Corrupção e pistolagem em São João da Barra. A primeira vez ninguém esquece

Prefeita Carla Machado
Prefeita Carla Machado

A prefeita Carla Machado, de São João da Barra, deve muitas explicações sobre o contrato, que selou, para matar uma assistente social da Apae.

Fica claro, bem explícito, que conhecia o covil de malfeitores, e tinha uma antiga e íntima relação com um bandido.

Tanto que chegou no bar ou boteco e, na primeira fala para o Samuca, diz:

“Que que (sic) está havendo, meu bichinho, que você tá diferente comigo”.

Chama de “meu bichinho”, nada mais amoroso.

Samuca dá uma desculpa besta para a impassibilidade.

Quem fala é uma prefeita (uma autoridade) para um criminoso (um indivíduo qualquer), que está vendendo cerveja para um bando de alcoólatras. Gente do submundo. Num local barra pesada. Não se sabe se Samuca é o dono ou mero garçom do botequim reles. Tudo indica que as duas coisas.

Samuca larga uma desculpa besta para o desprezo.  E responde com a mesma intimidade. Fica constatado que conhece a prefeita até demais:

“Não tá havendo nada não, Carla. Eu só tava com dor de cabeça na hora que você chegou”.

A prefeita esperava ser recebida com o sorriso de Eike Batista. Encontrou um Samuca de cara fechada.

CARLA CONHECE A PROFISSÃO SECRETA DE SAMUCA

A prefeita abre o jogo. Isso imediatamente. Sem rodeios.

Carla: “Eu vim aqui conversar com você (sic) se você pode dar uma surra numa pessoa”.

Samuca: “Uma surra? Em quem?”

Carla: “Mas tem que ser até a morte (risos)”.

É muita frieza, uma proposta de assassinato ser feita com sorrisos de prazer, de contentamento, de gozo antecipado.

POR QUE MATAR UMA ASSISTENTE SOCIAL?

Samuca: “Quem é a pessoa?”

Carla: “Ela trabalha lá na Apae. É assistente social”

Samuca: “Entendi”.

Qual o interesse da prefeita em eliminar uma assistente social? Fala-se que se trata de uma profissional que trabalha com moradores das terras que a prefeitura está desapropriando para Eike Batista. Vários moradores estão sendo assistidos e aconselhados pela Apae. Um trabalho que incomoda os planos milionários da prefeita, e bilionários de Eike Batista.

MAIS PESSOAS ENVOLVIDAS NA EMPREITADA

Carla Machado explica com detalhes como o crime está planejado, e fornece informações que obteve via pessoas que usou para espionar a vítima, o marido e o filho da vítima. Idem  locais de trabalho, residência, toda a vida de uma família que, covarde e cruelmente, programou destruir.

Samuca aprova a trama assassina.

Carla: “Isso, por isso gosto de conversar com você Samuca, você entende da situação”.

Este prazer da prefeita “por isso gosto de conversar com você”, sinaliza conversas outras entre os dois criminosos; e  “você entende da situação”, pode ser mais que um elogio, e sim uma referência a outras empreitadas realizadas”.

O INSTINTO ASSASSINO E PERVERSIDADE

Carla: “Você espanca ela, mas deixa ela bem caída”.

Samuca: “Mas Carla, não é até a morte, né?”

Carla: “Não, mas se caso acontecer, eu vou fazer o quê? Se caso acontecer, aconteceu”.

Samuca: “Tá certo”.

Carla: “Aí você pega, faz isso,  espanca ela, dá nela…”

 SAMUCA É UM MATADOR OU UM AGENCIADOR?

Carla: “Não é você que vai fazer o serviço. Você quer falar para mim, Samuca? Você vai mandar uma pessoa fazer”.

Samuca: “É, mas como eu falei com você, isso é comigo, né?

Carla: “Quando você me cobraria para fazer esse serviço?

Samuca: “É dois mil. Dois mil. Não é até a morte, né?”

Carla: “Não. Mas se acontecer… fazer o quê, né?”

TUDO TEM A PRIMEIRA VEZ

Este foi o primeiro contrato da prefeita Carla Machado?

Esta foi a primeira empreita do Samuca?

As respostas ficam para a polícia do governador Sérgio Cabral, para o judiciário do Estado do Rio de Janeiro, para os políticos e empresários que dependem do apoio e favores da prefeita, e para o povo de São João da Barra.

Veja gravação da conversa de Carla com Samuca

Veja quanto a prefeita gasta para limpar as sujeiras

A prefeita responde a vários processos de corrupção. Roubou até o dinheiro da festa do santo padroeiro da cidade:

“Num levantamento recente, com base em convênios firmados pelo Ministério do Turismo, o governo identificou irregularidade em dezenas de contratos com municípios e entidades diversas, inclusive para a realização das tradicionais festas de São João. Já são mais de R$ 13 milhões sendo cobrados de prefeituras. Entre os municípios reprovados, São João da Barra, no Rio de Janeiro, recebeu mais R$ 500 mil para organizar o 6o Circuito Junino. Os responsáveis, segundo a CGU, não apresentaram documentos para comprovar o correto uso de todo o dinheiro” (revista Época).

Produtores rurais são retirados à força de terras em São João da Barra. Veja vídeo. É muita violência. Bandidagem legal. Uma nova Pinheirinho de São José dos Campos. Um imenso Pinheirinho. Compreendendo matas nativas, bosques, pequenas e médias fazendas, lagos e praias.  Este o Brasil que vivemos para que Eike Batista fique cada vez mais rico. Malditos sejam. São terras desapropriadas pelo governador Sérgio Cabral e pela prefeita Carla Machado. Para aproveitadores nacionais e internacionais. E como ninguém faz nada de graça… vai ser um desmatamento com muito toco. Disse Eike, que ele e mais trinta empresários nacionais e estrangeiros vão investir 40 bilhões. E quanto vale cem quilômetros de praias?

Publicado por

Talis Andrade

Jornalista, professor universitário, poeta (13 livros publicados)

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