Festivais comprovam a degeneração da música brasileira

Lollapalooza faz propaganda de grupos políticos ligados à direita estadunidense 

Acontece de 12 a 13 de março de 2016. Já começou a propaganda do festival de música estrangeira no Brasil dos alienados
Acontece de 12 a 13 de março de 2016. Já começou a propaganda do festival de música estrangeira no Brasil dos alienados

Lollapalooza é um festival de música anual composto por gêneros como rock alternativo, heavy metal, punk rock e performances de comédia e danças, além de estandes de artesanato. Também fornece uma plataforma para grupos políticos e sem fins lucrativos. Lollapalooza tem apresentado uma grande variedade de bandas e ajudou a expor e popularizar artistas como, Alice in Chains, Tool, Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam, The Cure, Primus, Rage Against the Machine, Soundgarden, Arcade Fire, Nine Inch Nails, Nick Cave, L7, Janes Addiction, X Japan, The Killers, Siouxsie and the Banshees, The Smashing Pumpkins, Muse, Hole, 30 Seconds to Mars, The Strokes, Arctic Monkeys, Foo Fighters, Green Day, Lady Gaga e Fun.

Concebido e criado em 1991 pelo cantor do Jane’s Addiction, Perry Farrell, como uma turnê de despedida para sua banda, o Lollapalooza aconteceu até o ano de 1997 e foi revivido em 2003. Desde a sua criação até 1997 e em seu renascimento em 2003, o festival percorreu a América do Norte. Em 2004, os organizadores do festival decidiram ampliar a permanência do festival para dois dias por cidade, mas a fraca venda de ingressos forçou o cancelamento da turnê de 2004. Em 2005, Farrell e a Agência William Morris fizeram uma parceria com a empresa Capital Sports Entertainment (atual C3 Presents), sediada em Austin, no Texas, e reformularam o festival para o seu formato atual, como um evento fixo em Grant Park, Chicago, Illinois.

Em 2010, foi anunciada a estreia do Lollapalooza no exterior, com um ramo do festival sediado em Santiago, no Chile, em 2 e 3 abril de 2011, onde estabeleceu uma parceria com a empresa chilena Lotus. Em 2011, a empresa Geo Eventos confirmou a primeira versão brasileira do evento, que foi sediada no Jockey Club, em São Paulo nos dias 7 e 8 de abril de 2012. Foi anunciado que o primeiro Festival Lollapalooza será realizado na Europa em setembro de 2015, na capital alemã,Berlim, no histórico aeroporto Tempelhof.

Lollapalooza de 2009 em Chicago
Lollapalooza de 2009 em Chicago

A palavra, algumas vezes pronunciada como lollapalootza ou lalapaloosa, vem dos séculos XIX e XX, de uma expressão americana que significa “uma extraordinária ou incomum coisa, pessoa, ou evento; um exemplo excepcional ou circunstância.” Com o tempo, o termo passou também a um grande pirulito (em inglês lollipop). Farrell, em busca de um nome para seu festival, gostou da sonoridade do termo ao ouvi-lo em um filme dos Três Patetas. Em homenagem ao duplo significado do termo, um personagem no logo original do festival segura um pirulito.

Lolla 2012

Em 1997, no entanto, o conceito Lollapalooza tinha acabado, e em 1998, os esforços não conseguiram encontrar uma banda principal adequada, assim resultando no cancelamento do festival. O cancelamento serviu como um significante declínio da popularidade do rock alternativo. Em meio aos problemas do festival, Spin disse, “Lollapalooza é como um coma para o rock alternativo agora.”

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Morto o festival, apelaram para a ressurreição em países colonizados.

Em 2010, foi anunciado que Lollapalooza iria estrear na América do Sul, com um ramo do festival produzido na capital do Chile, Santiago de 2 a 3 de Abril de 2011. A lineup incluia Kanye West, Jane’s Addiction, 30 Seconds to Mars, The National, Manny and Gil the Latin, The Drums, Los Bunkers,The Killers, Ana Tijoux, Javiera Mena, Fatboy Slim, Deftones, Los Plumabits, Cypress Hill, 311, The Flaming Lips e outros.

Em 2011, foi confirmado a versão brasileira do evento, que foi feita no Jockey Club em São Paulo nos dias 7 e 8 de abril de 2012.

Veja todas as atrações do Lollapalooza 2016 na ordem divulgada pelo festival:
Eminem, Florence + The Machine, Jack Ü, Mumford & Sons, Snoop Dogg, Noel Gallagher, Tame Impala, Alabama Shakes, Zedd, Kaskade, Die Antwoord, Of Monsters and Men, Marina and the Diamonds, Cold War Kids, Odesza, Zeds Dead, Flosstradamus, RL Grime, Emicida, Bad Religion, Walk the Moon, Twenty One Pilots, Halsey, Matanza, Jungle, Marrero, Eagles of Death Metal, A-trak, Seed, Albert Hammond Jr., The Joy Formidable, Gramatik, Maglore, Vintage Trouble, Supercombo, Matthew Koma, Jack Novak, Dônica, Versalle, Groove Delight, Zerb, Karol Conka, The Baggios, Funky Fat, Dingo Bells.

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As onerosas repartições públicas das secretarias e Ministério da Cultura não promovem a música brasileira. Nem os artistas novos. Prefere mega eventos de shows superfaturados dos cantores da TV Globo.

O Lolla mantém outra que é sua principal característica: apostar em grupos não tão conhecidos no Brasil. Entre eles, o mais destacado no line-up é o Mumford & Sons, estreante por aqui. Representantes do novo rock dançante, Walk the Moon e Twenty One Pilots têm em comum o fato de serem do estado americano de Ohio.

É o cantar na língua inglesa. Precisamente no inglês dos Estados Unidos. Que mortos estão os ritmos brasileiros.

o último jogral

No festival são proibidas as músicas de Tom Jobim, João Gilberto,  Chico Buarque, Caetano Veloso, Noel Rosa, Cartola, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, Pixinguinha,  Luiz Gonzaga, Paulinho da Viola. Vinicius de Moraes, Milton Nascimento, Baden Powell, Ary Barroso, Nelson Cavaquinho,
Zé Ramalho, Adoniran Barbosa, Sivuca, Capiba, Nelson Ferreira, Getúlio Cavalcanti, entre outros mil da Pátria Amada Brasil.

A música preferida dos brasileiros

Por que não cantar em português, que aparece entre o sexto ou sétimo idioma mais falado do mundo?

Em número de pessoas

1. Chinês – 1.213 bilhão
2. Espanhol – 329 milhões
3. Inglês – 328 milhões
4. Árabe – 221 milhões
5. Hindi – 182 milhões
6. Bengali – 181 milhões
7. Português – 178 milhões
8. Russo – 144 milhões
9. Japonês – 122 milhões
10. Alemão – 90,3 milhões

Fonte: ethnologue.com (2012)

No Top 10, o português é o sexto da lista com 249 milhões de nativos + 20 milhões como segunda língua = 269 milhões no total.

Atualmente, o português é língua oficial de oito países (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste). Apesar da incorporação de vocábulos nativos e de modificações gramaticais e de pronúncia próprias de cada país, as línguas mantêm uma unidade com o português de Portugal.

O português também é falado em pequenas comunidades, reflexão de povoamentos portugueses datados do século XVI, como é o caso de: Zanzibar (na Tanzânia, costa oriental da África), Macau (ex-possessão portuguesa encravada na China), Goa, Diu, Damão (na Índia) e Málaca (na Malásia).

A língua portuguesa se faz presente em todos os continentes. Observe 

Acontece que se faz propaganda com tudo. Um exemplo, o Brasil apequenado no mapa mundi:

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O Brasil possui 198,7 milhões de habitantes (2012); e Portugal, 10,6 milhões.

Os livros sagrados das principais religiões são escritos em que idiomas?

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As 10 religiões com mais adeptos do mundo:

1º. Cristianismo – 2.106.962.000 de adeptos
2º. Islamismo – 1.283.424.000
3º. Hinduísmo – 851.291.000
4º. Religiões chinesas – 402.065.000
5º. Budismo – 375.440.000
6º. Skihismo – 24.989.000
7º. Judaísmo – 14.990.000
8º. Espiritismo – 12.882.000
9º. Fé Bahá’í – 7.496.000
10º. Confucionismo – 6.447.000

Fonte: wikipedia

Que músicas são mais cantadas: as profanas ou as religiosas?

Fiz várias perguntas para demonstrar que não se deve confiar em nenhuma lista, estatística (veja a confusão política criada pelo último censo realizado na Bolívia, para a contagem genética), que toda propaganda é inimiga da verdade e da realidade.

Nada é imparcial. Minha intenção é saber se existe uma política de degeneração da música popular brasileira.

As 10 músicas mais tocadas nas baladas do Brasil 2013

De acordo com a lista divulgada pelo Escritório Central de Arrecadação (Ecad), estas foram as músicas que mais tocaram nas baladas do Brasil, à partir do segundo semestre de 2012:

1. Titanium – David Guetta

2. Somebody that I used to know – Gotye e Kimbra

3. Gangnam style – Psy

4. We found love – Rihanna

5. Glad you came – The Wanted

6. Louquinha – João Lucas e Marcelo com MC K9

7. Camaro amarelo – Munhoz e Mariano

8. Where have you been – Rihanna

9. Feel so close – Calvin Harris

10. Gatinha assanhada – Gusttavo Lima

Por que as músicas brasileiras dificilmente são internacionais, e as escolhidas não são mais tocadas no Brasil? Confira  

O top por país, e escute as músicas aqui.

Para completar: Les chansons les plus reprises

Três perguntas finais: Nossa população negra e mestiça, que deseja ser chamada de afrodescendente, conhece a música de Angola, de Moçambique? Ainda existe música popular brasileira, que não esteja contaminada pela música estrangeira, notadamente pela estadunidense?

Nos Estados Unidos nasceram estilos como o blues, o jazz, o rock and roll e o rap.

Qual música vem sendo divulgada pelos Ministérios, secretarias estaduais e municipais do Turismo e Cultura deste Brasil colonizado?

Troque a palavra música por literatura ou livro, que você entenderá porque os escritores brasileiros são desconhecidos no Brasil e lá fora, propositadamente nos países que falam português. Que as embaixadas brasileiras apenas cuidam de encantados negócios.

Palavra final: Os caminhos da corrupção em São Paulo

O Brasil virou um país sem atrações turísticas. Cidades consideradas patrimônio da humanidade estão abandonadas pelos prefeitos e governadores. Reclama o deputado federal José Chaves de Pernambuco: A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) já concedeu o título de patrimônio mundial (cultural ou natural) para 17 localidades no Brasil. José Chaves afirma, no entanto, que esses locais não recebem tratamento diferenciado do governo federal. “O Poder Executivo insiste em tratá-los como qualquer outro município brasileiro”, critica. “Não foi para isso que a Unesco conferiu a essas cidades tão importante título.” Conheça o projeto 

As entradas das cidades brasileiras são terrivelmente iguais e feias. Favelas e mais favelas, postos de gasolina, porteira de pedágio, posto fiscal, monstruosos edifícios de shopping, hipermercado, fábricas e oficinas estrangeiras.

O turismo azul acinzentou. Desapareceram os mapas dos rios, com suas ilhas e cachoeiras; idem de suas ilhas marítimas e oceânicas. Belezas encantadas pelas outorgas. E nenhuma praia classificada entre as mais belas do mundo.

O Brasil era conhecido como terra do samba e do futebol. Os nossos melhores jogadores continuam vendidos, na lavagem de dinheiro dos cartolas, para os clubes europeus; e o Rio de Janeiro pretende o título de capital do rock, com a degeneração da MPB. 

Triste realidade de um pais atualmente famoso pelo turismo sexual e pela corrupção, inclusive como atração para investidores estrangeiros, e negócios bilionários como comprovam as atuais investigações, da justiça internacional, das propinas da Siemens e da Alstom.

 Não é de estranhar que seja proposto um antigo roteiro turístico – que pode ser realizado em qualquer outra capital: 

Numa mesma caminhada, podemos ver vários prédios públicos onde negociatas foram feitas – e os privados que delas se beneficiaram

por Milton Jung/ Revista Época

Prisão domiciliar do juiz Lalau
Prisão domiciliar do juiz Lalau

Político na cadeia não é privilégio de Brasília. Não adianta a Capital Federal ficar se vangloriando com a hospedagem oferecida aos condenados do Mensalão, porque São Paulo saiu na frente. Nem vou levar em consideração o fato de que parte dos que lá estão deveria estar aqui. Só foram para a Papuda devido ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, que nos roubou alguns deles. Antes desses aí, porém, nossa cidade já havia colocado atrás das grades ao menos um político. Foi no fim dos anos 1990, quando funcionários da prefeitura foram acusados de cobrar propina para fazer vistas grossas a irregularidades no comércio e em construções, na gestão Celso Pitta (1997-2001). Era tanta falcatrua que a Câmara Municipal instalou a CPI da Máfia dos Fiscais e pela primeira vez na história da cidade um vereador foi condenado à prisão. Vicente Viscome, denunciado em 1999, foi para a cadeia por ser um dos chefes da quadrilha. Um marco na luta contra a corrupção, definiu o promotor Roberto Porto, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) que, hoje, ocupa a Secretaria Municipal de Segurança Urbana na administração Fernando Haddad.

Encarcerar político era tão raro que o então Ministro do Turismo, Rafael Greca, me surpreendeu durante entrevista, na época, com uma ideia mirabolante. Sugeriu que se criasse um roteiro turístico da corrupção, em São Paulo, que se iniciaria na sede do Ministério Público Estadual, na rua Riachuelo, onde foi entregue a acusação que deu origem à investigação, feita pela empresária Soraia da Silva que não suportou o assédio dos fiscais que insistiam em receber dinheiro em troca da licença para a abertura de uma academia de ginástica, em 1998. Com mais dez minutos de caminhada, os turistas chegariam à Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí, onde Viscome prestou serviços. O ápice seria a visita à cadeia do 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, na qual o vereador permaneceu durante alguns dias antes de seguir para a penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba.  A proposta, como era de se imaginar, não prosperou e, um ano depois, Greca deixou o Ministério suspeito de envolvimento com donos de casas de bingo e máquinas caça-níquel. Foi inocentado, mas por pouco não virou ponto turístico em outra freguesia.

Pelas denúncias atuais, percebe-se que o “tour da corrupção” seria um negócio de alto potencial, inclusive com o patrocínio do Metrô e da CPTM que ofereceriam bilhetes mais baratos para os turistas se deslocarem pela cidade em trens e linhas superfaturados. Túneis, avenidas e viadutos fariam parte da visita. Prédios públicos onde as negociatas foram feitas e privados, que se beneficiaram delas, também. Obras inacabadas, menos atrativas,  estariam no roteiro por seu valor simbólico.  Todos seriam convidados à sede do Tribunal Regional do Trabalho, na Barra Funda, e recebidos, para um café, pelo ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, que abriria sua mansão, onde cumpre prisão domiciliar.  Os turistas fariam compras com desconto nos shoppings que pagaram propina para construir acima do permitido e, como diversão, teriam de descobrir onde estão as vagas de estacionamento exigidas por lei. Para conversar com as celebridades da corrupção recomendaria-se deixar uma “caixinha” (dois).

Enquanto ninguém se atreve a investir nesse negócio, o que vemos por aqui é a preocupação da elite política com as condições impostas aos presos.  A persistirem os sintomas, sugiro que nossos políticos em vez de cadeia, sejam condenados a frenquentar escolas e hospitais públicos.

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Degeneração da Cultura brasileira e a luta de Julia Colle contra os rodeios

A música dos Estados Unidos vem sendo cultuada no Brasil de uma maneira que provoca a degeneração da nossa cultura tão desprezada, apesar da existência de um Ministério, 26 secretarias estaduais, Distrito Federal e centenas de secretarias municipais da Cultura, além de associações, faculdades e ONGs de música.

O Rio de Janeiro virou a capital do Rock and roll.  Caldas Novas, Goiás, do country. Vem se popularizando o inferno chamado Caldas country.

São Paulo é a capital do jazz. O techno o som de todas boates. E o Spiritual, notadamente nos templos evangélicos, para diferenciar das tradicionais músicas de procissão dos católicos. Quando a música que Jesus cantou e dançou, na Última Ceia, talvez seja encontrada nos folclores judeu e árabe, especialmente no interior da Síria, e outras pequenas comunidades do Oriente Médio, onde o aramaico  ainda é falado.

Os gêneros musicais brasileiros vêm sendo abandonados. Pode-se, inclusive falar, na degeneração da música brasileira. Até o samba está destruído, na versão da TV Globo do Show Beleza e turísticas escolas de samba do Rio de Janeiro.

Citarei como exemplo apenas as músicas que dancei: modinha, lundum,  choro, baião, xaxado, bate-pé, batuque, coco, frevo canção, frevo de rua, maxixe, mineiro-pau, pastoril, maracatu e caboclinho.

Também perdidas as danças infantis. Que não mais se brinca nas ruas, nas praças, nos quintais e nas escolas. 

Esta lembrança me veio quando pesquisava a página, no Faceboox, de Julia Colle, uma garota linda de olhos azuis, azuis, que se acorrentou ao portão do Instituto Royal, que fazia dos animais cobaias para o fabrico de produtos de beleza.

O que a diferenciava de outras ativistas era o amor pelos animais além dos beagles. Dia ou noite, desde que avisada, saia para socorrer um vira-lata ferido ou abanado pelas ruas de São Roque, santo padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais e dos seus produtos e aos cães.

São Roque
São Roque

A música country embala os rodeios. Que São Roque nos livre dessa peste. Que São Sebastião livre o Rio de Janeiro da peste do rock. Amém.

Na página de Julia
Na página de Julia Colle

Dinheiro para a Cultura os prefeitos negam.

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A tradição do carnaval de Garanhuns tem festival de jazz. Nada mais pernambucano

BRA^PE_JDC A tradição do carnaval de Garanhuns tem festival de jazz. Nada mais pernambucano

Tremeis historiadores da Cultura de Pernambuco – um Roberto Benjamin, um Leonardo Dantas, um Ivan Maurício -, o governador e prefeitos gastam fortunas com camarotes e contratações de artistas de fora. Que Pernambuco se tornou, oficialmente, um vazio musical. Aliás, o Brasil. Que o Rio é a capital do rock, título disputado por Brasília. Que São Paulo é a capital do jazz, título disputado por Garanhuns.

Roberto Benjamin
Roberto Benjamin

O professor Roberto Emerson Câmara Benjamin nasceu no Recife, em 1943. É graduado em Jornalismo e em Direito. Exerceu o Ministério Público. É professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Professor visitante da Universidade de Poiters, França.

Preside a Comissão Pernambucana de Folclore.

Tem numerosas publicações de artigos em revistas e periódicos científicos sobre a temática da cultura afro-brasileira.

Coordenou as publicações “Contos populares brasileiros” e “A fala e o gesto: ensaios de folkcomunicação sobre narrativas orais”.

É autor dos livros “Arte-educação em Pernambuco”, “Folguedos e danças de Pernambuco”, “Folkcomunicação no contexto da massa” e o “Pequeno dicionário do Natal”.

Afora outros exemplares da série A África está em nós, alguns deles escritos em coautoria com as professoras Janete Lins Rodriguez e Maria Carmelita Lacerda, tem publicados, também, “Carnaval – cortejos e improvisos” em coautoria com Maria Alice Amorim, “A festa do Rosário de Pombal” em coautoria com Oswaldo Meira Trigueiro, a série de paradidáticos “Ali e os camelos”, “O mansa Musa”, “A rainha Ginga” e “A serpente de sete línguas”, ilustrados por Antônio Jirônimo Bizerril Neto e Alzir Alves de Pontes Júnior.

Considerado um dos maiores teóricos da follkcomunicação, Roberto Benjamin destaca os contextos populares como protagonistas das práticas comunicacionais. 

Formou várias gerações de jornalistas, e introduziu cursos de Jornalismo em universidades no Brasil e no exterior. Inclusive dirigiu os cursos de Jornalismo, Relações Pública e Turismo da Universidade Católica de Pernambuco.

Leonardo Dantas
Leonardo Dantas

Leonardo Antônio Dantas Silva nasceu no Recife, em dez de dezembro de 1945.

Dedicou-se desde jovem ao jornalismo, tendo sido redator do Jornal do Commercio (Recife) e Diario de Pernambuco, seguindo-se da pesquisa histórica sendo Leitor [PESQUISADOR]do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Portugal) e de outros arquivos europeus. Exerce, na atualidade, a função membro efetivo do Conselho Estadual de Cultura e Consultor do Instituto Ricardo Brennand (Recife), bem como Assessor da Companhia Editora de Pernambuco – CEPE.

Atualmente é colaborador das Revistas do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (Rio), Notícia Bibliográfica e Histórica (PUC – Campinas), Continente Multicultural (Recife), Ciência & Trópico (Fundação Joaquim Nabuco – Recife), Planeta (São Paulo), Nossa História (Rio de Janeiro), Jornal do Commercio e Diario de Pernambuco (Recife), dentre outros periódicos.

Conferencista, no Brasil e no exterior, colaborador em diversas revistas e jornais, vem se firmando no âmbito editorial e da pesquisa histórica, sendo responsável pela edição e publicação de 373 títulos, pertinentes aos estudos sociais na área do Norte e Nordeste do Brasil, 31 dos quais de sua autoria e/ou por ele organizados, no período compreendido entre 1975 e 2006.

No âmbito da administração pública, Leonardo Dantas dirigiu o Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Pernambuco (1975-1979), foi o primeiro diretor-presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife (1979-1983), ocupou a Diretoria de Assuntos Culturais da Fundarpe (1983-1987), exerceu a função de Diretor Geral da Editora Massangana da Fundação Joaquim Nabuco (1987-2003). Foi ainda o criador do Baile da Saudade (1972), do Festival Nacional do Frevo e do Maracatu – Frevança (1979), da Frevioca (1980), organizador do Carnaval do Recife (1980-1983), dentre outras promoções culturais.

Leonardo reeditou os mais importantes livros da História de Pernambuco, notadamente os tempos coloniais. Livros raros, existentes apenas em mãos de colecionadores e bibliotecas nacionais do Brasil, Portugal, Espanha, França e Holanda.
Na redação do Diário da Noite
Na redação do Diário da Noite
Ivan Maurício
Ivan Maurício
Ivan Maurício Monteiro dos Santos nasceu no Recife em 19/6/1951.
Repórter e editor do “Diário da Noite” (Recife, 1969). Estudou jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco, mas começou a profissão aos 17 anos.
Repórter, editor e diretor de redação do “Diário da Noite”, foi líder de uma turma de repórteres ainda muito jovem, que também se tornaram celebridades da imprensa.

Repórter de “O Globo”, “Surcursal Nordeste” (1972-1973), “Opinião” (1972-1976), “Manchete” (1974), “Movimento” (1976), Prêmio Esso de Jornalismo – Região Nordeste (1978). Editor do Caderno C do “Jornal do Commercio” (1978-1983). Editor do jornal “Vanguarda” (Caruaru, 1992). Editor-geral do “Diário de Pernambuco” (1994-1995).

Foi Presidente da Empresa de Urbanização e Desenvolvimento Integrado de Olinda – URB Olinda e diretor-geral do Centro de Preservação dos Sítios Históricos da Prefeitura de Olinda.

Coordenador Geral da MCI – Marketing, Estratégia e Comunicação Institucional Ltda. (Fortaleza, CE). É editor-proprietário da Editora Coqueiro, especializada na publicação de folhetos da Literatura de Cordel e livros sobre o Nordeste.

Publicou, entre outros, A vida de Frei Damião, Lampião: vida e morte em dez gravuras de literatura de cordel e O caso de Pernambuco – Do movimento de cultura popular ao movimento armorial (com Marcos Cirano e Ricardo Almeida).

Na política, foi candidato a senador pelo PSB, partido que fundou, sendo co-autor do seu espectro ideológico. Disputou o Senado com o monsenhor Mansueto de Lavor, prefeito Antonio Farias (vitoriosos) e os governadores Cid Sampaio e Roberto Magalhães.

Escritor, Ivan Maurício é um dos mais importantes enciclopedistas do Brasil.

O óbvio! Brasil só toca música brasileira desde o golpe de 64: o velho e batido rock

Os nacionalistas promotores e patrocinadores culturais decretaram o Rio de Janeiro como Capital do Rock. Propagam que a música brasileira é mesmo uma porcaria.

Quando o presidente Lula realizava suas festas de São João era chamado de caipira, operário analfabeto. A primeira dama Maria Letícia Lula da Silva foi criticada pelas elites por gostar de baião. A primeira dama Nair de Teffé levou o samba para o palácio presidencial. Foi um escândalo. 

Os Estados Unidos possuem outros ritmos além do rock and rollbluescountryrhythm and bluesjazzpoptechno e hip hop. Os imitadores brasileiros continuam no velho porão.

O DF festejou 15 anos do ajuntamento roqueiro mais caro aos brasilienses. Cabelos moicanos multicoloridos, metaleiros com cabelos na cintura ou metaleiras com maquiagem pesada, alternativos com calças apertadas, figurino xadrez e óculos com armações de todos os tamanhos, camisetas de bandas populares e obscuras e, na entrada de duas madrugadas secas e de frio moderado, o contraponto entre incansáveis e sonolentos. Foram 40 bandas, entre locais, nacionais e estrangeiras, tocando durante cerca de 20 horas de música. Os números não são modestos. Mas o saldo das duas noites sugere um entusiasmo comedido.

O PDR está longe de ser um completo fracasso — afinal, o público ainda comparece, mesmo quando tem de pagar ingresso. Porém, há equívocos que deixam o festival com um tom monocórdio, dividido entre as boas intenções de um evento que se solidariza com o maior número possível de bandas (velhas e novas) e que, ao mesmo tempo, não consegue cravar grandes atrações. O desnível entre sexta e sábado é prova disso: 20 mil na sexta-feira, certamente atraídos por Raimundos e Trivium, e apenas 10 mil no sábado, convocados pelo Sepultura. Aposto que teve dinheiro do governo no evento.

Dolce Rima interpreta “Che si puo fare” de Bárbara Strozzi (Video)

BELAS Y DIVINAS
Bello y divino

El dúo Dolce Rima está integrado por Paula Brieba e Julieta Viñas, cuyos caminos se cruzaron en la ciudad de Sevilla, atraídas ambas por la agitación cultural de la considerada capital de la Música Antigua en España, al encontrarse allí maestros internacionalmente reconocidos y una gran oferta de actividades (cursos, festivales, conciertos, etc) dedicadas a la interpretación de la música antigua con criterios historicistas.

Interesadas especialmente por la conjunción poética y musical, su repertorio se centra en el Renacimiento español de los vihuelistas y en el Seicento italiano, haciendo por tanto un doble acercamiento (literario y musical) a la cultura de los siglos XVI y XVII.

Han ofrecido conciertos en las provincias de Sevilla, Huelva, Córdoba, Toledo y Valencia, destacando la velada musical en el Patio del Círculo de la Amistad de Cabra (Córdoba), el Concierto realizado en el Centro Instructivo Musical de Benimaclet (Valencia) dentro del ciclo de conciertos programados con motivo de la celebración de su Centenario, la actuación en la apertura del primer Parador- Museo Nacional, en Oropesa (Toledo), y el Concierto de Navidad 2010 en el Palacio del Maqués de Dos Aguas (Valencia).

Entre sus trabajos, destaca la selección e interpretación de la música para la banda sonora del cortometraje Ánima, de la realizadora cubana Bebé Pérez, en cuyo estreno en la SGAE de Valencia ofreció un concierto.

El dúo musical Dolce Rima interpreta “Che si puo fare” de Bárbara Strozzi.

Escute 

Julieta Viñas
Julieta Viñas
Paula Brieba
Paula Brieba

Dolce Rima tem várias apresentações programadas, este ano, pelas principais cidades da Europa. Que venha já para o Brasil.

Estamos fartos de porcarias patrocinadas pelo governo da União, pelos governos do Estado e Capital do Rio de Janeiro, a exemplo do Rock in Rio, um evento criado pela ditadura de 64 para acabar com a Cultura brasileira, principalmente o samba. Foi assim que surgiu o asqueroso título de “Rio Capital do Rock”, para substituir o brasileiríssimo e carioca “Rio Capital do Samba”.

Outro resultado aviltante desta desnacionalização politicamente programada: São Paulo virou “Capital do Jazz”. São Paulo nunca teve música própria. É esta mentira que pretendem impor, porque esqueceram os ensinamentos de Mário de Andrade, romancista, musicólogo, historiador, crítico de arte e poeta da “Paulicéia Desvairada”.

A música brasileira tem suas raízes na música renascentista da Europa, na música do negro, na música do índio.

Os racistas escondem a musicalidade do índio, e quanto eram cultivadas a música e a poesia pelas nações indígenas. Tanto que, ante a presença de um poeta, tribos em guerra paravam um batalha para a passagem de um poeta. Um respeito que não mais existe. Quando o Brasil elegia o príncipe dos poetas. Isso até o começo do século XX. Hojemente qualquer poeta é chamado de doido ou veado.

Contacto

Paula Brieba del Rincón
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Julieta Viñas Arjona
+34 651 802 589

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1 – O Rock in Rio. A última tentativa de popularizar o golpe de 64

O Rock in Rio foi idealizado em 1984, no governo de João Figueiredo. E ocorreu no dia 11 de janeiro de 1985. Foi a última tentativa de popularizar a ditadura militar.

Em 15 de março, Figueiredo deixava a presidência, sem conseguir eleger seu sucessor. Mas o dia 31 de março daquele ano foi feriado, e comemorada a “revolução”.

O Rock in Rio foi um golpe na Cultura brasileira, uma americanização da nossa música, dos nossos costumes, para propagar a nova onda da globalização, que terminou por considerar brega as campanhas nacionalistas, tipo o “Petróleo é Nosso”.

O patriotismo era coisa de militar, e a nova onda libertária era o liberalismo, com suas privatizações unilaterais tocadas por Fernando Henrique ministro da Fazenda de Itamar Franco, e depois presidente por oito anos.

Adeus brasilidade.O Rio Capital do Samba virou Capital do Rock, e São Paulo Capital do Jazz, desde  setembro de 1978, quando foi realizado o Primeiro Festival Internacional na presidência de Ernesto Geisel.

Não havia mais lugar para o samba, agora tocado e dançado apenas no Carnaval. Aconteceu com o frevo em Pernambuco.

Continua