerto e o diariodepernambuco.com.br

“O GOC, ao anunciar oficialmente a sua missão, dizia “defender a ética, a verdade e justiça social”. As ações vão contra o discurso publicado e apontam para a destruição de uma empresa 189 anos e que já é parte do patrimônio da Comunicação de Pernambuco”, afirma a nota.

Para as entidades, não houve “critério compreensível” nos cortes, que atingiu pessoas que não poderiam ser demitidas e deixou equipes sem chefias — a exemplo da fotografia. As entidades convocaram uma reunião com a diretoria da empresa e com o Ministério Público do Trabalho (MPT). “Sinjope e Fenaj alertam ainda que não serão aceitas sobrecarga de trabalho com excesso de jornada aos profissionais remanescentes e a ocupação das vagas dos demitidos por estagiários”.

À IMPRENSA, Cláudia Eloi, repórter de política e presidente do Sinjope, manifestou preocupação com os colegas demitidos e com o futuro do jornal. “Viramos somente números. Parece que não somos profissionais, seres humanos. Quantos fins de semana perdemos, quantas vezes deixamos nossos filhos em casa para trabalhar? Nossa experiencia foi jogada no lixo”.

Segundo ela, há rumores de que mais trabalhadores devem ser afastados. “Não sabemos como será daqui para frente. Se antes tinha talvez 50 para fazer o jornal, agora tem 20. Como essa conta fecha? E a gente não faz só impresso, faz foto, vídeo, áudio, redes sociais… Como uma colega batizou, é multifunção e monossalário. Um patrimônio de Pernambuco de 189 anos está sendo destruído, dizimado”, lamenta.

Os jornalistas de Pernambuco, indignados com a conduta do grupo de mídia, têm usado as redes sociais para denunciar o corte em massa e mobilizar a categoria para tentar reverter a situação.

Leia a íntegra da nota das Diretorias de Sinjope e da Fenaj:

“Sinjope e Fenaj repudiam demissões em massa promovida pelo Canadá Investimentos/Hapvida no Diario de Pernambuco

Com a demissão de mais de 30 jornalistas das equipes dos jornais Diario de Pernambuco e AquiPE e mais de 100 profissionais de outras áreas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vêm a público repudiar a atitude da “nova holding”, o Grupo Opinião de Comunicação (GOC), controlado pelo Canadá Investimentos, proprietário da Hapvida.

Em janeiro, o GOC, ao anunciar oficialmente a sua missão, dizia “defender a ética, a verdade e justiça social”. As ações vão contra o discurso publicado e apontam para a destruição de uma empresa 189 anos e que já é parte do patrimônio da Comunicação de Pernambuco.

O Sinjope e a Fenaj convocam reunião imediata com a diretoria do Canadá Investimentos/Hapvida e com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras entidades de classe, a fim de discutir a questão e interromper o processo de desmonte das empresas.

A lista de demissão foi feita sem qualquer critério compreensível. Incluiu até integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), limou profissionais com mais de 30 anos de casa, deixou equipes sem chefias e atingiu gráficos e funcionários da administração, transportes, marketing, alimentação e recursos humanos, entre outros setores.

Com as demissões, o grupo compromete ainda a credibilidade dos veículos que controla , incluindo a TV Clube/Record, as rádios Clube/Globo AM, a Clube FM e, na Internet, o portal Pernambuco.com, o Vrum, o Admite-se, o Lugarcerto e o diariodepernambuco.com.br.

Aos profissionais demitidos, orientamos que juntem carteiras profissionais e os últimos 12 contracheques e agendem atendimento na assessoria jurídica do Sinjope para salvaguardar direitos (telefone 3221-4699). Aqueles com mais tempo de exercício profissional, por exemplo, podem ter direito a estabilidade assegurada na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Sinjope e Fenaj alertam ainda que não serão aceitas sobrecarga de trabalho com excesso de jornada aos profissionais remanescentes e a ocupação das vagas dos demitidos por estagiários.

Diretorias de Sinjope e da Fenaj”

 

Plano de saúde HapVida faz campanha de morte do governo Dilma

Para derrubar a CPI dos Planos de Saúde, uma campanha vem sendo realizada contra o Governo Dilma Rousseff.

No monopólio dos Associados no Nordeste, adquirido pelo HapVida, rádios, televisões e jornais do sistema pregam abertamente o golpe militar.

Manchete de hoje

DP

 

No jornalismo on line, HapVida divulga memes que são cartazetes de propaganda política.

 

pesquisa do se

Eis o tipo de pesquisa safada, divulgada por um jornal de propriedade de um plano de saúde interessado no golpe, e que faz a apologia da ditadura militar.

SE a eleição fosse hoje, Lula derrotaria Fernando Collor (eleito em 1989), derrotaria Fernando Henrique (eleito em 1994), derrotaria, novamente, Fernando Henrique (eleito em 1998).

Pesquisa do SE é jornalismo rasteiro, para fazer propaganda duvidosa.

SE Chatô não tivesse criado o sistema de condomínio, os Associados continuariam sendo o maior império jornalístico da América Latina – o Diário de Pernambuco não teria sido vendido, a preço de banana, para o Grupo HapVida.

SE Aécio não fosse acionista do Estado de Minas, o faturamento
do jornal não seria tão lucrativo nos governos de Aécio e Anastasia. Quantos milhões investidos?

A Confederação Nacional dos Transportes, que pagou a pesquisa do SE, patrocinou, este mês, um boicote promovido por frotas de caminhões de carga, para desestabilizar o governo de Dilma.

Veja o titulo escandaloso do DP da HapVida:

Avaliação do governo Dilma é negativa para 64,8% dos brasileiros aponta pesquisa

Pela pesquisa do SE, o governo da presidente Dilma Rousseff atingiu a pior avaliação positiva medida pela pesquisa Confederação Nacional dos Transportes (CNT)/MDA desde outubro de 1999. Segundo duvidoso levantamento divulgado nesta segunda-feira (23), o governo da petista  “é avaliado positivamente por 10,8% dos entrevistados, em comparação a 8% alcançados no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB)”.

Apenas 1,9% considerou o governo Dilma como “ótimo” e 8,9% dos entrevistados o avaliaram como “bom”. Para 23,6% dos entrevistados, a administração Dilma  seria “regular”, de acordo com a CNT/MDA, que pagou a pesquisa.

Já quando se trata da situação política atual, SE a eleição presidencial fosse hoje, 55,7% das pessoas entrevistadas teriam votado em Aécio Neves no 2º turno, 16,6% em Dilma Rousseff e 22,3% teriam votado em branco ou nulo.

 

 

 

 

 

 

 

 

Diário de Pernambuco e Hapvida na campanha golpista do ‘fora Dilma’

Veja que propaganda inteligente da passeata contra Dilma, neste domingo, do jornal de propriedade dos Associados e Hapvida

 

dp propaganda

 

Excelente exemplo de propaganda implícita. Não confundir com propaganda subliminar

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Campanha dos jornais associados para derrubar Dilma

* Os restos do império de Chatô

* Hapvida da democracia em perigo de morte

* Canadá investimentos pavão misterioso das comunicações

Aécio Neves comprou ações deste jornal vendido, conservador, tucano e direitista
Aécio Neves comprou ações deste jornal vendido, conservador, tucano e direitista
Correio Braziliense foi vendido para que grupo?
Correio Braziliense foi vendido para que grupo?

Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, mais conhecido como Assis Chateaubriand ou Chatô, foi um magnata das comunicações no Brasil entre o final dos anos 1930 e início dos anos 1960, dono dos Diários Associados, que foi o maior conglomerado de mídia da America Latina, que em seu auge contou com mais de cem jornais, emissoras de rádio e TV, revistas e agência telegráfica.

Cahô é responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a TV Tupi. Por seu empenho contra a entrada do capital estrangeiro na imprensa, foi visto como ameaça pela CIA que financiou Roberto Marinho na criação da TV Globo.

Figura polêmica e controversa, odiado e temido, Chateaubriand já foi chamado de Cidadão Kane brasileiro, e acusado de falta de ética por supostamente chantagear empresas que não anunciavam em seus veículos e por insultar empresários com mentiras, como o industrial Francisco Matarazzo Jr. Seu império teria sido construído com base em interesses e compromissos políticos, incluindo uma proximidade tumultuada porém rentosa com o Presidente Getúlio Vargas.

Durante o Estado Novo, consegue de Getúlio Vargas a promulgação de um decreto que lhe dá direito à guarda de uma filha, após a separação da mulher. Nesse episódio, profere uma frase célebre: “Se a lei é contra mim, vamos ter que mudar a lei”. Em 1952, é eleito senador pela Paraíba e, em 1955, pelo Maranhão, em duas eleições escandalosamente fraudulentas.

Caracterizou-se, muito embora fosse um representante típico da burguesia nacional emergente da época, pelas posturas pró-capital estrangeiro e pró-imperialismo, primeiro o britânico, depois o americano: além de muito ligado aos interesses da City londrina (a escandalosa embaixada na Inglaterra, na década de 1950, foi a realização de um velho sonho pessoal), conta a anedota que ele teria uma vez dito que o Brasil, perante os EUA, estava na condição de uma “mulata sestrosa” (Globeleza) que tinha de aceder às vontades dos seu gigolô. Era temido pelas campanhas jornalísticas que movia, como a em defesa do capital estrangeiro e contra a criação da Petrobrás.

Chateaubriand sempre buscou adquirir novas tecnologias para os Diários Associados. Foi assim com a máquina Multicolor, a mais moderna máquina rotativa da época, sendo o grupo de Chateaubriand o primeiro e único a possuir uma por longo tempo, na América Latina; foi assim também com os serviços fotográficos da Wide World Photo, que possibilitava a transmissão de fotos do exterior com uma rapidez muito maior do que possuía qualquer outro veículo nacional. O mesmo se deu com a publicidade: grandes contratos de exclusividade para lançamento de produtos com a General Electric e para o pó achocolatado Toddy, cujos anúncios estavam sempre nas paginas dos jornais e revistas. A orientação publicitária de Chateaubriand para seus veículos começou a funcionar tão bem que os jornais dos Diários Associados passaram a anunciar os mais diversos produtos e serviços, desde modess a cheques bancários, algo tido como inédito na década de 1930, no Brasil.

Publicou mais de 11870 artigos assinados nos jornais, e presidiu, entre 1941 e 1943, a Federação Nacional da Imprensa (FENAI – FAIBRA).

Com o tempo, Chateaubriand foi dando menos importância aos jornais e focando em novas empreitadas, como o rádio e a televisão. Pioneiro na transmissão de televisão brasileira, cria a TV Tupi, em 1950. Na década de 1960, os jornais atolavam-se em dívidas e trocavam as grandes reportagens por matérias pagas. Dois dos veículos de comunicação lançados no início da década de 1960 por Assis Chateaubriand, o jornal Correio Braziliense e a TV Brasília, foram fundados em 21 de abril, no mesmo dia da fundação de Brasília.

Trabalha até o final da vida, mesmo depois de uma trombose ocorrida em 1960, que o deixa paralisado e capaz de comunicar-se apenas por balbucios e por uma máquina de escrever adaptada. Em 1968, morria Chateaubriand, velado ao lado de duas pinturas dos grandes mestres: um cardeal de Ticiano e um nu de Renoir, simbolizando, segundo o protegido, o arquiteto italiano e organizador do acervo do MASP Pietro Maria Bardi, as três coisas que mais amou na vida: O poder, a arte e a mulher pelada. Morreu também com o império se esfacelando e com o surgimento do reinado de Roberto Marinho que, de inimigo, passou a ser uma imitação. Roberto Marinho terminou, também, chamado de Cidadão Kane brasileiro.

Chatô foi um dos homens mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 e de 1950 em vários campos da sociedade brasileira.

Assis Chateaubriand criou e dirigiu a maior cadeia de imprensa do país, os Diários Associados: 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, uma agência de notícias, uma revista semanal (O Cruzeiro), uma mensal (A Cigarra), várias revistas infantis (iniciada com a publicação da revista em quadrinhos O Guri em 1940), e a editora O Cruzeiro.

Deixou os Diários Associados para um grupo de vinte e dois funcionários, atualmente liderados por Álvaro Teixeira da Costa. O Condomínio Acionário das Emissoras e Diários Associados é, conjuntamente, o terceiro maior grupo de comunicações do país. Tendo como carro chefe cinco jornais em grandes cidades do Brasil, líderes em suas respectivas praças (dos quinze que ainda restam).

O império de Chatô foi sendo vendido pelas desastrosas e corruptas administrações dos empregados do primeiro escalão que, por morte, são substituídos por parentes e contraparentes.

Golpe ao seu alcance
Golpe ao seu alcance

Em 23 de dezembro de 2014, saem notas na imprensa de que o grupo estava se desfazendo de todos os seus veículos de comunicação na Região Nordeste, e vendendo-os ao Grupo Hapvida, proprietário do Sistema Opinião de Comunicação. O negócio, que exclui apenas os jornais O Imparcial e Aqui Maranhão e o portal O Imparcial Online de São Luís, MA, já estaria em fase final de negociação, esperando apenas uma aprovação do CADE.  Isso veio a se confirmar em 19 de janeiro de 2015, quando o CADE aprovou em nota publicada no Diário Oficial da União a venda de 57,5% das empresas do grupo ao Sistema Opinião de Comunicação, através da razão social Canadá Investimentos. Sendo assim, os Diários Associados passariam a ser acionistas minoritários da TV Clube Pernambuco, TV Clube João Pessoa, TV Borborema, Rádio Clube AM Campina Grande, Rádio Clube FM João Pessoa, Rádio Clube AM Natal e do jornal Diario de Pernambuco. As outras empresas contíguas na região continuam pertencentes ao grupo.

Hapvida e Canadá Investimentos realizam no Nordeste a campanha pelo retorno da ditadura. E para derrubar Dilma.

Pouco se sabe sobre a Canadá Investimentos. Apenas que é uma empresa limitada. Até onde vai a limitação? Procure, em qualquer site de pesquisa, informações sobre essa invisível empresa… Que pavão misterioso esconde a Canada Investimentos? Não é incrível que uma empresa, que controla vários meios de comunicação de massa, seja desconhecida, amoitada, uma loba detrás da porta de Dilma ou de Michel Temer?

Outra coisa curiosa, para os Associados, a palavra de um delator vale mais do que a palavra de um juiz, de um delegado, de um promotor, de um procurador. Uma doença nova que ataca deputados e senadores da CPI da Petrobras, além do governo de Fernando Henrique.

 

Das confissões premiadas e sob tortura

Turismo em centro de tortura

Que a ditadura oferecia ao preso político: – confesse! que se pára a tortura!

Que valor tem uma confissão arrancada entre gritos e gemidos, ou nos estertores da morte?

Na delação premiada acontece assim: quanta mais revela um preso, mais liberdade. E parte do dinheiro roubado.

Quantos anos de perdão, e quanto levou em dinheiro o bandido Alberto Youssef, para delatar os companheiros de quadrilha no BanEstado?  Com esse dinheiro, nos últimos dez anos, Youssef criou mais de cem empresas criminosas.

 

A delação premiada virou um negócio da China.

O ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, disse em depoimento à CPI da Petrobras que foram solicitados à SBM Offshore recursos para campanha eleitoral e que os valores foram repassados ao PT, via o tesoureiro João Vaccari Neto.

Questionado a quem eram destinados os valores, Barusco disse que o dinheiro foi dado na época da eleição presidencial em que disputavam o tucano José Serra contra a petista Dilma Rousseff e o vice Michel Temer, em 2010.

Ele ressaltou que o dinheiro foi encaminhado ao PT. “Foi solicitado a SBM um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento”, afirmou.

De seu rico patrimônio, no Brasil e no exterior, adquirido de forma ilícita e gananciosa, Barusco vai ficar com quantos milhões de dólares? Será premiado com quantos anos de liberdade, para continuar com seus sujos negócios de offshores e tráfico de moedas?

Qual o interesse do Grupo Hapvida em realizar uma campanha diária para golpear Dilma?

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A manchete mais pessimista deste “difícil feliz ano novo”

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Dilma Rousseff terminou seu discurso de posse com um verso que “tem sabor de oração”: “O impossível se faz já, só os milagres ficam para depois”.

O Diário de Pernambuco não acredita em milagres.  Começa 2015 com uma manchete de pessimismo e rancor político: “O difícil feliz ano novo”.

 

DIA DE FINADOS

Do império dos Associados, o Diário de Pernambuco é um dos restos. E junto com o Correio Braziliense e o Estado de Minas realizou apaixonado e cegamente a campanha derrotada de Aécio Neves.

Nem a vitória do seu candidato João Câmara, que hoje foi empossado governador de Pernambuco, salva o Diário do seu luto. Está à venda. Isso significa passaralho. E uma possível mudança na linha editorial.

 

POR QUEM OS SINOS DOBRAM

Escreve Ângela Carrato:  “A dúvida deve ser mesmo um tormento”. O maior grupo de mídia no estado de Minas Gerais, “em seus mais de 70 anos, uma única vez esteve na oposição.

A situação financeira do Estado de Minas e dos Diários Associados não é nada tranquila. Carro-chefe do condomínio até pouco tempo, o Estado de Minas tem visto sua receita minguar de forma tão acelerada quanto a perda de leitores. Para uma publicação que alardeava ser ‘o grande jornal dos mineiros’, de uma tiragem oficial de 75 mil exemplares diários, atualmente 60% encalham nas bancas”. Leia mais para entender

 

 

 

 

Diário de Pernambuco esqueceu o jornalismo para fazer propaganda política

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O círculo vicioso das manipulações

 

por Luciano Martins Costa

Na expectativa das alianças que irão recompor as forças partidárias para o segundo turno da eleição presidencial, os jornais apresentam aos leitores um jogo de adivinhações que tenta dissimular suas preferências políticas. Daqui para a frente, seja qual for o movimento das peças, tudo será levado ao propósito maior da mídia tradicional, que é recompor sua influência sobre o poder Executivo federal.

O núcleo das análises é o destino que será dado aos votos que foram para a ex-ministra Marina Silva no primeiro turno. No entanto, há muita especulação sobre o significado da manifestação dos eleitores e muito desencontro nas opiniões em torno de algumas das disparidades reveladas pelas urnas. Por exemplo, a derrota de Aécio Neves em Minas Gerais e o massacre sofrido pelo Partido dos Trabalhadores em São Paulo, seu local de origem.

Em meio às profecias fundamentadas no desejo de seus autores, pode-se encontrar alguma reflexão consistente, como a manifestação de humildade dos diretores do Ibope e do Datafolha, os institutos de pesquisa que foram desmoralizados pelas urnas.

Vale a pena observar o que diz Márcia Cavallari, diretora do Ibope: “As pesquisas medem a opinião, e as opiniões vão mudando. Elas só se consolidam quando o eleitor aperta o botão e confirma seu voto, lá na urna”. Mais interessante ainda é a declaração de Mauro Paulino, presidente do Datafolha: “Até por markenting, nós mesmos, dos institutos de pesquisa, tratamos esses números divulgados na véspera como prognósticos, mas na verdade eles são diagnósticos. Eles refletem uma realidade que já passou. Não estão olhando para a frente”, disse o executivo.

Diante dessas duas confissões, restaria ao leitor e eleitor perguntar: “Então, por que tanto barulho a cada rodada de consultas, se no fim das contas essas pesquisas não retratam a realidade?” A resposta talvez esteja embutida na própria pergunta: a imprensa dá muito valor às pesquisas de intenção de voto porque elas passam uma ilusão de objetividade, oferecendo aos editores a chance de manipular os dados e usar essa interpretação como argumento para convencer o eleitor.

As sandálias da humildade

Neste momento de transição entre os dois turnos da eleição presidencial, por exemplo, os jornais tentam empurrar para a opinião do público a tese de que todos os votos destinados a Aécio Neves e Marina Silva retratam um desejo majoritário de mudança. Então, nos editoriais e nos artigos de seus colunistas mais engajados, dá-se uma nova definição para essa suposta manifestação dos eleitores, com o intuito de nominar o candidato que seria o depositário desse desejo.

Essa manipulação fica mais clara após a declaração explícita de apoio a Aécio Neves feita pelo jornal O Estado de S.Paulo. Para o leitor típico do tradicional diário paulista, não há estranheza: quem lê o Estado não apenas espera que ele se declare contra o governo do PT, mas se regozija com cada linha que reafirma essa orientação ideológica.

O jornal é conservador desde sempre, produz e realimenta uma visão de mundo típica da elite paulista, e não há mal nenhum nisso. O problema está em fingir-se uma expressão da vontade popular, coisa que nenhum dos grandes diários representa.

Isso transparece quando a imprensa alimenta preconceitos para obter certos efeitos eleitorais. Por exemplo, o debate sobre a redução da maioridade penal é impactado por um assalto ocorrido na Universidade de São Paulo, do qual participou um menino de nove anos de idade. Seria o caso de os jornais questionarem: “Então, a maioridade penal deve começar aos sete ou aos oito anos?” Não. Quando a realidade desmoraliza a tese reacionária, os jornais deixam o assunto de lado.

As pesquisas são importantes para esse processo de manipulação – porque sinalizam temores, desejos e aspirações difusas, que são interpretados segundo o viés ideológico da imprensa. Essa agenda é trabalhada nas redações e devolvida ao público alguns dias antes de cada nova rodada de pesquisa de intenção de voto, de modo que o material colhido pelos institutos dá novo impulso a esse círculo vicioso de manipulações.

Quando os institutos de pesquisa calçam as sandálias da humildade e admitem que não perscrutam o futuro, mas tentam explicar o passado, as distorções ficam escancaradas.

Cuatro entierros del periodismo

Por  

¿Ha cambiado tanto el periodismo? Un poco sí. Dos décadas atrás, salir en el periódico, en los papeles, tenía un prestigio notable. Cuando vio la luz aquel primer texto, ilustrado además con una foto mía de grandes dimensiones, mi madre recibió la felicitación de los vecinos y en la facultad varios compañeros vinieron a expresarme su amistoso reconocimiento. “¡Te he visto en el periódico!”, decían, y en cierto modo aquella fórmula sellaba una relación especial, la que se establece entre el lector y el autor.

Esa complicidad también funcionaba entre el lector y el objeto de la noticia. Mi admirado bailaor Juan Farina solía avisar a sus amigos: “Mañana compra el periódico, que me sacan una entrevista”, y si alguno le decía que no se preocupara, que lo compraba todas las mañanas, replicaba: “¡Pues mañana cómpralo antes!”. Había una expectativa, una sensación de encuentro aplazado pero seguro, que la era del flujo permanente de la información -todo llega continuamente, todo se va heraclitianamente- ha abolido casi por completo.

Internet, y sobre todo la expansión de las redes sociales, han calado de tal modo que salir en los papeles ya no tiene ninguna gracia. Lo he comprobado con algunos artistas, a los que he tratado con cariño especial en las páginas de mi periódico, para luego tener casi que rogarles que fueran al kiosco a ver cómo había quedado la página. “Mándame el pdf” es la frase que actualmente más oímos al cabo de la semana: no se pierde del todo el gusto por la noticia maquetada a la antigua usanza, pero el objetivo es ahora difundirla en la red, mostrarla en el teléfono móvil, recibir ‘likes’ y comentarios, y en fin, ahorrarse el euro y medio de un artefacto que, por lo demás, ocupa espacio y apenas servirá para envolver el pescado de mañana. El papel no va camino de morir sólo porque los medios digitales sean más baratos, sino porque su viejo prestigio se ha apagado a una velocidad inimaginable hace apenas diez años.

También el prestigio del periodista vacila en estos tiempos como la luz de una brasa casi extinguida. Los nuevos medios han propiciado que todos seamos autores, en un espectacular proceso de democratización cuyo efecto más positivo ha sido el de descubrir talentos insospechados que de otro modo nunca habrían salido a la luz, al tiempo que se desposeía de su monopolio a una suerte de élite que no siempre mereció sus tribunas. El más negativo, confundir al bloguero con el informador, ignorar que el periodismo es un oficio con sus códigos y responsabilidades, y lo que es aún peor: arrastrar a la prensa hacia el territorio del blogger, esa figura que mi adorada Dubravka Ugrešić, en esa terrible profecía titulada Gracias por no leer, definió como “un monje loco que dirige sus charlas a un nuevo dios: Google”. Lo que no nos contaron es que este totum revolutum sin filtros, esta fuerza homogeneizadora, no sólo iguala a todos los autores, sino también todos los contenidos: tanto vale mi gato como Obama, un apagón en mi calle como la caída de la Bolsa, mi última ocurrencia como una reflexión de Enzensberger.

Dos

El primer paso para que desaparezca un oficio es la convicción de que los profesionales que lo ejercen son prescindibles. Una de las formas más efectivas para lograrlo es el consabido “hágalo usted mismo”. Cuando empezábamos en esto, un testigo era una fuente. El periodista acudía al lugar de los hechos -entonces había tiempo- e interrogaba a cuantos pudieran proporcionar información. Con todos esos testimonios, y otros que pudiera recoger levantando teléfonos y tomándose cafés, elaboraba una información cuya máxima consigna era la objetividad.

Ese viejo sistema de trabajo, que con variantes se reproducía en las secciones de Sucesos, Cultura o Deportes, empezó a ser tácitamente cuestionado algunos años atrás. Cuando uno de los grandes periódicos españoles inauguró una sección titulada Yo, periodista, en la que se animaba a los lectores a cruzar el espejo y sentarse en la silla del redactor, o ponerse el chaleco del fotero, no se estaba apostando por un periodismo close-up, sino colaborando con el descrédito de la profesión. ¿Quién necesita un periodista, cuando cualquier vecino con un ordenador y una cámara puede serlo? ¿Para qué la deontología, el saber, la experiencia, la concisión o el estilo, cuando se pone a nuestro alcance la fantasía de una información pura y sin refinar, unos medios sin intermediarios?

Otro síntoma de esta tendencia fue la creciente producción de información oficial por parte de los gabinetes de prensa, cada vez más numerosos -todos: instituciones, partidos políticos, empresas, artistas, entendieron que era imprescindible tener uno-, al mismo tiempo que se limitaba la posibilidad real del periodista de abordar por su cuenta el objeto de la noticia. Entrevistas precocinadas, cuestionarios pactados, dossieres propagandísticos han acabado ganando terreno, cuando no usurpando las labores propias del oficio. Hoy nuestra agenda está más dictada por las convocatorias que nos llegan que por las citas que urdimos, lo que da como resultado una escalofriante homogeneidad en los contenidos de unos medios y otros. La rueda de prensa sin preguntas, inimaginable hace apenas diez años, se ha convertido en una nefasta costumbre que atenta frontalmente contra la libertad de expresión.

Tres

La muerte de un oficio pasa, a menudo, por la dificultad para transmitirlo de una generación a otra.

Como mucha gente sabe, pertenezco a la última generación deintrusos, gente procedente de otras ramas que cayó en el periodismo por azar y tuvo su oportunidad en él. Al cabo de los años he tenido a mi cargo a bastantes estudiantes que, bajo la ambigua figura delbecario, necesitaban que alguien les fuera enseñando lo que no se aprende en la escuela: las rutinas de la redacción y las ruedas de prensa, la práctica de las normas de estilo, las habilidades para titular, componer noticias o preparar entrevistas, la creación de tu propia agenda… Pero sobre todo, necesitaban equivocarse, y aprender de sus errores.

Como en los gremios artesanos, la profesión va camino de quedar en manos de voluntariosos idealistas, esos que nunca han de faltar, pero sobre todo se cierne sobre ella la amenaza del amateurismo: la sensación de que la prensa es un hobby, un divertimento, un capricho, pero no una profesión que se aprende y se perfecciona con los años. De acuerdo, muchos empezamos con lo puesto, en periódicos universitarios, en boletines de barrio, en fanzines, en pequeñas emisoras pirata. Estuvimos mal pagados, sin medios, incluso sin audiencia. Pero nunca estuvimos solos.

Cuatro

El historiador Fernando García de Cortázar vino a verme en la redacción. Como demoré unos minutos en llegar, se entretuvo conversando en la entrada con Pepe, el portero, y cuantos iban asomando por allí a primera hora de la tarde. “No me ha reconocido nadie”, me dijo un poco herido en su orgullo. “Bueno, Fernando, ya sabes, por aquí pasa mucha gente”, balbucí. “No, no los defiendas, después de 60 libros alguien debería saber quién soy”, protestó con una sonrisa.

Hice ver entonces al historiador que los periódicos, todos, se han quedado sin memoria en muy poco tiempo. He oído a muchos directores presumir de plantilla joven, pero a ninguno hablar con orgullo de su contingente de veteranos. Hace aproximadamente una década, empezó a estar mal visto (por alguna razón que desconocemos) que los cuarentones fueran a ruedas de prensa. Las canas y las patas de gallo parecían chocantes, desde un punto de vista estético, en un contexto que cada vez iba a parecerse más a una clase de alumnos obedientes. Aquéllos fueron entonces recluidos a las redacciones, siguiendo otra tendencia del periodismo moderno: menos calle y más computadora. Además, ¿qué podían aportar los perros viejos del oficio? ¡Memoria! ¿Y quién sería el tonto dispuesto a pagar por la memoria en la era de la Wikipedia?

El paso del papel a internet -me parece estar viendo la oficina sumergida de El País en Miguel Yuste, como un hormiguero febril, cuando comenzaba el proceso- vino acompañado de una fe ilimitada en el CD-Rom y los nuevos dispositivos de almacenamiento. Hace un par de semanas, la red se movilizó para protestar contra la destrucción en París del archivo del fotógrafo Daniel Mordzinski. ¿Sabemos cuántos archivos fotográficos y documentales de periódicos se han perdido en los últimos veinte años? Yo conozco al menos dos, uno completo y el otro seriamente diezmado. Nadie soltó una lágrima por ellos: tocaba mirar hacia delante, hacia un futuro de banda ancha, intacto, listo para ser escrito desde cero.

A nadie extrañó que, con la llegada de la crisis, los veteranos fueran los primeros corderos del sacrificio: o bien resultaban demasiado caros (a fuerza de acumular trienios, algunos habían incluso trascendido su condición de mileuristas), o bien se les acusaba de haberse quedado atrás, incapaces de adaptarse a ese nuevo perfil de periodista que es a la vez redactor, fotero, blogger y community manager mientras barre a su paso con una escoba en el culo. Puestos fundamentales, como el de corrector, fueron erradicados por los nuevos gurús de Recursos Humanos: agradézcanles a ellos las faltas de ortografía que han leído en los últimos años. A otros veteranos que eran excelentes periodistas no hizo falta despedirlos: a algunos se les dio cargos de coordinación tan abrumadores que quedaba garantizado que no tuvieran tiempo para escribir un solo párrafo, pues ya sabemos que la estructura de los periódicos impide promocionar haciendo la misma tarea; otros muchos acabaron en gabinetes de prensa, poniendo su talento al servicio de una información orientada hacia intereses concretos, por muy legítimos que sean. Y así todo. Para sorpresa de García de Cortázar, en los periódicos sevillanos hoy cuesta mucho encontrar a alguien que fuera periodista durante la Expo’92, no digamos a gente que haya informado sobre la Transición española.

La memoria no es sólo una suma de datos objetivos ordenados: también existe una memoria sentimental, una memoria de lo visto y lo vivido, que no puede reemplazarse con fondos documentales más o menos verificados. Y sin embargo, se ha reemplazado. El Alzheimer ha conquistado los medios a una velocidad que pondría los pelos de punta a cualquier gerontólogo, al tiempo que -como traté de contar ayer- se frustra el proceso de aprendizaje de los chavales que salen de la Facultad. La situación ha llegado a tal extremo, que no conozco a ningún periodista en su sano juicio que esté convencido de poder jubilarse dentro de la profesión. Perdón, ¿he dicho jubilación? ¿Quién se acuerda ya de eso?

[Transcrevi trechos. Alejandro Luque me lembra as redações de quando eu era foca. A presença dos decanos: em Natal: Câmara Cascudo, Veríssimo de Melo, Jurandyr Barroso; no Recife, Nilo Pereira, Costa Porto, Eugenio Coimbra Jr., Mauro Mota. Os veteranos: Abdias Moura, Antonio Camelo, Edmundo Moraes, Newton Navarro, Carlos Pena Filho, J. Gonçalves de Oliveira, Audálio Alves. Os da minha geração: Selênio Siqueira, Sanderson Negreiros, Ticiano Duarte, Woden Madruga, Ivan Maurício, Roberto Emerson Benjamin, Rosalvo Melo e Francisco Bandeira de Mello.
As redações eram machistas. As meninas apareceram com o Curso de Jornalismo da Universidade Católica de Roberto Benjamin, e o fã clube de Ivan Maurício.
Naqueles tempos os jornalistas eram desprendidos, boêmios, liam livros, fumavam e gostavam de fazer sexo.
As portas e janelas dos jornais eram abertas. As autoridades, humildemente, e o povo entravam nas redações sem pedir licença. Os jornalistas não tinham medo de caminhar pelas ruas]
Natal
Natal. A varanda gradeada é da Casa de Câmara Cascudo, que eu frequentava para beber conhaque e fumar charuto. 
Recife
Recife
Diário de Pernambuco
Diário de Pernambuco