Brasil possui 35 partidos políticos registrados que significam nenhum

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Até partido fêmea existe: o Partido da Mulher Brasileira. Logo aparecerá o partido macho. Que existem partidos para todos os preconceitos, fanatismos, carolices, o que você imaginar para receber ajuda de empresas nacionais e estrangeiras nas campanhas eleitorais, e verbas partidárias incluídas no Orçamento do Povo, e administradas pela iníqua e parasitária justiça eleitoral, que apenas trabalha nos anos pares.

São 35 partidos políticos e, no máximo, apenas cinco conhecidos do eleitorado, pelos atos de putrefação de suas lideranças sem nenhum idealismo. Que todos defendem as mesmas promessas: mais educação, mais saúde, emprego para todos, o fim da violência e da corrupção. Nenhum partido defende idéias.

Nenhum partido representa os sem terra, os sem teto, os sem nada, neste Brasil governado pelas elites e separado em castas, que se dividem em governistas e pretensos oposicionistas que defendem o partido único, uma luta pelo poder que vale tudo, golpe, intervenção militar, ditadura. Nenhum partido defende, realmente, a Democracia. A igualdade. A fraternidade. A liberdade mesmo que tarde.

Enrico Bertuccioli
Enrico Bertuccioli

Não existe nenhum pessimismo em dizer o que acontece no Brasil, marcado pelo colonialismo, e dominado pelo imperialismo, acontece nos quatro cantos deste vasto velho mundo. Existiu algum dia de paz na Europa, desde Roma dos césares? No Século XX, quase todos os países foram governados por ditaduras, e travaram duas guerras mundiais, que motivaram os principais inventos imaginados pelos romances e filmes de ficção científica.

As guerras religiosas, e pela independência, persistem em todos os continentes. Nos Estados Unidos cada cidadão tem que jurar o combate eterno contra os inimigos internos e externos. Aqui no Brasil existe o slogan vai para Cuba, que diagnostica um medo sem justificativa. Cuba é um país pobre, sem bomba nuclear, e com apenas onze milhões de habitantes. O Brasil, 205 milhões. Para construir um porto, Cuba precisou do dinheiro brasileiro.

Um verdadeiro partido político, que represente o povo em geral, deve defender que ideais?

ESPANHA
ESPANHA

“MST vai para Cuba com o PT”

JOÃO PEDRO STÉDILE: “A NOSSA BURGUESIA SENTE RAIVA DE POBRE E DE PRETO”

Stédile e o Papa Francisco
Stédile e o Papa Francisco

João Pedro Stédile, no início do Seminário Reforma Política e Combate à Corrupção, iniciado quarta-feira última, em Fortaleza, declarou:

“Esse ataque não foi pessoal, mas direcionado à classe trabalhadora. A nossa burguesia tem raiva de pobre e de preto. Ainda não consegue conviver com casa grande e senzala”, disse Stédile, referindo-se às agressões que sofreu imediatamente após o desembarque no Aeroporto Internacional Pinto Martins.

O encontro ocorreu na Casa Amarela Eusélio Oliveira, equipamento da Universidade Federal do Ceará. E o ataque a Stédile foi patrocinado pelos especuladores imobiliários, filiados ao PSDB dos golpistas Aécio Neves, José Serra, Fernando Henrique e Aloysio Nunes Ferreira, ex-comunista, que passou do stalinismo para a extrema direita.

stedile procrado vivo ou morto

A direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) repudiou hoje (23), em nota, a agressão sofrida pelo membro da coordenação nacional do movimento, João Pedro Stedile, quando deixava o aeroporto de Fortaleza na noite de ontem. Um grupo de pessoas cercou Stedile e o seguiu até seu carro, em um trajeto de seis minutos, chamando-o de “assassino”, “fascista”, “comunista”, “traidor da pátria” e entoando em canto “MST vai para Cuba com o PT”.

Para a direção do movimento, “este episódio não é um fato isolado, mas um reflexo do atual momento político do país, em que se vê crescer a cada dia o ódio contra os movimentos populares, migrantes e a população negra e pobre”. O texto compara o episódio à agressão sofrida no último sábado (19) por jovens de favelas cariocas que foram impedidos, sob o risco de danos físicos, de frequentar as praias da zona sul da capital fluminense.

“Estes atos de violência e ódio propagado intensamente nas redes sociais, e que reverberam cada vez mais nas ruas, são mais uma demonstração da violência dos setores da elite brasileira dispostos a promover uma onda de violência e ódio contra os setores populares”, diz o texto. A direção do movimento lembrou que recentemente Stedile foi vítima de outra agressão, quando circulou nas redes sociais um cartaz que oferecia uma recompensa por ele “vivo ou morto”.

O MST entende que essa onda de ataques é resultado de “uma mídia partidarizada, manipuladora e que distorce e esconde informações, ao mesmo tempo em que promove o ódio e o preconceito contra os que pensam diferente”. “São esses meios de comunicação a serviço de uma direita raivosa e fascista os responsáveis por formarem essas mentalidades criminosas e odiosas que alimentam as ruas e as redes sociais com os valores mais antissociais e desumanos que possa existir.”

Tais atos, no entanto, não enfraqueceram a luta pela reforma agrária e pelos direitos sociais protagonizada pelo movimento, segundo a nota. “Não aceitaremos que nenhum militante dos movimentos populares sofra qualquer tipo de agressão ou insulto por defender e lutar por justiça social. Nos comprometemos a permanecer em luta nas ruas pela defesa da democracia, dos direitos civis, da classe trabalhadora e o respeito aos valores humanitários.”

O chefe do MST, João Pedro Stédile recebeu a comenda mais importante de Minas Gerais no dia da Inconfidência Mineira, 21 de abril de 2015, que lhe foi dada pelo governador do PT, pelo governador Fernando Pimentel.

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Papa chega aos EUA com uma bagagem que desagrada aos republicanos

por ANA FONSECA PEREIRA
Será a primeira visita de um Papa que fez das periferias e dos mais pobres a sua prioridade. Alterações climáticas, imigração ou Cuba são alguns dos temas que opõem Vaticano à direita americana

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Aos 78 anos, o Papa que fez das periferias a sua prioridade visita pela primeira vez a grande potência, na segunda etapa de uma viagem que começou em Cuba. Nos Estados Unidos, vai encontrar-se com o Presidente Barack Obama e discursar na Assembleia Geral da ONU, mas é a sua intervenção no Congresso que gera mais expectativa – a mensagem de Francisco adivinha-se difícil de ouvir para muitos políticos em Washington, colidindo em quase tudo com a agenda republicana.

A visita papal arrancou sob o signo da reaproximação entre Cuba e os EUA, após negociações mediadas pelo Vaticano. Um desenvolvimento histórico que tornou possível, por exemplo, que o avião papal tenha viajado nesta terça-feira directamente de Havana para a base aérea militar de Andrews, em Washington. À sua espera, Francisco tinha o próprio Presidente norte-americano, uma cortesia pouco habitual que testemunha o alinhamento entre os dois homens ou, como escreveu o New York Times, sugere que Obama não tem na actualidade “um aliado mais poderoso” do que o líder da Igreja Católica.

Além de ter sido facilitador do diálogo com o Presidente cubano, Raul Castro, Francisco defende a urgência de combater as alterações climáticas (tema da sua última encíclica) insurge-se contra as desigualdades económicas e critica os países que fecham as suas fronteiras aos imigrantes. Temas que colam na agenda de fim de mandato de Obama, mas que não podiam cair pior a um Partido Republicano em plena refrega para decidir quem será o candidato às presidenciais de 2016.

Habituados a ver no Vaticano um suporte moral das suas posições contra o aborto ou o casamento homossexual, os republicanos mais conservadores lamentam que a mensagem papal seja agora menos doutrinal e mais política. “Não preciso de receber lições do Papa sobre as alterações climáticas”, disse à CNN o Paul Gosar, congressista católico do Arizona que decidiu boicotar o inédito discurso que Francisco fará quinta-feira perante as duas câmaras do Congresso. “Acho que o Papa está errado. A infalibilidade aplica-se apenas a questões religiosas, não políticas”, disse Chris Christie, governador do Nova Jérsia e um dos seis candidatos republicanos que são católicos, quando questionado sobre o apoio do Vaticano ao fim do embargo a Cuba.

Receando que a sua intervenção seja contraproducente, Francisco evitará referências muito directas ao embargo quando falar aos congressistas. Mas basta ter passado por Cuba sem ter ouvido os dissidentes ou feito críticas directas ao regime castrista para dar munições aos que, na direita mais radical, o acusam de ser “antiamericano” ou “marxista”.

Uma irritação que promete aumentar se, como se espera, Francisco repetir em Washington a denúncia de algumas das características que mais identificam a América, como a hegemonia económica, o consumismo ou o capitalismo sem regras. Os observadores suspeitam que a mensagem será implícita, misturando elogios às liberdades e conquistas do país com a recordação de que a prosperidade e a influência acarretam responsabilidades acrescidas. Mas ficará claro de que lado está o seu coração quando, logo depois de discursar no Congresso, se sentar à mesa com dezenas de sem-abrigo, imigrantes ilegais e doentes apoiados por organizações católicas da capital.

Nos EUA, o quarto país com mais católicos no mundo, a população parece mais receptiva do que os políticos ao Papa e à sua mensagem – uma sondagem divulgada segunda-feira indica que 51% têm boa opinião de Francisco, uma popularidade superior à de qualquer político, e 49% quer ouvi-lo falar de questões políticas e sociais. Mas uma incursão pelos temas do aborto ou do casamento homossexual não deixará de desagradar a democratas ou aos católicos mais progressistas, da mesma forma que muitos ficarão desiludidos se não ouvirem da sua boca palavras de arrependimento sobre o escândalo de pedofilia que manchou a Igreja nos EUA. A viagem, com agenda carregada e uma segurança sem precedentes, termina domingo com uma missa em Filadélfia no encontro mundial de famílias.

ALEMANHA
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ÁFRICA DO SUL
ÁFRICA DO SUL
ARGENTINA
ARGENTINA

Imprensa brasileira boicota visita do Papa Francisco aos Estados Unidos e divulga mentiras

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PORTO ALEGRE
PORTO ALEGRE

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Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO
O Globo dá uma notinha mentirosa, de que o Papa Francisco evitará falar das relações de Cuba com os Estados Unidos. Propaganda direitista que o presidente Obama desmente

“Santo Padre, estamos agradecidos por seu inestimável apoio a nosso novo começo com o povo cubano”, declara Obama

Obama agradece “inestimável apoio” do papa ao “novo começo” com Cuba

EFE – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, agradeceu nesta quarta-feira ao papa Francisco por seu “inestimável apoio ao novo começo” entre seu país e Cuba que, disse, oferece a “promessa” de uma melhor relação bilateral, maior cooperação com o continente e “uma vida melhor para o povo cubano”.

Obama fez um breve discurso durante a cerimônia oficial de boas-vindas ao pontífice na Casa Branca, assistida por cerca de 15 mil pessoas.

“Santo Padre, estamos agradecidos por seu inestimável apoio a nosso novo começo com o povo cubano, que oferece a promessa de melhores relações entre nossos países, maior cooperação em todo o continente e uma vida melhor para o povo cubano”, ressaltou Obama.

Francisco chegou aos EUA depois de uma visita de três dias a Cuba, onde visitou Havana, Holguín e Santiago de Cuba.

Tanto o governo dos Estados Unidos como o de Cuba reconheceram o papel crucial desempenhado pelo papa nas conversas secretas que derivaram no histórico acordo anunciado em dezembro para a normalização das relações bilaterais e o reestabelecimento dos laços diplomáticos.

Ao término da cerimônia oficial de boas-vindas, Obama, sua esposa, Michelle, e o pontífice cumprimentarão os convidados desde a sacada da Casa Branca.

Em seguida Obama e o papa se reuniram a portas fechadas no Salão Oval.

Nova Iorque
NOVA IORQUE
Miami
FLORIDA
 Massachusetts MASSACHUSETTS

Globo: “Em lua de mel com papa, Cuba vê renascimento de fés afro-cubanas”

Sacerdotisa da santeria
Sacerdotisa da santeria

As rádios, televisões, revistas e jornais do grupo Globo, da família Marinho, além de classificar o Papa Francisco de comunista, insinua que ele impulsiona o renascimento dos cultos africanos em Cuba.

Com tal afirmativa, nega o que tanto propagou: que os cubanos são ateus.

Ontem o Papa rezou missa para 500 mil cubanos, na Praça da Revolução, em Havana.

Narra João Fellet: “Turbante à cabeça e vestida de branco, Rosaida Tavio apresenta o salão nos arredores de Havana onde cultua Xangô, seu orixá protetor.

No canto, uma estátua da divindade repousa sobre um recipiente de madeira, ladeado por cabaças. No alto, Jesus Cristo e seus apóstolos se sentam à mesa da Santa Ceia.

Tavio é sacerdotisa da santeria, principal religião afro-cubana, mas isso não a impede de também se definir como “100% católica”.

“Somos mais seguidores de Cristo que qualquer outro grupo”, ela diz à BBC Brasil enquanto abana um leque azul.
Tavio e vários de seus filhos espirituais assistiram no domingo à missa em Havana do papa Francisco, louvado por muitos cubanos por seu papel na reconciliação entre Cuba e os Estados Unidos.

Alguns dos pontos brancos na multidão que encheu a Praça da Revolução sinalizavam santeiros recém-iniciados. Pela tradição, quem “faz o santo” (consagração a um orixá) deve se vestir todo de branco por um ano. Outros usavam colares e pulseiras de contas com as cores de seu “orixá de cabeça”, guia espiritual de um santeiro”.

É isso aí. Parace Salvador, Bahia, ou outra cidade brasileira.

Alina Garcia
Alina Garcia

A mídia da Globo tem o mesmo linguajar preconceituoso, fanático e racista dos pastores Silas Malafaia, Marco Feliciano.

Existe mais liberdade religiosa em Cuba do que no Brasil:

Menina iniciada no candomblé é apedrejada na cabeça por evangélicos

Intolerância religiosa: Menina de apenas 11 anos é apedrejada na cabeça por evangélicos e diz que está com medo de morrer: ‘Continuo na religião, nunca vou deixá-la. É a minha fé. Mas não saio mais de branco’. A garota e os parentes também foram xingados: ‘Sai Satanás, queima! Vocês vão para o inferno’

Menina já pedia paz em imagem publicada antes de ser agredida. Hoje, ela afirma que não vestirá mais branco porque tem ‘medo de morrer’ (Reprodução/Facebook)
Menina já pedia paz em imagem publicada antes de ser agredida. Hoje, ela afirma que não vestirá mais branco porque tem ‘medo de morrer’ (Reprodução/Facebook)

Com apenas 11 anos de idade, K. conheceu a intolerância religiosa na noite de domingo de forma dolorosa. A menina, iniciada no Candomblé há quatro meses, seguia com parentes e irmãos de santo para um centro espiritualista na Vila da Penha, quando foi atingida na cabeça por uma pedra, atirada, segundo testemunhas, por um grupo de evangélicos. Ainda segundo os relatos, momentos antes, eles xingaram os adeptos da religião de matriz africana.
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“Eles gritaram: ‘Sai Satanás, queima! Vocês vão para o inferno’. Mas nós não demos importância. Logo depois, o pedregulho atingiu minha neta e, enquanto fomos socorrê-la, eles fugiram em um ônibus”, contou a avó da menina, Kathia Coelho Maria Eduardo, de 53 anos, conhecida na religião como Vó Kathi.
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O caso foi registrado ontem na 38ª DP (Brás de Pina) como lesão corporal e no artigo 20 da lei 7.716 (praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião). A polícia tenta identificar os agressores através de câmeras dos ônibus da região.
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K. chegou a desmaiar e, segundo seus parentes, teve dificuldade para lembrar de fatos recentes. “Ela está bem, pois foi socorrida para o hospital e até foi à escola, pois é muito estudiosa. Mas na hora chegou a perder a memória. Que mundo é esse que estamos vivendo? Não se respeita nem criança?”, questionou, ainda indignada, Yara Jambeiro, 49, também integrante do Barracão Inzo Ria Lembáum e uma das responsáveis pela educação religiosa de K.
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O caso ganhou repercussão na Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro. Ivanir dos Santos, que preside a comissão, defende a importância da punição aos responsáveis.
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“Não se trata de um fato isolado. É assustador uma pedrada em uma criança. Vivemos um momento delicado na questão da intolerância. As investigações precisam chegar aos agressores para que o exemplo não seja de impunidade e que a liberdade religiosa seja reafirmada como está na lei”, avaliou.
Responsável por uma rede social com 50 mil adeptos e que defende a cultura afro-brasileira, Marcelo Dias, o Yangoo, divulgou o caso: “É assombroso”, criticou.
Medo de morrer
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Em entrevista ao jornal carioca Extra, a menina disse que a partir de agora quer esconder de todos a fé que abraçou por medo de sofrer novas represálias.
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“Continuo na religião, nunca vou deixá-la. É a minha fé. Mas não saio de mais de branco. Nem no portão eu vou. Estou muito, muito assustada. Tenho medo de morrer. Muito, muito medo”, afirmou.
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A garota recorda com indignação do momento em que foi agredida. “Só me recordo de ter colocado a mão na cabeça, sentir o sangue e logo depois vê-lo pingando no chão. Foi uma coisa do nada. Nem vi direito de onde veio. Mas eu poderia ter sofrido algo grave. Atingiu minha cabeça. Mas e se fosse meu olho?”, questionou.
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Ialorixá de 90 anos enfartou com ofensas

A denúncia de que uma pedra feriu a menina K., de 11 anos, na noite de domingo, chegou à Comissão de Combate à Intolerância do Rio em meio a reunião na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em protesto pela morte, no dia 1º , de uma uma ialorixá, de 90 anos de idade, em Camaçari, na Bahia.
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Segundo seus parentes e filhos de santo, a religiosa enfartou depois da instalação de um igreja evangélica em frente ao seu terreiro.
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Conhecida como Mãe Dede de Iansã, Mildreles Dias Ferreira teria morrido após seguidores da igreja, terem passado uma madrugada inteira em vigília proferindo ofensas em direção à casa de santo.
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“A polícia recebeu queixas contra as manifestações em frente ao terreiro antes da morte dela. Fizeram cerimônias em frente à casa de forma acintosa e, em outros casos, há quem macule terreiros, além de outras práticas sistemáticas”, enumerou Ivanir dos Santos, presidente da comissão. Pragmatismo Político. Informações de O Dia e Extra/ Flávio Araújo

Os braços abertos do povo cubano

FRANÇA
FRANÇA
ESTADOS UNIDOS
ESTADOS UNIDOS

Pela terceira vez em menos de vinte anos o Papa está em Cuba: em Janeiro de 1998 o primeiro foi João Paulo II, depois em Março de 2012 Bento XVI, e agora é a vez de Francisco, o primeiro Pontífice americano que quis unir nesta viagem dois países – Cuba, precisamente, e os Estados Unidos – que depois de meio século de tensões e contrastes até muito ásperos finalmente voltaram, com a ajuda da Santa Sé, a aproximar-se. Graças também ao impulso, nos respectivos episcopados, de quantos souberam levar a sério as palavras de Wojtyła relançadas por Bergoglio à sua chegada a Havana numa tarde húmida e muito quente: Cuba abra-se ao mundo e o mundo abra-se a Cuba.

A ocasião da visita é dupla, como recordou o Pontífice: o centenário da proclamação da Virgem da caridade do Cobre como padroeira de Cuba – decidida por Bento XV mas pedida pelos veteranos da guerra da independência da coroa de Espanha – e o octogésimo aniversário das relações diplomáticas entre o país e a Santa Sé, relações nunca interrompidas, quis significativamente frisar o Papa com um acréscimo ao texto preparado para a saudação de chegada. Recebido pelo presidente Raúl Castro, que participou também na missa celebrada na capital, Bergoglio dirigiu a sua saudação a Fidel Castro, que visitou pouco depois em forma privada, e «a todas aquelas pessoas com as quais, por diversos motivos, não me poderei encontrar», disse.

Mencionando depois a vocação natural de Cuba como «ponto de encontro», o Papa recordou o processo de normalização com os Estados Unidos. Acontecimento de importância primordial no panorama internacional, o novo percurso empreendido com coragem pelos dois países foi indicado por Bergoglio como «um sinal da vitória da cultura do encontro» e «exemplo de reconciliação para o mundo inteiro». Um mundo que «precisa de reconciliação nesta terceira guerra mundial por etapas», improvisou o Pontífice que, falando aos jornalistas no voo para Havana, insistiu mais uma vez sobre a urgência da paz.

E a mesma preocupação ressoou, depois da importante missa na praça da Revolução, no apelo do Papa a favor de uma reconciliação definitiva e de uma paz duradoura na Colômbia, onde decénios de conflito armado – o mais longo actualmente a decorrer – fizeram derramar o sangue a milhares de pessoas. «Por favor, não temos o direito de nos permitirmos outro fracasso neste caminho» implorou, defendendo abertamente o caminho das negociações.

Estas palavras foram proferidas pelo Pontífice no final de uma celebração durante a qual na homilia tinha desenhado os contornos da grandeza segundo o trecho evangélico acabado de ler: quem quiser ser grande deve servir os outros e não servir-se dos outros. Sendo que servir – explicou – significa preocupar-se pelas pessoas frágeis, defendendo a dignidade dos irmãos e olhando para o seu rosto: «Por isso o serviço nunca é ideológico, dado que não se servem ideias mas pessoas», descuidadas por projectos que até podem parecer aliciantes.

LIMA
LIMA
ESTADOS UNIDOS
ESTADOS UNIDOS

Uma festa da fé, animada por cantos e orações e pelo entusiasmo das quinhentas mil pessoas reunidas na manhã de domingo para a missa do Papa Francisco na Plaza de la Revolución em Havana. Um lugar fortemente simbólico em Cuba, teatro de grandes assembleias cívicas, no qual se destaca a enorme efígie de outro argentino, Che Guevara.

Um espaço que voltou a acolher uma celebração religiosa presidida por um Pontífice, como já tinha acontecido em 1998 com a missa celebrada por João Paulo II e depois em 2012 com Bento XVI. Ontem coube a Francisco subir ao palco, diante do qual, para a ocasião, foi erguida uma fotografia gigante do Cristo da Misericórdia com a escrita Vengan a mi, que cobre os mais de dez andares da Biblioteca nacional. Do lado oposto, uma grande imagem com madre Teresa de Calcutá e o lema da visita Misionero de la misericordia. E o missionário da misericórdia vindo de Roma dirigiu palavras de encorajamento à multidão reunida para o ouvir. O povo cubano, disse, é um povo que caminha, canta e louva, ama a festa, mas tem também algumas feridas; e não obstante tudo sabe estar de braços abertos.

Logo depois da missa, Francisco foi à casa de Fidel Castro – ao qual tinha dirigido um pensamento no aeroporto na sua chegada – para um encontro particular. O colóquio, muito cordial e realizado na presença da Esposa e de outros familiares, durou cerca de trinta minutos. Texto de Gaetano Vallini/ L’Osservatore Romano

CUBA
CUBA
COLÔMBIA
COLÔMBIA

Mensagem na vigília da viagem o Pontífice saúda o povo cubano

​Nova esperança e nova oportunidade

papa cuba

Em vista da sua chegada a Cuba, o Papa Francisco enviou uma mensagem vídeo que foi transmitida pela televisão às 20h00 locais de quinta-feira 17 de Setembro. Publicamos o conteúdo da referida mensagem.

Queridos irmãos!

Faltam poucos dias para a minha viagem a Cuba. Por este motivo, desejo dirigir-vos uma saudação fraterna antes de me encontrar convosco pessoalmente. Visitar-vos-ei para partilhar a fé e a esperança, a fim de que nos fortaleçamos reciprocamente no seguimento de Jesus. Faz-me bem e ajuda-me muito pensar na vossa fidelidade ao Senhor, no espírito com o qual enfrentais as dificuldades de cada dia, no amor com o qual vos ajudais e apoiais no caminho da vida. Obrigado por este testemunho tão corajoso.

Por minha vez, gostaria de vos transmitir uma mensagem muito simples, mas que julgo importante e necessária. Jesus ama-vos muitíssimo. Jesus ama-vos verdadeiramente. Mantém-vos sempre no coração; Ele sabe melhor de qualquer outro do que cada um precisa, pelo que anseia, qual é o seu desejo mais profundo, como é o nosso coração; e Ele nunca abandona e quando não nos comportamos como Ele espera, permanece sempre ali ao lado, disposto a acolher-nos, a confortar-nos, a dar-nos uma nova esperança, uma nova oportunidade, uma nova vida. Nunca vai embora, permanece sempre.

Sei que vos estais a preparar para esta visita com a oração. Agradeço-vos infinitamente por isto. Temos necessidade de rezar. Precisamos da oração. Este contacto com Jesus e com Maria. E sinto grande alegria ao saber que, seguindo o conselho dos meus irmãos Bispos de Cuba, estais a repetir muitas vezes durante o dia aquela oração que aprendemos quando éramos crianças. Sagrado Coração de Jesus fazei com que o meu coração seja como o vosso. É bom ter um coração como o de Jesus para saber amar como Ele, perdoar, dar esperança, acompanhar.

Desejo estar entre vós como missionário da misericórdia, da ternura de Deus, mas permiti que vos possa encorajar a ser também vós missionários deste amor infinito de Deus. Que a ninguém falte o testemunho da nossa fé, do nosso amor. Que todos saibam que Deus perdoa sempre, que Deus está sempre ao nosso lado, que Deus nos ama.

Irei também ao Santuário da Virgem do Cobre como um peregrino qualquer, como um filho que deseja ir à casa da Mãe. A Ela confio esta viagem e também todos os cubanos. E, por favor, peço-vos que rezeis por mim. Que Jesus vos abençoe e a Virgem Maria cuide de vós. Obrigado. Transcrito L’Osservatore Romano

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Primeiro dia. Francisco nas ruas de Cuba

Pope Francis waves to people from his popemobile as he arrives to the Apostolic Nunciature in Havana, Cuba, Saturday, Sept. 19, 2015. Pope Francis began a 10-day trip to Cuba and the United States, embarking on his first trip to the onetime Cold War foes after helping to nudge forward their historic rapprochement. (AP Photo/Alessandra Tarantino)

Pope Francis waves to people from his popemobile as he arrives to the Apostolic Nunciature in Havana, Cuba, Saturday, Sept. 19, 2015. Pope Francis began his 10-day trip to Cuba and the United States, embarking on his first trip to the onetime Cold War foes after helping to nudge forward their historic rapprochement. (AP Photo/Alessandra Tarantino)

Jornais brasileiros não destacam visita do Papa a Cuba. Até “Francisco é comunista”

A imprensa brasileira pregou o golpe de 64. Desde que Lula e Dilma foram eleitos presidentes, a imprensa, vendida ao imperialismo e ao colonialismo, passou a pedir o retorno da ditadura militar. Que enriqueceu as famílias Marinho (Globo), Mesquita (Estado de S. Paulo), Frias (Folha de S. Paulo), Civita (Editora Abril, Revista Veja), Sirotsky (Zero Hora, Grupo RBS) e outros zangue azul e direitistas com contas numeradas nos paraísos fiscais.

Para a imprensa sectária, radical, elitista, o Papa Francisco é comunista, porque defende os sem terra, os sem teto, os sem nada, os bolsas-família, os emigrantes, os trabalhadores que ganham o salário mínimo do mínimo, o salário do medo e da fome.

Porto Alegre, hoje
Porto Alegre, hoje
Nova Iorque, hoje
Nova Iorque, hoje
Rio de Janeiro, hoje
Rio de Janeiro, hoje
Flórida, hoje
Flórida, hoje

O empregadinho dos Civita, Rodrigo Constantino escreveu:

O papa Francisco é comunista? Ou: Triste o mundo que já teve Reagan e João Paulo II ter que se contentar com Francisco!

Adán Iglesias Toledo
Adán Iglesias Toledo

Aqueles que nutriam o benefício da dúvida, porém, acordaram com ressaca após o novo discurso do papa, o mais politizado e… comunista de todos. Papa Francisco assumiu de vez o tom anticapitalista, chamando o capitalismo de “ditadura sutil” e clamando por uma mudança de “estruturas”:

“Reconhecemos que este sistema impôs a lógica dos lucros a qualquer custo, sem pensar na exclusão social ou na destruição da natureza?”, perguntou o papa a algumas centenas de representantes de movimentos sociais de vários países, entre os quais o MST, sem-teto, indígenas e quilombolas brasileiros,durante o 2º Encontro Mundial de Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia).

“Se é assim, insisto, digamos sem medo: queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema já não se aguenta, os camponeses, trabalhadores, as comunidades e os povos tampouco o aguentam. E tampouco o aguenta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia são Francisco”, completou o papa no encontro, realizado no auditório da Expocruz.

Ora, ora, e pensar que ontem mesmo escrevi sobre os palpiteiros aqui! Não pretendo ensinar o papa a rezar a missa em latim, mas ele agora quer nos ensinar sobre capitalismo? Deveria ficar quieto no seu canto, falando de temas religiosos com sua “infalibilidade papal” ex cathedra, e não se meter a pregar sobre o que não entende. Então o capitalismo é inimigo da natureza e dos pobres? Por isso os países socialistas poluem tão mais e possuem tanta pobreza a mais? Menos, papa Francisco, muito menos…

A verdade é que há, na Igreja Católica, uma ambiguidade constante em relação ao capitalismo, ao lucro, ao livre mercado. Encontra-se bases de defesa desse sistema nas escrituras sagradas e nas encíclicas papais, mas também é possível encontrar seu oposto. Papa Francisco, um jesuíta, mostra-se tão esquerdista quanto o papa Paulo VI, antecessor de João Paulo II, que escreveu, na Encíclica Populorum Progressio, uma verdadeira defesa do socialismo.

Em uma das passagens, o papa diz que é lamentável que o sistema da sociedade tenha sido construído considerando o lucro como um motivo chave para o progresso econômico, a competição como a lei suprema da economia, e a propriedade privada dos meios de produção como um direito absoluto que não tem limites e não corresponde à “obrigação social”. Em outras palavras, o papa lamentou que o capitalismo de livre mercado predominasse em relação ao socialismo. Os interesses coletivos, sabe-se lá quem os define, estariam acima do direito de propriedade privada, o que torna indivíduos sacrificáveis pelo “bem comum”.

O papa ignora que, no livre mercado, o lucro é fruto do bom atendimento da demanda dos consumidores, ou seja, é o indicador de que os indivíduos, por meio de trocas voluntárias, estão satisfeitos. Todos sabem o que aconteceu nos países que tentaram abolir o lucro, a competição e o direito de propriedade privada. O resultado foi a miséria, a escravidão e o terror. São conseqüências inexoráveis do socialismo colocado em prática.

Em outro trecho, o papa afirma que Deus pretendia que a terra e tudo que ela contém fosse para o uso de todo ser humano. “Logo”, ele continua, “enquanto todos os homens seguirem a justiça e a caridade, os bens criados deveriam abundar para eles numa base razoável”. E ainda conclui que “todos os outros direitos, incluindo aqueles da propriedade e do livre comércio, devem estar subordinados a este princípio”. O papa, entretanto, não define o conceito de “razoável”, que é totalmente arbitrário. Ou seja, enquanto todos não tiverem acesso aos bens produzidos de uma forma “razoável”, podemos invadir, pilhar e roubar.

A declaração é inequívoca: “O bem comum exige por vezes a expropriação, se certos domínios formam obstáculos à prosperidade coletiva”. Fora isso, devemos questionar: bens produzidos por quem? O minério de ferro encontra-se na natureza, mas dele até um automóvel existe um processo complexo que foi descoberto e realizado por indivíduos. Um fogão, uma geladeira, um avião, uma casa, nada disso cai do céu, nada disso nasce em árvores. Tudo é fruto do uso de mentes criativas e do esforço de indivíduos. Se todos terão direito a esses bens produzidos, significa que alguém terá o dever de produzi-los. Logo, podemos escravizar indivíduos, em nome da máxima socialista aqui implícita: “de cada um pela capacidade, a cada um pela necessidade”.

Como podemos ver, o viés socialista não é novidade no papismo. É lamentável, porém, verificarmos que justo numa época de avanço do socialismo, especialmente na América Latina católica, a Igreja tenha um papa simpático a tal agenda vermelha. E nos Estados Unidos temos uma liderança fraca, covarde, pusilânime, e também vermelha. Se nos tempos da Guerra Fria os Estados Unidos nos deram um Reagan e a Igreja um João Paulo II, hoje temos um Obama e um papa Francisco, o que é de arrepiar qualquer amante da liberdade.
“Reagan, Thatcher e João Paulo II foram o trio que destruiu o comunismo soviético e o seu Império do Mal”, escreveu o historiador Paul Johnson. E agora temos de nos contentar com Obama e Francisco, a dupla cuja maior “conquista” foi recolocar a ditadura comunista cubana em evidência e obter vantagens para os irmãos assassinos Fidel e Raúl Castro!

    Ramses Morales Izquierdo
Ramses Morales Izquierdo

Assim desanima…

Papa Francisco chega a Cuba para visita histórica de quatro dias

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Papa cuba

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Da Agência Lusa – O papa Francisco chegou na tarde deste sábado (19) a Cuba, primeira etapa de uma viagem que o levará também aos Estados Unidos, os dois países que contaram com seu apoio para restabelecerem relações diplomáticas.

O Airbus A330 da Alitalia transportando o papa aterrisou poucos minutos antes das 16h locais (17h, no horário de Brasília) no Aeroporto José Martí de La Habana, onde era aguardado pelo presidente cubano, Raúl Castro, e pelo cardel Jaime Ortega, maior representante da Igreja Católica na ilha.

Esta é considerada uma das viagens mais longas e delicadas do papa Francisco. Além de reuniões protocolares, ele irá à Praça da Revolução, em Havana, ao Congresso dos Estados Unidos, em Washington, e à ONU, em Nova York.

Com uma agenda muito carregada, o papa argentino, de 78 anos, pronunciará 26 discursos, dos quais oito em Cuba e 18 nos Estados Unidos.

Até terça-feira (22), o papa estará em Cuba, com passagens por Havana, Holguin e Santiago, para encontros com jovens, famílias, bispos e, provavelmente, o líder histórico do regime Fidel Castro.

Três visitas papais em 17 anos mostram a atenção do Vaticano ao país, onde o regime e a Igreja Católica comemoram, com apoio do papa, a normalização das relações diplomáticas com os Estados Unidos.

O avião papal levará diretamente Francisco de Havana à Base Militar de Andrews, em Washington, onde será recebido pelo presidente Barack Obama.

Nos Estados Unidos, os dois momentos mais esperados serão os discursos, em inglês, no Congresso, em Washington, e em espanhol na assembleia-geral das Nações Unidas, em Nova York.

Ainda em Washington, Francisco vai canonizar o missionário espanhol Junipero Serra, que participou, no século XVIII, da evangelização da Califórnia, na Costa Oeste dos Estados Unidos.

Em Nova York, o papa vai presidir, no “Ground Zero”, uma cerimónia interreligiosa contra o terrorismo e em memória das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Na última etapa, na Filadélfia (Pensilvânia), o papa presidirá o encerramento do 8º Encontro Mundial das Famílias Católicas. De acordo com os organizadores, cerca de dois milhões de pessoas são esperados para a missa final ao ar livre.

Para o teólogo brasileiro Frei Betto, a viagem que o papa Francisco inicia hoje a Cuba, seguindo depois para os Estados Unidos, é uma oportunidade para abraçar os dois povos. “O papa Francisco vem para abraçar esses dois povos, que ele tem se esforçado por aproximar e dois sistemas distintos que se esforçou em unir”, afirmou, em Havana, o religioso, horas antes da chegada do papa à capital de Cuba.

Frei Betto

Frei Betto sublinhou a “participação discreta” do papa Francisco e da diplomacia do Vaticano na aproximação entre os governos de Cuba e dos Estados Unidos, que, em 20 de julho, retomaram relações diplomáticas, após meio século de afastamento. Entretanto, o teólogo disse que “ainda há muito para fazer”.

Segundo Frei Betto, essa visita, a terceira que um papa faz à ilha de Cuba, faz parte do legado de João Paulo II, o primeiro bispo de Roma que visitou Cuba e que também contribuiu para a abertura da nação ao mundo e para melhorar as relações do governo com a Igreja Católica.

“A visita de Francisco é um presente para o povo cubano e norte-americano, embora seja muito mais complicado para os Estados Unidos”, afirmou, acrescentando que, devido à proximidade das eleições nos EUA, é provável que republicanos e democratas “possam aproveitar as palavras do papa a seu favor”.

Autor do livro “Fidel e a Religião” e amigo pessoal do ex-presidente cubano Fidel Castro, Frei Betto informou que a “fé é algo que está plenamente enraizado” na vida de Cuba, um país que, “embora não seja predominantemente religioso”, será o único país, juntamente com o Brasil, a receber, na América Latina, a visita de três papas.

* A matéria foi alterada às 18h14 para inclusão de novas informações

Edição: Armando de Araújo Cardoso

Discurso de bienvenida del Presidente cubano Raúl Castro al Sumo Pontífice

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O presidente de Cuba agradeceu a Francisco o seu apoio no restabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos, “um primeiro passo no processo de normalização das relações entre os países que permitirá resolver problemas e reparar injustiças”.

“O bloqueio, que provoca danos humanos e privações às famílias cubanas, é cruel, imoral e ilegal. Deve cessar”, disse Raúl Castro, no discurso proferido à chegada do papa ao aeroporto de Havana, cidade onde inicia uma visita de quatro dias à ilha.

El general de Ejército expresó que el pueblo y Gobierno cubanos sienten un profundo sentimiento de afecto, respeto y hospitalidad con la visita de su Santidad
Santidad:

El pueblo y el Gobierno cubanos lo reciben con profundos sentimientos de afecto, respeto y hospitalidad.

Nos sentimos muy honrados con su visita. Podrá apreciar que amamos profundamente nuestra Patria, por la que somos capaces de realizar los másgrandes sacrificios. Nos ha guiado siempre el ejemplo de los próceres de Nuestra América, quienes nos legaron dignidad, valentía y generosidad. Porellos hemos sabido practicar el axioma martiano de que Patria es Humanidad.

El encuentro memorable que sostuvimos en mayo pasado, en la Ciudad del Vaticano, brindó la oportunidad de intercambiar ideas acerca de algunosde los asuntos más importantes del mundo en que vivimos.

Los pueblos de la América Latina y el Caribe se han propuesto avanzar hacia su integración, en defensa de la independencia, la soberanía sobre los recursos naturales y la justicia social.

Sin embargo, nuestra región sigue siendo la más desigual en la distribución de la riqueza. En el continente, Gobiernos legítimamente constituidos quetrabajan por un futuro mejor, se enfrentan a numerosos intentos de desestabilización.

Hemos seguido con mucha atención sus pronunciamientos. La exhortación apostólica “La Alegría del Evangelio”, acerca de los temas sociales, y la carta encíclica “Alabado Seas”, referida al futuro y el cuidado del planeta y la Humanidad, me han motivado profunda reflexión. Serán referentes para lapróxima Cumbre sobre la Agenda de Desarrollo Post-2015, que tendrá lugar en la ONU en el presente mes, y la XXI Conferencia Internacional acercadel Cambio Climático que se celebrará, en diciembre, en París.

Comienzan a tener un eco creciente en el mundo su análisis de las causas de estos problemas y el llamado a la salvaguarda del planeta y la supervivencia de nuestra especie; al cese de la acción depredadora de los países ricos y las grandes transnacionales, a la eliminación de los peligrosque se ciernen para todos en materia de agotamiento de los recursos y pérdida de la biodiversidad.

Como bien su Santidad señala: “La humanidad está llamada a tomar conciencia de la necesidad de realizar cambios de estilos de vida, de producción y de consumo”.

El Líder de la Revolución cubana, Fidel Castro Ruz, en 1992, durante la Conferencia de Naciones Unidas sobre Medio Ambiente y Desarrollo, en Río de Janeiro, planteó la necesidad de salvar a la humanidad de la autodestrucción, distribuir mejor la riqueza, el conocimiento, la ciencia y las tecnologías, para el desarrollo sostenible, “hacer desaparecer el hambre y no el hombre”, afirmó.

El sistema internacional actual es injusto e inmoral. Ha globalizado el capital y convertido en su ídolo al dinero. Hace de los ciudadanos meros consumidores. En vez de difundir el conocimiento y la cultura, los enajena con reflejos y patrones de conducta promovidos por medios que solo sirvena los intereses de sus dueños, las corporaciones transnacionales de la información.

La profunda y permanente crisis se descarga con brutal crudeza sobre los países del Tercer Mundo. Tampoco escapan de ella los excluidos en el mundo industrializado, las minorías, los jóvenes desempleados y los ancianos desvalidos, los que buscan refugio del hambre y los conflictos. Ofende la conciencia humana lo que ocurre con los inmigrantes y los pobres. Estos son los indignados del mundo que claman por sus derechos y el fin de tanta injusticia.

Santidad:

En sus palabras a los dos encuentros mundiales de los Movimientos Populares en octubre del pasado año en Ciudad del Vaticano y julio del presente, en Santa Cruz de la Sierra, Bolivia, reiteró la necesidad de practicar la solidaridad y luchar unidos contra las causas estructurales de la pobreza y la desigualdad, por la dignidad del hombre y se refirió al derecho a la tierra, al techo y al trabajo.

Para conquistar esos derechos, entre otros, se gestó la Revolución cubana. Por ellos, reclamó Fidel en su histórico alegato de defensa conocido como“La Historia me Absolverá”.

Para lograr una sociedad más justa y solidaria hemos trabajado con sumo esfuerzo y asumido los mayores riesgos desde el triunfo revolucionario.

Lo hemos hecho bloqueados, calumniados, agredidos, con un alto costo de vidas humanas y grandes daños económicos. Fundamos una sociedadcon equidad y justicia social, con amplio acceso a la cultura y apego a las tradiciones y a las ideas más avanzadas de Cuba, de América Latina, el Caribe y del mundo.

Millones de personas han recobrado su salud con la cooperación cubana: 325 mil 710 colaboradores han trabajado en 158 países; hoy, cincuenta mil 281 trabajadores cubanos de la salud prestan sus servicios en 68 naciones. Gracias al programa “Yo sí puedo”, 9 millones 376 mil personas han sido alfabetizadas en 30 estados; y más de 68 mil estudiantes extranjeros, de 157 países, se han graduado en Cuba.

Avanzamos resueltamente en la actualización de nuestro modelo económico y social para construir un socialismo próspero y sostenible, centrado en el ser humano, la familia y la participación libre, democrática, consciente y creadora de toda la sociedad, en especial de los jóvenes.

Preservar el socialismo es garantizar la independencia, soberanía, desarrollo y bienestar de la Nación. Tenemos la más firme decisión de enfrentartodos los retos para alcanzar una sociedad virtuosa y justa, con altos valores éticos y espirituales. Como señaló el venerable presbítero Félix Varela, “…queremos que las generaciones futuras hereden de nosotros la dignidad de los hombres y recuerden lo que cuesta recuperarla para que teman perderla…”

La unidad, identidad e integración regional deben ser defendidas. La Proclama de la América Latina y el Caribe como Zona de Paz, firmada por losJefes de Estado y Gobierno durante la Segunda Cumbre de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños, celebrada en La Habana en enero de 2014, consagra un conjunto de compromisos de vital importancia, como la solución pacífica de controversias a fin de desterrar para siempre el uso y la amenaza del uso de la fuerza de nuestra región; no intervenir, directa o indirectamente, en los asuntos internos de cualquier otro Estado yobservar los principios de soberanía nacional, la igualdad de derechos y la libre determinación de los pueblos; fomentar las relaciones de amistad y de cooperación entre sí y con otras naciones; y respetar plenamente el derecho inalienable de todo Estado a elegir su sistema político, económico, social y cultural, como condición esencial para asegurar la convivencia pacífica entre las naciones.

Para Cuba, los propósitos y principios de la Carta de las Naciones Unidas tienen plena vigencia. Solo el respeto a estos puede garantizar la paz y la seguridad internacionales crecientemente amenazadas.

Conocimos con sumo interés las palabras de Su Santidad en el marco de la conmemoración del 70 aniversario de los ataques nucleares contra las ciudades de Hiroshima y Nagasaki.

La existencia de las armas nucleares es una amenaza contra la supervivencia misma de los seres humanos y una afrenta a los principios éticos y morales que deben regir las relaciones entre las naciones. Su uso significaría la desaparición de la civilización humana. Abogar por el desarme, y muy particularmente por el desarme nuclear, no solo es un deber sino un derecho de todos los pueblos del mundo.

Santidad:

Hemos agradecido su apoyo al diálogo entre los Estados Unidos y Cuba. El restablecimiento de relaciones diplomáticas ha sido un primer paso en el proceso hacia la normalización de los vínculos entre ambos países que requerirá resolver problemas y reparar injusticias. El bloqueo, que provocadaños humanos y privaciones a las familias cubanas, es cruel, inmoral e ilegal, debe cesar. El territorio que usurpa la Base Naval en Guantánamo debe ser devuelto a Cuba. Otros asuntos deben ser también dirimidos. Estos justos reclamos son compartidos por los pueblos y la inmensa mayoría de los gobiernos del mundo.

Conmemoramos este año, Santidad, el 80 Aniversario de relaciones ininterrumpidas entre la Santa Sede apostólica y Cuba, que son buenas y se desarrollan favorablemente sobre la base del respeto mutuo.

El Gobierno y la Iglesia Católica en Cuba mantienen relaciones en un clima edificante, al igual que ocurre con todas las religiones e institucionesreligiosas presentes en el país, que inculcan valores morales que la Nación aprecia y cultiva. Ejercemos la libertad religiosa como derecho consagrado en nuestra Constitución.

Damos a la presencia de Su Santidad en nuestra Patria todo su significado. Será trascendente y enriquecedor para la Nación su encuentro con un pueblo trabajador, instruido, abnegado, generoso, con profundas convicciones, valores patrióticos, dispuesto a continuar su heroica resistencia y a construir una sociedad que garantice el pleno desarrollo, de mujeres y hombres, con dignidad y justicia.

En nombre de este noble pueblo, le doy la más calurosa bienvenida. (Tomado de Juventud Rebelde)

Alocución del Papa Francisco durante la ceremonia de bienvenida

discurso papa cuba

“Somos testemunhas de um acontecimento que nos enche de esperança: o processo de normalização das relações entre os dois países, depois de anos de distanciamento. É um processo, um sinal da vitória da cultura do encontro, do diálogo”, disse Francisco.

Discurso del Papa Francisco en la ceremonia de bienvenida en el Aeropuerto Internacional José Martí, de La Habana, el sábado 19 de septiembre de 2015
Señor Presidente,
Distinguidas Autoridades,
Hermanos en el Episcopado,
Señoras y señores:

Muchas gracias, Señor Presidente, por su acogida y sus atentas palabras de bienvenida en nombre del Gobierno y de todo el pueblo cubano. Mi saludo se dirige también a las autoridades y a los miembros del Cuerpo diplomático que han tenido la amabilidad de hacerse presentes en este acto.

Al Cardenal Jaime Ortega y Alamino, Arzobispo de La Habana, a Monseñor Dionisio Guillermo García Ibáñez, Arzobispo de Santiago de Cuba y Presidente de la Conferencia Episcopal, a los demás Obispos y a todo el pueblo cubano, les agradezco su fraterno recibimiento.

Gracias a todos los que se han esmerado para preparar esta visita pastoral. Quisiera pedirle a Usted, Señor Presidente, que transmita mis sentimientos de especial consideración y respeto a su hermano Fidel. A su vez, quisiera que mi saludo llegase especialmente a todas aquellas personas que, por diversos motivos, no podré encontrar y a todos los cubanos dispersos por el mundo.

Este año 2015 se celebra el 80 aniversario del establecimiento de relaciones diplomáticas entre la República de Cuba y la Santa Sede. La Providencia me permite llegar hoy a esta querida Nación, siguiendo las huellas indelebles del camino abierto por los inolvidables viajes apostólicos que realizaron a esta Isla mis dos predecesores, san Juan Pablo II y Benedicto XVI. Sé que su recuerdo suscita gratitud y cariño en el pueblo y las autoridades de Cuba. Hoy renovamos estos lazos de cooperación y amistad para que la Iglesia siga acompañando y alentando al pueblo cubano en sus esperanzas y preocupaciones, con libertad y con medios y espacios necesarios para llevar el anuncio del Reino hasta las periferias existenciales de la sociedad.

Este viaje apostólico coincide además con el I Centenario de la declaración de la Virgen de la Caridad del Cobre como Patrona de Cuba, por Benedicto XV. Fueron los veteranos de Guerra de la Independencia, movidos por sentimientos de fe y patriotismo, quienes pidieron que la Virgen mambisa fuera la patrona de Cuba como nación libre y soberana. Desde entonces, Ella ha acompañado la historia del pueblo cubano, sosteniendo la esperanza que preserva la dignidad de las personas en situaciones más difíciles y abanderando la promoción de todo aquello que dignifica al ser humano. Su creciente devoción es testimonio visible de la presencia de la Virgen en el alma del pueblo cubano. En estos días tendré ocasión de ir al Cobre, como hijo de peregrino, para pedirle a nuestra Madre por todos sus hijos cubanos y por esta querida Nación, para que transite por los caminos de justicia, paz, libertad y reconciliación.

Geográficamente, Cuba es un archipiélago que mira hacia todos los caminos, con valor extraordinario como “llave” entre el norte y el sur, entre el este y el oeste. Su vocación natural es ser punto de encuentro para que todos los pueblos se reúnan en amistad, como soñó José Martí, “por sobre la lengua de los istmos y la barrera de los mares” (La Conferencia Monetaria de las Repúblicas de América, en Obras escogidas II, La Habana 1992, 505). Ese mismo fue el deseo de san Juan Pablo II con su ardiente llamamiento a que “Cuba se abra con todas sus magníficas posibilidades al mundo y que el mundo se abra a Cuba” (Discurso en la ceremonia de llegada, 21-1-1998, 5).

Desde hace varios meses, estamos siendo testigos de un acontecimiento que nos llena de esperanza: el proceso de normalización de las relaciones entre dos pueblos, tras años de distanciamiento. Es un signo de una victoria de la cultura del encuentro, del diálogo, del “sistema del acrecentamiento universal… por sobre el sistema, muerto para siempre, de dinastía y de grupos” (José Martí, ibíd..). Animo a los responsables políticos a continuar avanzando por este camino y a desarrollar todas sus potencialidades como prueba del alto servicio que están llamados a prestar a favor de la paz y el bienestar de sus pueblos, de toda América, y como ejemplo de reconciliación para el mundo entero.

Pongo estos días bajo la intercesión de la Virgen de la Caridad del Cobre, de los beatos Olallo Valdés y José López Piteira y del venerable Félix Varela, gran propagador del amor entre los cubanos y entre todos los hombres, para que aumenten nuestros lazos de paz, solidaridad y respeto mutuo.

Encontro do Papa Francisco com Raúl Castro

O Papa Francisco recebeu pela primeira vez, no Vaticano, o presidente da República de Cuba, Raúl Castro, que lhe agradeceu pelo papel desempenhado na aproximação aos EUA.

Segundo a sala de imprensa da Santa Sé, o encontro “estritamente privado” durou cerca de 55 minutos e acontece cerca de quatro meses antes da visita do Papa argentino a território cubano.

“Agradeci ao Santo Padre pela contribuição na aproximação entre Cuba e os EUA”, disse Castro aos jornalistas, no final da audiência.

O presidente cubano ofereceu a Francisco um quadro de grandes dimensões do artista cubano Alexis Leyva Machado, Kcho, que representa uma grande cruz feita com destroços de vários barcos e uma criança que reza diante dela, inspirado na viagem do Papa a Lampedusa, em 2013.

O artista, presente no ato após a reunião privada, quis aludir à tragédia que atinge milhares de pessoas que atravessam o Mediterrâneo para tentar chegar à Europa.

Castro também ofereceu ao Papa uma medalha que comemora o 200.º aniversário da Catedral de Havana.

Francisco, por sua vez ofereceu um cópia da sua exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ e um medalhão com a tradicional representação de São Martinho, cortando a sua capa para a dividir com um pobre.

“O Papa observou explicitamente que este é um dom que faz de muito boa vontade, porque recorda não só o compromisso para ajudar e proteger os pobres mas também para promover ativamente a sua dignidade”, refere a nota de imprensa da Santa Sé.

O encontro começou com um longo aperto de mãos e Castro falou ao Papa da expectativa do povo cubano em relação à sua visita à ilha.

A delegação cubana incluía o vice-presidente do Conselho de Ministros, o ministro dos Negócios Estrangeiros e o embaixador do país junto da Santa Sé.

Esta foi a primeira visita de Raúl Castro ao Vaticano, 19 anos depois do encontro entre Fidel Castro e João Paulo II, antes da viagem do santo polaco a Cuba.

Francisco vai visitar Cuba em setembro, antes de seguir para os EUA onde, entre 22 e 27 do referido mês, participará em Filadélfia no 7.º Encontro Mundial das Famílias.

A estadia do Papa em território norte-americano incluirá um encontro com o presidente Barack Obama e visitas ao Congresso dos EUA e à sede da Organização das Nações Unidas em Nova Iorque. In Agência Ecclesia

O apoio dos bispos cubanos

«Uma honra. A visita mais importante de toda a minha vida», assim o presidente da República de Cuba, Raúl Modesto Castro Ruz, definiu o encontro com Francisco realizado na manhã de domingo, 10 de Maio no Estúdio da Sala Paulo VI: a audiência, muito cordial, prolongou-se por cerca de uma hora.

O chefe do Estado de Cuba  foi recebido pelo prefeito da Casa Pontifícia, arcebispo Gänswein, e saudado pelos arcebispos Angelo Becciu, substituto da Secretaria de Estado, e Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados.

Logo a seguir teve lugar o encontro pessoal com o Papa, no Estúdio, onde Francisco o recebeu com um «bienvenido!». O presidente – como declarou aos jornalistas antes de deixar o Vaticano – agradeceu a Francisco o papel ativo a favor do melhoramento das relações entre Cuba e os Estados Unidos da América; e apresentou-lhe os sentimentos do povo cubano na expectativa da sua visita à ilha programada para setembro.

Em seguida, o Papa e Castro deslocaram-se para o estúdio, onde teve lugar a apresentação da delegação cubana, composta por uma dezena de personalidades, entre as quais o vice-presidente do Conselho dos ministros, Ricardo Cabrisas Ruiz, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, o embaixador junto da Santa Sé, Rodney López, e familiares do presidente.

Pouco depois das 10h30 o presidente Castro e a delegação deixaram o Vaticano e dirigiram-se para o Palácio Chigi para se encontrar com o presidente do Conselho dos ministros italiano, Matteo Renzi. No final os dois concederam uma conferência de imprensa, durante a qual o presidente cubano, falando do encontro com Francisco, explicou que ficou muito impressionado «com a sua sabedoria e modéstia e com todas as suas virtudes. Leio todos os discursos do Papa – acrescentou – e se continua a falar assim, mais cedo ou mais tarde recomeçarei a rezar e voltarei à Igreja católica. Não brinco». Renzi falou sobre as relações entre Cuba e os Estados Unidos da América, constatando que «muito está a mudar».

Também monsenhor Becciu quis comentar a audiência. Núncio apostólico de 2009 a 2011 na ilha caribenha, o prelado numa entrevista ao «Corriere della Sera» de segunda-feira 11, falou do trabalho diplomático realizado pela Santa Sé a favor da aproximação entre Cuba e os Estados Unidos. «A Secretaria de Estado, antes de tudo o cardeal Parolin, deu também a sua contribuição ao seu interpretar do melhor modo possível as indicações do Papa. Depois, se se quiser afirmar que determinados resultados não se obtêm de hoje para amanhã, então concordo em reconhecer que a diplomacia vaticana durante os decénios desempenhou o seu papel tenaz e paciente. Agora a viragem também graças ao cardeal Ortega e aos bispos cubanos». In L’Osservatore Romano