A imprensa bate panelas

por Luciano Martins Costa

 

 

Os jornais desta segunda-feira (9/3) fornecem um material precioso para a análise do processo que vimos observando, cuja principal característica é uma ruptura entre o chamado ecossistema midiático e o mundo real.

O noticiário e os penduricalhos de opiniões que tentam lhe dar sustentação têm como fato gerador o pronunciamento da presidente da República em rede nacional da TV, mas o que sai nos jornais com maior destaque é a reação de protesto que partiu das janelas de apartamentos nos bairros onde se encastelam as classes de renda média e alta das grandes cidades.

A presidente tenta seguir o protocolo que recomenda informar a população sobre as medidas econômicas que o governo está adotando – boa parte das quais foi insistentemente defendida pela imprensa antes de se tornar decisão de governo.

No entanto, não há uma conexão entre o conteúdo do ato oficial e as manifestações de ódio e intolerância que se ouviram na noite de domingo.

Mesmo que a presidente estivesse anunciando, por exemplo, que o custo das mensalidades nas escolas privadas poderia ser debitado integralmente do imposto de renda, ela seria vaiada e xingada com a mesma intensidade.

Há uma forte simbologia na imagem do cidadão que dá as costas para a tela da televisão, no momento em que a mensagem é endereçada, e põe a cabeça para fora da janela ou sai à sacada do apartamento para dizer que é contra.

Contra o que?

Contra as medidas anunciadas?

Não se pode responder que sim, porque quem estava protestando não podia ouvir o que anunciava a presidente.

Essa simbologia mostra que nesses apartamentos, curiosamente, a realidade estava falando sozinha na tela da TV, enquanto a perturbação emocional, diligentemente cultivada pela mídia nos últimos meses, produzia um novo fato político.

O fato é a radicalização das camadas da sociedade mais expostas ao discurso da mídia, com base num conteúdo jornalístico construído para produzir exatamente esse estado de espírito.

Não há como contar o número de pessoas que bateram panelas e gritaram palavrões, e os jornais são obrigados a admitir que não houve protestos nos bairros onde moram os menos afortunados.

 

Meme panela

choro água sao paulo

água torneira bico cano

panelaço 5 minutos fama panela dilma

Classe Média. Música de protesto

por Max Gonzaga

democracia burguesa

Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mas eu “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no “jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida

A velha mídia é o pior do Brasil

O PAPELÃO DE UM ROGÉRIO NADA GENTILE 

por Gilmar Crestani

O colunista é maior amarelão que conheço. Talvez só perca para Eliane Cantanhêde, sua colega de Folha, que inventou uma epidemia de febre amarela, levando milhares de brasileiros a se vacinarem sem necessidade. Alguns pessoas, paranoicas e amedrontadas, acabaram morrendo em virtude dos efeitos colaterais da vacina.

Rogério Gentile, vendo a colega do lado disseminar inverdades que levaram pessoas à morte, amarelou. Nunca publicou uma linha a respeito. Por quê? Porque é um vira-lata. Os vira-latas como Gentile passaram o tempo todo condenando a Copa, torcendo contra o Brasil. Será que Gentile se preocupou saber como fica a cabeça de um jogador que, em seu próprio país, lê pessoas torcendo contra a Seleção? Fazendo campanha pelo quanto pior melhor?

Nem todo mundo chama este tipo de sujeito de vira-lata, alguns já entendem que é mais adequado chama-los vira-bostas!

Papelão, Gentile, é silenciar diante das asneiras que seus colegas disseminam pela velha mídia. Por que Gentile nada cobrou de Ana Paula Padrão, de Arnaldo Jabor, da Veja, da Folha, e de todos os a$$oCIAdos do Instituto Millenium que ficaram o tempo todo torcendo contra a Copa, desejando que o Brasil fizesse um papelão? Por que torcem para que a Seleção Brasileira perca?

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Seja menos Rogéria e mais Gentile, respeite a história dos outros e não amarele em relação ao seu patrão, aos seus colegas pittbulls da Folha.

Felizmente os estrangeiros que aqui aportaram descobriram que o pior do Brasil são seus jornalistas, verdadeiros penas de aluguel. A velha mídia é o pior do Brasil.

 

MONSTROS TAMBÉM AMARELAM

por Rogério Gentile

Thiago Silva, o capitão chorão da seleção brasileira que se recusou a bater um pênalti na partida contra o Chile, tem uma história de vida comovente.

Em 2005, aos 20 anos, jogava na Rússia quando descobriu estar com tuberculose. Ficou seis meses internado num quarto minúsculo, em condições precárias. O vaso sanitário era um buraco no chão. Por cerca de 60 dias, não pôde ter contato com ninguém, em razão do risco de contágio, além dos médicos, com os quais se comunicava apenas por gestos. O tratamento indicado era a retirada de parte do pulmão, o que teria significado o fim da sua carreira.

Foi salvo por um treinador, Ivo Wortmann, que conseguiu um especialista em Portugal para recuperá-lo. Um ano depois do diagnóstico, voltou ao Brasil para jogar no Fluminense, onde ganhou o apelido de “monstro” em razão de suas atuações impressionantes e iniciou sua trajetória de sucesso até a Copa, quando, diante de milhões de telespectadores, sentou numa bola para rezar e, assustado, simplesmente amarelou.

Por muito menos, na Copa de 1950, um outro defensor brasileiro ficou marcado, chamado de covarde e considerado um dos principais responsáveis pelo “Maracanazo”. Naquela partida, segundo o jornalista Mário Filho –irmão de Nelson Rodrigues–, Bigode levou um safanão de Obdúlio Varela, não reagiu, e, desmoralizado, perdeu o duelo para Ghiggia, que participou dos dois e decisivos gols uruguaios.

Bigode negou ter sofrido a agressão, mas passou a vida apontado como um dos símbolos do tal complexo de vira-lata.

Thiago Silva, ao contrário de Bigode, que nunca mais disputou uma partida pela seleção brasileira, ganhou uma nova chance com a bola na trave que manteve o Brasil na Copa do Mundo. Quem sabe, conseguirá provar que um “monstro” pode, sim, sobreviver a um papelão depois de um dia difícil.

Gilmar Crestani, in Ficha Corrida:

Seu colega Arnaldo Jabor, Gentile, virou motivo de piada na Argentina. Por que não falas sobre isso?

 

 

 

 

A cabeça de camarão dos coxinhas Yellow Blocs do movimento não vai ter Copa e que xingaram Dilma

 

Como é a Copa do Mundo para os reis do camarote? O que a elite mais instruída do país está achando do mundial? O que eles comem? vestem? pensam? Como é a vida dentro deste aquário VIP, verde e amarelo (Advogados Ativistas)

 

Copa fundamento do pensar

A Copa VIP dos “yellow blocs”

por Leo Maia

Para ver o jogo Brasil x México, algumas pessoas resolveram seguir as leis do Rei do Camarote e como disse o Não Salvo, “a Elite Brasileira fez o maior encontro de Reis do Camarote que se tem notícia”.

“Eu vim com uma galera, paguei 5 mil reais a vista”

“Esse é um ambiente top, high society e mesmo assim, a gente tá enfrentando fila de banheiro, de comprar ficha… Ou seja, você paga muito e tem um retorno muito baixo […] é a mesma coisa que você enfrenta na SAÚDE, na EDUCAÇÃO, todos os problemas sociais que a gente tem hoje em dia”

“Eu acho que o Brasil tem que aprender a mandar mesmo a Dilma tomar no cu”

“Ó a gente conseguiu agora, nosso amigo vai ter que pagar 10 mil reais a mais para consumir 8 mil de bebida”

“Acho o mais importante do protesto é o fundamento do pensar”

“Eu achei muito legal essa coisa que fizeram arrastão e protestos, mas acho que no mínimo 95% dos brasileiros estão vestindo a camisa literalmente. Estão fazendo churrasco na laje ou comendo caviar na cobertura, mas tão torcendo, se divertindo, se reunindo” (Transcrevi trechos)

 

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Seu Jorge na festa da Copa dos coxinhas

por Kiko Nogueira do Diário do Centro do Mundo
No show de horrores da agora famosa festa VIP em que uma multidinha de coxinhas pagou até 1000 reais para ver o jogo da seleção com o México, um personagem chamava a atenção: o cantor Seu Jorge.
Que diabos Seu Jorge estava fazendo ali?
Tudo bem. Sua mulher, Mariana, estava lá. No vídeo, ela avisa de cara que veio “especialmente de Los Angeles, onde a gente mora, pra ver essa bagunça”. Depois reaparece com alguns patuás falando frases completamente sem sentido. Ok. Ele é um dos sócios. Ainda assim.
Volto a perguntar: que diabos seu Jorge estava fazendo ali, tocando para aquela turma barra pesada?
Antes de LA (pronuncie “Él Ei”), o casal morou com as filhas em São Paulo. Numa entrevista, ele contou que certa noite foi a um shopping ver “Ratatouille” e saiu no meio da sessão para fumar um cigarro. Na volta, duas senhoras o viram e chamaram o segurança, achando que se tratava de um assaltante.
Ele armou um quiproquó ameaçando denunciá-las por racismo. Desistiu quando a confusão cresceu. No Rio de Janeiro, cada passeio que dava em sua Lamborghini branca era um acontecimento. Saía nos jornais. “O que o negão está fazendo num carro desses? Quem ele pensa que é?” — era a pergunta impressa no rosto das testemunhas e embutida em cada entrelinha.
Ele não vive em negação. Pelo contrário. O homem que morou nas ruas de Santa Teresa nos anos 90 já falou sobre sua experiência traumática na Itália. “Não volto lá nunca mais. O italiano é racista. Eles têm sérios resquícios da colonização que sofreram: não aprenderam a lidar com outras etnias. Me maltrataram muito. Lá, percebi que, por ser negro, não era brasileiro, era da África, da Somália. No Brasil, isso também é forte ainda, viu?”
Você vai me dizer que é o trabalho dele e você não está errado. Que ele estava ali porque queria, ué. “Houve um tempo em que artistas diziam: me dê liberdade ou me dê a morte. Hoje eles dizem: me faça um escravo, apenas me pague o suficiente”, afirmou o escritor Todd Garlington. Em 1965, os Beatles foram ao palácio de Buckingham receber uma condecoração da rainha, a MBE. “Aceitar a medalha foi me vender”, Lennon afirmaria mais tarde. “Eu sempre odiei essas coisas sociais. Todos os eventos e apresentações. Todos falsos. Você podia enxergar por dentro daquelas pessoas. Eu as desprezava”.
Provavelmente, Seu Jorge não despreza aquelas pessoas, senão não estaria ali. Mas não seria exagero pensar que a maioria delas o desprezaria — ou chamaria o segurança — não fosse ele o cara famoso que estava lá para diverti-las cantando “Burguesinha”.

 

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O que pensam os coxinhas Yellow Blocs, cabeças de camerão, leia aqui  

 

A Folha de S. Paulo censurou o vídeo. Porque mostra como vivem as elites: na maior farra. Os coxinhas só pensam naquilo… e na vida luxuosa, em ostentar as etiquetas das grifes famosas. São perdulários e vazios.

 

 

 

 

QUANDO OS INIMIGOS DO POVO FALAM EM ESTIMULAR A ECONOMIA, ESTÃO PRESSIONANDO POR UM SALÁRIO MÍNIMO DE FOME, PELO FIM DO BOLSA FAMÍLIA, E PARA O GOVERNO NÃO INVESTIR NO BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO

Os bancos, as indústrias e as empresas nacionais e estrangeiras aumentaram seus ganhos neste 2013, tanto que um jornal direitista e conservador festejou:

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Outras manchetes que desmentem os mensageiros de notícias ruins:

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Curitiba
Curitiba

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A ganância não tem limite. No Brasil do tráfico de minérios, de água, de moedas e de imensos latifúndios, o Jornal Estado de São Paulo, neste primeiro de janeiro, trapaceia quando faz a previsão: “O governo terá de lidar com diversas amarras em 2014, o que dará pouco espaço para estimular a economia brasileira. A expectativa é que o padrão econômico do País dos últimos anos se repita com baixo crescimento e inflação elevada”.

O que propõe o monopólio do Estado de São Paulo da família Mesquita, proprietária de diversificados negócios?

Quando perde a credibilidade, a imprensa seleciona algum tecnocrata para vender sua mensagem. O escolhido foi  Armando Castelar, “coordenador da área de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV)”. O destaque para o cargo visa reforçar a “profecia científica”.

“Para Castelar, as consequência de um eventual ajuste seriam redução no reajuste do salário mínimo e alta no desemprego. ‘Acho que o governo não quer tocar demais no bem-estar da população. O custo é tão grande que o governo deve empurrar com a barriga’, diz. Embora afirme que o ajuste terá de ser feito algum dia, o economista acredita que as reservas internacionais podem ajudar a adiar mudanças pouco populares”.

O achismo de Castelar – em defesa de medidas antipopulares, e do gosto das ditaduras, das elites e das agências internacionais de risco, controladas pelos banqueiros – é uma repetida catilinária contra os governos nacionalistas. Que provocou o suicídio de Vargas e a deposição de Jango. Que pregou o vitorioso golpe de 64, defendido pelo jornal Estadão. Uma ditadura militar que cassou a liberdade sindical e a estabilidade no emprego do trabalhador brasileiro.

Com a redemocratização, o jornal dos Mesquita apoiou os ajustes do governo Fernando Henrique, que rasgou a CLT e privatizou mais de 75% das empresas estatais, entregando ao capital estrangeiro todas nossas riquezas, as terras raras, os aquíferos, os latifúndios na devastação da Floresta Amazônica, a telefonia, os bancos estaduais, as empresas de energia, a Vale do Rio Doce, os poços de petróleo e gás, e que fatiou a Petrobras. Foi o maior roubo da história mundial.

Os reajustes de Fernando Henrique, hoje são realizados nos países da Europa que não possuem bomba atômica: Espanha, Portugal, Irlanda, Grécia e outros, pela Troika formada pelo FMI, e conforme avaliações de agências de risco, que são a SERASA, o SPC internacionais, que protegem os interesses dos especuladores e das multinacionais da colonização global.

As agências de risco são serviços de defesa do capitalismo selvagem e colonizador do Terceiro Mundo, e de espionagem econômica e financeira. E guardiães dos paraísos fiscais.

Para as agências de risco e a imprensa conservadora e entreguista, o Brasil não tem futuro, e para o povo brasileiro não existe salvação, condenado a uma vida sem esperança nos empregos temporários, e recebendo o salário da fome e do medo.

Profetiza o Estãdão: ” Se o governo decidir, por exemplo, aumentar os gastos para estimular a economia, a situação fiscal tende a piorar ainda mais, e aumenta o risco de o Brasil ser rebaixado pelas agências de risco num ano de disputa eleitoral – em junho, a agência Standard & Poor’s colocou a perspectiva de rating brasileiro de estável para negativo.

‘O desejo do governo seria o de colocar o pé no acelerador porque 2014 é um ano eleitoral. Mas existe uma restrição dada pelas agências de risco”, afirma Juan Jensen, economista e sócio da Tendências Consultoria. A estimativa para 2014 é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,1% e inflação, medida pelo IPCA, fique em 6%.”

Para o Estadão, a política econômica do Brasil deve ser decidida pela Standard & Poor’s, e por (in)tendências de anônimos tipo Juan Jensen.

Para o Estadão, se Dilma continuar beneficiando a “classe média” de Lula, e investindo em políticas sociais, não há jeito maneira:  “A inflação, em particular, também tende a ser um incômodo neste ano por causa da pressão dos preços administrados. Em 2013, esse grupo foi beneficiado pelo congelamento das tarifas dos transportes e pelo baixo reajuste do combustível [para beneficiar os acionistas estrangeiros, especuladores podres de ricos. Soros é um deles]. Assim, os administrados devem subir apenas 1,5% em 2013, nível considerado baixo e que não deve se repetir em 2014”.

Relembre que foi o preço dos transportes que acordou o povo para as manifestações de rua. Protestos reprimidos com violência e mortes pelos governadores estaduais, notadamente Geraldo Alckmin, em São Paulo; e Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro.

O Estadão que condena o povo nas ruas, justifica o aumento dos preços das passagens de ônibus. Mais do que isso: tudo que for aumento nos preços dos serviços essenciais: “A economia está tão amarrada que desamarrá-la não vai ser fácil. A inflação reprimida está muito alta e, se o governo liberá-la, o BC terá de subir os juros para impedir um patamar mais alto da inflação’, afirma Armando Castelar. Novas altas da taxa básica juros (Selic) podem esfriar ainda mais a economia brasileira. A expectativa do Ibre é que o PIB cresça 1,8% em 2014, e a inflação fique em 6,1%.”

Inacreditavelmente para o Estadão, o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil: “O controle inflacionário também deve ser dificultado pela normatização da política monetária dos Estados Unidos, o que trará mais pressão para o câmbio – com a desvalorização do real – e um possível repasse para os preços. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciou em dezembro a retirada dos estímulos da economia. Reduziu as compras mensais de ativos de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões.

‘O fim dos estímulos nos Estados Unidos diminui a liquidez internacional e complica um pouco o mercado brasileiro’, afirma Jensen. Para ele, o BC está se aproximando do fim do ciclo de aumento da taxa básica de juros (Selic). Desde abril, os juros subiram de 7,25% ao ano para 10% ao ano.”

Certamente, o Estadão não recomenda que o Banco Central do Brasil “inicie a retirada dos estímulos da economia”.  Escreveu este editorial (que transcrevi na íntegra) para rogar “mais espaço para estimular a economia”. Confira

Quando rolé vira crime, 450 kg de cocaína só pode virar… pó!

Do Ficha Corrida, Gilmar Crestani comenta que A melhor análise sobre os rolezinhos foi da jornalista Eliane Brum, aqui!

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Após ‘rolezinhos’, lojistas pedem PM em shoppings

Associação reivindica que policiais façam segurança nos estabelecimentos

Proposta envolve nova modalidade da Operação Delegada; Alckmin diz que ela ainda será avaliada

DE SÃO PAULO

Depois de ao menos quatro shoppings de São Paulo receberem encontros de jovens conhecidos como “rolezinhos”, a associação de lojistas do setor pediu a presença de policiamento militar dentro dos estabelecimentos.

O presidente da entidade, Nabil Sahyoun, afirmou ontem que o setor pretende que, a partir de fevereiro ou março, policiais fardados façam a segurança dentro dos shoppings centers. Ele não detalhou quantas unidades receberiam os militares nem o horário em que eles atuariam.

“Shopping é um equipamento urbano inserido na cidade”, diz. Para Sahyoun, a presença de policiais fardados poderia aumentar a segurança e também inibir a onda de “rolezinhos”, combinados por meio de redes sociais.

Segundo a associação, os “rolezinhos” tiveram impacto negativo de 7% a 8% nas vendas do shopping Interlagos no domingo, quando ele recebeu uma dessas reuniões.

Sahyoun disse também que foi feito um monitoramento das redes sociais para saber quando e onde ocorreriam novos encontros. Os shoppings que seriam alvo da manifestação contrataram 200 seguranças extras.

A maneira para que os policiais atuem dentro dos estabelecimentos é aprovar uma nova modalidade de Operação Delegada –programa do governo estadual que autoriza militares a desempenhar sua função, fardados, em outros locais durante o período de folga. Hoje, ela existe em convênio com prefeituras.

Para que a operação pudesse se estender para os shoppings, uma nova lei teria de ser aprovada pela Assembleia Legislativa.

Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a Secretaria de Segurança Pública recebeu um pedido e que estuda o que fazer.

“O dr. [Fernando] Grella vai examinar. Tem uma proposta de shoppings, de eles remunerarem os policiais, isso vai ser avaliado”, afirmou.

Alckmin, no entanto, fez ressalvas. “O policiamento nosso é publico, portanto o policiamento dentro do shopping deve ser privado. O nosso é publico, portanto ele é fora. Mas nós podemos estudar outras formas de fazer.”

HISTÓRICO

Os “rolezinhos” começaram no dia 7 deste mês, quando 6.000 jovens se encontraram no shopping Metrô Itaquera, zona leste. Na semana seguinte, o local foi o shopping Internacional de Guarulhos, na Grande SP, onde –mesmo sem crimes registrados– 23 foram detidos.

No final de semana anterior ao Natal, outros dois shoppings “sediaram” o encontro, também sem nenhuma ocorrência criminal: Campo Limpo e Interlagos, ambos na zona sul.

(Mariana Barbosa e Paulo Gama)

escravidão

PERSEGUIÇÃO

A TV Globo propaga: “Imagens gravadas com um telefone celular de dentro de uma loja do Shopping Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, mostram um tumulto nos corredores do centro de compras na noite de sábado.

O vídeo revela dezenas de jovens” fugindo, para não levar cacetadas de seguranças e policiais. “Os jovens correndo”, e as milícias dos racistas  “indo atrás deles”. Confira

Jovens negros, da chamada “classe baixa”, ou baixa renda, os filhos do bolsa família, a plebe rude, a ralé, não têm que marcar encontro em shopping. Para as elites e o governo de São Paulo, os negros devem reconhecer seu lugar. O shopping é local de encontro de jovens brancos da classe média, para ir ao cinema, paquerar e beijaços.

Os ricos brasileiros realizam compras nos Estados Unidos e Europa. Inclusive virou mania traficar dinheiro para adquirir apartamento de luxo em Miami.

LA INTERPRETACION DEL BANCO MUNDIAL DE LAS PROTESTAS EN BRASIL, CHILE Y PERU

A imprensa brasileira é mais conservadora que o FMI. Permanece contra as manifestações (classificadas de caos, vandalismo, arruaças, anarquismo), sem entender a indignação e as reivindicações do povo nas ruas.

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A machete acima de um jornal de Fortaleza é puro besterol. Nas eleições de 2014, os eleitores desejam além de mais escolas, mais hospitais, mais casas populares. Consideram que esses serviços, e outros, são direitos que vêm sendo negados. Quem constrói um estádio de luxo, provou que existe dinheiro para oferecer obras com o mesmo padrão de qualidade para o povo em geral.

O candidato ideal já existe. O povo votará pela confiança. Pela garantia de que nada será roubado das pequenas conquistas sociais. Assim sendo, ninguém conseguirá, nestas eleições, vender um presidente como faz a publicidade comercial de um produto (Omo lava mais branco) ou serviço (Itaú, o banco feito para você).

 

A leitura dos protestos sociais foi realizada por Lula, em entrevista hoje ao Página 12, da Argentina, e pelo FMI.

 

Exigencia de mejores servicios

El Banco Mundial evalúa que las masivas protestas callejeras tienen su origen en los logros sociales y económicos de la última década y, por lo tanto, en la exigencia de más servicios y transparencia

 

 

Por Hasan Tuluy *

En los últimos meses han sido noticia las masivas protestas callejeras en algunos países de América latina. En junio, Brasil fue objeto de la manifestación pública más grande en más de veinte años. Un mes después, Perú fue testigo de la más grande en una década. Mientras tanto, en Chile las protestas estudiantiles de los últimos años han evolucionado hasta abarcar cuestiones que van mucho más allá de la educación. Estas protestas son de interés periodístico debido a su magnitud. Pero son aún más notables si se tiene en cuenta el hecho de que tuvieron lugar en tres de los países más exitosos económicamente de América latina.

Brasil es la economía más grande de América latina y la sexta más grande del mundo. Chile, considerado desde hace años como una de las economías emergentes mejor administradas, recientemente se transformó en un país de ingreso alto. Perú, a pesar de la incertidumbre mundial, logró un crecimiento económico espectacular en los últimos cuatro años. Entonces, ¿por qué la gente protesta en lugar de celebrar? Para empezar, estas protestas no deben equipararse con las de otras latitudes. No representan un levantamiento popular en contra de líderes autocráticos. En todo caso, como dijo la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, “el tamaño de [las] protestas es una muestra de la fortaleza de nuestra democracia”.

Esta vigorosa tradición democrática probablemente contribuya a hacer más sostenibles los logros sociales y económicos de la última década. A medida que la ciudadanía comienza a exigir mejores servicios y transparencia, los mecanismos de rendición de cuentas comienzan a aparecer. Los manifestantes no salen a la calle por reclamos exorbitantes. El hecho es que en los últimos meses han estado pagando más por servicios que no mejoran. En Brasil, por ejemplo, el precio de los servicios personales y los alimentos básicos comenzó a subir aceleradamente hace un año, duplicando la inflación promedio. En Chile, mientras tanto, el precio de la educación, los servicios personales y los alimentos y bebidas subió hasta tres veces más que la inflación promedio.

En la segunda mitad del siglo XX, las clases medias latinoamericanas eran pequeñas, menos del 20 por ciento de la población; tenían un escaso compromiso con el Estado. No se les pedía que pagaran mucho en impuestos y tampoco esperaban recibir mucho en términos de servicios públicos. Más bien los evitaban y preferían pagar por una educación, salud, seguridad e incluso electricidad privadas. Hoy, quienes forman parte de una clase media más numerosa, se dan cuenta de que hay un límite a la abstención. Existen bienes públicos de los que todos dependen, como vialidad, transporte público, calidad de la educación y atención a la salud, aire limpio y seguridad ciudadana, entre muchos otros.

Entre 2003 y 2011, la clase media creció un 50 por ciento. Por primera vez en la historia, hay más latinoamericanos de clase media que viviendo en la pobreza. Aun así, empero, para llegar a una sociedad de clase media, uno de los prerrequisitos es una mejora en la calidad y cobertura de los servicios públicos esenciales. Sólo entonces podrá fortalecerse el contrato social, quebrando el círculo vicioso de impuestos bajos y baja calidad de la educación, seguridad y salud pública.

Esto no quiere decir que las protestas evidencien el fracaso gubernamental. La reducción de la pobreza en los últimos años ocurrió bajo un contexto de estabilidad macroeconómica, lograda gracias a reformas fundamentales y en función de políticas sociales mejor orientadas que ayudaron más a los que menos tenían.

Las protestas sirven como recordatorio de que las sociedades latinoamericanas cambiaron de manera dramática en los últimos años. La transformación de hecho ocurrió tan rápido que para los gobiernos ha sido difícil seguirles el paso y mejorar los servicios de forma de satisfacer la demanda. Y si bien invertir en mejorar los servicios públicos representa una propuesta a largo plazo que puede no servir objetivos políticos de corto plazo, las protestas nos ayudan a entender que para el Estado no invertir es una muy mala apuesta.

En el mundo interconectado de hoy es probable que las expectativas de los latinoamericanos sigan aumentando. Los gobiernos a nivel nacional, estatal y local deberán volverse cada vez más eficientes para satisfacer las exigencias de la gente. Más que el precio inevitable del éxito, las recientes protestas representan el precio de una agenda exitosa, y todavía incompleta

* El autor es el vicepresidente del Banco Mundial para América latina y el Caribe.

 

 

En Brasil crecen los ricos y los pobres

La pirámide socioeconómica se ensancha en los extremos y el gobierno de Dilma Rousseff no reconoce los cambios para la implementación de políticas públicas en el país

por Juan Arias

 

Una protesta por la educación en Río de Janeiro. ANTONIO LACERDA (EFE)
Una protesta por la educación en Río de Janeiro. ANTONIO LACERDA (EFE)

 

Un estudio basado no sólo en datos de renta sino que responde a otros 35 indicadores ha servido para rehacer una nueva pirámide socioeconómica de Brasil. En ella, se ensancha en la base el número de pobres y en lo alto la de ricos. Los pobres pasarían así de los actuales 13,94 millones (7,3%) a 29,6 millones (15,5%). Los ricos pasan del actual 1,8% de la población a un 2,8%.Los primeros tendrían una renta de 854 reales (427 dólares) y los segundos de 18.000 reales (9.000 dólares). En en el medio se sitúan las diferentes clases medias que también disminuyen con los nuevos criterios pasando del actual 58% de los brasileños a un 55,9%.

La nueva pirámide ha sido dibujada según los datos de la investigación llevada a cabo por Wagner Kamakura, de la Rice University y José Affonso Mazzon, de la Universidad de Sao Paulo. Este nuevo retrato de la pirámide socioeconómica no será tenida en cuenta por el gobierno dela presidenta Dilma Rousseff para la aplicación de las políticas sociales, pero sí por las empresas de publicidad y venta de productos y para que la sociedad conozca otros criterios capaz de analizar con mayor rigor la pobreza y la riqueza que no la mera económica.

Por ejemplo, de los que están en la base de la pirámide, considerados pobres o muy pobres, el 60%, ha cursado un máximo de tres años de estudios básicos y la media de baños de sus casas no llega a uno por familia. Entre la población más rica el 65% tiene 15 años de estudio y le sobran baños. Los muy ricos no figuran en el estudio. En manos de los tres niveles más altos de la pirámide está por ejemplo el 54% del consumo y el 74% de los seguros de salud privados. La base de la pirámide no tiene acceso a escuelas privadas, ni posee casa propia. El 68% de los gastos se hacen en cultura y recreación, y está en manos de un quinto de la población.

Según el sociólogo Jessé de Souza es un error clasificar a los pobres y ricos sólo por la renta, sin tener en cuenta, por ejemplo, el factor educación. En este sentido, para él, el 30% de la población está aún excluido de ella, lo que les constituiría como pobres aún ganando el sueldo mínimo de 740 reales (370 dólares), un criterio que el gobierno emplea para colocar a esas personas en la clase media y fuera de la pobreza.

Entre los pobres de Brasil los más penalizados siguen siendo los jóvenes sin estudio ni preparación profesional entre los que el desempleo llega a un 18% en algunas regiones. Brasil tendrá la próxima década 33 millones de jóvenes entre 14 y 24 años. Ellos son el futuro de la economía del país, pero son hoy los menos preparados profesionalmente. De ahí, como subrayan ellos mismos en entrevistas, no sólo les cuesta encontrar trabajo, sino que lo pierden con frecuencia por falta de estudios o preparación técnica. Por ello el gobierno Rousseff está lanzando en todo el país una serie de proyectos para profesionalizar a esos millones de jóvenes y conseguir que concluyan los estudios secundarios.

Sociólogos y economistas insisten en que sería un error empujar a todos los jóvenes a asistir a la universidad ya que las empresas necesitan con urgencia no sólo licenciados y doctores sino también técnicos. La revolución brasileña con miras al futuro del gigante económico empieza por un cambio radical en la educación, una de las cenicientas del país, según los expertos en la materia. En un país donde hasta hace poco nadie salía a la calle a protestar, ahora, el centro de Río de Janeiro y de otras ciudades del país ha sido tomados por miles de maestros y profesores en huelga. Todos exigen mayor calidad en la educación, más medios para la enseñanza, mejor preparación profesional y salarios más dignos.

La mayoría de los maestros no recibe ni el techo obligatorio de mil reales (menos de 500 dólares). Hace unos días, el Secretario General de la ONU, Ban Ki-moon ha recordado que hoy el mundo posee el mayor número de jóvenes de la historia: la mitad de los 7,000 millones de habitantes. Es una generación que puede sufrir las garras del desempleo. De los más de 30 millones de jóvenes brasileños, son pobres más del 30%. Entre el 10% más pobre, el 77% ni estudia ni trabaja. Entre el 10% más rico sólo no trabajan el 6,9%. Y son esos jóvenes, los que según Ban Ki-moon, más deseos tienen de “cambiar el rumbo de la historia”.

 

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A CLASSE MÉDIA SE MOVE

por Celso Marconi Lins

 

Celso Marconi Lins
Celso Marconi Lins

 

Desde muito tempo eu sempre ouvi falar que a classe média é a pior vilã das classes sociais, talvez até pior do que a burguesia. Isso porque a classe média nunca teve cara própria e sempre teve medo de se meter nos movimentos políticos sociais para não perder as benesses que tem.

Nesse movimento atual no Brasil parece realmente que é a classe média que está indo para as ruas. De todos os comentários que já li o de Fernando Castilho do JC me parece um dos que mais se aproximam da realidade. Uma realidade difusa certamente. Mas a verdade é que a classe média está cansada de ter medo. Considera que seus pertences já estão consolidados. E por isso pode ir além. Vê, como disse Castilho, o Governo amparando a burguesia (bancos, indústria, etc) e o povão (com os programas sociais de bolsas, etc) e eles, da classe média, ficam espremidos. Pois bem. Que vão para as ruas. Com uma agenda muito difusa. Mas é isso mesmo. Na ponta existem os aproveitadores dos extremos. Mas é sempre assim.

Esperamos que as manifestações deem uma sacudida no país. E talvez melhore. Pelo menos que fique um pouco como consciência. E nas próximas eleições se vote no melhor possível.