Eduardo Cunha o diabo insecreto

Eduardo Cunha é o político perfeito do século XIX que acha que o século XXI não é suficiente para o desmascarar.

por Miguel Esteves Cardoso
Público/ Portugal


Continuo fascinado pelos protagonistas do impeachment da Presidente Dilma Rousseff. O vilão mais Dickensiano é Eduardo Cunha, o Presidente da Câmara dos Deputados.

Eduardo Cunha é sublimemente descarado. Arnaldo Jabor e muitas outras pessoas inteligentes dizem que ele é um psicopata. Mas com admiração. E como quem o desculpa: os psicopatas não sentem culpa.

Eduardo Cunha não é apenas um beato hipócrita cuja fé em Deus não é abalada pelo pragmatismo de ter milhões de francos suiços em bancos da mesma nacionalidade.

Eduardo Cunha, quando votou pelo impeachment da Presidente Dilma, disse “Que Deus tenha misericórdia desta nação. Voto sim”.

Eduardo Cunha é membro da igreja Assembleia de Deus. Quando fala faz questão de aborrecer quem o ouve. É esse o toque de génio: não quer passar por esperto. Ouvi-lo falar é como morrer devagarinho.

Defende-se – mas pouco. O valente deputado Glauber Braga, quando votou contra o impeachment da Presidente Dilma, começou assim: “Eduardo Cunha, você é um gangster (…) A sua carreira cheira a enxofre (…) Eu voto Não”.

Eduardo Cunha apresentou-o com uma frieza e exactidão que mostraram logo quem dominava não só o reino do Mal como o reino do Bom.

Há, na representação política brasileira, uma sinceridade que revela a gula e as vantagens da corrupção. Eduardo Cunha é o político perfeito do século XIX que acha que o século XXI não é suficiente para o desmascarar.

Jair Bolsonaro é apenas um fascista estúpido.

Pastor Marcos Pereira preso por estupro, lavagem de dinheiro

O pastor Marcos Pereira, fundador da Assembléia de Deus dos Últimos Dias, foi preso acusado de diversos crimes, tais como estupro e lavagem de dinheiro.

Na política, apoiou o cantor Waguinho como candidato a senador em 2010, e a prefeito de Nova Iguaçu em 2012.

Esses pastores, esses pastores praticam crimes, e os fiéis esquecem. Veja a página de Marcos Pereira no Facebook.

“Com que intenção a prisão do pastor foi feita em plena Via Dutra, e com repórteres já presentes? Mesmo não tendo domínio de todos os fatos, o Verdade Gospel e o Pr. Silas Malafaia, mediante aos fatos mencionados aqui, acham estranhíssimo a prisão do Pr. Marcos Pereira”, questionando a cobertura da imprensa.

O juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, condenou o pastor Marcos Pereira da Silva a 15 anos de prisão por estupro. Segundo os autos, o crime foi cometido no final de 2006 contra uma seguidora nas dependências da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias.

“As testemunhas ouvidas relatam com firmeza como o acusado é uma pessoa manipuladora, fria, só pensa em si, utilizando-se das pessoas para satisfazer seus instintos mais primitivos e de forma promíscua, utiliza da boa-fé das pessoas para enganá-las. Pelo exposto e por tudo que dos autos consta, julgo procedente a pretensão punitiva para condenar Marcos Pereira da Silva”, diz a sentença, segundo o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio).

O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) denunciou o pastor Marcos Pereira e Márcio Nepomuceno dos Santos, conhecido como “Marcinho VP”, pelo crime de associação ao tráfico. O órgão solicitou ainda o pedido de prisão preventiva dos dois.

Segundo o promotor Alexandre Murilo Graça, a associação dos denunciados para o tráfico de drogas começou em 1993, época em que o religioso fazia trabalho de evangelização em presídios, delegacias e comunidades dominadas pelo tráfico. Já Marcinho VP começava a ascender na estrutura do “Comando Vermelho”, organização da qual é um dos principais chefes.

O pastor, como aponta a denúncia, começou como “pombo correio”, levando ordens de chefes do tráfico que estavam presos para as comunidades onde atuavam, aproveitando-se do fato de ter acesso aos presos. Nas comunidades cariocas –principalmente nos complexos do Alemão e da Penha– outros religiosos eram ameaçados e impedidos de realizar seus cultos, o que fortalecia a igreja de Pereira.

Só na cidade do Rio de Janeiro existem mais de mil e cem favelas, todas dominadas pelos traficantes, pelas milícias e os pastores. Assim são eleitos vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores, prefeitos e governadores.

O pastor Marcos Pereira não passou um ano preso. E mais poder vai ter essa gentalha no governo teocrata de Michel Temer-Eduardo Cunha.

Abençoado por Malafaia e Feliciano, Temer pretende instalar um teocracia no Brasil

Sem apoio popular, com um rejeição de 99 por cento, Michel Temer, para conseguir adeptos, pretende instalar no Brasil uma teocracia (do grego Teo: Deus + cracia: poder), sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de algumas religiões.

Também motiva Temer uma vingança contra o Papa Francisco, e os bispos católicos brasileiros que assinaram manifesto contra o golpe. O vencedor do prêmio Nobel da Paz em 1980, Adolfo Pérez Esquivel revelou, em entrevista ao jornalista Darío Pignotti, do jornal Página 12, Argentina, que levou à presidente Dilma Rousseff o apoio do Papa Francisco.

“O papa Francisco está muito preocupado com o que está acontecendo no Brasil; tudo isso vai trazer consequências negativas para toda a região e teremos um grave retrocesso democrático.”

Esquivel se reuniu com a presidente Dilma Rousseff e depois, no Senado, denunciou o golpe da tribuna, sob protestos de opositores como Ronaldo Sepulcro Caiado de Branco (DEM-GO), que exigiram que a palavra golpe fosse retirada das notas taquigráficas.

Esquivel disse ainda que vai escrever ao Papa sobre os acontecimentos no Brasil e afirmou que o impeachment não passa de um golpe brando. Ele também disse que Dilma é uma mulher honesta denunciada por corruptos.

 

BÊNÇÃO DE MALAFAIA E AS MULHERES DÓ LAR

 

O primeiro a abençoar Temer, foi o deputado Silas Malafaia, que votou na Câmara dos Deputados pela cassação de Dilma.

O pastor e líder do Ministério Vitória em Cristo, ligado à Assembleia de Deus. Malafaia, considerado um pastor evangélico com posições de extrema-direita, é um crítico feroz do governo da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o ex-candidato à Presidência da República e presidente do Partido Social Cristão (PSC), Pastor Everaldo, “na oração, ele [pastor Silas Malafaia] desejou que Deus dê sabedoria ao vice-presidente para que ele dirija a nação para tirá-la do fundo do poço”. O pastor Everaldo foi o responsável pelo encontro.

O presidente do PSC diz que se a presidente Dilma tivesse “o mínimo de bom senso renunciaria ao cargo antes que o Senado faça a sessão de admissibilidade do processo de impeachment”.

Ele também disse considerar um “golpe” a ideia de antecipar as eleições presidências. “Isso seria um golpe e não é previsto na Constituição Federal”, afirmou. Temer também chamou de golpe a possibilidade de antecipação das eleições.

Em apoio  à revista Veja, que publicou reportagem anunciando que Marcela Temer, a terceira ou quarta esposa do vice que traiu Dilma, é “bela, recatada e do lar“, a mulher de Malafaia lançou uma campanha indicando que o lugar ideal da mulher continua na cozinha.

campanha para valorizar as mulheres dó lar foi resumida na proposta da pastora  Ana  Paula Valadão: As “mulheres vitoriosas” deveriam postar no seu Facebook, Instagram e Twitter, uma foto com a sua família (filhos e marido), ou uma foto com um avental, ou lavando louça, ou com o bebê no colo, para mostrar que elas cuidam do lar”.

Escondeu a pastora Ana Paula que Elizete  Malafaia tem se revelado uma excelente e atuante executiva, além de exercer as funções de pastora, administra a editora Central Gospel.

 

Temer pede oração a Feliciano, que “ordena” que os demônios saiam do Brasil

 

por Leonardo Miazzo

 

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), apelou a evangélicos ligados ao deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Em vídeo enviado ao encontro Gildeões Missionários, em Camboriú (SC), no último sábado (30), Temer pediu “orações pelo Brasil” e “para mim mesmo”. Feliciano conduziu uma oração dizendo que o Brasil vai se tornar “uma nação poderosa” e que as pessoas que estão na pobreza “não passarão mais fome”.

Apesar de ser um dos articuladores da derrubada de um governo pelo qual foi eleito vive, Temer insinuou que o governo petista é que prega a cisão dos brasileiros. “Nos últimos tempos, tem sido muito pregada a desunião do Brasil, ou seja, brasileiros contra brasileiros, que desautoriza qualquer proposta de harmonia no nosso país.” Temer tratou o pastor como “velho amigo e companheiro de lutas políticas”, e o chamou de “Marcos” repetidamente na gravação.

O vice foi muito saudado por Feliciano, tido como uma das lideranças do fundamentalismo religioso no Congresso e uma das expressões da chamada bancada BBB (bíblia, bala e boi), defensor de projetos como a Cura Gay, a Proposta de Emenda à Constituição que dá a organizações religiosas o direito de questionar leis no Supremo Tribunal Federal (STF), o Estatuto da Família e o Estatuto do Nascituro.

“Nosso ‘presidente’ é um homem temente a Deus e está rogando oração da igreja. Dentro de 15 ou 20 dias este homem vai assumir a presidência do Brasil. Eu tenho certeza que deus vai mudar a nossa história e a história do Brasil”, afirmou Feliciano a milhares de evangélicos, que no entanto, não demonstraram entusiasmo com as declarações de Temer.

Feliciano disse que Temer não foi pessoalmente ao evento para não dizerem que estava se aproveitando daquele momento para dar um golpe. “Não existe golpe nenhum, é democracia.”

“Nesse momento decretamos que esse espírito que divide o país está sumindo daqui. Um tempo de unidade, de prosperidade, vai cair sobre a nação brasileira. Nós ordenamos que todos os demônios desapareçam da nossa nação e profetizamos que o Brasil é do Senhor Jesus”, seguiu Feliciano.

Este filme mostra a cura gay

CNBB pede respeito ao Estado Democrático de Direito: “É preciso ter consciência de que não pode ser um mero interesse pessoal, partidário e corporativista. Tem que seguir a Constituição e a verdade dos fatos”

Em documento divulgado nesta quinta-feira, 14, intitulado “Declaração da CNBB sobre o momento nacional”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil diz que o processo de impeachment de uma presidente da República não pode atender “interesses pessoais, partidários e corporativistas”, e deve-se respeitar “o ordenamento jurídico do Estado Democrático de Direito”.

O documento foi lido durante a 54ª Assembleia Geral da CNBB, que termina nesta sexta-feira, 15, em Aparecida, interior paulista. A entidade católica diz que o “bem da nação requer de todos a superação de interesses pessoais, partidários e corporativistas”.

O presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, afirmou que a entidade optou por “não manifestar uma posição político-partidária, nem emitir uma parecer mais técnico” sobre o impeachment de Dilma porque seria entrar em um campo que não diz respeito à Igreja Católica.

Já o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, defendeu o que estabelece a Constituição sobre o assunto. “Seria deselegante de nossa parte ficarmos citando nomes, mas creio que essas questões todas envolvem também o julgamento do impeachment. É preciso ter consciência de que não pode ser um mero interesse pessoal, partidário e corporativista. Tem que seguir a Constituição e a verdade dos fatos”, afirmou. Transcrito do portal do Conselho Nacional de Igrejas de Igrejas Cristãs do Brasil

CNBB: ‘Não vamos apoiar golpe contra governo que nasceu dos pobres’

Dom Ailton Menegussi: “Que sejam punidos políticos de todos os lados porque sabemos que têm um monte de processos de outros políticos e que são engavetados.

Os culpados não é só desse partido ou só daquele. Não sejamos bobos”

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por Luiz Muller, em seu blog

O bispo Dom Ailton Menegussi, da Diocese de Cratéus (CE), rechaçou duramente a tentativa de golpe contra o governo da presidente Dilma; ele disse que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não aceita que “partidos políticos se aproveitem a crise para dar golpe no País”; segundo o bispo, “tem muita gente pousando de santinho”, fazendo “discurso bonito porque querem poder”; “Que sejam punidos políticos de todos os lados porque sabemos que têm um monte de processos de outros políticos e que são engavetados. Mas quando se trata de governo que nasceu dos pobres, esse é criminoso. Nós não pensamos assim”; veja o vídeo

O bispo Dom Ailton Menegussi, da Diocese de Cratéus (CE), rechaçou duramente a tentativa de golpe contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele disse que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não aceita que “partidos políticos se aproveitem a crise para dar golpe no País”.

“Não vamos apoiar a troca de governo, de pessoas interesseiras. Tem muita gente pousando de santinho, mas nunca pensou em pobre. Fazem discurso bonito porque querem poder, e a CNBB não concorda”, disse ele para religiosos em Tauá, no Sertão cearense. “Que sejam punidos políticos de todos os lados porque sabemos que têm um monte de processos de outros políticos e que são engavetados. Mas quando se trata de governo que nasceu dos pobres, esse é criminoso. Nós não pensamos assim”.

Na avaliação do bispo, a Justiça “está tratando criminosos antes de provas as coisas”. “Uma vez provadas, que se punam os culpados. Agora os culpados não é só desse partido ou só daquele. Não sejamos bobos”, afirmou. “Queremos que o País seja respeitado, que os cidadãos seja respeitados”.

Os falsos profetas pregam o golpe e o retorno da ditadura

Silas Malafaia está na lista dos falsos profetas. Veja trechos de uma entrevista:

 

BBC Brasil – O que significa o termo profético?
Silas Malafaia – Um ato profético é fazer declarações sobre o futuro de um país. Profecia é coisa que ainda vai se cumprir, correto? É algo que vai acontecer e que se antecipa. Nós vamos declarar que o Brasil vai ser próspero, vai ter paz e vai ficar livre da corrupção, da crise econômica. Isso tudo é profético.
BBC Brasil – Então sua profecia é que crise econômica e corrupção vão terminar junto com o governo.
Silas Malafaia – Isso aí. É isso aí. É isso aí mesmo. O ato profético é para isso, é para declarar que a corrupção vai acabar, que toda a bandalheira vai ser exposta, que não vai ter derramamento de sangue, porque os ‘esquerdopatas’ têm o DNA da baderna, da desordem.
BBC Brasil – Não parece é difícil bancar uma profecia de fim da crise econômica e da corrupção, pastor?
Silas Malafaia – Não é difícil, não, rapaz. Na Bíblia, em épocas em que Israel vivia períodos de crise e fome, levantava um profeta que dizia que viria um tempo de paz e prosperidade. E aquilo tudo mudava. Então nós conhecemos esta prática. Agora, eu, além de liberar a palavra profética, vou ‘sacudir a roseira’ sobre o que está acontecendo, não tenha dúvida.

OS PASTORES MAIS RICOS DO BRASIL

As religiões existem a milhares de anos e cada uma tem a sua maneira de tratar o dinheiro que é recolhido dos fiéis. Algumas fazem caridades, outras investem em instituições, outras não se sabe ao certo o que é feito com o dízimo. E de tempos em tempos a gente vê escândalos sobre líderes religiosos que roubam o dinheiro dos fiéis e ainda sim continuam por ai impunes. Conheça os cinco mais ricos aqui 

Dilma seria a primeira vítima de um impeachment votado pelo Congresso

O GOLPE NÃO PASSARÁ

 

Pela mostragem do jornal golpista O Estado de São Paulo, os bandos comandados por Michel Temer, Eduardo Cunha, José Serra, Aécio Neves, Bolsonaro e Caiado ainda  não conseguiram os votos para cassar Dilma Rousseff.

Antes de Dilma existiram dois processos de impeachment: contra Getúlio Vargas acusado de querer implantar uma república sindicalista. A mesma acusação valeu para os militares decretarem a ditadura de 64. A petição contra Getúlio foi rejeitada pela Câmara em 1953.

O impeachment de Fernando Collor, acusado de corrupção pelas suas ligações com PC Farias, não chegou a ser votado. Ele renunciou  em meio ao processo, em 1992.

Caso a conspiração de Cunha prevaleça, Dilma seria vítima do primeiro impeachment na História da República do Brasil.

O Estado de São Paulo, jornal separatista da tentativa de guerra civil em 1932, golpista em 1954, que resultou no suicídio de Getúlio Vargas, golpista em 64, com a derrubada de Jango, publicou ontem a seguinte manchete enganosa:

 

“Oposição tem 261 votos por
impeachment e governo, 117″

Comenta Anthony Garotinho:

O Estadão ouviu 442 dos 513 deputados. O placar ficou em 261 pró-impeachment e 117 contra. É claro que é apenas um levantamento que retrata o sentimento hoje.

Nas próximas duas semanas quando Eduardo Cunha pretende votar o parecer que for aprovado na Comissão Especial do Impeachment muita água vai rolar para os dois lados.

Mas se tomarmos a amostragem do Estadão, o impeachment não passaria. Se fossem 442 deputados seriam necessários 294 votos para o processo de impeachment ser aberto, mas só 261 se dizem favoráveis hoje.

A verdade é que tanto o governo quanto a oposição calculam que existam hoje em torno de 50 deputados indecisos. E o governo está em campo jogando todas as cartas, um por um dos parlamentares.

O sentimento da maioria hoje em Brasília é o que na Câmara o impeachment já esteve mais forte, e que o governo já conseguiu atrair alguns votos. Mas como diz o jargão do futebol “o jogo só acaba quando termina”.

Artigos dos Bispos. Impeachment sem fundamento legal e justificativa

DEMOCRACIA POSTA À PROVA

por Dom Luiz Demétrio Valentini
Bispo Emérito de Jales

Estamos na iminência de uma ruptura constitucional. Em momentos assim, se faz necessário um apelo à consciência democrática, e uma advertência dos riscos de uma decisão política profundamente equivocada.

Falando claro e sem rodeios: com a tentativa de impeachment da Presidente Dilma, procura-se revestir de legalidade uma iniciativa política com a evidente intenção de destituir do poder quem foi legitimamente a ele conduzido pelo voto popular.

Isto fere o âmago do sistema democrático, que tem como pressuposto básico o respeito aos resultados eleitorais.

É preciso desmascarar a trama que foi sendo urdida, para criar artificialmente um pretenso consenso popular, para servir de respaldo aos objetivos que se pretende alcançar.

É notável que desde as últimas eleições presidenciais, os derrotados não aceitaram o resultado das urnas, e traduziram seu descontentamento em persistentes iniciativas de deslegitimar o poder conferido pelas eleições.

Outra evidência é a contínua e sistemática obstrução das iniciativas governamentais, praticada especialmente por membros do Congresso Nacional, com o evidente intuito de inviabilizar o governo, e aplainar o caminho para o golpe de misericórdia contra ele.

Está em andamento um verdadeiro linchamento político, conduzido sutilmente por poderosos meios de comunicação, contra determinados atores e organizações partidárias, que são continuamente alvo de acusações persistentes e generalizadas, e que se pretende banir de vez do cenário político nacional.

Causa preocupação a atuação de membros do Poder Judiciário, incluindo componentes da Suprema Corte, que deixam dúvidas sobre as reais motivações de suas decisões jurídicas, levando-nos a perguntar se são pautadas pelo zelo em preservar a Constituição e fazer a justiça, ou se servem de instrumento para a sua promoção pessoal ou para a vazão de seus preconceitos.

Em meio a esta situação limite, cabe ao povo ficar atento, para não ser ludibriado.

Mas cabe ao Judiciário a completa isenção de ânimo para garantir o estrito cumprimento da Constituição.

E cabe ao Congresso Nacional terminar com sua sistemática obstrução das iniciativas governamentais, e colaborar com seu apoio e suas sugestões em vista do bem comum, e não de interesses pessoais ou partidários.

Em vez deste impeachment sem fundamento legal e sem justificativa, que nos unamos todos em torno das providências urgentes para que o Brasil supere este momento de crise, e reencontre o caminho da verdadeira justiça e da paz social.

Mahmoud Ahmadinejad, Benjamin Netanyahu, Hitler e o Holocausto

 

Perguntou Mahmoud Ahmadinejad, quando presidente do Irão:”Se o Holocausto, como eles dizem, é verdade, por que não oferecem provas?”

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que Adolf Hitler foi influenciado a matar judeus pelo grão-mufti de Jerusalém Haj Amin al-Husseini. Segundo o chefe de governo, o plano inicial de Hitler era expulsar os judeus, mas ele teria mudado de idéia e teria sido convencido a exterminá-los após um encontro com o líder palestino.

A Ilga relaciona os países que proíbem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Mas não conheço nenhuma campanha que condene os países que proibem uniões inter-raciais.

A Wikipédia historia: “Leis anti-miscigenação, também conhecidas como leis da miscigenação, foram leis que proibiam casamentos inter-raciais e por vezes sexo inter-racial entre brancos e membros de outras raças. Nos Estados Unidos, casamento, coabitação e sexo inter-raciais foram denominados como miscigenação a partir de 1863.

Na América do Norte, leis contra casamento e sexo inter-raciais existiram e foram praticadas nas Treze Colónias a partir do século XVII e subsequentemente em vários estados e territórios dos Estados Unidos da América até 1967. Leis semelhantes foram também aplicadas na Alemanha Nazi de 1935 até 1945, e na África do Sul durante o Apartheid de 1949 até 1985″.

Um pais racista, considerado democrático, os Estados Unidos possuem leis exóticas e aberrantes. No Arizona é proibido ter mais de dois “consolos” em casa. Em Arkansas, sexo oral é considerado sodomia. Carolina do Norte, todos os casais que pernoitarem em hotéis são obrigados a ter um quarto com duas camas, a pelo menos 61 centímetros de distância. Fazer amor no espaço entre as duas camas é estritamente proibido. Carolina do Sul, mulheres solteiras não podem comprar calcinhas comestíveis. Colorado, manter casas onde pessoas solteiras fazem sexo. Florida, beijar seios de mulher é proibido. São leis que, no Brasil, defendem os Bolsonaro e os pastores eletrônicos exploradores dos templos como Silas Malafaia, Valdemiro Santiago.

Várias religiões condenam o chamado casamento misto: o judaísmo,  o islamismo.

A mulher árabe só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter quatro mulheres ao mesmo tempo; e só pode casar com um muçulmano, ao contrário do homem, que pode casar com uma mulher de outra religião.

O líder judeu Zvi Tau, presidente da Har Hamor Yeshiva (centro de ensinos religiosos da Torá e do Talmud), escreveu um documento no qual orienta que “o lugar das mulheres é em casa”, e que as mulheres não devem receber o mesmo nível de instrução que os homens.  Os judeus são extremamente machistas e relegaram à`mulher uma condiçao de inferioridade. O cristianismo, com o misogismo de São Paulo, convive com essa realidade patriarcal.

Estranha e curiosamente, os profetas do islamismo são judeus: Adam (Adão), Nuh (Noé), Ibrahim (Abraão), Musa (Moisés), Isa (Jesus).  E o árabe Muhammad (Maomé), que foi o último profeta, sendo por isso conhecido como o Selo dos Profetas.

Na Bíblia não existe nenhuma referência ao lesbianismo. Portanto, pelos chamados livros sagrados das três religiões do deserto, não há como condená-lo, isto é, considerá-lo pecado (crime, para Jesus).

Os conceitos de raça inferior, de povo eleito, escolhido,  de castas, o racismo, a xenofobia, a proibição dos casamentos inter-raciais, o grito de morte aos heréticos motivam os holocaustos.

De um livro inedito transcrevo

JIHAD

O homem o lobo
do homem
na terra mãe
na terra santa
três vezes
santa

Dos filisteus
os palestinos
o destino

Pouco a pouco
perderão
cada cabrito
Pouco a pouco
perderão
cada poço

Dos filisteus
os palestinos
o destino

Pouco a pouco
perderão
cada pedaço
de chão

Dos palestinos
o sinistro destino
de acampar
restritos espaços
nos longínquos
países da escravidão
e exílio

INTIFADA 

Encurralados em Jerusalém
para defenderem-se da guerra nas estrelas
os palestinos possuem pedras
não mais do que pedras
as pedras santas
da Cidade Santa

Os judeus esqueceram
bastou a Davi
uma funda
uma pedra

Os judeus esqueceram
Davi tirou do alforje
uma pedra
uma pedra
que feriu mortalmente
o filisteu na fronte

CÚPULA DA PEDRA

Em Jerusalém uma pedra

Dos judeus a convicção
a criação do mundo
a partir de uma pedra

A pedra que estava Abraão
quando falou com Deus
A pedra de onde Maomé
ascendeu ao céu
para rezar com Deus

Em Jerusalém uma pedra
divide duas religiões
em uma guerra santa

Em Jerusalém uma pedra


Poemas do livro inédito O Judeu Errante de Talis Andrade

Igrejas Cristãs contra decisão de Alckmin de fechar 93 escolas e transferir 311 mil estudantes

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC expressa sua solidariedade aos e às estudantes mobilizados/as no estado de São Paulo por uma educação pública de qualidade.

Eis a nota oficial da CONIC: A educação é um direito humano básico e precisa ser garantida pelo Estado. Compreendemos que a mobilização e reivindicação dos e das estudantes é pela garantia desse direito. Neste sentido, a mobilização é inteiramente legítima em um estado democrático de direito.

A falta de abertura para o diálogo e o aparato repressor utilizado pelo Estado de São Paulo causam surpresa e indignação. Compreende-se que a sociedade civil e Estado deveriam ter canais abertos de diálogo, principalmente quando o assunto em questão é um tema tão relevante quanto a educação.

O anúncio do adiamento da proposta de reorganização da rede estadual de educação anunciada no dia 04 de dezembro não é suficiente. Não há garantias da suspensão de fechamento das 93 escolas e da transferência de 311 mil estudantes.

Pedimos que o governo do estado de São Paulo estabeleça um imediato canal de diálogo com a comunidade escolar. A construção da solução deve ser coletiva e ter como objetivo final melhorar a qualidade da educação e não apenas reduzir gastos.

Aos e às estudantes e seus familiares, nossa solidariedade, em especial, para aqueles e aquelas que sofreram violência policial.