Temer declara guerra fria a seis países da América Latina

José Serra declarou uma guerra fria. Para tanto vai comprar sorvete da fábrica da filha Verônica. Uma guerra fria contra Cuba, Venezuela, Bolívia (tem muito pardo lá) Equador, Nicarágua e Uruguai. Está pensando em acabar com o BRICs, isto é, arrasar de vez com a Índia, a África do Sul (tem muito negro lá), com a China (tem muito amarelo lá) e com a Rússia (tem muito vermelho lá ). Leia notas do Itamaraty abaixo.

A fábrica de Verônica Serra agora vai.

No início do ano 2013, uma transa surpreendeu o mercado: o fundo Innova, gerido por Verônica Serra, filha do ex-presidenciável tucano José Serra, investiu R$ 100 milhões para ter 20% de uma pequena fábrica de sorvetes de Cotia (SP), a Diletto; a promessa era ganhar o mundo e transformá-la na nova Haagen-Dazs; de lá pra cá, absolutamente nada aconteceu, como atesta o site da própria empresa, deixando no ar algumas perguntas intrigantes: de onde realmente veio o dinheiro para um investimento tão sem sentido e o que foi feito com os recursos trazidos de paraísos fiscais para o Brasil?

Verônica é sócia do homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann, um dos patrocinadores do golpe, que reside na Suíça, sendo o segundo mais rico daquele país, um patrimônio que começou com outorgas de água presenteadas pelo governo brasileiro. Leia mais sobre a arte de fazer dinheiro fácil

 

A GUERRA FRIA DO SORVETE

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, divulgou duas notas oficiais na noite desta sexta-feira (13) para criticar manifestações públicas de representantes de cinco países latino-americanos e também uma declaração do secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, sobre o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência.

Primeira declaração de guerra fria. O Ministério das Relações Exteriores rejeita enfaticamente as manifestações dos governos da Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua, assim como da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América/Tratado de Cooperação dos Povos (ALBA/TCP), que se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no Brasil. Esse processo se desenvolve em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal.

Segunda declaração de guerra fria. O Ministério das Relações Exteriores repudia declarações do Secretário-Geral da UNASUL, Ernesto Samper, sobre a conjuntura política no Brasil, que qualificam de maneira equivocada o funcionamento das instituições democráticas do Estado brasileiro.

Os argumentos apresentados, além de errôneos, deixam transparecer juízos de valor infundados e preconceitos contra o Estado brasileiro e seus poderes constituídos e fazem interpretações falsas sobre a Constituição e as leis brasileiras. Além disso, transmitem a interpretação absurda de que as liberdades democráticas, o sistema representativo, os direitos humanos e sociais e as conquistas da sociedade brasileira se encontrariam em perigo. A realidade é oposta

O retorno dos golpes na América Latina

  • O efeito dominó dos golpes de Honduras e Paraguai

  • Dilma desconhece que na propaganda política devemos usar as mesmas armas dos adversários 

 

 

As ditaduras do Século XX retornaram à América Latina por Honduras, com o impeachment e prisão do presidente Manuel Zelaya em 2009. O golpe foi motivado pelo medo de que ele introduzisse um “socialismo populista” aos moldes de Hugo Chávez no país. A mesma acusação existe contra Dilma Rousseff. Jango foi deposto em 1964, acusado de pretender instalar uma república sindicalista, tendo como modelo o peronismo da Argentina.

Manuel Zelaya foi eleito presidente de Honduras em 2005 pelo Partido Liberal, um dos mais tradicionais do país, para um mandato não-renovável de quatro anos. Nascido em uma família rica, Zelaya faz parte da elite empresarial de Honduras. Inicialmente apoiava os tratados de livre comércio com os Estados Unidos, mas a partir de 2007, com a guinada à esquerda da América Central, começou a adotar posições alinhadas com o “Socialismo do Século XXI” inaugurado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tanto nos campos econômico e social como na política externa ligada à Alternativa Bolivariana para as Américas, o que – segundo analistas de esquerda teria desagradado a “elite” de seu país, que sempre manteve laços fortes com os Estados Unidos. De acordo com o jornal estadunidense The New York Times, muito do apoio a Zelaya vinha de sindicatos, enquanto que a maioria nas classes média e alta – assim como vários analistas – temiam que ele pretendesse entrar no Mercosul. Ou um governo tipo petista de programas sociais, como bolsa-família. Dilma foi além de Lula, no avanço independente de entrar no BRICS.

Outro motivo: Zelaya tinha a intenção de fazer uma consulta pública, para que os eleitores opinassem sobre a realização de um referendo para a convocação de uma Assembléia Constituinte. O mesmo acontece no Brasil, o Congresso e a Justiça Suprema são contra a realização de referendos e plebiscitos.

O golpe de Honduras foi também uma reação por impor às emissoras de rádio e televisão a obrigatoriedade de transmitir programas do governo. No Brasil existia o programa de rádio de maior audiência “A Voz do Brasil”, que Dilma em um ato suicida, sucumbiu à pressão da Globo. Em 12 de junho de 2014, entrou em vigor uma medida provisória, que autoriza a flexibilização do horário da Voz do Brasil entre 19 e 22 horas.

Outra pressão sofrida por Dilma foi remunerar o guia eleitoral, lei Etelvino Lins de 1965, que deixou de ser gratuito, e exibido em horário nobre nas programações de rádio e televisão. E o pior, a redução do tempo de campanha, o que impossibilita os eleitores de conhecer os candidatos. Razão de termos uma maioria de corruptos nos governos estaduais e casas legislativas.

Este ano, a propaganda em rádio e TV tem início no dia 26 de agosto, ou seja, dez dias depois do que foi nas últimas campanhas. A propaganda eleitoral, que antes tinha dois programas por dia, com duração de meia hora, de segunda a sábado, agora terá dois programas de apenas 10 minutos.

As informações oficiais, jornalísticas e propagandistas do Governo são defensivas e péssimas. Para completar, na véspera da votação do impeachment, Dilma foi impedida, pela justiça parcial e partidária, de falar à Nação, de apresentar sua defesa, quando todo governante tem que prestar contas ao povo, e as rádios e televisões são concessões, e o atual monopólio dos meios de comunicação foi criado pela ditadura militar, e consolidado como moeda de troca pelo voto que aprovou a emenda da reeleição de Fernando Henrique.

O golpe de Honduras, de 2009, foi repetido no Paraguai em 2012, e vai acontecer no Brasil este ano; e do Brasil, pelo chamado efeito dominó, destruir as democracias independentes da Venezuela, Bolívia, Equador e demais países livres da América Latina.  Clique nos links abaixo deste post

 

 

 

 

 

 

Brasil, Chile y el potencial proto-fascista de Sudamérica

por VÍCTOR HERRERO

La noticia más relevante para el futuro político de Chile no son los extraños e inconducentes cabildos constituyentes a los que ha convocado la Presidenta Michelle Bachelet, sino lo que sucedió anoche en Brasil.

En una votación transmitida en vivo por streaming en cientos de páginas Web de todo el mundo, la mayoría de la Cámara de Diputados de ese país decidió dar luz verde para iniciar el proceso de destitución (impeachment) de la mandataria Dilma Rouseff. Los congresistas partidarios de sacar a Rouseff del poder, quien fue reelegida como Presidenta hace menos de dos años con unos 50 millones de votos, actuaban anoche como una barra brava de fútbol. De hecho, cuando alcanzaron los 342 votos para iniciar el juicio político en contra de Rouseff, entonaron cánticos típicos de la fanaticada futbolera, que son los mismos en Brasil, Argentina, Uruguay o Chile.

Gran parte de los que votaron a favor de sacar a la gobernante del poder invocaron a Dios o Cristo, a sus propias esposas e hijos y, claro está, al etéreo mejor futuro para Brasil para fundamentar su voto.

Las revelaciones sobre la enorme red de corrupción pública que tiene como centro a la empresa semi-estatal Petrobras, así como un puñado de compañías de construcción gigantes y privadas, ciertamente han salpicado al oficialista Partido de los Trabajadores y sus máximos dirigentes. Pero también a decenas de políticos opositores del actual gobierno.

Sin ir más lejos, el presidente de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, que ha sido uno de los principales impulsores del proceso de destitución de Rouseff, está involucrado en el escándalo Operação Lava Jato de Petrobras. La fiscalía brasileña lo acusa de aceptar sobornos de hasta 40 millones de dólares de la petrolera y de lavar dinero a través de iglesias evangélicas, por lo cual pide una sentencia de hasta 184 años de prisión. Pero anoche, Cunha se las daba de líder anti-corrupción. Es como si mañana, en nuestro país, los miembros del partido ultra derechista UDI Pablo Longueira, Jovino Novoa, Jaime Orpis o Ena von Baer se levantaran como faros en contra la corrupción política. Es como el viejo dicho: los gatos que cuidan la carnicería. O como afirma un observador brasileño: “Todo esto es una venganza entre ladrones”.

Los defensores de Dilma han argumentado de que todo este proceso oculta, en el fondo, un golpe de Estado. “Esto es un golpe en contra de la voluntad del pueblo, en contra de lo que dijeron las urnas hace menos de dos años, en contra de las políticas sociales, en contra de los pobres y del progreso social”, afirmó uno de los diputados que votó en contra del impeachment. Los vociferantes contrincantes, que lo abuchearon a él y todos los que votaron a favor de la Presidenta, lo ridiculizaron diciendo que en la votación de anoche no había ningún golpe, sino que era un mecanismo legal del ordenamiento jurídico brasileño. Después de todo, en diciembre de 1992 se había destituido al Presidente Fernando Collor de Mello por corrupción en un proceso similar.

Es verdad. Pero también lo es que en las últimas décadas los “golpes” en América Latina ya no son los clásicos movimientos encabezados por rabiosos militares, sino que golpes institucionales. Como sucedió, por ejemplo, en Honduras en 2009.

Sin embargo, el olor a un pseudo golpismo de antaño está en el aire. Antes de votar a favor de iniciar el proceso de destitución de Dilma, el diputado del Partido Social Cristiano, Jair Bolsonaro, un ex paracaidista de las fuerzas armadas, dedicó su voto a un coronel de las fuerzas armadas, el mismo que participó de las torturas a Rouseff cuando fue detenida por los servicios de seguridad de ese país en 1970.

¿Y qué tiene todo esto que ver con Chile? Mucho más de lo que se piensa. Cuando en 1964 los militares brasileños sacaron al mandatario socialdemócrata Joao Goulart del poder mediante un golpe de Estado, la derecha chilena lo celebró y lo tomó como un ejemplo de lo que había que hacer. Muy pronto, las nuevas autoridades militares aplicaron algunas políticas económicas liberales que entusiasmaron al conservadurismo chileno. “Los militares de Brasil habían hecho políticas de libre mercado. La gente de derecha en Chile opinaba que acá debían aplicarse similares recetas, pero el gobierno de la DC hacía todo lo contrario”, afirma el ex editorialista de El Mercurio Hermógenes Pérez de Arce en sus memorias.

De hecho, a mediados del año pasado los medios de prensa de derecha hicieron correr el rumor –o al menos la idea– de que, tal vez, la Presidenta Bachelet no iba a terminar su mandato y que lo mejor sería que alguien como Ricardo Lagos asumiera interinamente el gobierno. Algo similar sucedió en 1998, cuando después de la detención de Pinochet en Londres, muchos dirigentes de la derecha política y líderes gremiales, opinaron que lo mejor era retardar las presidenciales de 1999 dado el “delicado” momento político. En otras palabras, la derecha está siempre dispuesta a suspender los cronogramas democráticos. Y, con lo que sucedió ahora en Brasil, tienen una nueva herramienta en su arsenal anti-democrático.

Y esto no es una exageración. Si el mandatario venezolano Nicolás Maduro propusiera una Ley Mordaza a la prensa como la que la clase política chilena ha tratado pasar pillamente en la llamada agenda corta anti delincuencia y también en la nueva ley anti terrorista, El Mercurio y el resto del establishment mediático pondría el grito al cielo. Pero siendo Chile, los medios oficiales y columnistas oficialistas tratan de ponderar el derecho a la inocencia de los políticos y empresarios coludidos con el, para ellos, dudoso derecho a la información.

Como sea, lo que sucedió anoche en Brasil ni siquiera afecta sólo ese país. Lo ocurrido son muy malas noticias para la democracia de América Latina. Y el canto de barra brava futbolera de los opositores a Dilma Rouseff son peores noticias. Ahí está el potencial caldo de cultivo para un futuro proto-fascismo y golpismo sudamericano. Qué pena.

Publicado originalmente el 18 de abril 2016 en diarioUchile

Países da América Latina denunciam golpe

O golpe à Honduras e Paraguai está para acontecer no Brasil, e ameaça outros países da América Latina, notadamente a Venezuela, Bolívia e Equador.

A UNASUL (União das Nações Sul Americanas) declarou oficialmente que o processo de golpe contra a presidente Dilma Rousseff é uma ameaça a segurança jurídica e a democracia da região. O texto foi publicado em seu site, após o recebimento do processo pelo senado brasileiro.

A UNASUL é um bloco que visa a fortalecer as relações comerciais, culturais, políticas e sociais entre as doze nações da América do Sul – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela –, além da participação, como observadores, de dois países da América Latina: México e Panamá. Esse projeto foi proposto em 2004, durante uma reunião de Chefes de Estado e de Governo dos países sul-americanos, realizada no Peru.

“A decisão de continuar o processo de destituição da presidente Dilma Rousseff, sem que tenha existido indício ou discussão aprofundada durante o debate sobre os supostos delitos, constitui um motivo de séria preocupação para a região”, declarou o órgão por meio de um comunicado divulgado em seu Twitter oficial e em seu site. Leia aqui 

Os braços abertos do povo cubano

FRANÇA
FRANÇA
ESTADOS UNIDOS
ESTADOS UNIDOS

Pela terceira vez em menos de vinte anos o Papa está em Cuba: em Janeiro de 1998 o primeiro foi João Paulo II, depois em Março de 2012 Bento XVI, e agora é a vez de Francisco, o primeiro Pontífice americano que quis unir nesta viagem dois países – Cuba, precisamente, e os Estados Unidos – que depois de meio século de tensões e contrastes até muito ásperos finalmente voltaram, com a ajuda da Santa Sé, a aproximar-se. Graças também ao impulso, nos respectivos episcopados, de quantos souberam levar a sério as palavras de Wojtyła relançadas por Bergoglio à sua chegada a Havana numa tarde húmida e muito quente: Cuba abra-se ao mundo e o mundo abra-se a Cuba.

A ocasião da visita é dupla, como recordou o Pontífice: o centenário da proclamação da Virgem da caridade do Cobre como padroeira de Cuba – decidida por Bento XV mas pedida pelos veteranos da guerra da independência da coroa de Espanha – e o octogésimo aniversário das relações diplomáticas entre o país e a Santa Sé, relações nunca interrompidas, quis significativamente frisar o Papa com um acréscimo ao texto preparado para a saudação de chegada. Recebido pelo presidente Raúl Castro, que participou também na missa celebrada na capital, Bergoglio dirigiu a sua saudação a Fidel Castro, que visitou pouco depois em forma privada, e «a todas aquelas pessoas com as quais, por diversos motivos, não me poderei encontrar», disse.

Mencionando depois a vocação natural de Cuba como «ponto de encontro», o Papa recordou o processo de normalização com os Estados Unidos. Acontecimento de importância primordial no panorama internacional, o novo percurso empreendido com coragem pelos dois países foi indicado por Bergoglio como «um sinal da vitória da cultura do encontro» e «exemplo de reconciliação para o mundo inteiro». Um mundo que «precisa de reconciliação nesta terceira guerra mundial por etapas», improvisou o Pontífice que, falando aos jornalistas no voo para Havana, insistiu mais uma vez sobre a urgência da paz.

E a mesma preocupação ressoou, depois da importante missa na praça da Revolução, no apelo do Papa a favor de uma reconciliação definitiva e de uma paz duradoura na Colômbia, onde decénios de conflito armado – o mais longo actualmente a decorrer – fizeram derramar o sangue a milhares de pessoas. «Por favor, não temos o direito de nos permitirmos outro fracasso neste caminho» implorou, defendendo abertamente o caminho das negociações.

Estas palavras foram proferidas pelo Pontífice no final de uma celebração durante a qual na homilia tinha desenhado os contornos da grandeza segundo o trecho evangélico acabado de ler: quem quiser ser grande deve servir os outros e não servir-se dos outros. Sendo que servir – explicou – significa preocupar-se pelas pessoas frágeis, defendendo a dignidade dos irmãos e olhando para o seu rosto: «Por isso o serviço nunca é ideológico, dado que não se servem ideias mas pessoas», descuidadas por projectos que até podem parecer aliciantes.

LIMA
LIMA
ESTADOS UNIDOS
ESTADOS UNIDOS

Uma festa da fé, animada por cantos e orações e pelo entusiasmo das quinhentas mil pessoas reunidas na manhã de domingo para a missa do Papa Francisco na Plaza de la Revolución em Havana. Um lugar fortemente simbólico em Cuba, teatro de grandes assembleias cívicas, no qual se destaca a enorme efígie de outro argentino, Che Guevara.

Um espaço que voltou a acolher uma celebração religiosa presidida por um Pontífice, como já tinha acontecido em 1998 com a missa celebrada por João Paulo II e depois em 2012 com Bento XVI. Ontem coube a Francisco subir ao palco, diante do qual, para a ocasião, foi erguida uma fotografia gigante do Cristo da Misericórdia com a escrita Vengan a mi, que cobre os mais de dez andares da Biblioteca nacional. Do lado oposto, uma grande imagem com madre Teresa de Calcutá e o lema da visita Misionero de la misericordia. E o missionário da misericórdia vindo de Roma dirigiu palavras de encorajamento à multidão reunida para o ouvir. O povo cubano, disse, é um povo que caminha, canta e louva, ama a festa, mas tem também algumas feridas; e não obstante tudo sabe estar de braços abertos.

Logo depois da missa, Francisco foi à casa de Fidel Castro – ao qual tinha dirigido um pensamento no aeroporto na sua chegada – para um encontro particular. O colóquio, muito cordial e realizado na presença da Esposa e de outros familiares, durou cerca de trinta minutos. Texto de Gaetano Vallini/ L’Osservatore Romano

CUBA
CUBA
COLÔMBIA
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Jornais da América Latina destacam visita do Papa a Cuba

monopólio mídia

Escandalosamente diferente da imprensa latino-americana, os jornais brasileiros não abriram nenhuma manchete de primeira página, hoje, para a visita do Papa Francisco a Cuba. Trata-se da continuação de um boicote de uma mídia que sempre louvou a TFP, e faz fé em um Brasil terceiro-mundista, afastado do Mercosul e da Unasul.  Uma imprensa elitista que odeia o próximo, os negros, os índios, os sem terra, os sem teto, os sem nada.

“Servir significa cuidar dos frágeis das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso povo”, afirmou o líder da Igreja Católica, na missa rezada hoje (domingo), na Praça da Revolução, em Havana.

“O serviço olha sempre o rosto do irmão, toca na sua carne, sente a sua proximidade e até, em alguns casos, o seu ‘sofrimento’ e procura a sua promoção. É por isso que nunca é ideológico, uma vez que não serve as ideias, mas as pessoas”, declarou.

VENEZUELA
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EL SALVADOR
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PERU
PERU
MÉXICO
MÉXICO
NICARÁGUA
NICARÁGUA
COLÔMBIA
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ARGENTINA
ARGENTINA
ARGENTINA
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Mensagem na vigília da viagem o Pontífice saúda o povo cubano

​Nova esperança e nova oportunidade

papa cuba

Em vista da sua chegada a Cuba, o Papa Francisco enviou uma mensagem vídeo que foi transmitida pela televisão às 20h00 locais de quinta-feira 17 de Setembro. Publicamos o conteúdo da referida mensagem.

Queridos irmãos!

Faltam poucos dias para a minha viagem a Cuba. Por este motivo, desejo dirigir-vos uma saudação fraterna antes de me encontrar convosco pessoalmente. Visitar-vos-ei para partilhar a fé e a esperança, a fim de que nos fortaleçamos reciprocamente no seguimento de Jesus. Faz-me bem e ajuda-me muito pensar na vossa fidelidade ao Senhor, no espírito com o qual enfrentais as dificuldades de cada dia, no amor com o qual vos ajudais e apoiais no caminho da vida. Obrigado por este testemunho tão corajoso.

Por minha vez, gostaria de vos transmitir uma mensagem muito simples, mas que julgo importante e necessária. Jesus ama-vos muitíssimo. Jesus ama-vos verdadeiramente. Mantém-vos sempre no coração; Ele sabe melhor de qualquer outro do que cada um precisa, pelo que anseia, qual é o seu desejo mais profundo, como é o nosso coração; e Ele nunca abandona e quando não nos comportamos como Ele espera, permanece sempre ali ao lado, disposto a acolher-nos, a confortar-nos, a dar-nos uma nova esperança, uma nova oportunidade, uma nova vida. Nunca vai embora, permanece sempre.

Sei que vos estais a preparar para esta visita com a oração. Agradeço-vos infinitamente por isto. Temos necessidade de rezar. Precisamos da oração. Este contacto com Jesus e com Maria. E sinto grande alegria ao saber que, seguindo o conselho dos meus irmãos Bispos de Cuba, estais a repetir muitas vezes durante o dia aquela oração que aprendemos quando éramos crianças. Sagrado Coração de Jesus fazei com que o meu coração seja como o vosso. É bom ter um coração como o de Jesus para saber amar como Ele, perdoar, dar esperança, acompanhar.

Desejo estar entre vós como missionário da misericórdia, da ternura de Deus, mas permiti que vos possa encorajar a ser também vós missionários deste amor infinito de Deus. Que a ninguém falte o testemunho da nossa fé, do nosso amor. Que todos saibam que Deus perdoa sempre, que Deus está sempre ao nosso lado, que Deus nos ama.

Irei também ao Santuário da Virgem do Cobre como um peregrino qualquer, como um filho que deseja ir à casa da Mãe. A Ela confio esta viagem e também todos os cubanos. E, por favor, peço-vos que rezeis por mim. Que Jesus vos abençoe e a Virgem Maria cuide de vós. Obrigado. Transcrito L’Osservatore Romano

Vídeos

Fotos

Primeiro dia. Francisco nas ruas de Cuba

Pope Francis waves to people from his popemobile as he arrives to the Apostolic Nunciature in Havana, Cuba, Saturday, Sept. 19, 2015. Pope Francis began a 10-day trip to Cuba and the United States, embarking on his first trip to the onetime Cold War foes after helping to nudge forward their historic rapprochement. (AP Photo/Alessandra Tarantino)

Pope Francis waves to people from his popemobile as he arrives to the Apostolic Nunciature in Havana, Cuba, Saturday, Sept. 19, 2015. Pope Francis began his 10-day trip to Cuba and the United States, embarking on his first trip to the onetime Cold War foes after helping to nudge forward their historic rapprochement. (AP Photo/Alessandra Tarantino)

Papa Francisco chega a Cuba para visita histórica de quatro dias

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papa escada avião cuba

para cuba

papa raul

Papa cuba

papa_recorrido cuba

Da Agência Lusa – O papa Francisco chegou na tarde deste sábado (19) a Cuba, primeira etapa de uma viagem que o levará também aos Estados Unidos, os dois países que contaram com seu apoio para restabelecerem relações diplomáticas.

O Airbus A330 da Alitalia transportando o papa aterrisou poucos minutos antes das 16h locais (17h, no horário de Brasília) no Aeroporto José Martí de La Habana, onde era aguardado pelo presidente cubano, Raúl Castro, e pelo cardel Jaime Ortega, maior representante da Igreja Católica na ilha.

Esta é considerada uma das viagens mais longas e delicadas do papa Francisco. Além de reuniões protocolares, ele irá à Praça da Revolução, em Havana, ao Congresso dos Estados Unidos, em Washington, e à ONU, em Nova York.

Com uma agenda muito carregada, o papa argentino, de 78 anos, pronunciará 26 discursos, dos quais oito em Cuba e 18 nos Estados Unidos.

Até terça-feira (22), o papa estará em Cuba, com passagens por Havana, Holguin e Santiago, para encontros com jovens, famílias, bispos e, provavelmente, o líder histórico do regime Fidel Castro.

Três visitas papais em 17 anos mostram a atenção do Vaticano ao país, onde o regime e a Igreja Católica comemoram, com apoio do papa, a normalização das relações diplomáticas com os Estados Unidos.

O avião papal levará diretamente Francisco de Havana à Base Militar de Andrews, em Washington, onde será recebido pelo presidente Barack Obama.

Nos Estados Unidos, os dois momentos mais esperados serão os discursos, em inglês, no Congresso, em Washington, e em espanhol na assembleia-geral das Nações Unidas, em Nova York.

Ainda em Washington, Francisco vai canonizar o missionário espanhol Junipero Serra, que participou, no século XVIII, da evangelização da Califórnia, na Costa Oeste dos Estados Unidos.

Em Nova York, o papa vai presidir, no “Ground Zero”, uma cerimónia interreligiosa contra o terrorismo e em memória das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Na última etapa, na Filadélfia (Pensilvânia), o papa presidirá o encerramento do 8º Encontro Mundial das Famílias Católicas. De acordo com os organizadores, cerca de dois milhões de pessoas são esperados para a missa final ao ar livre.

Para o teólogo brasileiro Frei Betto, a viagem que o papa Francisco inicia hoje a Cuba, seguindo depois para os Estados Unidos, é uma oportunidade para abraçar os dois povos. “O papa Francisco vem para abraçar esses dois povos, que ele tem se esforçado por aproximar e dois sistemas distintos que se esforçou em unir”, afirmou, em Havana, o religioso, horas antes da chegada do papa à capital de Cuba.

Frei Betto

Frei Betto sublinhou a “participação discreta” do papa Francisco e da diplomacia do Vaticano na aproximação entre os governos de Cuba e dos Estados Unidos, que, em 20 de julho, retomaram relações diplomáticas, após meio século de afastamento. Entretanto, o teólogo disse que “ainda há muito para fazer”.

Segundo Frei Betto, essa visita, a terceira que um papa faz à ilha de Cuba, faz parte do legado de João Paulo II, o primeiro bispo de Roma que visitou Cuba e que também contribuiu para a abertura da nação ao mundo e para melhorar as relações do governo com a Igreja Católica.

“A visita de Francisco é um presente para o povo cubano e norte-americano, embora seja muito mais complicado para os Estados Unidos”, afirmou, acrescentando que, devido à proximidade das eleições nos EUA, é provável que republicanos e democratas “possam aproveitar as palavras do papa a seu favor”.

Autor do livro “Fidel e a Religião” e amigo pessoal do ex-presidente cubano Fidel Castro, Frei Betto informou que a “fé é algo que está plenamente enraizado” na vida de Cuba, um país que, “embora não seja predominantemente religioso”, será o único país, juntamente com o Brasil, a receber, na América Latina, a visita de três papas.

* A matéria foi alterada às 18h14 para inclusão de novas informações

Edição: Armando de Araújo Cardoso

Discurso de bienvenida del Presidente cubano Raúl Castro al Sumo Pontífice

raul discursa papa

O presidente de Cuba agradeceu a Francisco o seu apoio no restabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos, “um primeiro passo no processo de normalização das relações entre os países que permitirá resolver problemas e reparar injustiças”.

“O bloqueio, que provoca danos humanos e privações às famílias cubanas, é cruel, imoral e ilegal. Deve cessar”, disse Raúl Castro, no discurso proferido à chegada do papa ao aeroporto de Havana, cidade onde inicia uma visita de quatro dias à ilha.

El general de Ejército expresó que el pueblo y Gobierno cubanos sienten un profundo sentimiento de afecto, respeto y hospitalidad con la visita de su Santidad
Santidad:

El pueblo y el Gobierno cubanos lo reciben con profundos sentimientos de afecto, respeto y hospitalidad.

Nos sentimos muy honrados con su visita. Podrá apreciar que amamos profundamente nuestra Patria, por la que somos capaces de realizar los másgrandes sacrificios. Nos ha guiado siempre el ejemplo de los próceres de Nuestra América, quienes nos legaron dignidad, valentía y generosidad. Porellos hemos sabido practicar el axioma martiano de que Patria es Humanidad.

El encuentro memorable que sostuvimos en mayo pasado, en la Ciudad del Vaticano, brindó la oportunidad de intercambiar ideas acerca de algunosde los asuntos más importantes del mundo en que vivimos.

Los pueblos de la América Latina y el Caribe se han propuesto avanzar hacia su integración, en defensa de la independencia, la soberanía sobre los recursos naturales y la justicia social.

Sin embargo, nuestra región sigue siendo la más desigual en la distribución de la riqueza. En el continente, Gobiernos legítimamente constituidos quetrabajan por un futuro mejor, se enfrentan a numerosos intentos de desestabilización.

Hemos seguido con mucha atención sus pronunciamientos. La exhortación apostólica “La Alegría del Evangelio”, acerca de los temas sociales, y la carta encíclica “Alabado Seas”, referida al futuro y el cuidado del planeta y la Humanidad, me han motivado profunda reflexión. Serán referentes para lapróxima Cumbre sobre la Agenda de Desarrollo Post-2015, que tendrá lugar en la ONU en el presente mes, y la XXI Conferencia Internacional acercadel Cambio Climático que se celebrará, en diciembre, en París.

Comienzan a tener un eco creciente en el mundo su análisis de las causas de estos problemas y el llamado a la salvaguarda del planeta y la supervivencia de nuestra especie; al cese de la acción depredadora de los países ricos y las grandes transnacionales, a la eliminación de los peligrosque se ciernen para todos en materia de agotamiento de los recursos y pérdida de la biodiversidad.

Como bien su Santidad señala: “La humanidad está llamada a tomar conciencia de la necesidad de realizar cambios de estilos de vida, de producción y de consumo”.

El Líder de la Revolución cubana, Fidel Castro Ruz, en 1992, durante la Conferencia de Naciones Unidas sobre Medio Ambiente y Desarrollo, en Río de Janeiro, planteó la necesidad de salvar a la humanidad de la autodestrucción, distribuir mejor la riqueza, el conocimiento, la ciencia y las tecnologías, para el desarrollo sostenible, “hacer desaparecer el hambre y no el hombre”, afirmó.

El sistema internacional actual es injusto e inmoral. Ha globalizado el capital y convertido en su ídolo al dinero. Hace de los ciudadanos meros consumidores. En vez de difundir el conocimiento y la cultura, los enajena con reflejos y patrones de conducta promovidos por medios que solo sirvena los intereses de sus dueños, las corporaciones transnacionales de la información.

La profunda y permanente crisis se descarga con brutal crudeza sobre los países del Tercer Mundo. Tampoco escapan de ella los excluidos en el mundo industrializado, las minorías, los jóvenes desempleados y los ancianos desvalidos, los que buscan refugio del hambre y los conflictos. Ofende la conciencia humana lo que ocurre con los inmigrantes y los pobres. Estos son los indignados del mundo que claman por sus derechos y el fin de tanta injusticia.

Santidad:

En sus palabras a los dos encuentros mundiales de los Movimientos Populares en octubre del pasado año en Ciudad del Vaticano y julio del presente, en Santa Cruz de la Sierra, Bolivia, reiteró la necesidad de practicar la solidaridad y luchar unidos contra las causas estructurales de la pobreza y la desigualdad, por la dignidad del hombre y se refirió al derecho a la tierra, al techo y al trabajo.

Para conquistar esos derechos, entre otros, se gestó la Revolución cubana. Por ellos, reclamó Fidel en su histórico alegato de defensa conocido como“La Historia me Absolverá”.

Para lograr una sociedad más justa y solidaria hemos trabajado con sumo esfuerzo y asumido los mayores riesgos desde el triunfo revolucionario.

Lo hemos hecho bloqueados, calumniados, agredidos, con un alto costo de vidas humanas y grandes daños económicos. Fundamos una sociedadcon equidad y justicia social, con amplio acceso a la cultura y apego a las tradiciones y a las ideas más avanzadas de Cuba, de América Latina, el Caribe y del mundo.

Millones de personas han recobrado su salud con la cooperación cubana: 325 mil 710 colaboradores han trabajado en 158 países; hoy, cincuenta mil 281 trabajadores cubanos de la salud prestan sus servicios en 68 naciones. Gracias al programa “Yo sí puedo”, 9 millones 376 mil personas han sido alfabetizadas en 30 estados; y más de 68 mil estudiantes extranjeros, de 157 países, se han graduado en Cuba.

Avanzamos resueltamente en la actualización de nuestro modelo económico y social para construir un socialismo próspero y sostenible, centrado en el ser humano, la familia y la participación libre, democrática, consciente y creadora de toda la sociedad, en especial de los jóvenes.

Preservar el socialismo es garantizar la independencia, soberanía, desarrollo y bienestar de la Nación. Tenemos la más firme decisión de enfrentartodos los retos para alcanzar una sociedad virtuosa y justa, con altos valores éticos y espirituales. Como señaló el venerable presbítero Félix Varela, “…queremos que las generaciones futuras hereden de nosotros la dignidad de los hombres y recuerden lo que cuesta recuperarla para que teman perderla…”

La unidad, identidad e integración regional deben ser defendidas. La Proclama de la América Latina y el Caribe como Zona de Paz, firmada por losJefes de Estado y Gobierno durante la Segunda Cumbre de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños, celebrada en La Habana en enero de 2014, consagra un conjunto de compromisos de vital importancia, como la solución pacífica de controversias a fin de desterrar para siempre el uso y la amenaza del uso de la fuerza de nuestra región; no intervenir, directa o indirectamente, en los asuntos internos de cualquier otro Estado yobservar los principios de soberanía nacional, la igualdad de derechos y la libre determinación de los pueblos; fomentar las relaciones de amistad y de cooperación entre sí y con otras naciones; y respetar plenamente el derecho inalienable de todo Estado a elegir su sistema político, económico, social y cultural, como condición esencial para asegurar la convivencia pacífica entre las naciones.

Para Cuba, los propósitos y principios de la Carta de las Naciones Unidas tienen plena vigencia. Solo el respeto a estos puede garantizar la paz y la seguridad internacionales crecientemente amenazadas.

Conocimos con sumo interés las palabras de Su Santidad en el marco de la conmemoración del 70 aniversario de los ataques nucleares contra las ciudades de Hiroshima y Nagasaki.

La existencia de las armas nucleares es una amenaza contra la supervivencia misma de los seres humanos y una afrenta a los principios éticos y morales que deben regir las relaciones entre las naciones. Su uso significaría la desaparición de la civilización humana. Abogar por el desarme, y muy particularmente por el desarme nuclear, no solo es un deber sino un derecho de todos los pueblos del mundo.

Santidad:

Hemos agradecido su apoyo al diálogo entre los Estados Unidos y Cuba. El restablecimiento de relaciones diplomáticas ha sido un primer paso en el proceso hacia la normalización de los vínculos entre ambos países que requerirá resolver problemas y reparar injusticias. El bloqueo, que provocadaños humanos y privaciones a las familias cubanas, es cruel, inmoral e ilegal, debe cesar. El territorio que usurpa la Base Naval en Guantánamo debe ser devuelto a Cuba. Otros asuntos deben ser también dirimidos. Estos justos reclamos son compartidos por los pueblos y la inmensa mayoría de los gobiernos del mundo.

Conmemoramos este año, Santidad, el 80 Aniversario de relaciones ininterrumpidas entre la Santa Sede apostólica y Cuba, que son buenas y se desarrollan favorablemente sobre la base del respeto mutuo.

El Gobierno y la Iglesia Católica en Cuba mantienen relaciones en un clima edificante, al igual que ocurre con todas las religiones e institucionesreligiosas presentes en el país, que inculcan valores morales que la Nación aprecia y cultiva. Ejercemos la libertad religiosa como derecho consagrado en nuestra Constitución.

Damos a la presencia de Su Santidad en nuestra Patria todo su significado. Será trascendente y enriquecedor para la Nación su encuentro con un pueblo trabajador, instruido, abnegado, generoso, con profundas convicciones, valores patrióticos, dispuesto a continuar su heroica resistencia y a construir una sociedad que garantice el pleno desarrollo, de mujeres y hombres, con dignidad y justicia.

En nombre de este noble pueblo, le doy la más calurosa bienvenida. (Tomado de Juventud Rebelde)

Alocución del Papa Francisco durante la ceremonia de bienvenida

discurso papa cuba

“Somos testemunhas de um acontecimento que nos enche de esperança: o processo de normalização das relações entre os dois países, depois de anos de distanciamento. É um processo, um sinal da vitória da cultura do encontro, do diálogo”, disse Francisco.

Discurso del Papa Francisco en la ceremonia de bienvenida en el Aeropuerto Internacional José Martí, de La Habana, el sábado 19 de septiembre de 2015
Señor Presidente,
Distinguidas Autoridades,
Hermanos en el Episcopado,
Señoras y señores:

Muchas gracias, Señor Presidente, por su acogida y sus atentas palabras de bienvenida en nombre del Gobierno y de todo el pueblo cubano. Mi saludo se dirige también a las autoridades y a los miembros del Cuerpo diplomático que han tenido la amabilidad de hacerse presentes en este acto.

Al Cardenal Jaime Ortega y Alamino, Arzobispo de La Habana, a Monseñor Dionisio Guillermo García Ibáñez, Arzobispo de Santiago de Cuba y Presidente de la Conferencia Episcopal, a los demás Obispos y a todo el pueblo cubano, les agradezco su fraterno recibimiento.

Gracias a todos los que se han esmerado para preparar esta visita pastoral. Quisiera pedirle a Usted, Señor Presidente, que transmita mis sentimientos de especial consideración y respeto a su hermano Fidel. A su vez, quisiera que mi saludo llegase especialmente a todas aquellas personas que, por diversos motivos, no podré encontrar y a todos los cubanos dispersos por el mundo.

Este año 2015 se celebra el 80 aniversario del establecimiento de relaciones diplomáticas entre la República de Cuba y la Santa Sede. La Providencia me permite llegar hoy a esta querida Nación, siguiendo las huellas indelebles del camino abierto por los inolvidables viajes apostólicos que realizaron a esta Isla mis dos predecesores, san Juan Pablo II y Benedicto XVI. Sé que su recuerdo suscita gratitud y cariño en el pueblo y las autoridades de Cuba. Hoy renovamos estos lazos de cooperación y amistad para que la Iglesia siga acompañando y alentando al pueblo cubano en sus esperanzas y preocupaciones, con libertad y con medios y espacios necesarios para llevar el anuncio del Reino hasta las periferias existenciales de la sociedad.

Este viaje apostólico coincide además con el I Centenario de la declaración de la Virgen de la Caridad del Cobre como Patrona de Cuba, por Benedicto XV. Fueron los veteranos de Guerra de la Independencia, movidos por sentimientos de fe y patriotismo, quienes pidieron que la Virgen mambisa fuera la patrona de Cuba como nación libre y soberana. Desde entonces, Ella ha acompañado la historia del pueblo cubano, sosteniendo la esperanza que preserva la dignidad de las personas en situaciones más difíciles y abanderando la promoción de todo aquello que dignifica al ser humano. Su creciente devoción es testimonio visible de la presencia de la Virgen en el alma del pueblo cubano. En estos días tendré ocasión de ir al Cobre, como hijo de peregrino, para pedirle a nuestra Madre por todos sus hijos cubanos y por esta querida Nación, para que transite por los caminos de justicia, paz, libertad y reconciliación.

Geográficamente, Cuba es un archipiélago que mira hacia todos los caminos, con valor extraordinario como “llave” entre el norte y el sur, entre el este y el oeste. Su vocación natural es ser punto de encuentro para que todos los pueblos se reúnan en amistad, como soñó José Martí, “por sobre la lengua de los istmos y la barrera de los mares” (La Conferencia Monetaria de las Repúblicas de América, en Obras escogidas II, La Habana 1992, 505). Ese mismo fue el deseo de san Juan Pablo II con su ardiente llamamiento a que “Cuba se abra con todas sus magníficas posibilidades al mundo y que el mundo se abra a Cuba” (Discurso en la ceremonia de llegada, 21-1-1998, 5).

Desde hace varios meses, estamos siendo testigos de un acontecimiento que nos llena de esperanza: el proceso de normalización de las relaciones entre dos pueblos, tras años de distanciamiento. Es un signo de una victoria de la cultura del encuentro, del diálogo, del “sistema del acrecentamiento universal… por sobre el sistema, muerto para siempre, de dinastía y de grupos” (José Martí, ibíd..). Animo a los responsables políticos a continuar avanzando por este camino y a desarrollar todas sus potencialidades como prueba del alto servicio que están llamados a prestar a favor de la paz y el bienestar de sus pueblos, de toda América, y como ejemplo de reconciliación para el mundo entero.

Pongo estos días bajo la intercesión de la Virgen de la Caridad del Cobre, de los beatos Olallo Valdés y José López Piteira y del venerable Félix Varela, gran propagador del amor entre los cubanos y entre todos los hombres, para que aumenten nuestros lazos de paz, solidaridad y respeto mutuo.

Argentina paga aposentadoria mínima acima de 400 dólares. Brasil não passa dos 300

Thiago Lucas
Thiago Lucas

Em fevereiro deste ano, a Argentina já pagava a aposentadoria mínima mais alta da América Latina: 3.821 pesos (equivalente a 442 dólares).

O Brasil não passa dos 300 dólares. É uma vergonha. 99,9 por cento dos aposentados, no Brasil, recebem um salário mínimo: a meleca de 788 reais, que não mata a fome de um idoso que sobrevive sozinho. É uma titica que não paga comida, aluguel de moradia, luz, água, transporte.

O Brasil executa cinco tipos de aposentadoria: especial (bote especial nisso: para a continuação da vida luxuosa dos príncipes togados, os fiscais de rendas máximas, os coronéis das polícias militares, os senadores e deputados), aposentadoria por idade, por invalidez, por tempo de contribuição das elites, e segundo a fórmula 85/95 progressiva.

Mariano
Mariano

Não importa o tipo, o trabalhador brasileiro, na sua grande maioria, recebe um ranho, que no Brasil não existe aposentadoria mínima. Nem máxima. Não existe teto para as diferenciadas e nababescas aposentadorias das castas dos três poderes.

A Argentina possui aposentadoria mínima.

Aposentadoria que a presidenta Cristina Fernández de Kirchner aumentou para 4. 299 pesos por mês. Quanto em dólares? Que o anunciado ministro da Fazenda de Aécio Neves, Armínio Fraga, realize a cotação, desde que considera “muito alto” o salário mínimo do trabalhador brasileiro.

Um dólar vale hoje 9,22 pesos argentinos.

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“Esto es política económica de la buena”

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El haber mínimo alcanzará el mes próximo los 4299 pesos. Se estima que en ocho de cada diez hogares hay más de un jubilado. La Presidenta destacó el valor de la ampliación de cobertura. “Es política económica de la buena, es inclusión y crecimiento”, destacó.

Por Tomás Lukin


Las jubilaciones aumentarán 12,49 por ciento desde septiembre. Cuando se implemente la segunda actualización automática del año, los haberes de más de ocho millones de jubilados y pensionados habrán acumulado una suba de 33,03 por ciento. Esa cifra supera el incremento promedio acordado en las principales paritarias y cualquier medición de la inflación. El haber mínimo pasará así a 4299 pesos por mes. La mitad de los jubilados cobra ese piso, pero en ocho de cada 10 hogares hay más de un haber jubilatorio. El aumento presentado ayer es el número catorce desde que entró en vigencia la Ley de Movilidad Jubilatoria. El anuncio estuvo a cargo de la presidenta Cristina Fernández de Kirchner. En una intervención donde cuestionó a la oposición y a los medios (ver aparte), la mandataria destacó el impulso al consumo que representarán los 174.817 millones de pesos adicionales de inversión social.

Argentina tiene el salario mínimo jubilatorio más importante que tiene América Latina

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Bossio

El titular de Anses, Diego Bossio, hizo referencia hoy al aumento del haber de los jubilados del 12,49% anunciado por la presidenta Cristina Fernández de Kirchner y explicó que “eso se debe a que se ha duplicado el número de jubilados y en el 80 por ciento de los hogares en los que hay jubilados hay dos haberes jubilatorios”.

En diálogo con Nacional Rock, Bossio afirmó que de esta manera “nuestro país tiene en los últimos años el salario mínimo jubilatorio más importante que tiene América Latina” y expresó que “históricamente la Argentina lo había tenido pero lo ha perdido en los 2000”.

“Desde la democracia en adelante este ha sido el gobierno que más ha hecho por los jubilados en la República argentina: primero como política de Estado incluyendo a miles y miles de argentinos en el sistema jubilatorio, después de años de políticas que generaron desempleo, informalidad laboral que provocaba que cuando la gente llegaba a la edad de jubilarse no podía hacerlo”, explicó Kicillof.

A su vez, destacó que “para quitar arbitrariedad hay una ley de movilidad jubilatoria que se constituye como política de Estado” y agregó que “este es el aumento número 14 que se aplica así que podemos afirmar que esta es la mejor ley que podían tener los jubilados”.

“Hoy hay dos aumentos por año: en marzo y en septiembre que es cuando los jubilados cobran de acuerdo a los aumentos que se anuncian los primeros días de agosto y de febrero”, sostuvo Bossio.

Por último, destacó que “las jubilaciones que se pagan, se pagan también con impuestos como el IVA que pagan trabajadores formales y no formales”.

Papa Francisco denuncia o novo colonialismo que aparece “sob a nobre roupagem da luta contra a corrupção, contra o narcotráfico e o terrorismo”

Chegou a hora de uma mudança de sistema

papa bolívia

O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira, diante de integrantes dos movimentos sociais em Santa Cruz, no segundo dia de sua visita à Bolívia, que “chegou o momento de uma mudança em um sistema que já não se sustenta”.

Queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estrutura. Este sistema já não se sustenta, não sustenta os camponeses, não sustenta os trabalhadores, não sustenta as comunidades, não sustenta os Povos. E a Terra também não sustenta esse sistema, a irmã ‘Mãe Terra’ como dizia São Francisco“, declarou o papa.

Além disso, Francisco esclareceu que seu discurso era sobre “os problemas comuns de todos os latino-americanos e, em geral, de toda a humanidade”.

“Reconhecemos que as coisas não andam bem em um mundo onde há tantos camponeses sem-terra, tantas famílias sem-teto, tantos trabalhadores sem direitos, tantas pessoas com suas dignidades feridas?”, questionou o papa.

Em seguida, o pontífice exclamou: “Vamos dizer sem medo: precisamos e queremos uma mudança!” e indicou que “muitos esperam uma mudança que os liberte dessa tristeza individualista que escraviza”.

No discurso mais longo que pronunciou desde que chegou à América Latina, Francisco pediu que os movimentos não brigassem entre si porque parece que “o tempo está acabando”. Inclusive, o papa argentino brincou sobre seu longo discurso ao dizer: “o padre fala muito”.

“A terra, os povos e as pessoas estão sendo castigadas de um modo quase selvagem. E, por trás de tanta dor, tanta morte e destruição, é possível sentir o cheiro daquilo que Basílio de Cesareia (330-379) chamava de ‘o esterco do diabo’ (dinheiro)”, assinalou.

O papa criticou a idolatria ao dinheiro, que, afirmou, é responsável por conduzir “as escolhas dos seres humanos”. “Quando a avidez pelo dinheiro tutela todo o sistema socioeconômico, ela arruína a sociedade, condena o homem e o transforma em escravo”, sentenciou.

E, então, Francisco convocou todos os movimentos populares a se mobilizarem porque “podem fazer muito” para mudar o mundo.

“Vocês, os mais humildes, os que são explorados, os pobres e excluídos, podem e fazem muito. Me atrevo a dizer que o futuro da humanidade está, em grande medida, em suas mãos”, declarou Francisco.

O papa repetiu a mensagem que já havia pronunciado em outubro, no Vaticano, quando celebrou a primeira reunião dos movimentos sociais, que, assim como hoje, contou com a presença do presidente boliviano, Evo Morales, ao pedir “os três ‘Ts’: trabalho, teto e terra”.

“Não se diminuam!”, disse Francisco aos presentes, para em seguida convidá-los “a construir uma alternativa humana à globalização excludente”.

Apesar de ter afirmado que não tem receitas prontas, Francisco fez recomendações para essa mudança, como “colocar a economia a serviço dos povos” e se opor a “uma economia de exclusão e desigualdade”.

O pontífice também defendeu que se devolvam “aos pobres e aos povos o que lhes pertence” e considerou que “a propriedade, muito especialmente quando afeta os recursos naturais, deve estar sempre em função das necessidades das pessoas”.

Além disso, o papa afirmou que “nenhum poder fático e constituído tem o direito de privar os países pobres do pleno exercício de sua soberania” e lamentou o fato de que isto alimente “novas formas de colonialismo que afetam seriamente as possibilidades de paz e de justiça”.

Aos movimentos sociais, Francisco pediu união, citando o sonho da chamada “Pátria Grande”, para que “a região cresça em paz e justiça”.

O pontífice também alertou sobre o perigo do “novo colonialismo” que chega pelas mãos de “alguns tratados denominados de livre comércio e a imposição de medidas de austeridade, que sempre apertam o cinto dos trabalhadores e dos pobres”.

Em outras ocasiões, acrescentou o papa, o colonialismo aparece “sob a nobre roupagem da luta contra a corrupção, contra o narcotráfico e o terrorismo” e que para isso são impostas medidas que “pouco têm a ver com a resolução desses problemas e, muitas vezes, só pioram as coisas”.

Francisco fez críticas a todos os setores e também falou da “concentração monopólica dos meios de comunicação social”. Além disso, lamentou que “o colonialismo, novo e velho, reduz os países pobres a meros fornecedores de matéria-prima e trabalho barato”.

“Digamos não às velhas e às novas formas de colonialismo. Digamos SIM ao encontro entre povos e culturas. Felizes são aqueles que trabalham pela paz”, concluiu Francisco em seu discurso. Terra