A imprensa recusa investigar a morte de Julia Roque, ativista dos direitos dos animais.
Até agora estão encobertos os nomes dos três indivíduos que estavam na casa de Julia na hora da morte.
Julia telefonou para o ex-namorado, e falou que “ia fazer uma besteira”. Foi uma mensagem em código?
Julia estava ameaçada de morte, de prisão e de processo pelo Instituto Royal, por liderar protestos e a primeira invasão deste falso laboratório de pesquisas com animais, quando era apenas um local de testes em cobaias, para produtos de beleza, uma indústria que movimenta bilhões. O mais espantoso que o Instituto Royal também recebia verbas públicas, inclusive da Anvisa.
O Instituto Royal conta com o apoio da grande imprensa e das autoridades competentes do Estado de São Paulo. A Polícia Militar vinha reprimindo os protestos com balas de borracha, gás lacrimogêneo, muita porrada e prisões arbitrárias.
O ex-namorado, quando recebeu o telefonema, saiu correndo para salvar Julia, mas chegou tarde. Foi assim que se deu o encontro com os invasores ou visitantes Luana, Akira e Coelho. Que confessaram para a polícia que consumiram drogas e álcool. Acontece que Julia não era viciada. Em sendo, teria se suicidado com uma overdose, como é costumeiro entre os usuários. Por que escolher o doloroso, complicado e trapalhão enforcamento com uma gravata masculina?
São Roque é uma cidade corrupta e amedrontada. Veja uma notícia publicada hoje pela imprensa local:
Polícia civil prendeu assessor parlamentar acusado de homicídio
A Polícia Civil de São Roque prendeu na tarde do dia 7, dois homens acusados de terem assassinado o empreiteiro Almir Manoel da Silva, no dia 6 de setembro, em São João Novo. O motivo do crime seria um empréstimo em dinheiro supostamente contraído pela vítima, que não teria pago. Um dos acusados, A.A.C., trabalha como assessor parlamentar na Câmara Municipal de Vargem Grande Paulista. O outro acusado é S.N.M.. Ambos estão presos na Cadeia Pública de São Roque e negam envolvimento.
De acordo com a polícia, após diversas investigações, foi descoberto que S. recebia ordem de A. para cobrar e receber o dinheiro da vítima.
Almir não conseguiu pagar a quantia necessária, sendo extorquido diversas vezes tendo, inclusive, pagado quantias absurdas de juros e multas. Após diversas cobranças, a vítima acabou morta com um tiro na cabeça. O corpo foi encontrado algumas horas depois na rodovia Engenheiro Renê Benedito da Silva, no bairro Monte Serrat, em São João Novo. Os acusados, na noite do crime, foram até São Roque para cobrar a vítima. Se fazendo passar por policiais, eles abordaram Almir no acostamento da rodovia. Ele estava na companhia de sua esposa.
Os bandidos pediram que ele entrasse no carro e pediram para que a mulher continuasse a caminhar.
Alguns quilômetros à frente, pararam o carro e executaram o empreiteiro com um tiro na nuca. O corpo foi deixado no acostamento.
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