Quando o Brasil vai pagar um salário mínimo decente?

Abdallah
Abdallah

Quando Getúlio Vargas tentou pagar um salário que matasse a fome do trabalhador teve que se suicidar.

Jango foi derrubado pelos militares, pela garantia do entreguismo, da privataria e do salário baixo que é lucro para as empresas estrangeiras, que só pensam em faturar.

Lula e Dilma melhoraram um pouco.

Se Dilma decretar um mínimo menos indigno terá o veto da Câmara dos Deputados e do Senado.

Já mandaram o recado: renúncia, golpe ou morte.

A imprensa brasileira paga salários de fome e medo. E defende o emprego terceirizado, temporário e precário. O Brasil nunca deixou de ser escravocrata.

A imprensa faz campanha pelo retorno da ditadura, que defendeu em 1964. E que fez a fortuna das seis famílias que dominam a mídia

salário fome mínimo

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Salários nas alturas

Alfredo Sábat
Alfredo Sábat

Dispararam os salários. Dos deputados. Dos vereadores. Dos togados. Dos coronéis das PMs.
E o salário mínimo da fome precisa deixar de ser degradante, humilhante.
Basta de tanta desigualdade.

A grande maioria da população passa fome, recebendo um salário, ou pensão, ou aposentadoria de 788 reais.
Eta Brasil cruel.

Os barões da imprensa pagam o salário da fome e do medo

livro cagador indignados jornalista

Vestidos de preto, Jornalistas se reuniram hoje em São Paulo para fazer um ato em manifesto contra as demissões, a precarização das relações de trabalho e práticas antissindicais que vem acontecendo no país.

Os salários pagos pelas famílias Marinho, Frias e Mesquita são humilhantes. Até a esposa de Eduardo Cunha, jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, âncora da TV Globo, era terceirizada.

O encontro nacional organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo aconteceu na sede da entidade da categoria em São Paulo. O ato foi feito em dois momentos, primeiro uma reunião entre categoria, FENAJ, diretores do Sindicato e militantes pela democratização da comunicação para elaborar coletivamente a carta de pauta nacional com reivindicações. Em seguida seguiram até a frente da sede da Folha de São Paulo e entregaram a carta da categoria para o presidente do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas de São Paulo (SindJoRe), Reginaldo Carlos de Araújo.

Para o presidente da FENAJ, Celso Schroder, nacionalizar o sentimento que os jornalistas estão passando é ter unidade e força para combater o mal que estão fazendo para o jornalismo brasileiro. “A FENAJ já tinha se posicionado e escolheu São Paulo pra fazer era demonstrar nacionalmente que para o movimento sindical que estas demissões basta!”

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Paulo Zocchi, este é estado considerado o centro das demissões, apesar de acontecer no país todo. 70% das demissões ocorreram em São Paulo, só no primeiro trimestre 191 jornalistas foram demitidos. Neste último mês teve demissões em massa na editora Abril, no Estado de São Paulo, na Folha de São Paulo, no SBT, na Jovem Pan e na Band. “Então o Sindicato tá buscando enfrentar as demissões junto com a categoria, entrando com ações judiciais, ou seja fazendo todo o possível para se opor a isso e impedir que essas demissões de fato ocorram”, afirma Zocchi.

Para Schroder essas demissões em massa precisam ser enfrentadas, pois elas ferem o bom senso, a legislação internacional e as relações de trabalho democraticamente instituída. “Por tanto as demissões são INACEITÁVEIS, defender os jornalismo no Brasil é defender a democracia”, finaliza ele.

Alegando dificuldades financeiras, as empresas demitiram jornalistas em quase todos os estados em 2014, mil só em São Paulo. A área que mais sofre é o setor de impressos. Dados do Projeto Inter-Meios indicam que no mesmo ano o faturamento das empresas de comunicação superou 27,7 milhões de reais, representando uma evolução de 7,85% em relação em 2013.

Estudos do Dieese apontam que a lei de desoneração da folha de pagamento representou uma redução de custos das empresas jornalísticas em média de 8,48%.

Para a secretaria de comunicação da CUT de São Paulo, Adriana Oliveira Magalhães, é um ato extremamente importante para denunciar as demissões e convidar os jornalistas a participar da luta junto ao sindicato. “A gente tá percebendo que esta ofensiva contra os trabalhadores jornalistas é a forma de como as empresas de comunicação também se organizam, assim como os grandes setores, por exemplo do sistema financeiro, do setor produtivo. É como maximizar o lucro através da redução do impacto da folha de pagamento”, destaca Adriana.

“Os jornalistas brasileiros sofrem os efeitos de uma crise artificial provocada por aqueles que, para manterem e ampliarem suas margens de lucro, transferem o ônus de sua incompetência para a classe trabalhadora”. Diz trecho da carta feita de forma colaborativa entre os sindicatos dos estados no encontro de hoje.

Na carta os jornalistas manifestam a rejeição as demissões, a precarização do trabalho e as práticas antisindicais das empresas. “A gente tá divulgando a carta e quer entregar para o sindicato das empresas e manifestar nossa intenção. Queremos nos reunir com as empresas em âmbito nacional para apresentar as nossas reivindicações e pra manifestar nossa posição”, finaliza Zocchi.

O PL 4330 é outra ameaça a categoria que já luta contra a terceirização a muito tempo. “Com a aprovação deste projeto de lei no senado a categoria sofrerá drasticamente este projeto de “pejotização”, que é a contratação de pessoas jurídicas e isentando a empresa de qualquer direito trabalhista. Salários menores, maior jornada de trabalho e sem benefícios, como 13 salário e férias”, destaca Adriana. Ela vê a democratização da comunicação dos meios de comunicação, que é uma luta pela diversidade, uma saída para os profissionais da área. “. O projeto de lei da democratização da comunicação também é um projeto que não só defende o profissional da comunicação, mas também luta pra que surjam outros postos de trabalho para os profissionais”, finaliza a secretária de comunicação da CUT em São Paulo.

Debate no Senado: Terceirização está ligada a condições análogas à escravidão

Debate sobre o projeto de terceirização na Comissão do Senado
Debate sobre o projeto de terceirização na Comissão do Senado

A representante do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na audiência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CPF) que discute o projeto que regulamenta a terceirização (PL 4.330/2004), Lilian Marques, apresentou dados sobre trabalhadores mortos ou resgatados de condições análogas à escravidão.

Entre 2010 e 2013, nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, quase 3.000 dos 3.553 casos envolviam terceirizados.

No caso de óbitos durante o serviço no setor elétrico, em 2013 perderam a vida 61 terceirizados, contra 18 empregados diretos. Na construção de edifícios, foram 75 falecimentos de terceirizados num total de 135 mortes.

Nas obras de acabamento, os terceirizados foram 18 do total de 20 óbitos, nas de terraplanagem, 18 entre 19 casos e nos serviços especializados, 30 dos 34 casos detectados.

Para Lilian Marques, estes números refletem a forma como os trabalhadores terceirizados são tratados pelos empregadores, em aspectos como segurança e treinamento.

A sindicalista ainda apresentou dados do Dieese que demonstram que a rotatividade entre terceirizados é o dobro da que existe entre empregados diretos. Afirmou ainda que são inúmeros os casos de calotes em todo o país, de empresas que fecham as portas sem pagar seus contratados.

Marques reiterou que o PL 4.330/2004 envolve inúmeros interesses, citando como um exemplo a Petrobras, que hoje chega a contratar cerca de 360 mil trabalhadores como terceirizados, contra 86 mil diretos.

Novo dono demite mais de 130 funcionários dos Associados

Você cliente do HapVida ganha a assinatura de um jornal dos Associados. Ou vice-versa. Por Payam Boromand
Você cliente do HapVida ganha a assinatura de um jornal dos Associados. Ou vice-versa. Por Payam Boromand

 

Informa o Portal da Imprensa: “Desde a última terça-feira (24/3), mais de 30 jornalistas das equipes dos jornais Diario de Pernambuco e AquiPE e cerca de 100 profissionais de outras áreas foram demitidos. Nesse grupo estão editores, repórteres, diagramadores, ilustradores e fotógrafos — um deles com 40 anos de casa. Também foram cortados integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), dos gráficos, da administração, transportes, marketing, alimentação e recursos humanos.

Os cortes foram feitos pelo Grupo Opinião de Comunicação (GOC), controlado pelo Canadá Investimentos, proprietário da Hapvida, nova holding das publicações. Era a hora de parar todas as redações de Pernambuco, por um salário digno, e perdidos direitos trabalhistas”.

 

Pavão misterioso

 

O novo e misterioso dono do Diário de Pernambuco. Por Fadi Abou Hassan
O novo e misterioso dono do Diário de Pernambuco. Por Fadi Abou Hassan

 

O Sindicato lastima o passaralho, e esconde o salário base de uma profissão escravizada, que a liberdade de imprensa é da empresa, uma casa de negócios, e não de quem faz o jornal, o jornalista. Uma classe desunida. Relembro o caso de Ricardo Antunes. Ficou injustamente preso mais de seis meses, e ninguém, ninguém mesmo, disse nada. Fui anticandidato a presidente do Sinjope, para denunciar o salário de fome e medo. Convidei Ricardo para ser o vice como protesto.

Sempre digo que jornalismo se faz com coragem e sonho. Coragem para combater os barões da imprensa, os monopólios, que transformam as redações em senzalas.

Os Associados têm um dono, com desconhecido nome. Um bando de jornalistas desenformados, os que continuam empregados, ignoram o nome do patrão. Um patrão que determina a linha editorial. Um patrão que pode ser a mestra, a contramestra, a Diana ou o velhinho de um pastoril que os jornalistas dançam…

Acrescenta o Portal da Imprensa: Em janeiro desde ano, a empresa adquiriu 57,5% da participação societária nas empresas de comunicação do Grupo Diários Associados, e assumiu o controle do Sistema Associado de Comunicação, TV Borborema, Rádio e TV O Norte; as rádios Poti, O Norte e Borborema, Diario de Pernambuco e AquiPE.

 

Jornalista on line do Diário de Pernambuco examinado pelo patrão proprietário
Língua afiada. Jornalista on line do Diário de Pernambuco examinado pelo patrão HapVida. Por Alfredo Martirena

Nesta quarta-feira (25/03), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram uma nota de repúdio à ação da empresa. O texto diz que com as demissões, o grupo compromete a credibilidade dos veículos que controla, incluindo a TV Clube/Record, as rádios Clube/Globo AM, a Clube FM e, na Internet, o portal Pernambuco.com, o Vrum, o Admite-se, o Lugarcerto e o diariodepernambuco.com.br

“O GOC, ao anunciar oficialmente a sua missão, dizia “defender a ética, a verdade e justiça social”. As ações vão contra o discurso publicado e apontam para a destruição de uma empresa 189 anos e que já é parte do patrimônio da Comunicação de Pernambuco”, afirma a nota.

Para as entidades, não houve “critério compreensível” nos cortes, que atingiu pessoas que não poderiam ser demitidas e deixou equipes sem chefias — a exemplo da fotografia. As entidades convocaram uma reunião com a diretoria da empresa e com o Ministério Público do Trabalho (MPT). “Sinjope e Fenaj alertam ainda que não serão aceitas sobrecarga de trabalho com excesso de jornada aos profissionais remanescentes e a ocupação das vagas dos demitidos por estagiários”.

À IMPRENSA, Cláudia Eloi, repórter de política e presidente do Sinjope, manifestou preocupação com os colegas demitidos e com o futuro do jornal. “Viramos somente números. Parece que não somos profissionais, seres humanos. Quantos fins de semana perdemos, quantas vezes deixamos nossos filhos em casa para trabalhar? Nossa experiencia foi jogada no lixo”.

Segundo ela, há rumores de que mais trabalhadores devem ser afastados. “Não sabemos como será daqui para frente. Se antes tinha talvez 50 para fazer o jornal, agora tem 20. Como essa conta fecha? E a gente não faz só impresso, faz foto, vídeo, áudio, redes sociais… Como uma colega batizou, é multifunção e monossalário. Um patrimônio de Pernambuco de 189 anos está sendo destruído, dizimado”, lamenta.

Os jornalistas de Pernambuco, indignados com a conduta do grupo de mídia, têm usado as redes sociais para denunciar o corte em massa e mobilizar a categoria para tentar reverter a situação.

Leia a íntegra da nota das Diretorias de Sinjope e da Fenaj:

“Sinjope e Fenaj repudiam demissões em massa promovida pelo Canadá Investimentos/Hapvida no Diario de Pernambuco

Com a demissão de mais de 30 jornalistas das equipes dos jornais Diario de Pernambuco e AquiPE e mais de 100 profissionais de outras áreas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vêm a público repudiar a atitude da “nova holding”, o Grupo Opinião de Comunicação (GOC), controlado pelo Canadá Investimentos, proprietário da Hapvida.

Em janeiro, o GOC, ao anunciar oficialmente a sua missão, dizia “defender a ética, a verdade e justiça social”. As ações vão contra o discurso publicado e apontam para a destruição de uma empresa 189 anos e que já é parte do patrimônio da Comunicação de Pernambuco.

O Sinjope e a Fenaj convocam reunião imediata com a diretoria do Canadá Investimentos/Hapvida e com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras entidades de classe, a fim de discutir a questão e interromper o processo de desmonte das empresas.

A lista de demissão foi feita sem qualquer critério compreensível. Incluiu até integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), limou profissionais com mais de 30 anos de casa, deixou equipes sem chefias e atingiu gráficos e funcionários da administração, transportes, marketing, alimentação e recursos humanos, entre outros setores.

Com as demissões, o grupo compromete ainda a credibilidade dos veículos que controla , incluindo a TV Clube/Record, as rádios Clube/Globo AM, a Clube FM e, na Internet, o portal Pernambuco.com, o Vrum, o Admite-se, o Lugarcerto e o diariodepernambuco.com.br.

Aos profissionais demitidos, orientamos que juntem carteiras profissionais e os últimos 12 contracheques e agendem atendimento na assessoria jurídica do Sinjope para salvaguardar direitos (telefone 3221-4699). Aqueles com mais tempo de exercício profissional, por exemplo, podem ter direito a estabilidade assegurada na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Sinjope e Fenaj alertam ainda que não serão aceitas sobrecarga de trabalho com excesso de jornada aos profissionais remanescentes e a ocupação das vagas dos demitidos por estagiários.

Diretorias de Sinjope e da Fenaj”

 

Amaldiçoados sejam os escravocratas e os atravessadores que terceirizam o trabalho

Comenta Marcos Simões: “Cadelos e cadelas no cio das áreas nobres, além de ladrões, sonegadores de impostos e fraudadores do Brasil, são hilários”.

direita burguesia faz panelaço

Essas corruptas e corruptoras elites têm tudo facilitado para uma vida de luxo e luxúria. A conta quem paga é o povo. Que a casta lá de cima não paga os impostos de fortuna, de herança e, muitas vezes, possuem secretas isenções.

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Essa gente escraviza os empregados domésticos: babás, faxineiras, cozinheiras, motoristas. Acontece o mesmo com as comerciárias, as operárias, as camponesas, as funcionárias públicas terceirizadas. Uma relação patrão empregado que acontece de tudo: assédio sexual, assédio moral, stalking – uma relação casa grande & senzala, que rola na cama & rela o joelho.

Um escravidão que acontece nas casas das nossas tradicionais famílias cristãs, e nas grandes empresas como a Contax, nas mais luxuosas lojas do shopping, quando se pensava que fosse uma desumanidade exclusiva dos canaviais & outros latifúndios da lavoura de exportação.

Os piores escravocratas são os colonos, as empresas multinacionais, notadamente as proprietárias das ex-estatais da privataria tucana.

A escravidão no Brasil é generalizada. O Ministério e as secretarias do Trabalho dos governos estaduais e municipais não agem e são tão decorativas – para inglês ver – quanto os tribunais.

Amaldiçoados sejam todos escravocratas e seus capatazes & cúmplices.

pobre rico colono colonizado

 

Os judeus viveram 400 anos de escravidão no Egito, e foram libertados pela intervenção de Deus, através de Moisés.

A escravidão no Brasil completará 500 anos em 2036. Começou com a chegada do primeiro donatário português em Pernambuco.

Malditos sejam os escravocratas, os atravessadores de trabalho terceirizado, os que pagam o mínimo do mínimo aos empregados, roubando horas extras, descanso semanal, férias, e o tempo de descanso, de lazer e,  notadamente, o tempo que os pais devem dedicar para a criação e educação dos filhos menores de idade.

Para eles as dez pragas do Egito que, segundo a Bíblia, Deus enviou pelas mãos de Moisés sobre o Faraó do Egito e seu povo, narradas no livro de Êxodo, capítulos 7—12.

As pragas foram enviadas para obrigar o Faraó libertar o povo. O Faraó representa o executivo, o judiciário, o legislativo, o poder econômico.

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As dez pragas descritas no texto bíblico foram, em ordem cronológica:
1. Águas em sangue
2. Rãs
3. Piolhos
4. Moscas
5. Doenças nos animais
6. Sarna que rebentava em úlceras
7. Saraiva com fogo
8. Gafanhotos
9, Trevas
10. Morte dos primogênitos

Essas podres elites podres bem que merecem. Os primogênitos deles vivem nas drogas, atropelando e queimando mendigos, estuprando, vagabundeando, e com heranças garantidas em paraísos fiscais.

As pragas o preço pelos 400 anos de escravidão no Egito. No Brasil são 500 anos. Que seja acrescentada a Aids. A dengue fica na conta de Alckmin, que falta água em São Paulo. A água guardada em baldes, tonéis e barris constitui o principal foco de larvas de mosquito.

Água dá-nos

A Contax rouba até a altivez, o civismo, a coragem do jovem brasileiro

 

trabalho degradante humilhante salário

O Ministério do Trabalho passou dois anos investigando a Contax. Dois anos. Uma eternidade. Bastavam dois dias para descobrir os casos de tortura física e de tortura psicológica na monstruosa empresa laranja da Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco.

Dois anos investigando os abusos trabalhistas contra mais de 185 mil pessoas que hoje prestam serviço de teleatendimento. Sem contar os milhares e milhares de jovens, de 18 a 25 anos, que já passaram pela Somar, uma empresa criminosa, que mais parece um motel pela sua alta rotatividade.

O que me impressiona é a submissão do jovem trabalhador brasileiro. Que não se revolta contra a servidão. Uma passividade, uma covardia, um medo de perder o emprego que bem sinaliza que vivemos em uma ditadura econômica.

Os jovens temem entrar na lista negra das multinacionais, das grandes empresas estrangeiras.

Também os jovens não contam com o apoio de nenhum partido político, de nenhum sindicato, de nenhuma grande mídia, apenas alguns blogueiros defenderam as vítimas da Contax, sendo exemplar a corajosa reportagem de Leonardo Sakamoto.

Todo dinheiro investido na investigação foi pelo ralo; e inútil a trabalheira dos funcionários do Ministério do Trabalho em sete estados; e quixotesca a intervenção nos currais da Contax.

Porque a justiça, sempre mui amiga do poder econômico, autorizou a permanência da superexploração da Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco nos doze estados que a Contax funciona.

Os salários da fome e do medo transformam o jovem brasileiro em um cidadão zumbi, sem altivez, sem coragem, sem hombridade. Um jovem que perdeu o brio, o orgulho, o civismo, pelo corpo usado, pela alma escrava.

E sem revolta, o cidadão vira-lata aceita o atual salário mínimo ou piso, abaixo de uma diária de um ministro de um Supremo Tribunal, de uma diária de um ministro de Dilma, para não citar os valores dos diferentes auxílios de moradia, de educação etc, que tem um juiz, que tem um deputado, ou mesmo um vereador do menor município do imenso Brasil.

 

 

assédio

 

 

O návio tumbeiro da escravocrata Contax já está navegando no espaço cibernético, apesar de R$ 1,5 bilhão em débitos salariais

Empresa obtém liminar contra interdição do MTE e volta a funcionar. É uma vergonha 

 

banco agiotagem escravo usurário rasha mahdi

Diario de Pernambuco – A empresa Contax, que na última terça-feira (20) tinha tido suas atividades suspensas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conseguiu, na manhã desta quinta-feira (22), uma liminar na Justiça do Trabalho para voltar a operar. Com a decisão, a empresa já concovou os funcionários do turno de meio-dia a voltarem ao expediente normal. A unidade de telemarketing de Santo Amaro, no Recife, que é a maior da empresa no Brasil, havia sido interditada por “problemas de ordem trabalhista”. [Esses “problemas de ordem trabalhista” escondem vários crimes de uma empresa escravocrata:

* stalking

* bullying (eleição Miss Xixi)

* assédio moral

* trabalho escravo

* salários indignos

* punições físicas

* violência contra a mulher

* tortura psicológica

* publicidade enganosa para recrutar escravos

* normas de trabalho que lembram um campo de concentração nazista

* violação de todas leis trabalhistas

* violação de todos os direitos humanos

A liminar foi obtida pela assessoria jurídica da empresa na 14ª Vara do Trabalho e, no despacho, a Justiça destacou que a Contax é a maior empregadora do Recife e que a possível perda de contratos de prestação de serviço, por conta da suspensão imposta pelo MTE, poderia acarretar em uma demissão em massa de mais de dez mil funcionários [a decisão é tão imoral, que esconde o nome do juiz responsável pela 14a. vara no lombo dos trabalhadores]

Segundo nota da Contax, o texto da liminar destaca a importância da empresa para o desenvolvimento local: “(a Contax) é a maior empregadora do município e a paralisação das suas atividades, com possibilidade de perda dos contratos de prestação dos serviços, acarretará em demissão em massa de mais de 10 mil funcionários, afetando a vida particular de cada um, gerando sofrimento e angústia destes e de seus familiares, bem como a economia da localidade, sem contar com a infinidade de impostos recolhidos” [0s escravocratas apresentavam justificativa idêntica como defesa da escravatura, e contra a Lei Áurea]

Não importam as condições de trabalho. E sim, como na escravatura legal e oficial, que os empregos sejam mantidos
Não importam as condições de trabalho. E sim, como na escravatura legal e oficial, que os empregos sejam mantidos

Ainda de acordo com a empresa, “vale ressaltar que o Grupo Contax cumpre toda a legislação trabalhista e as normas específicas para o setor de call center e se mantém aberto ao diálogo com o Ministério do Trabalho e Emprego.”[ Isso é uma informação mentirosa. O Grupo Contax não cumpre nenhuma lei trabalhista, nenhuma norma específica para o setor de call center. É uma empresa de terceirização de mão-de-obra escrava, “aberta ao diálogo”… você, leitor, sabe porquê ]

Esta decisão deve beneficiar outras senzalas da Contax. O fechamento da Contax no Recife fez parte de uma megaoperação do Ministério do Trabalho e Emprego, que durou dois anos, e atuou em sete estados, e que responsabilizou Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco por abusos trabalhistas contra mais de 185 mil pessoas que prestam serviço de teleatendimento. Ao todo, foram 932 autos de infração lavrados, R$ 318,6 milhões em multas, R$ 119,7 milhões de dívidas com o FGTS e quase R$ 1,5 bilhão em débitos salariais.

 

Leia mais. Conheça as safadezas da Contax

 

Nas ditaduras a polícia invade casas para roubar. Acontece o mesmo em Minas. Os tiras afanaram livros inéditos do jornalista Geraldo Elísio

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Queima de livros promovida pelo nazismo
Queima de livros promovida pelo nazismo

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, em 1888, e morreu em 1935. Em 1934, lançou Mensagem, um pequeno livro em páginas. Praticamente sua obra poética foi publicada postumamente. Já pensou se a polícia de Salazar tivesse invadido sua casa?

Já pensou se a polícia de Franco tivesse invadido a casa de García Lorca?

A Gestapo de Hitler promoveu uma noite de queima de livros e manuscritos judeus. A fogueira alumiou por uma noite a Alemanha. E depois veio a escuridão, que hoje se espalha por Minas Gerais. Que os inimigos da claridade têm medo da Liberdade mesmo que tarde. Da Liberdade e da Verdade. Esse temor fez Azeredo senador apresentar para o Brasil uma lei de censura.

Minas Gerais hoje não possui liberdade de expressão. O jornalista que ousa investigar os rastros de sangue e pó, e os desvios de dinheiro público, que começam com os prefeitos ladrões, vai preso ou morre. Ou tem a casa invadida como aconteceu com Geraldo Elísio, Marco Aurélio Carone e outros.

No governo de Aécio Neves, um major, em uma solenidade oficial, fez uma estagiária de jornalismo ajoelhar, com o cano de um quarentão engatilhado e encostado no ouvido. Este major covarde desconfiou da garota, por ser uma novata. Acontece que a foquinha trabalhava na equipe de Andréa Neves, que governou Minas no lugar do irmão sempre “viajando”. O majorzinho terminou promovido a tenente-coronel e coronel. Era ajudante de (des)ordens de Aécio, e das ordens de silêncio pelos corredores de azulejos brancos. Onde levitava ou deslizava o governador, parecendo uma Estátua de Talco.

Denuncia Geraldo Elísio, Prêmio Esso Regional de Jornalismo e que trabalhou nos principais jornais do Brasil e no Novo Jornal de Minas Gerais, hoje censurado, e preso seu proprietário, o jornalista Marco Aurélio Carone:

– Uma equipe composta por um delegado e três outros investigadores do Depatri visitou-me com ordem de busca e apreensão de meu netbook, minhas cadernetas de telefone, CD’s e anotações, principalmente em um livro no qual escrevo poesias

– Esses atos são obra de Andréa [Neves] e seu irmão [senador Aécio Neves, PSDB-MG], para tentar desqualificar a Lista de Furnas e o mensalão tucano, para que não entrem em julgamento no STF. Para isso não estão titubeando em lançar mão de tentativas loucas e desmesuradas.

Quanto custam os originais de um livro? Só a posteridade pode avaliar. Quando os originais são destruídos considero um crime inominável. Um livro não valorizado hoje, pode se tornar um patrimônio da humanidade. Da mais famosa poetisa do mundo, Safo, não se conhece nenhum poema. Apenas versos esparsos citados por filósofos e poetas. Também foi destruída, pelos cristãos, a obra da mais célebre mulher filósofa da Antiguidade, Hipátia, que os católicos transformaram, na contrapropaganda, em Santa Catarina. Também a perseguição política e religiosa destruiu os manuscritos do Velho e Novo Testamentos.

Neste mundo capitalista do deus dinheiro temos alguns preços de leilões de livros e manuscritos:

  • ‘Codex Leicester’: Livro de anotações de Leonardo da Vinci escrito à mão. Datado do século 16, foi vendido por US$ 30,8 milhões (R$ 70 milhões) em 1994.
  • ‘Rothschild Book of Hours’: Livro ilustrado de orações escrito à mão. Datado do início do século 16, foi vendido por US$ 14,3 milhões (R$ 32 milhões) em 1999.
  • ‘Magna Carta’: Amplamente distribuído, porém escrito à mão e não encadernado. Uma cópia do século 13 foi vendida por US$ 21,3 milhões (R$ 48 milhões) em 2007.
  • ‘Birds of America’: Livro de desenhos coloridos feitos à mão pelo naturalista e pintor John James Audubon. Datado do início do século 19, foi vendido por US $ 11,5 milhões (R$ 26 milhões) em 2010.
  • Bay Psalm Book: (“O Livro de Salmos da Baía”, em tradução livre), de 1640, primeiro livro que se tem notícia que foi impresso nos Estados Unidos, US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões) em 2011.

Quando era foca, no final da década de 50, poucos jornalistas possuíam máquina de escrever. Quem tem computador comprou a prestações. Que a maioria dos jornalistas ganha o salário da fome e do medo. Roubar um computador é calar, amordaçar, mutilar as mãos de um jornalista. A Santa Inquisição cortou um mão de Cervantes. Os militares de Pinochet amputaram as mãos de √ictor Lara.

A polícia arbitrária e a justiça absolutista estupram a Constituição, que determina que bens relacionados com a profissão de um trabalhador, de um profissional liberal, inclusive para o funcionamento de uma empresa, são absolutamente impenhoráveis.

A invasão da casa de Geraldo Elísio foi um ato torpe, arbitrário, insano, ditatorial, kafkiano, imoral, principalmente depois que o procurador geral da República,o mineirto Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), as alegações finais do processo do valerioduto tucano, também conhecido como mensalão mineiro. No documento, Janot sugere a condenação do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. O documento tem 84 páginas e aponta “subversão” do sistema político-eleitoral.

O procurador recomendou como punição ao parlamentar multa de 623 dias-multa de cinco salários mínimos cada – o valor é calculado com base no salário da época em que o crime foi cometido. Em R$ 1998, era de R$ 130. A quantia estimada é de R$ 404.950, que serão corrigidos pela inflação caso o STF atenda o pedido da Procuradoria.

Informa ainda a jornalista Raquel Gondin (O Tempo):Na ação, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB) é acusado de peculato e lavagem de dinheiro por supostamente se associar ao grupo do empresário Marcos Valério para o desvio de verbas e arrecadação ilegal de recursos para a campanha eleitoral do PSDB para o governo de Minas em 1998.

Segundo a Procuradoria, os desvios teriam alcançado R$ 3,5 milhões que, em valores atualizados, passam para R$ 9,3 milhões.

“Ao desviar recursos públicos, Eduardo Azeredo pretendeu, ao fim e ao cabo, praticar mais um episódio de subversão do sistema político-eleitoral, ferindo gravemente a paridade de armas no financiamento das despesas entre os candidatos, usando a máquina administrativa em seu favor de forma criminosa e causando um desequilíbrio econômico-financeiro entre os demais concorrentes ao cargo”, diz Janot no documento.

Para Janot, há provas para a condenação de Azeredo. Ele rebateu argumentos apresentados pela defesa no processo de que Azeredo estaria isento das ações financeiras de sua campanha. Segundo o relatório, “há nos autos conjunto probatório robusto que confirma a tese acusatória e afasta por completo a tese defensiva”.

No documento, Janot reforça a denúncia assinada em 2007 pelo então procurador Antonio Fernando, que o mensalão mineiro foi “a origem e o laboratório” do PT. “A prática dos crimes descritos na denúncia só foi possível com a utilização do esquema criminoso montado por Marcos Valério Fernandes de Souza, mais tarde reproduzido, com algumas diferenças, no caso conhecido como mensalão”, afirmou o procurador Rodrigo Janot.

A denúncia do mensalão mineiro envolvia 15 pessoas, mas somente as acusações contra Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG) serão julgadas pelo STF. Andrade é alvo de uma ação separada. Os dois parlamentares têm direito a serem julgados diretamente pela Suprema Corte devido ao foro privilegiado.

A CRIMINALIZAÇÃO DO JORNALISMO DE OPOSIÇÃO EM MINAS GERAIS

por Miguel do Rosário

Geraldo Elísio
Geraldo Elísio

Reproduzo a entrevista abaixo e quero deixar registrado a minha preocupação de que as liberdades no Brasil estejam se tornando um privilégio dos poderosos. De um lado, uma âncora de tv aberta pode elogiar o justiçamento bandido feito por jovens fascistas. De outro, um jornalista com 54 anos de carreira é perseguido pela polícia mineira por fazer seu trabalho com independência e coragem.

Há uma inversão de valores que sinalizam uma tendência repressora, e só para um lado. Jornalistas pró-tucanos recebem prêmios sem fim, aqui no Brasil e nos EUA. Jornalistas críticos ao PSDB são presos, processados, perseguidos, seus computadores, pendrives e documentos pessoais são apreendidos.

Onde isso vai parar?

“Acuso frontalmente o senador Aécio Neves e sua irmã…”

O Bloco Minas Sem Censura entrevistou Geraldo Elísio Machado Lopes, que tem 54 anos de jornalismo, e foi vítima de ação de busca e apreensão em sua residência, na sexta-feira, 31 de janeiro. Ex-colaborador do Novo Jornal, do qual já se afastara há sete meses para cuidar da publicação de livros de sua autoria, Elísio foi novamente convocado para o front das lutas pela liberdade. E acusa abertamente Aécio e Andréa Neves de estarem por trás dos atos de perseguição ao Novo Jornal. Língua afiada, Geraldo Elísio faz, ao final de sua entrevista um desafio aos Neves. Leiam.

MSC – Quem é você profissionalmente?

Geraldo Elísio – Um jornalista com 54 anos de atuação em todas as áreas das diversas mídias existentes, com orgulho de nunca ter sido desmentido e uma carga de luta a favor da redemocratização do Brasil pós o golpe civil militar de 64. E um Prêmio Esso Regional de Jornalismo, em 1977, do qual me orgulho mais ainda, não por vaidade, mas pelo sentido da causa: a luta a favor dos direitos humanos denunciando as torturas praticadas contra o operário Jorge Defensor Vieira, quando ainda existia o famigerado AI-5. Inúmeras coberturas políticas e algumas internacionais. Também artista multimidia.

MSC – O que aconteceu em sua residência na última sexta-feira 31 de janeiro de 2014?

Geraldo Elísio – Por volta das 15 horas o interfone do apartamento tocou, uma voz masculina perguntou por mim, me identifiquei e fui solicitado a comparecer ao portão. Assim o fiz e atendi a um delegado do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e mais três policiais que o acompanhavam com uma autorização judicial de busca e apreensão, com a qual levaram meu netbook, pendrive, cds e cadernetas de telefone. Não cito os nomes porque não deixaram sequer o número do documento portado por eles e nem uma cópia do que foi arrestado, inclusive isto me soa estranho, pois no site do Tribunal de Justiça nada consta. Sei que existe o nome de alguém do Ministério Público e de algum juiz, mas como nada deixaram não posso dizer nomes. Na ditadura civil militar vi residências violadas na marra, mas com ordem judicial (será mesmo?) creio ser pioneiro.

MSC – A quem você atribui tudo isto?

Geraldo Elísio – Acuso frontalmente o senador Aécio Neves e sua irmã Andréa Neves, no ímpeto de destruir as provas de denúncias formuladas pelo site Novojornal. Principalmente as que se referem a denúncias de desvio de dinheiro público e a acusação de que Aécio é dito usuário incurável de cocaína. Porque saber que eu trabalhei no jornal virtual é público e notório. Foram quase seis anos com editoriais assinados, em todos oferecendo espontaneamente o direito de resposta a todas as pessoas físicas e jurídicas citadas em meus textos. E tenho convicção de estarem querendo desqualificar os documentos que comprovam o Mensalão Tucano Mineiro e a Lista de Furnas. Quanto à Lista de Furnas por que o senhor Dimas Fabiano Toledo a registrou em cartório? A Lista de Furnas teve uma cópia xerox que foi periciada nos Estados Unidos e o perito que a declarou falsa já tinha sido preso por perjúrio. Além do mais a Polícia Federal já atestou que ela é verdadeira. Porém, Andréa Neves se julga um gênio da comunicação e como não é, troca os pés pelas mãos. Tenho igualmente certeza de que a dupla formada pelos netos do doutor Tancredo Neves, autor da frase “O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade” quer incriminar os deputados Rogério Correia e Sávio de Souza Cruz. Estão desesperamente tentando encontrar ou até forjar provas mediante intimidação. Nasci no Grande Sertão Veredas e sei que “viver é muito perigoso.” Não temo, não me intimido e se algo me acontecer nem é preciso dizer de quem é a culpa, obviamente ressalvadas as causas naturais. Se morrer, baixo o meu espírito em médiuns especializados em psicografia e continuarei a denunciar as tramoias dos Neves ou quaisquer outras.

MSC – E o que você pretende agora?

Geraldo Elísio – Eu já tinha decidido me afastar de enfrentamentos políticos, mas recebi um convite para uma briga boa. Estou no ringue. Claro, tenho os meus defeitos mas não preciso me envergonhar deles. Se ser pobre não é motivo de orgulho também não o é para vergonha. Vou oferecer a quebra de todos os meus sigilos, fiscal, bancário e telefônico às autoridades competentes e espero que Aécio e Andréa Neves façam o mesmo, pois ao contrário deles respeito o princípio jurídico de que até prova em contrário todos são inocentes e creio terem eles condições de tomarem a mesma atitude que eu. Irei ou enviarei correspondência a todos os órgãos ligados aos Direitos Humanos, inclusive à ONU denunciando o Estado de Exceção em Minas Gerais. E como no meu netbook existem os textos de três livros inéditos denuncio a minha condição de perseguido político sujeito à censura prévia de minhas obras. E a luta segue em frente.

 

TV Tribuna deve indenizar jornalista afastada após denunciá-la

expresão jornalista liberdade
Duvido o Sinjope – Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco – publicar esta notícia. Fica o desafio para um sindicato frouxo, e que só faz greve de teatro. Que condena a censura contra a mídia (os patrões) e não defende os associados (os empregados). Taí um exemplo: o caso do censurado jornalista Ricardo Antunes, que inclusive sofreu seis meses de prisão injusta e ditatorial.
A indenização do assédio moral não corresponde um mês de salário de um desembargador. Que os  jornalistas recebem um pisoteado piso como salário. Um salário do medo e da fome. E ninguém foi preso por ameaçar e humilhar uma jornalista.
Vale ver este vídeo sobre emprego capacho:
Escreve Symphronio Veiga:

A 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão que condenou a Nassau Editora, Rádio e Televisão (TV Tribuna de Recife) a indenizar em R$ 20 mil uma jornalista afastada do trabalho de reportagem por considerar que ela não representava a emissora. O afastamento aconteceu após a jornalista denunciar a emissora na Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

No processo, a jornalista, que tinha estabilidade sindical, anexou uma gravação ambiental de conversa com a diretora de jornalismo. No diálogo, a superiora afirmou que, devido à insatisfação dela e ao “que aconteceu na DRT”, a emissora decidiu que seria “uma situação desagradável” ela continuar aparecendo no vídeo.

“Então, você tem uma estabilidade do sindicato, mas você não tem como representar a empresa, uma empresa que você não gosta. Achamos que é melhor pra você e pra gente que você saia da reportagem”, concluiu a diretora, contrariando a versão da emissora no processo de que ela teria saído do vídeo e sido deslocada para o trabalho interno por baixo rendimento profissional.

A jornalista foi eleita em 2010 membro suplente da diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco. De acordo com ela, devido a sua participação ativa no sindicato, que teria incomodado a direção da TV Tribuna, passou a ser alvo quase que diariamente de “humilhações, desrespeito e situações vexatórias” por parte da diretora de jornalismo. A intenção seria fazer com ela pedisse demissão ou fosse dispensada por justa causa.

Em 2011, ela denunciou a empresa na DRT pela falta de pagamento integral das horas extras dos empregados da emissora. A partir daí, teria sido isolada completamente, sem qualquer atividade profissional. Ela então ingressou com ação com pedido de indenização por dano moral, sendo a emissora condenada em primeira instância.

Após recurso, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região manteve a condenação. Após ouvir as testemunhas e a gravação feita pela jornalista, o TRT-6 concluiu que as provas produzidas demonstraram, de forma contundente, que a emissora tinha uma conduta discriminatória, humilhante e constrangedora em relação à jornalista, “expondo-a a situação aética e injusta, notadamente após a sua eleição para cargo de dirigente sindical. Isso é inquestionável”, concluiu.

A TV Tribuna de Recife então recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho, que não acolheu o Agravo de Instrumento. O ministro Vieira de Melo Filho, relator na 7ª Turma do TST, não vislumbrou violação legal na decisão regional, como defendia a emissora. Para o ministro, a jornalista, a quem cabia o encargo de comprovar os fatos alegados quanto às humilhações e perseguições, se desincumbiu desse ônus quando as testemunhas confirmaram as alegações dela.

“O Tribunal Regional, valendo-se do princípio do livre convencimento motivado, insculpido no artigo 131 do Código de Processo Civil, e da abrangência do duplo grau de jurisdição, concluiu de forma contrária ao pretendido pela emissora”, destacou o relator. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.