Aécio, rei do nióbio, um minério raro e mais caro que o diamante, o ouro, o petróleo

O Brasil possui 98% das jazidas de nióbio do mundo. O Canadá enriqueceu pela posse de apenas 2 por cento. É  uma riqueza escondida. A proposital confusão começa pelo nome, que o nióbio é também chamado de tântalo e de colúmbio.

Tenho denunciado o preço aviltado do nióbio, e o tráfico desse minério raro, importante para novos inventos, notadamente na nova era espacial e guerra nas estrelas.

O nióbio faz do Brasil o país mais rico do mundo, e Aécio Neves é o rei do nióbio.
Eneas Carneiro (1938-2007), na campanha presidencial, afirmou que só a riqueza produzida pelo nióbio no Brasil correspondia ao PIB, que na época era R$ 2,6 trilhões em 2007.

Em 2010, vazou um documento pela Wikileaks que, incluía as minas e jazidas de nióbio no Brasil como recursos e infraestrutura estratégicos e imprescindíveis aos Estados Unidos da América.

 

Aécio tem parte no roubo do nióbio brasileiro

 

Uma das principais riquezas do país é vendida a quase metade do valor do mercado, para sonegação de impostos.

Via PCO

O Brasil é o maior produtor do mundo de Nióbio, um metal raro e caro, explorado principalmente em Araxá, cidade do interior de Minas Gerais. Esta riqueza, no entanto, não é revertida para o país ou para o estado, que possui a concessão pública da exploração, devido a esquemas de subfaturamento e corrupção envolvendo a exploração do metal.

O nióbio é fundamental para a produção de ligas de alta resistência usados, sobretudo, na engenharia aeroespacial. A extração deste produto em Araxá pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) representa 75% de toda a produção mundial. O único outro país que possui uma produção de nióbio considerável é o Canadá, que mesmo com produção muito menor consegue manter através dos impostos e royalties deste minério grande parte da arrecadação pública.

Oficialmente, a empresa estadual Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) é a dona das jazidas de nióbio e arrendou para a CBMM por meio de uma empresa mista entre as duas, a Comipa. A Codemig recebe 25% do lucro líquido de toda a operação da CBMM.

Este arrendamento foi feito há mais de 30 anos e nunca houve uma licitação para a exploração do nióbio em Araxá. A última renovação do contrato foi feita em 2003, logo após a posse de Aécio Neves (PSDB) no governo do estado.

A Codemig é presidida por Oswaldo Borges da Costa Filho, indicado por Aécio Neves em 2003. Borges era próximo à família de Aécio e com o cargo que ganhou possuiria poder sobre os investimentos e obras de todas as empresas estaduais de Minas Gerais.

A CBMM supostamente venderia a tonelada de liga de ferro e nióbio por US$26 mil, mas de acordo com o governo dos EUA, o valor no mercado seria de US$41 mil por tonelada. Por causa do valor subfaturado, desconfia-se que a empresa responsável, que possui subsidiárias fora do país, revenderia a este valor para suas sedes e revenderia com o valor real, de acordo com o preço praticado no mercado.

O Grupo Moreira Salles possui 70% da CBMM e os outros 30% são divididos igualmente para um consórcio japonês-sul-coreano e um consórcio chinês. Com 15% das ações, estes consórcios possuem poder de veto dentro da empresa.

Há denúncias de que o dinheiro do contrabando de nióbio estaria envolvido inclusive com o financiamento público da imprensa burguesa em Minas Gerais, prática conhecida do governo de Aécio Neves.

Este verdadeiro roubo de uma das maiores riquezas naturais que o Brasil possui é feito com a cumplicidade da Procuradoria Geral de Justiça. O Ministério Público nunca conseguiu dar continuidade às investigações e denúncias feitas sobre esta exploração. E as investigações feitas por diversos órgãos, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sempre terminaram omitindo a corrupção por trás destes esquemas.

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O tráfico e o nióbio roubado de Minas Gerais. Chuva química em Araxá

O nióbio, mais precioso que o ouro, vem sendo roubado em Minas Gerais, e traficado. Basta salientar que apenas o Brasil tem jazidas de nióbio. Mais de 98 por cento. Obviamente, a maior mineradora do mundo está localizada em Araxá, que já foi uma das principais cidades turísticas do Brasil, famosa pelas suas águas medicinais, também, entregues aos piratas. Para se ter uma idéia do que representa o capitalismo selvagem das mineradoras: a rica e bela Araxá do passado fica cada vez mais pobre e feia, e o povo na miséria.

 

A MAIOR MINA DE NIÓBIO DO PLANETA – ARAXÁ

por Edvaldo Tavares (*)

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Ultimamente o nióbio assumiu merecido e importante papel na internet. Internautas bem pouco tempo desavisados passaram a tomar conhecimento deste mineral de nome estranho, chegando alguns a conhecer a sua importância e virtudes estratégicas.
Solo, água e ar contaminados resultam dos poluentes liberados da atuação mineradora da CBMM. Não é necessário ser médico ou especializado na área de saúde ambiental para chegar à conclusão de que dezenas de milhares de toneladas por ano de poeira abundante em suspensão de ferro, tório, chumbo, fosfato e demais minerais é deletéria a saúde.

Agredida por tais minerais estranhos a normalidade do funcionamento do organismo humano e ambiental, a população apresenta aumento de doenças respiratórias juntamente com doenças degenerativas, demência assim como câncer.
Juntamente com os problemas de saúde que afligem os residentes de Araxá, merece ser registrado que indústrias mineradoras, entre as quais a fábrica de ácido sulfúrico da Bunge Fertilizantes distante apenas 4 km do centro da cidade e 1 km do parque ecológico do Barreiro onde está situado o Grande Hotel Tauá, produzem chuva química causando devastação nas plantações e do meio ambiente, flagelando a saúde e o bem-estar da população.

Como pode ser concluída, chuva química profusa em bário, amônia, enxofre e diversidade de poluentes, causam vários males a saúde ambiental e humana de uma maneira geral, em uma localidade precária em assistência a saúde.
Desde 1965 – por ocasião da fundação da DEMA (Distribuidora e Exportadora de Minérios e Adubos) que mais tarde passou a ser CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) – a mineração e industrialização do nióbio e fosfato incrementaram o turismo e o desenvolvimento econômico e social no município de Araxá. Porém, em virtude do extrativismo causar problemas ambientais, as relações das companhias com a população primaram em diversas oportunidades pelo caminho do conflito.
Relatório emitido pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) recomendou a não utilização de aterros provindos das áreas de atuação da CBMM por estarem contaminados com rejeitos químicos – liga de ferro-fósforo, escória altamente tóxica metalúrgica e radiativa, além de chumbo e tório – resultantes do beneficiamento do pirocloro para obtenção do nióbio. Há relatos que em Araxá casas e obras públicas, Bucaranã (Praça de Esportes) foram construídas em aterros oriundos da CBMM.

(*) Médico – Diretor Executivo do Sistema Raiz da Vida http://www.raizdavida.com.br

O Brasil poderia pagar sua dívida externa só com nióbio

Em relações comerciais, as negociações envolvendo venda de produtos visam transações que resultam em lucros financeiros que permitem aplicação em volumes maiores dos produtos em futuras negociações. É natural o impacto negativo resultante da tomada do conhecimento que a comercialização do nióbio não atende esta regra comercial.
Antônio Ribas Paiva, presidente do “Grupo das Bandeiras”, no “Fórum do Clube do Hardware”, no artigo “O Nióbio é Nosso!”, faz a seguinte observação: “A maioria dos brasileiros não sabe o que é o Nióbio, e muito menos que o Brasil é o único produtor mundial deste importante mineral.

O Brasil poderia pagar sua dívida externa só com nióbio, que é um dos muitos minerais contrabandeados daqui.

Acho extremamente importante que este assunto seja colocado em evidência, pois é o futuro do nosso país que está em jogo”.

Tráfico e sonegação de 210 bilhões de reais por ano

Caso o comentário precedente sobre a questão comercial exterior do nióbio do qual o Brasil é exportador absoluto não seja suficiente, vejamos o que diz o jornalista Jorge Serrão no artigo “Roubo do Nióbio” no jornal “Alerta Total”: “A classe média de assalariados brasileiros nem precisaria pagar R$ 35 bilhões por ano de Imposto de Renda, se o Brasil não fosse vítima do maior escândalo de subfaturamento fiscal do mundo. O País deixa de arrecadar R$ 210 bilhões de reais por ano por causa da manobra que sonega impostos da exportação de nióbio – um metal raro, usado em todas as aplicações de tecnologia de ponta da indústria moderna, e do qual o Brasil detém 98% das reservas mundiais. O Brasil exporta 81 mil toneladas do metal por ano. O quilograma do metal sai daqui vendido por R$ 16, o que rende R$ 1 bilhão e 296 bilhões – sobre os quais recaem tributos. Acontece que o nióbio é negociado na Bolsa de Londres por até U$ 1.200 dólares por quilograma. Se o Brasil não fosse lesado na operação, e empregasse a soberania do País no negócio, a operação com o nióbio renderia (como rende aos ingleses) US$ 97 a 100 bilhões de dólares – sobre os quais recairiam os impostos”.

 

TUCANAGEM: AÉCIO NEVES E O NIÓBIO DE ARAXÁ

 

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Deputado Rogério Correia pede audiência pública para debater a renovação sem licitação, por 30 anos, do contrato para exploração do nióbio pela CBMM fornecida por Aécio Neves.

Via Novojornal

A Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais deverá, em sua primeira reunião deste ano, decidir sobre o pedido de audiência pública, formulado pelo deputado Rogério Correia (PT), para debater a prorrogação, sem licitação pela Codemig, por mais 30 anos, do contrato de arrendamento com a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) para exploração da mais valiosa lavra mineral do País e a mais estratégica do planeta.

A renovação ocorreu em 2003 logo após a posse do então governador, hoje senador Aécio Neves. Para se ter ideia do que significou, em matéria de ganho, a renovação para CBMM, que tem como atividade exclusiva a exploração da mina de nióbio de Araxá, sem a mina, cessa sua atividade.

Depois da renovação, a empresa vendeu 15% de suas ações por US$2 bilhões, ou seja, levando em conta apenas o valor de suas ações, a empresa valeria hoje US$28 bilhões, valor superior ao que o Estado de Minas Gerais arrecada por meio de todos os impostos e taxas em um ano.

Esta operação já havia causado desconfiança principalmente nas forças nacionalistas que acompanhavam de perto a movimentação, porque meses depois a CBMM venderia 15% de seu capital a um fundo coreano, que representa investidores não identificáveis.

“A CBMM tem o capital dividido entre o Grupo Moreira Sales e a Molycorp [Molybdenium Corporation], subsidiária da Union Oil, por seu turno, empresa do grupo Occidental Petroleum (Oxxi), muito embora seja fácil deduzir a prevalência do grupo alienígena, pelo histórico do banqueiro Walther Moreira Sales, tradicional ‘homem de palha’ de capitalistas estrangeiros, inclusive de Nelson Aldridge Rockefeller, que tanto se intrometeu na política do Brasil”, afirmou à reportagem do Novojornal o contra-almirante reformado Roberto Gama e Silva.

Acrescentando: “Circula por aí versão segundo a qual só as jazidas de nióbio dos Seis Lagos valem em torno de US$1 trilhão. Necessário esclarecer que por sua localização e facilidade de exploração a jazida de Araxá vale muito mais que a “Seis Lagos”.

O Ministério Público mineiro já investigava a renovação sem licitação do arrendamento celebrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), porém fatos recentes noticiados por Novojornal na matéria “CBMM vende à estatal japonesa poder de veto sobre o nióbio” comprovam também a prática de crime contra a soberania nacional. Trata-se da venda de mais 15% das ações da CBMM, dando poder de veto a uma empresa estatal japonesa.

Novojornal noticiou ainda que tais vendas ocorreram em função do quadro beligerante entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa, presidente da Codemig, dando início à divisão do que avaliam ser uma fortuna incalculável conseguida e a conseguir através da diferença entre a venda subfaturada e o valor real no exterior do nióbio.

O nióbio, riqueza que poderia significar a redenção da economia mineira e nacional, foi entregue, por meio de operação bilionária e ilegal, à empresa estatal japonesa Japan Oil, Gas and Metals National Corporation, em parceria com um fundo de investimento que representa os interesses da China.

Este é o final de um ruidoso conflito instalado no centro do poder de Minas Gerais que vem sendo, nos últimos dois anos, de maneira omissa e silenciosa, testemunhado pelo governador Antônio Anastasia.

Desde 2003, o então governador e atual senador Aécio Neves entregou a condução das principais decisões e atividades econômicas do Estado de Minas a Oswaldo Borges da Costa, que assumiu a função estratégica de presidente da Codemig, criando um governo paralelo.

Por trás deste cenário artificial operou um esquema de corrupção, que contou com a cumplicidade até mesmo da Procuradoria Geral de Justiça, que impedia a atuação do Ministério Público Estadual, à imprensa mineira jamais foi permitido tocar neste assunto.

Na audiência pública está previsto o comparecimento dos maiores especialistas do setor principalmente os ligados às Forças Armadas que veem promovendo gestões para federalizar, a exemplo da Petrobras, a exploração de Nióbio. Relatórios confidenciais da Abin e da área de inteligência do Exército demonstram como operou o esquema criminoso de subfaturamento montado pela Codemig/CBMM, por intermédio da Companhia de Pirocloro de Araxá.

As assessorias de imprensa da CBMM, da Codemig, do senador Aécio Neves e do governo de Minas Gerais foram procuradas e não quiseram comentar o assunto.

 

O libertador da América Latina e os golpistas tucanos

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Ia escrever um artigo para comparar a República do Paraná à República do Galeão, quando descobri que Paulo Moreira Leite fez esta analogia.

Outra similitude a campanha de transformar o segundo governo de Dilma Rousseff no inferno terrorista que armaram para João Goulart, com o apoio da CIA, que antes da posse e durante todo o governo teve que enfrentar a consumada ameaça golpista.

“A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”, disse Karl Marx.

Sem guerra civil o Brasil conquistou a Independência, libertou os escravos e proclamou a República. Nas Américas, os Estados Unidos teve a tragédia das guerras da Independência e da Abolição da Escravatura. Nos Andes, Simón Bolívar e José de San Martín venceram as guerras de independência da América Espanhola do Império Espanhol. O México fuzilou o imperador Maximiliano.

Até quando o Brasil viverá a farsa dos golpes e contragolpes?

Parece que o PT não possui uma estratégia política contra os porta-vozes de uma nova ditadura. Basta citar dois corruptos. Fernando Henrique, talvez demente, deita um discurso refeito nas redações da vendida grande imprensa. E Aécio Neves, com a mente entorpecida, teima em continuar no palanque eleitoral, pretendendo estender para o Brasil uma legenda de medo, financiada pelo bilionário tráfico de nióbio, que submeteu Minas Gerais, conforme denúncia de Marco Valério no Congresso. Este ano, em janeiro, Aécio mandou a polícia e a justiça prender o jornalista Marco Aurélio Caronte, que só foi solto depois do segundo turno eleitoral. Existem outros presos políticos do PSDB no País da Geral.

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O Brasil pariu, certa vez, uma república dos governadores. E faz que não vê uma ditadura dos tribunais de justiça estaduais. Nem preciso ressaltar que todo autoritarismo é corrupto.

 

 A VOLTA DA REPÚBLICA DO GALEÃO

 

Campanha anti-PT de delegados da Polícia Federal lembra desvios de IPM da Aeronáutica que emparedou Getúlio Vargas em 1954

 

por Paulo Moreira Leite

 

Galeão

 

Em reportagem publicada no Estado de S. Paulo, Julia Duailibi revela que delegados encarregados da investigação da Operação Lava Jato utilizaram-se de redes sociais para fazer campanha a favor de Aécio Neves e ofender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.

A reportagem mostra uma moblização política-policial com poucos antecedentes históricos. Descreve delegados engajados partidariamente para combater e desmoralizar personagens centrais de uma investigação em curso, sob seus cuidados.

Um dos coordenadores da Lava Jato referiu-se a Lula como “essa anta.” Um outro participa de um grupo no Facebook cujo símbolo é uma caricatura de Dilma com dois incisivos vampirescos, com uma faixa escrita “fora PT,” e proclama que seu objetivo é mostrar que “o comunismo e o socialismo são um grande mal que ameaça a sociedade.”

O aspecto disciplinar do caso está resolvido no artigo 364 no regimento disciplinar da Polícia Federal, que define transgressões disciplinares da seguinte maneira:

I – referir-se de modo depreciativo às autoridades e atos da Administração pública, qualquer que seja o meio empregado para êsse fim.

II – divulgar, através da imprensa escrita, falada ou televisionada, fatos ocorridos na repartição, propiciar-lhe a divulgação, bem como referi-se desrespeitosa e depreciativamente às autoridades e atos da Administração;

III – promover manifestação contra atos da Administração ou movimentos de apreço ou desapreço a quaisquer autoridades;

Em 1954, quando o major Rubem Vaz, da Aeronáutica, foi morto num atentado contra Carlos Lacerda, um grupo de militares da Aeronáutica abriu um IPM a margem das normas e regras do Direito, sem respeito pela própria disciplina e hierarquia.

O saldo foi uma apuração cheia de falhas técnicas e duvidas, como recorda Lira Neto no volume 3 da biografia Getúlio, mas que possuía um objetivo político declarado — obter a renúncia de Vargas. Menos de 20 dias depois, o presidente da República, fundador da Petrobras, dava o tiro no peito.

Em 2014, nem é preciso perder tempo em perguntas sobre a isenção dos policiais, sobre foco, sobre indispensável distanciamento profissional para produzir provas consistentes e críveis. Está tudo claro.

A desobediencia a determinações claríssimas do regimento da PF sinaliza uma fraqueza profissional inaceitável.

Fica difícil saber até onde foi uma investigação necessária em torno da Petrobras — e onde ocorreu algo que tem características de uma conspiração, tipica de quem se vale de seus postos no Estado para atingir finalidades políticas.

Quem terá coragem de negar que as mais graves suspeitas que rondam o inquérito desde o início, de que seria uma investigação dirigida para causar prejuízos imensos ao Partido dos Trabalhadores, evitando comprometer políticos e legendas da oposição, ganharam veracidade e consistência a partir de hoje?

Como duvidar de uma ululante teoria do domínio do fato para tentar colocar a presidente e o ex num escândalo cujo alcance ninguém conhece?

Em 2004, quando ocorreu a primeira denúncia contra o Partido dos Trabalhadores, apareceu um vídeo onde Waldomiro Diniz, assessor parlamentar do PT, pedia propina para o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Semanas depois, surgiu uma gravação, onde o procurador Roberto Santoro, que conseguiu a gravação, apela a Cachoeira para lhe entregar a fita, usando um argumento claríssimo: “pra ferrar o chefe da Casa Civil da Presidência da República, o homem mais poderoso do governo, ou seja, pra derrubar o governo Lula…”

A primeira gravação foi um escândalo. A segunda, logo caiu no esquecimento — embora fosse indispensável para compreender a primeira. Isso porque atrapalhava o esforço da oposição para criminalizar o governo do Partido dos Trabalhadores.

Resta saber, agora, o que será feito com o anti-petismo militante e radical dos delegados.

Responsável pela Polícia Federal, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo anunciou a abertura de uma investigação.

“É importante dizer que, se por um lado os delegados têm todo o direito de se manifestar a favor do candidato A, B, C ou D, contra partido Y, contra partido Z, de outro lado, quem conduz uma investigação deve ser absolutamente imparcial, até para que não traga nulidade ao processo”, afirmou Cardozo. Ele acrescentou que “a manifestação é livre, mas um delegado não pode conduzir uma investigação parcialmente, pelas suas convicções intimas, nem divulgar informações sigilosas”.

Nessas horas, é bom evitar confusões. Até agora ninguém questionou o direito dos delegados terem suas próprias opiniões políiticas. Quem coloca essa carta na mesa apenas ajuda a embaralhar uma discussão séria e urgente. Delegados e agentes da PF são brasileiros como os outros, em direitos e obrigações. Da mesma forma que existem policiais tucanos, também existem eleitores de Dilma, de Marina e dos outros candidatos. Isso não está em questão.

O que se questiona é um comportamento indisciplinado e desrespeitoso, que está longe de configurar um caso menor. A indisciplina não é uma reação de garotos e garotas mal comportadas na sala de aula. É um ato político.

Em 2006, foi a indisciplina de um delegado da Polícia Federal, eleitor assumido do PSDB, que forneceu imagens do dinheiro apreendido no caso dos aloprados, que garantiu uma cena que assegurou a realização de dois turnos na eleição presidencial.

Também se questiona outra coisa. Assim como acontece com militares, delegados são cidadãos que tem várias regalias — inclusive o porte de arma — no exercício de suas funções.

A sociedade lhes dá este direito porque confia em sua capacidade não só para obrigar os outros brasileiros a respeitar a lei e a ordem — mas também em sua disposição para dar o exemplo e submeter-se às peculiaridades que a lei e a ordem reserva para quem tem o direito de portar armas, abrir inquéritos, denunciar e acusar.

Esta é a questão. Basta recordar que foram — justamente — personagens e supostas revelações da Lava Jato que alimentaram a tentativa de golpe eleitoral midiático de 26 de outubro para se entender a importância de apurar cada passo, cada mensagem, cada iniciativa dos delegados denunciados.

 

 

 

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Governo de Minas Gerais comanda a maior jazida mundial de nióbio, minério mais valorizado que o ouro, o petróleo e a água. Uma riqueza roubada

O Brasil possui mais de 96 por cento das reservas mundiais de nióbio. E nas universidades ninguém sabe que minério é esse nem para que serve. É tão misterioso quantas as ilhas encantadas do Brasil. Chamado de tântalo pelos Estados Unidos enriquece os corruptos entreguistas traidores da Pátria

 

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Em 2005, na CPI dos Correios, o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, fez uma ironia com a caixa-preta do nióbio. Ele declarou que o contrabando de nióbio é que sustentava partidos políticos.

Nióbio. Essa pequena palavra tem sido um grande tema, mas muita gente não entende porquê, eu também não entendia. Não estudo química, nem sei muito sobre seu uso na indústria, mas queria saber o porque de tanta revolta, então fui pesquisar. Curiosamente, existem estudos sobre a reserva e os preços praticados aqui mesmo no Brasil, mas são pingados, por isso apelei para as pesquisas estrangeiras, e foi aí que eu entendi tudo.

Tudo o que você precisa saber sobre o nióbio é que ele tem várias funções, sofreu uma alta valorização desde 2000 e que nós temos 98% das reservas no mundo. Saiba também que temos apenas um concorrente, o Canadá, pois a produção de Nióbio em outros países é tão pequena que nem chega a ser contabilizada. Ressalto que os Estados Unidos considera o nióbio como um metal estratégico, por ser indispensável à indústria e segurança nacional, e mesmo assim, somente 10% da indústria mundial o utiliza, ou seja, ainda temos 90% em potencial.

Agora vamos a uma aula de economia: Se só existem dois lugares que vendem um produto que você PRECISA em alta escala, e somente um deles possui um estoque grande o suficiente para suprir suas necessidades, esse fabricante pode determinar um alto valor de revenda, mesmo possuindo produtos que podem substituí-lo, pois esse é o produto preferencial (numa comparação tosca, você pode até beber água numa festa, mas o que você realmente quer é uma cervejinha).

O problema é que o Brasil não faz isso. A exportação de nióbio, e consequentemente sua demanda, aumentou 400% em 10 anos, em 2011 (dado mais recente disponível no Brasil), exportamos mais de 70 mil toneladas da liga Nióbio e ferro (a mais barata no leque de produtos de nióbio). Ganhamos 26.000 dólares por tonelada. Nessa hora você pensa, uau, tudo isso? E se eu te contar que a pesquisa do ano passado do governo americano calcula que a tonelada de nióbio valia 41.000 dólares em 2011? Se eu disser que, segundo pesquisa de empresa canadense, o preço médio do nióbio por tonelada chegava a 46.000 dólares na mesma época?

A conta negativa é de 20 mil dólares por toneladas no último caso, ou seja, uma perda total de 1 bilhão de dólares no ano de 2011. Eu até concordo que venda em massa tenha um desconto, mas quase 50% de desconto é palhaçada. O ministério público mineiro investiga que o subfaturamento seja intencional. A CBMM, líder em exploração de nióbio, com 84% do mercado mundial, explora uma reserva em Araxá – MG, mas possui subsidiárias no exterior, o MP mineiro trabalha com a hipótese de que o nióbio sai do país a um preço muito menor do praticado mundialmente e é revendido pelas subsidiárias internacionais da CBMM pelo preço de mercado. Acontece que, além da perda de impostos e royalties pro país, o estado de Minas Gerais perde diretamente, já que parte do lucro da empresa pertence ao estado que arrendou as minas em 1976, fato que também é investigado pelo MP, visto que não foi feita licitação na época, o que tornaria a exploração da empresa ilegal.

Como se não fosse o bastante, em março de 2011, a CBMM, que pertencia à família Moreira Sales, totalmente brasileira, vendeu 15% da empresa a um consórcio japonês e coreano, e outros 15%, ao final do ano, a um consórcio chinês. Ou seja, 30% da maior exploradora de nióbio em solo brasileiro pertence, hoje, a empresas estrangeiras. O MP mineiro também vê ilegalidade nessas transações.

Em poucas palavras, o Brasil possui a maior reserva de nióbio do mundo, que deve durar mais de 400 anos, mas é roubado. O metal sai subfaturado do país e é revendido por quase o dobro em outros países, a perda chega à casa dos bilhões de dólares. Existem na internet duas petições buscando proteger o nióbio uma na Avaaz e outra no Change.org. É preciso divulgar o assunto, nióbio é uma riqueza brasileira que precisa ser preservada e ter parte de seus lucros transformados em benfeitorias no país. Passe a mensagem adiante.

A caixa-preta do nióbio
Promotores de Justiça preparam um arsenal de documentos para abrir a caixa-preta da exploração de nióbio em Araxá. O mineral é explorado com exclusividade pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), de propriedade da família Moreira Salles, que fundou o Unibanco.

Privilégios
O Ministério Público de Minas Gerais pretende usar esses documentos para entender como a CBMM tem o privilégio de extrair o mineral, considerado um dos mais estratégicos do mundo, sem licitação, há mais de 40 anos.

Acordo
O Governo de Minas Gerais detém a concessão federal para explorar a jazida, mas arrendou à CBMM sem nenhum critério.

Razões
Em 1972, o Estado constituiu a Companhia Mineradora de Piroclaro de Araxá (Comipa), para gerir e explorar o nióbio, em Araxá. Como não tinha know-how, à época, definiu que arrendaria 49% da produção do nióbio para a CBMM, sem licitação.

Mudança
Depois da investigação e análises da papelada, o Ministério Público quer acabar com farra e obrigar o Governo de Minas a abrir licitação para a exploração deste que é o maior complexo mínero-industrial de nióbio do mundo.

Importância
O nióbio produzido em Araxá responde por 75% da produção mundial. A produção anual é de 100 mil toneladas da liga de ferronióbio. O mineral de Araxá tem reserva para ser explorada por mais de 400 anos.

Contrapartida
Pelo contrato atual, a CBMM concede 25% da participação nos lucros ao Governo do Estado, via Companhia Mineradora de Minas Gerais (Codemig), que incorporou a Comipa.

Sócios
Um consórcio chinês pagou US$ 1,95 bilhão por uma participação de 15% na exploração de nióbio.

Ironia
Em 2005, na CPI dos Correios, o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, fez uma ironia com a caixa-preta do nióbio. Ele declarou que o contrabando de nióbio é que sustentava partidos políticos.

Utilizações
O mineral é empregado na produção de aços, especialmente nos de alta resistência e baixa liga, utilizados em automóveis e tubulações para transmissão de gás sob alta pressão.

Avançado
O nióbio também é aplicado em superligas que operam a altas temperaturas, em turbinas de aeronaves a jato e em foguetes espaciais. Existem somente três minas de nióbio em todo o mundo.

Em voga
O mineral ganhou notoriedade em 2010, quando documentos do governo dos Estados Unidos foram vazados pelo site Wikileaks. Eles citavam as minas de nióbio de Araxá e Catalão (GO) no mapa de áreas estratégicas para os EUA.

Em Araxá/MG está a maior reserva mundial de nióbio, ou seja, sob o comando do Governo Mineiro.

NIÓBIO ENTREGUE

O Nióbio, riqueza que poderia significar a redenção da economia mineira e nacional, foi entregue, através de operação bilionária e ilegal, a empresa estatal japonesa, Japan Oil, Gas and Metals National Corporation, em parceria com um fundo de investimento coreano que representa os interesses da China. Este é o final de um ruidoso conflito instalado no centro do Poder de Minas Gerais que vem sendo, nos últimos dois anos, de maneira omissa e silenciosa, testemunhado pelo governador Antônio Anastásia.

AÉCIO E A CODEMIG

Desde 2002 o então governador e atual senador Aécio Neves entregou a condução das principais decisões e atividades econômicas do Estado de Minas a Oswaldo Borges da Costa, que assumiu a função estratégica de presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG). Criou um governo paralelo, onde as principais decisões sobre obras e investimentos das estatais CEMIG, COPASA, DER/MG, DEOP e das autarquias de MG ficaram a cargo de “Oswaldinho”. Fonte: Amaury Ribeiro Jr.