Júlia Coller não morreu em uma sociedade qualquer

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Julia-Coller

Júlia Coller está morta. A polícia trabalha com a hipótese de suicídio. As comunidades virtuais conheceram Julia Coller pelo ativismo; ela foi uma das pessoas acorrentadas ao Instituto Royal, na luta pela libertação dos animais do falso laboratório. Nessas mesmas comunidades, há os que especulam sobre a sua morte. Mas à medida que os jornais dizem que ela consumiu “álcool e drogas” em uma festa no dia anterior, e que já havia tentado o suicídio antes, tudo se resolve. É só enterrar a bela menina de olhos verdes.

O Brasil é o país em que a vítima fica culpada com uma facilidade incrível. Sendo mulher, então, nem é preciso lançar mão do elemento fatal para instalar o preconceito, as drogas. Junto com drogas, o ativismo em favor de … animais! Ora, nem mesmo em favor de humanos, mas de animais! Eis que se forma o quadro na cabeça dos conservadores que, agora, estão com tudo na mídia, e até poderiam escrever: “menina porra louca”.

Júlia Coller apareceu morta diante de um namorado e uma amiga. Estava em seu quarto, ligou para o namorado, mas não falou com a amiga que estava na mesma casa. Amarrou uma gravata na janela e conseguiu se matar com tal instrumento. Isso após uma noite sem dormir e já de ressaca. A garota deve ter feito um curso de marinheiro, por isso foi impecável ao construir o nó fatal para morrer, mesmo sendo bem leve. Posso aceitar a morte de Júlia Coller, mas não consigo ficar tranquilo se a morte vem acompanhada de um julgamento sobre ela, tão fácil que faz alguns chegarem a dizer  de modo cinicamente tranquilo “ah, quando tem droga no meio, tudo é possível”.

Não dá mais para culpar as drogas pelo fim de uma pessoa sensível. Entre a droga e a uma pessoa há um mundo, ou melhor, há a nossa sociedade. Essa sociedade em que vivemos e na qual achamos que tudo se resolve com polícia. Basta colocar a polícia contra tudo que cheira errado e tudo ficar certo. Assim pensam agora os intelectuais da modinha.

Ora, não vou por aí não. Não visto canga. Já passou da época em que tínhamos de ceder aos que exigiam de nós um comportamento do tipo “é assim mesmo, afinal, era uma garota que ficou lá no Royal, acorrentada”. Sim, é esse o juízo que os conservadores estão fazendo agora, no bar, e só não vão escrever isso porque o caso Royal já não dá mais “ibope”. Todavia, os que foram contra o resgate dos beagles nem precisam dizer nada, já os escuto culpando a vítima.

Em nossa sociedade em que a regra não é a maldade voluntária, mas a apatia da insensibilidade produzida por um pensamento que se acha importante por colocar a política acima da vida humana, pessoas como Coller não podem usar por muito tempo seus olhos verdes. Tais olhos matam de vergonha, ainda, os que já não são capazes de nenhum choro, de nenhum gozo, de nenhuma capacidade de ver nos cães nossos amigos. Olhos assim, fitados pelos conservadores que condenaram o ativismo que fechou o Royal na base da lei, são  como que faróis em um túnel escuro e silencioso.

Adorno chamou a nossa sociedade de “sociedade administrada”. Nela, tudo é administrado e não vivido. Adorno punha a administração de um lado e a vida de outro. Pois administração é para empresas, não para vidas. Nossa sociedade tem empresariado nossas vidas e, então, quer que a vida não tenha nenhum laço que não seja o de sobrevivência. Nessa sociedade, tem de vigorar o que ele chamava de “feliz apatia” da “frieza burguesa”. Todos se arrastam. Só os adultos riem. Estão nos shoppings. As crianças brincam sem sorrir. Esse é um sinal de nossos tempos. Podem reparar.

Jovens como Júlia Coller não querem entrar em um partido. Não estão comprando o Mein Kampf atual, que no seu mais radical ressentimento nutre outros ressentidos diante dos escolarizados. Esses ressentidos acham que nas escolas se serve Marx, maconha e caviar. Ora, como eles nunca conseguiram ler o primeiro por não entenderem Platão ou qualquer outro clássico, como eles consumiram só maconha ruim e, enfim, como jamais viram caviar senão na TV, se ressentem contra os que gozaram a vida.

Não! Julia não foi dos que podem entrar para o partido dos ressentidos. Ela se deprimia com esse mundo, pois ela ainda era uma moça velha, uma moça com sentimentos. Nos olhos dos cães ela via o que existe. Existe amor. Ah, mas quão babaca é esse sentimento para esses novos homens que, agora, deixaram os púlpitos e comentam sobre a vida social e política. Eles são os que culpam vítimas. Diante deles, Júlias perecerão sempre.

A burguesia brasileira e os extravagantes gastos nos Estado Unidos

charge-capitalista PCdoB

Os emergentes brasileiros viraram notícia internacional. O New York Times publicou no último fim de semana uma matéria sobre essa gente brasileira. Com um certo tom de surpresa, espanto e muita ironia, a matéria desfila alguns casos de ricos que adquiram o hábito de celebrar festas e casamentos “extravagantes” nos Estados Unidos — principalmente Nova York.

Longe de mim julgar essas pessoas. Como diz o Times: “Ainda é uma pequena fração de brasileiros que têm os recursos, o tempo de férias e o desejo de dar uma festa, ou uma série delas, em outro país”. Não sei se o dinheiro foi ganho de maneira limpa, mas quem tem muito faz o que quer com isso. Talvez eu queira ser convidado para um convescote desses e esteja sofrendo com o fato de que isso não vai acontecer tão cedo. Talvez eu esteja sendo invejoso ao achar que gastar essa grana em Nova York é uma das coisas mais patéticas do mundo, quase tanto quanto sair na Caras. Provavelmente, sim. Eu já sabia: a culpa é minha.

 Por Roberto Amado. Leia mais. Principalmente os fiscais da Receita.

Informa Ricardo Setti: A piada do momento é a seguinte: “Hoje em dia, brasileiro rico passa o verão na Bahia. Brasileiro pobre vai para Miami”.A brincadeira corre em Miami, a principal cidade da Flórida, onde os brasileiros estão sendo recebidos com tapete vermelho. Os brasileiros estão entre os maiores grupos de turistas estrangeiros na Flórida, rivalizando apenas com canadenses, mas são imbatíveis no gasto por visitante.

Em 2010, deixaram 1 bilhão de dólares no estado. No ano passado, o dobro, mas a conta não inclui o setor em que, por artes do câmbio e da sorte, os brasileiros estão se tornando insuperáveis: o setor imobiliário. Em cada edifício novo de Miami, haverá sempre um comprador do Brasil.

“Os brasileiros estão salvando Miami da crise”, diz Craig Studnicky, presidente do International Sales Group, que fechará o ano com 500 milhões de dólares em vendas de imóveis, dos quais 98% vêm de latino-americanos, sobretudo brasileiros e argentinos.

40% dos imóveis de luxo foram vendidos a brasileiros

“O Brasil é o nosso principal parceiro comercial”, diz o governador da Flórida, Rick Scott, que esteve no Brasil em outubro com uma comitiva de 180 pessoas e defende o fim da exigência de visto para brasileiros. Até meados do ano, a nacionalidade que mais comprava imóveis no sul da Flórida eram os canadenses (33% dos imóveis), seguidos dos venezuelanos (14%) e, em terceiro lugar, dos brasileiros (9%).

Mas, considerando-se apenas imóveis de luxo, com preço acima de 1 milhão de dólares, só dá brasileiro: 40% dos imóveis foram arrematados por brasileiros. “Há muito brasileiro no mercado de luxo”, diz o paulista Lipe Medeiros, veterano morador de Miami e dono do SoFi Group, divisão de luxo da Keller Williams, gigante do mercado imobiliário americano.

VEJA O QUE OS BRASILEIROS ESTÃO COMPRANDO

Miami Beach Sul

 

Miami Beach Sul: confira abaixo o que significa cada algarismo (clique na foto para ampliar):
Miami Beach Sul: confira abaixo o que significa cada algarismo (clique na foto para ampliar):

1. APOGEE: é o edifício mais caro de Miami. Tem 67 apartamentos. Mais de 10 unidades são de brasileiros

2. CONTINUUM I e CONTINUUM II: as duas torres somam 505 apartamentos. Entre 30 e 35 unidades foram compradas por brasileiros

3. OCEAN HOUSE: antes da abertura oficial das vendas, um brasileiro comprou a primeira unidade, por 4,5 milhões de dólares

4. W SOUTH BEACH: dos compradores, 65% são estrangeiros. Entre eles, 43% são brasileiros

Miami Centro: proprietários brasileiros estão por toda parte (clique na foto para ampliar)
Miami Centro: proprietários brasileiros estão por toda parte (clique na foto para ampliar)

1. VIZCAYNE: as duas torres somam 849 apartamentos. Das 420 unidades vendidas, 45% foram adquiridas por brasileiros

2. ICON BRICKELL: tem 1 200 apartamentos residenciais, quase todos vendidos. Os brasileiros compraram 196 unidades

3. INFINITY AT BRICKELL: dos 300 apartamentos relançados no ano passado, cerca de 50 unidades foram compradas por brasileiros

4. MARQUIS MIAMI: das 230 unidades já vendidas, 22 foram adquiridas por brasileiros

5. PARAMOUNT BAY: tem 346 unidades. As vendas começaram no dia 15 de outubro. Já havia 11 brasileiros na lista de espera

Miami Beach Norte (Detalhe do casal José Ribamar e Idalegugar, na varanda do novo apartamento no norte de Miami: em busca de um Rio de Janeiro com segurança). Clique na foto para ampliar
Miami Beach Norte (Detalhe do casal José Ribamar e Idalegugar, na varanda do novo apartamento no norte de Miami: em busca de um Rio de Janeiro com segurança). Clique na foto para ampliar

1. ST. REGIS: cerca de 10% do edifício foram comprados por brasileiros, incluindo a cobertura de 20 milhões de dólares

2. TRUMP TOWERS I, II E III: juntas, as três torres têm 813 apartamentos. Na torre III, com 271 unidades, 60% dos compradores são brasileiros

3. JADE OCEAN: das 150 unidades vendidas de 2010 até agosto passado, 47 foram compradas por brasileiros, inclusive a cobertura de 4 milhões de dólares

4. PENINSULA II: das 223 unidades, 110 foram vendidas a brasileiros

5. TRUMP HOLLYWOOD: dos 200 apartamentos, já foram vendidos 118, dos quais 15 para brasileiros. Leia reportagem 

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[Nota do editor: as ilhas da Bahia estão sendo ocupadas por estrangeiros e novos ricos brasileiros, inclusive a gangue dos guardanapos de Sérgio Cabral]

Por que Marina não gosta do chavismo?

Cau Gomes
Cau Gomes

Marina da Silva perdeu o ideário político para defender um estado clerical, conservador, com o Novo Testamento interpretado por pastores televisivos, deputados estaduais, deputados federais e senadores.

A Igreja Católica insiste demais em pregar contra o aborto, a homossexualidade e a contracepção e precisa demonstrar mais piedade, disse o papa Francisco.

“A igreja não pode ficar obcecada com a transmissão de um conjunto desarticulado de doutrinas sendo impostas insistentemente”, prosseguiu o papa. “Temos de encontrar um novo equilíbrio, ou até mesmo a estrutura moral da igreja pode cair como um castelo de cartas, perdendo o frescor e a fragrância do Evangelho.”

Em vez de focar nesses temas, a Igreja deve trabalhar pra curar feridas de seus fiéis e buscar os excluídos, opinou Francisco.

“A igreja em que devemos pensar é a que é a casa de todos, e não uma pequena capela onde cabe apenas um pequeno grupo de pessoas selecionadas. Não podemos reduzir o âmago da igreja a um ninho que proteja nossa mediocridade.”

 O CHAVISMO CONTRA A BURGUESIA
A burguesia brasileira vai passear em Miami, e alguns já foram presos por carregar dólares não declarados. A bispa Sônia e o apóstolo Estevam Hernandes, líderes e fundadores da Renascer, foram prisioneiros no Federal Detention Center (Centro Federal de Detenção), uma penitenciária em Miami, nos Estados Unidos.Os agentes do serviço de imigração descobriram que o casal transportava – parte do dinheiro escondido em uma “Bíblia” – US$ 56.467 não declarados à alfândega americana.

Bispa Sonia presa com dólares na "Bíblia". Acima, a mansão em Miami
Bispa Sonia presa com dólares na “Bíblia”. A mansão em Miami

A prisão do casal Hernandes é decorrente dos inúmeros problemas acumulados pelos líderes da Renascer com a Justiça. No Brasil, o apóstolo, a bispa e outras pessoas ligadas a eles são investigados e processados pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo. A ficha de acusações inclui crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A apuração do Ministério Público começou depois da publicação, em maio de 2002, de duas reportagens de capa de ÉPOCA: “Os caloteiros da fé” e “Onde está o dinheiro”. Elas relatavam denúncias de fiéis que acusavam os fundadores da Renascer de desviar vultosas quantias arrecadadas durante os cultos e eventos da igreja.

Segundo as denúncias, o dinheiro servia para financiar extravagâncias da bispa Sônia e do apóstolo Estevam, como a compra de uma fazenda em Mairinque, interior de São Paulo, por R$ 1,8 milhão, e de uma casa em Boca Raton, na Flórida, por cerca de R$ 1 milhão. As reportagens chamaram a atenção do promotor Marcelo Mendroni, que pediu a instauração de inquérito policial. “As reportagens de ÉPOCA eram tudo o que tinha quando iniciei as investigações”, diz Mendroni. Leia mais. 

O chavismo é contra esse tipo de burguesia que escolhe Miami (daí a raiva evangélica de Marina) e promove o tráfico de moedas.

Não há mais espaço no Brasil para guerras religiosas, apesar da Santa Inquisição nos tempos coloniais, da prisão de bispos católicos por Pedro II, da perseguição de pastores (capas-pretas) pelos padrecos da República Velha, e da recente retirada dos crucifixos dos tribunais, câmaras municipais e assembléias legislativas.

Maduro en la conmemoración de un año de la victoria electoral de Chávez
“LA TRANSFORMACIÓN DEL MODELO ECONÓMICO FUE LA PRINCIPAL TAREA QUE DEJÓ CHÁVEZ”
 
Hugo Chávez
Hugo Chávez

La tarea principal que dejó el líder de la Revolución Bolivariana, Hugo Chávez, fue la transformación del modelo económico que acabará con el capitalismo en todas sus fases para construir el socialismo productivo, sostuvo este lunes el presidente de la República, Nicolás Maduro.

“Superar el rentismo petrolero, que es el responsable de la burguesía parásita que ha vivido de Venezuela y su riqueza durante 100 años, es la tarea principal. Transformamos el modelo económico o la burguesía le quiebra el espinazo a la Revolución Bolivariana”, agregó el jefe de Estado desde el Balcón del Pueblo, en el Palacio de Miraflores, Caracas, donde este lunes el pueblo conmemoró un año de la victoria contundente del líder socialista en las elecciones presidenciales del 7 de octubre de 2012, en las que obtuvo un total de 8.136.637 votos a su favor.

El Presidente Maduro mencionó que la segunda tarea es construir una poderosa democracia comunal, que tiene sus raíces en el pensamiento, los principios y la visión del Plan de la Patria 2013-2019, legado por Chávez.

Asimismo, detalló que existe una tercera tarea que permitirá cumplir con las dos misiones anteriores, que es “desenmascarar al núcleo fascista de la oposición venezolana que es un núcleo antipatria, profundamente corrompido”.

En este sentido, el jefe de Estado expresó que lidera un Gobierno popular representado por hombres y mujeres del pueblo, en una Revolución que representa en el país, de manera genuina, los intereses de la mayoría y los ideales de la patria.

“Aquí tienen a un Presidente leal con el cual pueden contar para todas las batallas para el futuro de la Patria”, destacó; al tiempo que añadió: “Aquí no gobierna ni un solo burgués ni volverá a gobernar la burguesía. Más nunca en la vida vendrá un burgués a gobernar aquí”.

Maduro solicitó todo el apoyo de Venezuela en su gestión. “Pido, en primer lugar, la comprensión nacional. Soy Presidente de todos los venezolanos y venezolanas por igual”, señaló.

“Sólo un Presidente bolivariano es capaz de mantener la estabilidad, la paz, la conducción correcta de las fuerzas del pueblo”.

Al respecto, instó al pueblo a estar atento ante una nueva etapa de la Revolución que convocará “para resolver de una vez tanto sabotaje”.

“Este pueblo me eligió por seis años, y voy a gobernar los seis años. Pido todo el apoyo del país para que me vaya bien en función de los intereses de las mayorías nacionales”, expresó.

Misión en poco tiempo

El Presidente expresó que Chávez cumplió una gran misión en poco tiempo: “despertar al pueblo venezolano”.

“Aquel 4 de febrero de 1992 fue la bofetada que necesitaban los que estaban dormidos, los que no querían luchar, los que tenían miedo, los que dudaban de la posibilidad de tener patria”, dijo Maduro, quien resaltó que Chávez ha pasado a la historia como el gran líder de la nueva democracia de Venezuela y de América Latina en lo político, en lo social y en lo económico.

“Hablar del Socialismo del siglo XXI es hablar de Chávez; es hablar de la democracia popular, de la democracia comunal; es hablar de las libertades populares en pleno ejercicio diario; es hablar del derecho a la educación, a la cultura, a la salud, a la alimentación, al trabajo, al salario digno, a la seguridad social, a la vida de un pueblo. Eso es el Socialismo del siglo XXI: verdadera democracia”, puntualizó.

Asimismo, remarcó: “Hablar del Socialismo del siglo XXI es hablar del verdadero cristianismo para la humanidad del nuevo siglo; es hablar de la Patria humana, eso nos lo enseñó el comandante Chávez”.

Maduro resaltó la fuerza que acompañó al comandante en vida física, que le permitió superar los dolores de su enfermedad y salir a la calle a encontrarse con el pueblo bajo el sol y bajo la lluvia, una y otra vez, así como llevar la campaña heroica de hace un año.

“Fue el amor más grande que tuvo Chávez por el pueblo de Venezuela, por la causa de Bolívar, por las banderas de los libertadores, por el derecho que tenemos al futuro”, dijo.

Ante esto, el jefe de Estado declaró este 7 de octubre, al cumplirse un año de la victoria popular, como una fecha histórica para Venezuela, hecho que recordarán las generaciones futuras “como la fecha de la victoria perfecta del comandante invicto Hugo Chávez”.

Ley Habilitante

Maduro reiteró que este martes solicitará ante la Asamblea Nacional (AN) la Ley Habilitante, normativa que le conferirá poderes especiales para luchar contra la corrupción y los planes desestabilizadores que emprende la derecha venezolana.

Este instrumento jurídico faculta al primer mandatario a dictar decretos con rango, valor y fuerza de ley sobre las materias que estime pertinentes, según las necesidades del país.

“Mañana en la tarde los espero en la Asamblea Nacional (en Caracas). Voy a pedir poderes habilitantes para la lucha contra la corrupción y contra la guerra económica que ha declarado la burguesía contra el pueblo”, expresó.

Ante ello, Maduro pidió al ministro de Relaciones Interiores, Justicia y Paz, Miguel Rodríguez Torres, que la seguridad del Estado se mantenga alerta, “porque sabemos que están muy nerviosos y desesperados (la derecha nacional) por mi visita este martes a la Asamblea Nacional, y son capaces de intentar cualquier locura entre hoy y mañana”. (AVN)

Miami a mais rica e pacífica e luxuosa cidade do Brasil

A nova classe média de Lula é evangélica e depende do salário mínimo, do salário piso e, inclusive, do bolsa família. Paralelamente existe a classe dos novos ricos, que a imprensa classifica de burgueses, formada por burocratas, tecnocratas, lobistas, proprietários de encantadas botijas de ouro e prata, que tornaram Miami a cidade preferida para passear, morar e investir (são pioneiros o juiz Lalau, o ex-presidente Fernando Collor). As famílias tradicionais já possuíam casas na Europa.  E vivem como nobres em países como França, Suiça e Inglaterra.

Transcrevo do Geledés Instituto da Mulher Negra:

O nada discreto charme da burguesia brasileira. Nos EUA

NYT

Em 2012, os turistas brasileiros gastaram US$ 2,4 bilhões com compras e entretenimento em Nova Iorque. Embora o significativo montante possa dizer respeito à ascensão de parte de uma classe média que passou a poder viajar ao exterior, o que impressiona é o recrudescimento de um mercado de luxo com serviços extravagantes, no qual membros da elite econômica brasileira têm se destacado.

É o que conta uma reportagem do jornal The New York Times, intitulada São Paulo Parties on the Hudson (Festas de São Paulo no Hudson). A matéria é aberta com a história do aniversário de uma criança de três anos, um brunch para uma dúzia de convidados na sala de jantar privada do Hotel Plaza Athénée, na “cidade que nunca dorme”. “O espaço foi sabiamente decorado para parecer uma cena do filme O Rei Leão, repleto de pequenas miniaturas da selva. Outra festa no Dylan’s Candy Bar deu continuidade à comemoração, e então o clímax: uma viagem para assistir O Rei Leão na Broadway”, descreve o periódico contando que, para planejar o aniversário, o custo total teria chegado a US$ 30 mil.

“De acordo com quem organiza os eventos, festas extravagantes como essa são o último exemplo de uma onda de brasileiros que gastam dinheiro em Nova Iorque, com orgias de compras no varejo e de imóveis”, diz o NYT. “O que está acontecendo no mercado de luxo do Brasil é que eles querem se exibir e comprar mais do que compraram antes”, explica na reportagem Clarissa Rezende, que organizou sete festas durante o ano passado para clientes brasileiros na cidade. “Em torno de metade dos nossos clientes querem ir para Nova Iorque fazer seu evento. É um mercado que cresce muito rápido, e nós nem sabíamos que ele existia”, disse a empresária pelo telefone direto de Orlando, na Flórida, onde planejava outro aniversário.

A matéria do jornal conta que “até mesmo em uma cidade como Nova Iorque, conhecida por seus excessos, alguns desses eventos podem parecer um exagero”. Para justificar o espanto, cita um casamento ocorrido em setembro de 2012, estimado em US$ 2 milhões e feito para mais de 400 convidados no Oheka Castle. O evento contou com uma parede de orquídeas, um bar completamente feito de gelo e um DJ vindo de Ibiza, na Espanha.

O NYT cita ainda a segurança como um dos motivos que levariam brasileiros a promover eventos em Nova Iorque. De acordo com a empresária Clarissa Rezende, que se casou em Las Vegas no Graceland Wedding Chapel em abril do ano passado, esse fator faz com que as cidades norte-americanas pareçam mais atraentes. “Crime no Brasil está ficando cada vez pior,” explicou na matéria. “As pessoas gostam de ter festas em Nova Iorque porque elas podem por suas joias e vestir suas melhores bolsas sem se preocuparem.”

Fonte: Revista Fórum

A CLASSE MÉDIA SE MOVE

por Celso Marconi Lins

 

Celso Marconi Lins
Celso Marconi Lins

 

Desde muito tempo eu sempre ouvi falar que a classe média é a pior vilã das classes sociais, talvez até pior do que a burguesia. Isso porque a classe média nunca teve cara própria e sempre teve medo de se meter nos movimentos políticos sociais para não perder as benesses que tem.

Nesse movimento atual no Brasil parece realmente que é a classe média que está indo para as ruas. De todos os comentários que já li o de Fernando Castilho do JC me parece um dos que mais se aproximam da realidade. Uma realidade difusa certamente. Mas a verdade é que a classe média está cansada de ter medo. Considera que seus pertences já estão consolidados. E por isso pode ir além. Vê, como disse Castilho, o Governo amparando a burguesia (bancos, indústria, etc) e o povão (com os programas sociais de bolsas, etc) e eles, da classe média, ficam espremidos. Pois bem. Que vão para as ruas. Com uma agenda muito difusa. Mas é isso mesmo. Na ponta existem os aproveitadores dos extremos. Mas é sempre assim.

Esperamos que as manifestações deem uma sacudida no país. E talvez melhore. Pelo menos que fique um pouco como consciência. E nas próximas eleições se vote no melhor possível.

 

 

Burguesia negra e o massacre de mineiros na África do Sul

O massacre de mineiros na África do Sul intensificou a agitação social, forçou o presidente Jacob Zuma a um regresso antecipado de Moçambique, questionou os métodos policiais e alimenta receios quanto aos investimentos na economia

As imagens de vídeo mostram que os mineiros estavam a fugir de uma colina, que tinham ocupado, depois de esta ter sido atingida por granadas de gás lacrimogéneo.

As mulheres dos mineiros, durante um protesto, realizado sexta-feira, exibiam um cartaz onde se lia: “A polícia tem de parar de disparar sobre os nossos maridos e filhos”. Ajoelhadas face aos polícias, cantaram canções de protesto, em xhosa, interrogando: “O que é que nós fizemos?”.

Uma investigação divulgada na terça-feira pela Fundação Bench Marks, uma organização não-governamental que monitora as práticas das empresas multinacionais mineiras, apurou que a mina de platina Lonmin tinha um mau registo, com níveis elevados de acidentes de trabalho e os trabalhadores em “muito más condições”.

Comentarios del sociólogo James Petras:

Uno tiene que entender qué tipo de gobierno ha matado 42 mineros, herido a más de 78 y ha encarcelado 259. O sea, casi 400 trabajadores muertos, heridos o encarcelados.

Debemos volver a la transición de Sudáfrica: del apartheid racial al apartheid clasista. La oligarquía negra son multimillonarios, los que dirigen al partido, al sindicato afiliado con el partido, todos son burgueses, todos son miembros de country clubs exclusivos de los blancos, tienen 3 o 4 casa, 5 o 6 mujeres; y las principales mineras están en manos del capital inglés y con socios minoritarios de esta burguesía corrupta y represiva del Congreso Nacional Africano.

Una onza de platino es 1.440 dólares, y el minero gana menos de 500 dólares por mes. Es una cosa muy dramática la relación entre la riqueza que esta acumulando el capital blanco y sus socios oligarcas negros, y la miseria que ganan, los peligros y enfermedades que sufren los mineros.

Debemos cuestionar y hablar de la transición es hablar de Mandela.

Cuando se firmó el pacto de transición garantizando al capital blanco la protección de todas sus riquezas y todas sus desigualdades, sólo compartir con la oligarquía negra. Esa transición fue el gran tema y es el gran fracaso.

Pero como Nelson Mandela pasó 28 años en la cárcel, hombre simpático, preso político, nadie cuestionó la profundidad de la transición.Decían que era sólo táctica.Pero no fue táctica, fue un compromiso de la burguesía emergente negra con la oligarquía blanca.

Debemos decir que fue un pacto de transición con defectos profundos. Y Mandela transó la libertad, por ser el Primer Ministro, presidente, pero las grandes desigualdades se mantienen. Las peores desigualdades de África están en Sudáfrica. Los negros más ricos de África, están metidos en esta colaboración con el capital ingles-nortemaericano-israelita y este proceso sigue esa realidad.

No ha cambiado tras casi 20 años de mando africano. El problema no es racial el problema es de clase.Y la lucha de clases determina a los burgueses negros actuando como en cualquier otro país capitalista matando obreros para defender el capital del platino.

Ver fotos: http://visao.sapo.pt/massacre-de-mineiros-choca-africa-do-sul-fotos=f681662#ixzz24PLL2zl4

À Burguesia

por Marta Peres

Dessin de Bagley paru dans The Salt Lake Tribune
Dessin de Bagley paru dans The Salt Lake Tribune

A burguesia enoja
a burguesia mostra-se rica,
pura falsidade, deslealdade,
vive de fantasia.
A burguesia é rica
e mais rica quer ficar,
não interessa quem irá derrubar.
Tem rico que é mesquinho
nem mesmo carinho
tem para dar.
A burguesia acaba com a alegria
de qualquer cidadão
se dá o pão
toma algo com a outra mão.
Um dia não haverá burguesia
não haverá dinheiro desperdiçado
e o povo não viverá cansado
de lutas inglória
renascerá a poesia!