O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que Adolf Hitler foi influenciado a matar judeus pelo grão-mufti de Jerusalém Haj Amin al-Husseini. Segundo o chefe de governo, o plano inicial de Hitler era expulsar os judeus, mas ele teria mudado de idéia e teria sido convencido a exterminá-los após um encontro com o líder palestino.
A Ilga relaciona os países que proíbem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Mas não conheço nenhuma campanha que condene os países que proibem uniões inter-raciais.
A Wikipédia historia: “Leis anti-miscigenação, também conhecidas como leis da miscigenação, foram leis que proibiam casamentos inter-raciais e por vezes sexo inter-racial entre brancos e membros de outras raças. Nos Estados Unidos, casamento, coabitação e sexo inter-raciais foram denominados como miscigenação a partir de 1863.
Na América do Norte, leis contra casamento e sexo inter-raciais existiram e foram praticadas nas Treze Colónias a partir do século XVII e subsequentemente em vários estados e territórios dos Estados Unidos da América até 1967. Leis semelhantes foram também aplicadas na Alemanha Nazi de 1935 até 1945, e na África do Sul durante o Apartheid de 1949 até 1985″.
Um pais racista, considerado democrático, os Estados Unidos possuem leis exóticas e aberrantes. No Arizona é proibido ter mais de dois “consolos” em casa. Em Arkansas, sexo oral é considerado sodomia. Carolina do Norte, todos os casais que pernoitarem em hotéis são obrigados a ter um quarto com duas camas, a pelo menos 61 centímetros de distância. Fazer amor no espaço entre as duas camas é estritamente proibido. Carolina do Sul, mulheres solteiras não podem comprar calcinhas comestíveis. Colorado, manter casas onde pessoas solteiras fazem sexo. Florida, beijar seios de mulher é proibido. São leis que, no Brasil, defendem os Bolsonaro e os pastores eletrônicos exploradores dos templos como Silas Malafaia, Valdemiro Santiago.
Várias religiões condenam o chamado casamento misto: o judaísmo, o islamismo.
A mulher árabe só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter quatro mulheres ao mesmo tempo; e só pode casar com um muçulmano, ao contrário do homem, que pode casar com uma mulher de outra religião.
O líder judeu Zvi Tau, presidente da Har Hamor Yeshiva (centro de ensinos religiosos da Torá e do Talmud), escreveu um documento no qual orienta que “o lugar das mulheres é em casa”, e que as mulheres não devem receber o mesmo nível de instrução que os homens. Os judeus são extremamente machistas e relegaram à`mulher uma condiçao de inferioridade. O cristianismo, com o misogismo de São Paulo, convive com essa realidade patriarcal.
Estranha e curiosamente, os profetas do islamismo são judeus: Adam (Adão), Nuh (Noé), Ibrahim (Abraão), Musa (Moisés), Isa (Jesus). E o árabe Muhammad (Maomé), que foi o último profeta, sendo por isso conhecido como o Selo dos Profetas.
Na Bíblia não existe nenhuma referência ao lesbianismo. Portanto, pelos chamados livros sagrados das três religiões do deserto, não há como condená-lo, isto é, considerá-lo pecado (crime, para Jesus).
Os conceitos de raça inferior, de povo eleito, escolhido, de castas, o racismo, a xenofobia, a proibição dos casamentos inter-raciais, o grito de morte aos heréticos motivam os holocaustos.
De um livro inedito transcrevo
JIHAD
O homem o lobo
do homem
na terra mãe
na terra santa
três vezes
santa
Dos filisteus
os palestinos
o destino
Pouco a pouco
perderão
cada cabrito
Pouco a pouco
perderão
cada poço
Dos filisteus
os palestinos
o destino
Pouco a pouco
perderão
cada pedaço
de chão
Dos palestinos
o sinistro destino
de acampar
restritos espaços
nos longínquos
países da escravidão
e exílio
INTIFADA
Encurralados em Jerusalém
para defenderem-se da guerra nas estrelas
os palestinos possuem pedras
não mais do que pedras
as pedras santas
da Cidade Santa
Os judeus esqueceram
bastou a Davi
uma funda
uma pedra
Os judeus esqueceram
Davi tirou do alforje
uma pedra
uma pedra
que feriu mortalmente
o filisteu na fronte
CÚPULA DA PEDRA
Em Jerusalém uma pedra
Dos judeus a convicção
a criação do mundo
a partir de uma pedra
A pedra que estava Abraão
quando falou com Deus
A pedra de onde Maomé
ascendeu ao céu
para rezar com Deus
Em Jerusalém uma pedra
divide duas religiões
em uma guerra santa
Em Jerusalém uma pedra
— Poemas do livro inédito O Judeu Errante de Talis Andrade
O papa Francisco vem sendo criticado, injuriado e boicotado pela imprensa capitalista. Por quê? Esta frase título bem explica o motivo:
“Bilionário ameaça parar com doações se Papa continuar a pedir apoio aos mais pobres”.
O jornalista Fernando Brito publica o fac-símile da capa de um jornal de humor, “onde o Papa Francisco aparece maquiado, com a boca delineada por batom e de brinco, e pergunta:
“E com Maomé, pode?”. Pode sim. Como faz a revista parisiense Charlie Hebdo, de propriedade dos banqueiros Rothschild, que satiriza todas religiões, menos o judaísmo, fonte do cristianismo e do islamismo.
A imprensa monopolista brasileira, das famílias Marinho, Frias e Mesquita, censura e deturpa as palavras de Francisco.
Duvido que o Globo, o Estadão e a Folha de S. Paulo destaquem as palavras do Papa publicadas hoje no Osservatore Romano:
Recordando que «não existe uma humanidade sem cultivo da terra», o Papa Francisco pediu que a agricultura seja «reconhecida e valorizada adequadamente, inclusive nas concretas escolhas políticas e económicas». E convidou a não ceder à tentação de «vender a mãe terra», sacrificando o seu cultivo a favor de actividades «aparentemente mais rentáveis». O Pontífice denunciou novamente «a cultura do descarte» que desperdiça os alimentos, esfomeando populações inteiras: «com o pão não se brinca» admoestou, exortando a repensar «profundamente o sistema de produção e de distribuição alimentar»
“Bilionário ameaça parar com doações se Papa continuar a pedir apoio aos mais pobres”
As igrejas cristãs são dos pobres, e nunca de um bilionário varejista que, quando morrer, espera levar toda fortuna para o túmulo
O bilionário Kenneth Langone, fundador da Home Depot, empresa varejista norte-americana de produtos para casa, enviou um aviso ao Papa Francisco durante uma entrevista no canal CNBC: pessoas “como ele” estão se sentindo ofendidas com as mensagens do Vaticano em apoio aos mais pobres.
Para completar, disse que se o Pontífice continuasse a fazer declarações contra o capitalismo, ele iria parar com as doações que realiza.
Em um discurso realizado no Brasil em julho, o Papa Francisco pediu para “aqueles que têm posse de grandes recursos” não pararem de lutar por um mundo mais justo e solidário. “Ninguém deve se manter insensível em relação à desigualdade que enfrentamos”, afirmou Francisco. Fonte: Forbes/MSN Notícias
E com Maomé, pode?
por Fernando Brito
A revista de humor Barcelona – que modestamente se intitula “uma solução europeia para os problemas dos argentinos” – publicou no final do ano passado, uma capa onde o Papa Francisco aparece maquiado, com a boca delineada por batom e de brinco.
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E o título, garrafal: ¡Putazo!
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Se é preciso tradução para a gíria portenha digamos que é um chamar de “gay” de forma ofensiva.
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A editora da revista, Ingrid Beck, topou ser entrevistada por Eduardo Feinmann, um apresentador de TV conservador e dado a grosserias no padrão Danilo Gentilli.
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O resultado é uma sessão de baixaria, porque Feinmann chama a jornalista de “mal-nascida”.
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O que é, por lá, é quase um “puta”.
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Beck tenta argumentar, mas acaba se ofendendo e deixa a entrevista.
Uma imbecilidade mútua.
Que foi planejada pelo entrevistador e aceita pela entrevistada, que acha que “imprensa” é um salvo conduto universal, que nos dá direito a tudo, como davam as “carteiradas” de jornalistas no passado.
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É uma boa advertência para os limites da atividade de jornalista, dos dois lados.
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Se o leitor acho que foi ofensiva ao Papa ou se foram ofensivos a Ingrid, porque é aceitável ser ofensivo aos islâmicos?
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Não gozamos de imunidade para fazer “gracinhas” ofensivas a pessoas ou a símbolos religiosos.
Se o fazemos, estamos sujeitos à receber, na mesma moeda.
E reduzimos o nosso papel a uma briga de botequim.
A Igreja Católica, em 1964, promoveu procissões de pregação do golpe militar, com a TFP – Tradição, Família e Propriedade, e o slogan hoje usado, pela direita, na Bolívia e na Venezuela: “a família que reza unida permanece unida”.
Com o aparecimento da Teologia da Libertação, os militares decidiram exportar, dos Estados Unidos, as igrejas pentecostais, que no Brasil atuam na política, elegendo pastores conservadores, para combater o casamento igualitário e libertário (o chamado casamento gay), e religiões nativas, notadamente de origem africana e indígena.
Essa nova onda de guerra religiosa recrudece quando a Igreja Católica, Apostólica e Romana sai das trevas da Santa Inquisição.
Francisco abre a Igreja às novas formas de família
O papa Francisco durante um encontro, no sábado, com atletas paralímpicos no Vaticano: AFP
por Pablo Ordaz/ El País/ Espanha
á há um membro do alto clero preso por lavagem de dinheiro e um arcebispo em prisão domiciliar por abuso de menores. O papa Francisco não foi a Milão, Londres ou Madri, mas à Coreia, à Albânia e à ilha de Lampedusa, lugares aonde o vento nunca soprou a favor nem do catolicismo e nem da própria vida. A agenda que Jorge Mario Bergoglio marcou quando, segundo suas próprias palavras, chegou ao Vaticano “do fim do mundo” está sendo cumprida. Um plano de transparência para o dinheiro do IOR (Instituto para as Obras de Religião), tolerância zero com os pedófilos e viagens constantes para a periferia do mundo. A etapa seguinte, que começa neste domingo com o Sínodo sobre a Família, é talvez a mais difícil, porque consiste em abrir as portas da Igreja aos que foram se afastando pelos azares da vida – divorciados que voltaram a se casar – ou aos que sempre as encontraram fechadas – união estável, novas famílias que surgem de relações quebradas, filhos adotados por casais do mesmo sexo. E é precisamente nessa distância curta entre o dogma e a tradição onde joga um papa como Francisco.
Não à toa, este está sendo o momento em que os setores mais retrógrados da Igreja – aqueles que sempre viram Francisco com desconfiança, mas não falaram nada por medo de serem afastados pelo líder – estão saindo à luz. O exemplo mais claro é o livro que o cardeal alemão Gerhard Müller, o poderoso prefeito para a Congregação para a Doutrina da Fé, e outros quatro cardeais – um norte-americano, outro alemão e dois italianos – publicaram junto ao Sínodo da Família. Nele, se opõem frontalmente ao retorno aos sacramentos de divorciados que voltaram a se casar, ou a que, em determinados casos de fracasso matrimonial, o procedimento de anulação seja acelerado e simplificado. “Está em jogo a lei divina”, afirmam os autores do livro, “porque a indissolubilidade do matrimônio é uma lei proclamada diretamente por Jesus e confirmada muitas vezes pela Igreja. O matrimônio só pode ser dissolvido pela morte”.
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Os mais críticos com as reformas do Papa alegam que “a lei divina está em jogo”
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Müller, atual chefe do antigo Santo Oficio, mesmo cargo que Joseph Ratzinger exerceu até substituir João Paulo II, diverge nada mais e nada menos que do próprio Jorge Mario Bergoglio, do cardeal de sua confiança Walter Kasper – “todo pecado pode ser perdoado, o divórcio também” – e do cardeal Lorenzo Baldisseri, que será justamente o secretário do Sínodo da Família. Baldisseri, como bom italiano, prefere mediar as partes antes que o sangue chegue ao rio, mas nem por isso esconde sua opinião ou a do Papa: “As coisas não são estáticas. Caminhamos através da história, e a religião cristã é histórica, e não ideológica. O contexto atual da família é diferente de 30 anos atrás, dos tempos em que se publicou a Familiaris Consortio (a Exortação Apostólica de João Paulo II). Se negarmos isso, ficaremos presos há 2.000 anos. O Papa quer abrir a Igreja. Há uma porta que até agora esteve fechada, e Francisco quer abri-la”.
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O cardeal Baldisseri replica aos conservadores que “as coisas não são estáticas” e Bergoglio quer abrir uma porta que estava fechada
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Mais claro que isso apenas a água. Tão claro que, como se um sino tivesse sido tocado, os guardiões da tradição estão acordando. A última aparição foi do cardeal esloveno Franco Rodé, antigo prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada, que falou de Bergoglio sem meias palavras: “Sem dúvida, o Papa é um gênio da comunicação. Parece simpático, e isso conta a seu favor. Mas suas opiniões sobre o capitalismo e a justiça social são excessivamente de esquerda. Claramente está marcado pelo ambiente do qual vem. Na América do Sul, há grandes diferenças sociais e cada dia se produzem grandes debates sobre essa questão por lá. Mas essa gente fala muito e resolve pouco”. Não se trata apenas do desabafo isolado de um cardeal que vê, aos 80 anos, aquilo que decorou estar sendo mudado, mas um pensamento que reflete o sentimento contrário às reformas de um setor que, ainda que minoritário, continua existindo dentro do Vaticano e permanece alerta, atento. Tanto que aquelas conspirações que marcaram os últimos dias do pontificado de Bento XVI estão voltando a surgir: relatórios secretos, vazamentos, acusações com mais ou menos fundamentos que tentam desqualificar os mais próximos colaboradores de Francisco, inclusive o cardeal australiano George Pell, atual prefeito da Secretaria de Economia da Santa Sé. Resta saber se são os últimos suspiros de uma época terrível para o Vaticano – o caso do Vatileaks, que foi fechado, talvez em falso, e a detenção do mordomo de Ratzinger – ou o princípio das hostilidades contra Bergoglio.
Um muçulmano no Sínodo Católico
Não é um processo rápido ou propenso às grandes manchetes. O Sínodo da Família, cujo título é “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”, que será desenvolvido até o próximo dia 19, contará com 253 participantes, dos quais 191 serão “padres sinodais”, e o resto se dividirá entre especialistas laicos e – pela primeira vez em um Sínodo – 14 famílias do Líbano, Congo, Ruanda, Filipinas e diversos países da Europa. Entre eles, está um casal formado por uma católica e um muçulmano. Os bispos, que já enviaram ao Vaticano o conteúdo dos seus discursos para eles serem ordenados por grupos temáticos, têm quatro minutos para defender suas propostas. O debate servirá para elaborar um documento que será enviado às Conferências Episcopais de todo o mundo. Portanto, como avisou o cardeal Lorenzo Baldisseri, o Sínodo “não tomará decisões” e suas conclusões serviram apenas “de base para a segunda assembleia, que se celebrará em 2015”. Será, portanto, no ano que vem que se anunciará a nova postura da Igreja para as famílias, se houver uma.
O interesse no momento não são tanto as respostas – que demoraram para chegar –, mas até que ponto a Igreja está disposta a se questionar e se alterar ou se continuará cômoda e presa a uma tradição que afasta os fiéis. Na véspera do Sínodo, e aproveitando sua conta no Twitter, @pontifex, o papa Francisco lançou uma mensagem que, mesmo óbvia, parece um desafio aos que, presos à tradição ou aos dogmas, continuam acreditando na teoria do vale das lágrimas. “A Igreja e a sociedade”, disse o Papa”, precisam de famílias felizes”.
O Papa pediu hoje “perdão” pelas divisões que existem entre cristãos e pediu um compromisso de todos para chegar à “plena comunhão”, evocando no Vaticano os gestos ecuménicos da sua recente viagem à Terra Santa.
“Mais uma vez, como fizeram os Papas precedentes, eu peço perdão por tudo aquilo que fizemos para favorecer esta divisão”, declarou Francisco, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a audiência pública semanal.
“Peço ao Espírito Santo que nos ajude a curar as feridas que provocamos nos outros irmãos. Todos somos irmãos em Cristo”, acrescentou, recordando o encontro com o patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu, na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
A inédita oração ecuménica, que decorreu no domingo, contou com a presença do patriarca greco-ortodoxo, Teófilo III, e do patriarca arménio apostólico, Nourhan, para além de arcebispos e bispos de outras Igrejas.
“Naquele lugar, onde ressoou o anúncio da ressurreição, sentimos toda a amargura e o sofrimento das divisões que ainda existem entre os discípulos de Cristo”, observou o Papa.
“Isto faz verdadeiramente muito mal, mal ao coração, ainda estamos divididos”, prosseguiu.
Francisco afirmou ainda que na celebração marcada pela “recíproca fraternidade, estima e afeto”, todos sentiram “a voz” de Jesus que “quer fazer de todas as suas ovelhas um só rebanho”.
“Sentimos o desejo de curar as feridas ainda abertas e de prosseguir com tenacidade o caminho para a plena comunhão”, declarou.
O Papa retomou algumas das questões abordadas na declaração conjunta que assinou com o patriarca Bartolomeu e apelou a fazer “tudo o que é possível fazer” para que os cristãos caminhem juntos.
“Rezar juntos, trabalhar em conjunto pelo rebanho de Deus, a paz, cuidar da criação, tantas coisas que temos em comum. Como irmãos, devemos ir em frente”, precisou.
Francisco realçou que a sua peregrinação à Terra Santa, entre sábado e segunda-feira, quis assinalar o 50.º aniversário do “histórico encontro” entre o Papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras, de Constantinopla, que classificou como um “gesto profético”.
“Por isso, o meu encontro com sua santidade Bartolomeu, amado irmão em Cristo, representou o momento culminante da visita”, sustentou.
O Papa disse que esta viagem, com passagens por Amã, Belém, Jerusalém e Telavive, foi um “grande dom para a Igreja”.
– Como artesãos pacientes – na missa em Aman o convite do Papa a ser artífices de paz
A paz não se pode comprar, não está à venda. A paz é um dom que se deve buscar pacientemente e construir «artesanalmente» através dos pequenos e grandes gestos que formam a nossa vida diária. Consolida-se o caminho da paz, se reconhecermos que todos temos o mesmo sangue e fazemos parte do género humano; se não nos esquecermos que temos um único Pai no Céu e que todos nós somos seus filhos, feitos à sua imagem e semelhança.
– Por detrás dos mercadores de armas – um novo apelo a favor da Síria durante o encontro com os jovens refugiados e deficientes
Todos queremos a paz! Mas, vendo este drama da guerra, vendo estas feridas, vendo tantas pessoas que deixaram a sua pátria, que foram forçadas a partir, eu pergunto-me: quem vende as armas a esta gente para fazer a guerra? Eis aqui a raiz do mal! O ódio e a avidez do dinheiro, no fabrico e na venda das armas. Isto deve-nos fazer pensar em quem está por detrás, que fornece, a todos aqueles que estão em conflito, as armas para continuar o conflito! Pensamos e, do fundo do nosso coração, dizemos também uma palavra a esta pobre gente criminosa: que se converta.
– Chegou a hora da coragem – ao chegar a Belém o Pontífice convidou a gestos generosos e criativos para pôr fim ao conflito
Há decénios que o Médio Oriente vive as consequências dramáticas do prolongamento de um conflito que produziu tantas feridas difíceis de curar e, mesmo quando, felizmente, não se alastra a violência, a incerteza da situação e a falta de entendimento entre as partes produzem insegurança, negação de direitos, isolamento e saída de comunidades inteiras, divisões, carências e sofrimentos de todo o tipo.
Nunca deixeis que o passado vos determine a vida. Olhai sempre para diante. Trabalhai e lutai para conseguir as coisas que vós quereis. Mas estai certos de uma coisa! A violência não se vence com a violência. A violência vence-se com a paz; com a paz, com o trabalho, com a dignidade de fazer progredir a pátria.
– O sinal da criança – a homilia da missa celebrada na praça da Manjedoura em Belém
Infelizmente, neste mundo que desenvolveu as tecnologias mais sofisticadas, ainda há tantas crianças em condições desumanas, que vivem à margem da sociedade, nas periferias das grandes cidades ou nas zonas rurais. Ainda hoje há tantas crianças exploradas, maltratadas, escravizadas, vítimas de violência e de tráficos ilícitos. Demasiadas são hoje as crianças exiladas, refugiadas, por vezes afundadas nos mares, especialmente nas águas do Mediterrâneo. De tudo isto nos envergonhamos hoje diante de Deus, Deus que Se fez Menino.
Quem somos nós diante das crianças de hoje? Somos como Maria e José que acolhem Jesus e cuidam d’Ele com amor maternal e paternal? Ou somos como Herodes, que quer eliminá-Lo? Somos como os pastores, que se apressam a adorá-Lo prostrando-se diante d’Ele e oferecendo-Lhe os seus presentes humildes? Ou então ficamos indiferentes? Por acaso limitamo-nos à retórica e ao pietismo, sendo pessoas que exploram as imagens das crianças pobres para fins de lucro? Somos capazes de permanecer junto delas, de «perder tempo» com elas? Sabemos ouvi-las, defendê-las, rezar por elas e com elas? Ou negligenciamo-las, preferindo ocupar-nos dos nossos interesses?
– Na minha casa de paz – o Papa Francisco convidou os presidentes palestinianos e israelianos a um encontro de oração no Vaticano
Todos desejamos a paz; tantas pessoas a constroem dia a dia com pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a fadiga de tantas tentativas para a construir. E todos – especialmente aqueles que estão colocados ao serviço do seu próprio povo – temos o dever de nos fazer instrumentos e construtores de paz, antes de mais nada na oração.
Construir a paz é difícil, mas viver sem paz é um tormento.
– Do sonho para a realidade – ao chegar a Israel o Pontífice repropôs o convite a rezar pela paz e relançou a solução dos dois Estados
Venho peregrino à distância de cinquenta anos da histórica viagem do Papa Paulo VI.
Jerusalém significa «cidade da paz». Assim Deus a quer e assim todos os homens de boa vontade desejam que seja. Mas, infelizmente, esta cidade é ainda atormentada pelas consequências de longos conflitos. Todos nós sabemos quão urgente e necessária seja a paz, não só para Israel, mas também para toda a região.
– A pedra removida do sepulcro – o Papa Francisco na celebração ecuménica em recordação do encontro entre Paulo VI e Atenágoras
Detenhamo-nos em devoto recolhimento junto do sepulcro vazio, para redescobrir a grandeza da nossa vocação cristã: somos homens e mulheres de ressurreição, não de morte. Aprendamos, a partir deste lugar, a viver a nossa vida, as angústias das nossas Igrejas e do mundo inteiro, à luz da manhã de Páscoa. Cada ferida, cada sofrimento, cada tribulação foram carregados sobre os próprios ombros do Bom Pastor, que Se ofereceu a Si mesmo e, com o seu sacrifício, abriu-nos a passagem para a vida eterna. As suas chagas abertas são como que a passagem através da qual se derrama sobre o mundo a torrente da sua misericórdia. Não nos deixemos roubar o fundamento da nossa esperança, que é precisamente este: Christòs anesti! Não privemos o mundo do feliz anúncio da Ressurreição! E não sejamos surdos ao forte apelo à unidade que ressoa, precisamente deste lugar, nas palavras d’Aquele que, já Ressuscitado, chama a todos nós «os meus irmãos» (cf. Mt 28, 10; Jo 20, 17).
Enquanto como peregrinos fazemos uma pausa nestes Lugares santos, a nossa recordação orante vai para a região inteira do Médio Oriente, tantas vezes marcada, infelizmente, por violências e conflitos. E não esquecemos, na nossa oração, muitos outros homens e mulheres que sofrem, em várias partes do mundo, por causa da guerra, da pobreza, da fome; bem como os inúmeros cristãos perseguidos pela sua fé no Senhor Ressuscitado. Quando cristãos de diferentes confissões se encontram a sofrer juntos, uns ao lado dos outros, e a prestar ajuda uns aos outros com caridade fraterna, realiza-se o ecumenismo do sofrimento, realiza-se o ecumenismo do sangue, que possui uma eficácia particular não só para os contextos onde o mesmo tem lugar, mas, em virtude da comunhão dos santos, também para toda a Igreja. Aqueles que matam por ódio à fé, que perseguem os cristãos, não lhes perguntam se são ortodoxos ou se são católicos: são cristãos. O sangue cristão é o mesmo.
desejei ardentemente vir como peregrino visitar os lugares que viram a presença terrena de Jesus Cristo. Mas esta minha peregrinação não seria completa, se não contemplasse também o encontro com as pessoas e as comunidades que vivem nesta Terra e, por isso, sinto-me particularmente feliz por me encontrar convosco, fiéis muçulmanos, irmãos amados.
Neste momento, o meu pensamento volta-se para a figura de Abraão, que viveu como peregrino nestas terras. Embora cada qual a seu modo, muçulmanos, cristãos e judeus reconhecem em Abraão um pai na fé e um grande exemplo a imitar. Ele fez-se peregrino, deixando o seu povo e a própria casa, para empreender aquela aventura espiritual a que Deus o chamava.
Um peregrino é uma pessoa que se faz pobre, que se põe a caminho, propende para uma grande e suspirada meta, vive da esperança duma promessa recebida (cf. Heb 11, 8-19). Esta foi a condição de Abraão, esta deveria ser também a nossa disposição espiritual. Não podemos jamais considerar-nos auto-suficientes, senhores da nossa vida; não podemos limitar-nos a ficar fechados, seguros nas nossas convicções. Diante do mistério de Deus, somos todos pobres, sentimos que devemos estar sempre prontos para sair de nós mesmos, dóceis à chamada que Deus nos dirige, abertos ao futuro que Ele quer construir para nós.
Somos chamados, como cristãos e como judeus, a interrogarmo-nos em profundidade sobre o significado espiritual do vínculo que nos une. É um vínculo que vem do Alto, ultrapassa a nossa vontade e permanece íntegro, não obstante todas as dificuldades de relacionamento vividas, infelizmente, na história.- A paz exige o respeito de todos – ao presidente Peres o Papa renovou o apelo a superar controvérsias e conflitos
En su paso como titular del Episcopado argentino y de la arquidiócesis de Buenos Aires, el papa Francisco fue un gran impulsor del diálogo interreligioso y -con gestos y hechos concretos- tendió lazos de unión con las otras creencias.
De ahí que importantes líderes de otras religiones enseguida celebraran la llegada de Jorge Bergoglio al pontificado, convencidos que desde ese lugar también seguirá impulsando el diálogo y la cercanía entre las distintas religiones.
“Un amigo será el nuevo papa”, tituló ayer la Agencia Judía de Noticias, expresando el sentir de la comunidad judía sobre la designación.
“Bergoglio es el Papa que la cristiandad necesita”, destacó el rabino de la comunidad Benei Tikvá y rector del Seminario Rabínico Latinoamericano, Abraham Skorka, y resaltó que el ex cardenal argentino fue quien “ahondó y desarrolló” el diálogo entre el cristianismo y el judaísmo en la Argentina.
Bergoglio trabó una gran amistad con Skorka -se conocen desde 1990- junto a quien participó de múltiples encuentros y recientemente publicaron un libro en conjunto, “Sobre el Cielo y la Tierra”, que recopila un centenar de horas de conversación “franca y sincera” y “pretende ser un aporte para empezar a reconstruir la cultura dialogal en nuestro medio”.
En tanto, la organización B`nai B`rith Internacional manifestó en un comunicado de prensa que espera “con interés” que a partir de la llegada de Bergoglio al Vaticano “se mantenga la constante amistad entre católicos y judíos”.
Por su parte, el titular de la AMIA, Guillermo Borger, expresó su sorpresa por la designación y recordó que “lo tuvimos como huésped en la AMIA, donde nos mostró que es una persona de bien, comprometido con los más vulnerables y con una sociedad más justa, y lógicamente con nuestra problemática, algo muy importante en una época de tanto negacionismo”.
Desde la DAIA, el presidente de la institución, Julio Schlosser, y el secretario general, Jorge Knoblovits, expresaron sus “cálidas y sinceras congratulaciones” y remarcaron que Bergoglio “ha brindado sobradas muestras de su sensibilidad, compromiso social y humanístico, así como con su vocación de diálogo fraterno con la comunidad judía, en el espíritu del Concilio Vaticano II”.
También con el islamismo Bergoglio tuvo múltiples gestos de acercamiento.
El presidente de la Federación de Entidades Argentino Arabes de Buenos Aires y el Conurbano, Galeb Moussa, definió la relación que mantuvo la comunidad con el ahora papa como de “puertas abiertas” y recordó sus visitas a la mezquita At-Tauhid y al Instituto Argentino Árabe Islámico en Floresta, como así también el Centro Islámico ubicado en la avenida San Juan de esta capital.
La « première prison du monde pour les journalistes » selon Reporters sans frontières va enquêter sur le roman Samarcande de l’académicien franco-libanais Amin Maalouf, suite à une plainte.
Le ministère de l’Éducation a ouvert, selon le site de France 24, une enquête sur le roman Samarcande du franco-libanais Amin Maalouf, accusé d’être « vulgaire et insultant envers l’islam ».
A l’origine du lancement de cette enquête : une plainte, reçue fin janvier par la direction de l’Éducation nationale du district de Bahçelievler, à Istanbul, venant d’une personne qui se présente comme un parent d’élève de lycée. Il met en cause un professeur d’histoire qui a recommandé à ses élèves la lecture du roman d’Amin Maalouf, ouvrage publié en 1988 portant sur la vie du poète Omar Khayyam. Mais le syndicat d’enseignants révèle que celui qui a porté plainte n’a pas inscrit son enfant dans l’établissement où enseigne le professeur en question.
Alors que le gouvernement turc a récemment envoyé un signal positif en faveur de la liberté d’expression en annonçant la fin de la censure sur 500 livres, dont les ouvrages de Karl Marx, la correspondante de France 24 à Istanbul, Fatma Kizilbog, explique : « C’est devenu plus insidieux : les autorités ne vont plus interdire la publication d’un livre, mais encourage les plaintes d’individus extrémistes ».
C’est loin d’être la première fois que des plaintes sont déposées contre des œuvres en Turquie. Des souris et des hommes de John Steinbeck et Mon Bel Oranger de José Mauro de Vasconcelos ont été accusés d’immoralité. L’éditeur du roman érotique de Guillaume Apollinaire, Les Onze Mille Verges, a été condamné il y a deux ans à une peine d’amende convertible en jours d’emprisonnement pour publication « de nature à exciter et à exploiter le désir sexuel de la population ». La Cour européenne des droits de l’Homme avait alors condamné la Turquie pour violation de la liberté d’expression. Un jugement qui est loin d’avoir été pris en compte : encore 20 000 livres sont toujours officiellement interdits de publication en Turquie. (Le Monde)
O grau de desconhecimento do chamado Ocidente sobre os conflitos no norte do Mali se reflete na hesitação da imprensa ao denominar as forças que agora são combatidas por militares franceses.
Os fenômenos sociopolíticos nessas áreas sulinas do Deserto do Saara são tão intrincados e remotos que a imprensa, e mesmo especialistas, têm dificuldade para descrevê-los. Isso é compreensível. Mas não o é a simplificação preconceituosa que leva praticamente toda a mídia jornalística a usar o adjetivo “islâmicos”, acompanhado ou não de outro adjetivo – por exemplo “radicais” –, para denominar esses guerrilheiros e terroristas.
A imprensa joga assim água no moinho dos jihadistas, ou, mais precisamente, combatentes ligados à al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) ou a qualquer outro dos grupos que se haviam coligado para lançar em 2012 a primeira ofensiva no norte do Mali. A saber: a dissidência do AQMI chamada Mujao – Movimento pela Unidade e o Jihad na África do Oeste; o grupo salafista tuaregue Ansar Dine, “defensores da fé”; e o também tuaregue MNLA, Movimento Nacional de Libertação de Azauade, área de confluência do Saara com a região do Sahel.
Lenha na fogueira
Os islamitas adeptos da luta armada e do terrorismo usam a bandeira do insulto que é feito a todos os islamitas. Em dezembro, o londrino The Independent publicou declaração de um “veterano líder islâmico” segundo a qual o povo dos Estados Unidos é “contra o Islã”.
“Jihadistas” nem sequer é denominação aceita consensualmente pela cultura muçulmana como designação de guerrilheiros ou terroristas. Talvez menos preconceituosa, certamente quando comparada a islâmicos, ou islamitas (islamistas, na versão de Portugal), muçulmanos, maometanos etc.
A denominação só revela a dificuldade de descrever o objeto e não faz o menor sentido quando se sabe que em toda a parte setentrional da África, imprecisamente segundo uma linha que vai de Monróvia, capital da Libéria, até Adis-Abeba, capital da Etiópia, predomina amplamente a religião muçulmana.
A denominação neutra (combatentes, insurgentes, rebeldes) não traduz preconceito. Mais preciso é usar o nome específico: militantes da AQMI, terroristas da al-Qaeda etc.
Eis uma amostra de designações encontradas no fim de semana de 19-20/1 em jornais e revistas:
>> O Globo –Radicais islâmicos, rebeldes.
>> O Estado de S. Paulo – Militantes islamitas, combatentes islâmicos, militantes da AQMI, islamitas, insurgentes, grupos islâmicos, insurgentes islâmicos, fundamentalistas islâmicos.
>> >> Folha de S. Paulo –Islamitas, militantes islamitas, grupo islamita, grupo terrorista, militantes do grupo terrorista “Signatários por Sangue”, terroristas.
>> Veja – Fundamentalistas, tuaregues, terroristas islâmicos, mercenários (uma parte dos rebelados), indivíduos adoráveis, bando, rebeldes, força terrorista, islâmicos (“islâmicos e demais facínoras”), terroristas, praga fundamentalista, terroristas islâmicos, terroristas da al-Qaeda, grupos islâmicos, cão cérbero.
>> Valor (21/1) – Militantes islâmicos ligados à Al Qaeda.
>> Época – Radicais islâmicos, grupos terroristas islâmicos, militantes, combatentes, insurgentes, terroristas próximos ao grupo AQMI, fundamentalistas, islamistas, movimento tuaregue por independência do norte malinês, discípulos salafistas africanos, grupos radicais, extremistas, grupos islâmicos, militantes, grupos extremistas, extremistas, forças fundamentalistas.
>> Associated Press – AQIM (AQMI)
>> The Economist – Incursão islamita, coluna rebelde, grupos islamitas, jihadistas.
>> El País – Rebeldes tuaregues, rebeldes islamistas, grupos islamistas, radicais islamistas.
Mesquita em São Paulo
Um mínimo de informação
A questão de fundo é a vasta ignorância que preside todo esse noticiário. Um mínimo de informações deveria ser passado aos leitores. (A ignorância não é atributo dos jornalistas. É ampla, geral e irrestrita. E inevitável, dadas as características geográficas, históricas e sociais da região. Ver “Guns, cigarettes & Salafi dreams: the roots of AQIM“, de Andy Morgan.)
O Mali é uma construção artificial da França, antiga potência colonial (ver no mapa as fronteiras oeste-centro, centro-norte e norte-leste, todas imensas linhas retas).
O governo militar nacionalista da Argélia transformou em sangrenta guerra civil uma vitória eleitoral de partido religioso islâmico em 1991.
Os tuaregues são um povo berbere (hoje, em torno de 1,5 milhão de pessoas, segundo o El País) que estabeleceu rotas comerciais transaarianas quando camelos foram domesticados. Tornaram-se nômades quando foram deslocados do sul do Mediterrâneo por tribos de invasores árabes nômades saídos do Oriente Médio ou da Península Arábica.
Os tuaregues são divididos em tribos e confederações de tribos. Em sua descida rumo ao centro do continente, houve mesclas étnicas com negros. A descolonização fez com que suas terras ficassem repartidas entre Mali, Argélia, Níger, Líbia, Chade, Burquina Faso e Nigéria. Durante séculos, transportaram cativos negros para senhores árabes. O ressentimento das populações negras não foi superado.
El Ejército de Argelia ha decidido asaltar la planta de gas que ayer fue tomada por un grupo de islamistas para poner fin al secuestro de los trabajadores, decenas de ellos occidentales. Las consecuencias de la operación militar están todavía por ver ya que el número de víctimas que ha dejado el ataque es aún muy confuso.
En un primer momento, la agencia mauritana ANI, que citaba a uno de los captores, hablaba de 34 rehenes y 15 secuestradores muertos. La televisión qatarí Al Yazira también reportaba una cifra similar de fallecidos. El portavoz del grupo islamista radical aseguraba además que quedaban siete rehenes vivos (dos estadounidenses, tres belgas, un japonés y un británico) y había amenazado con ejecutarlos si el Ejército argelino seguía aproximándose a las instalaciones.
Sin embargo, la agencia Reuters ha disminuido la cifra y dice que habría seis rehenes extranjeros y ocho secuestradores muertos. Asimismo, la agencia asegura que 25 de los secuestrados habrían podido escapar junto a 180 trabajadores argelinos. Algo que contrasta con la información ofrecida por la agencia argelina de noticias APS que dice, citando a fuentes locales, que el Ejército habría conseguido liberar a 600 rehenes argelinos y cuatro extranjeros (dos escoceses, un keniano y un francés).
De momento, las autoridades del país no han confirmado ninguna cifra de víctimas. Continúa siendo una incógnita la cifra sobre el número de rehenes, tanto argelinos como de otras nacionalidades, que permanecen retenidos en este gran complejo gasístico en el que trabajan cientos de operarios.
Los secuestradores siguen las órdenes de Mojtar Belmojtar, otrora uno de los principales dirigentes de Al Qaeda en el Magreb Islámico (AQMI), pero que abandonó el grupo hace unos meses para liderar otra formación yihadista cercana a Al Qaeda. Al-Mouthalimin, tal y como se han autodenominado, ha reivindicado la autoría del secuestro y ha subrayado que los secuestradores son varias decenas y que tienen en su poder armas ligeras y pesadas, incluyendo morteros y cohetes antiaéreos, según han informado a ANI fuentes del grupo.
Aqui no Brasil essa prática de vender para estrangeiros – desnacionalização – a imprensa chama de globalização. Basta lembrar que metade da riqueza brasileira passou para mãos alienígenas.
Una de las muchas iglesias abandonadas en Europa
De maneira preconceituosa, informa o Alerta Digital:
La descristianización de las diócesis europeas las empujan a deshacerse de iglesias. La diócesis de Bourges, debido a la falta de fondos y de fieles, la ha puesto a la venta asegurando que pretende evitar “un presupuesto deficitario recurrente” y para poder “mantener y desarrollar su actividad pastoral”. La oferta más significativa, más allá de las llegadas de la mano de empresas y comerciantes, ha sido la de la Asociación de Marroquíes.
La diócesis, en “recesión” y las preocupantes cifras en Francia
De los veintisiete mil habitantes de la ciudad de Vierzon, solamente 300 son practicantes y van a misa una vez a la semana. La ciudad cuenta ya con seis iglesias, por lo que reducir una supone mandar a los fieles a otra de las cinco restantes: “Entiendo que los cristianos se conmuevan por la venta de una iglesia, pero lo importante no son los edificios, sino las comunidades cristianas vivas”, se justifica el prelado en la entrevista, recordando además que el uso pastoral de la iglesia es muy limitado actualmente. Recientemente se han dado a conocer datos sobre el fenómeno islámico en Francia, país en el que ya se construyen más mezquitas que iglesias católicas, y donde hay más musulmanes practicantes que católicos practicantes. El líder islámico más conocido del país galo, Dalil Boubakeur, rector de la Gran Mezquita de París, ha sugerido que el número de mezquitas debería duplicarse (hasta llegar a cuatro mil) para satisfacer la demanda.
Cientos de iglesias convertidas en mezquitas en toda Europa
Un alarmante fenómeno -el de la conversión de iglesias en mezquitas- que es común a todo el centro y norte de Europa. Casi doscientos cincuenta edificios sagrados han cambiado de manos en los Países Bajos: donde hace más de un siglo estaban orando católicos, luteranos y calvinistas hoy rezan musulmanes. Como por ejemplo la mezquita de Fatih Camii, en Amsterdam, que tiempo atrás fue una iglesia católica. O la iglesia de San Vincentius, puesta en subasta junto con los confesionarios, bancos, crucifijos y candelabros. El número de católicos ha disminuido en un setenta por ciento y el Islam se considera la religión más practicada en Holanda. A principios de este año, Soeren Kern, analista senior del Grupo de Estudios Estratégicos de Madrid, proporcionó datos sobre la proliferación de mezquitas en los antiguos lugares de culto cristianos: en Alemania la Iglesia católica ha cerrado más de 400 iglesias y la protestante cien más.
Um filme que é um hino à paz e à harmonia entre as religiões
Num vilarejo libanês cristãos e muçulmanos convivem pacificamente, isolados do resto do mundo, graças ao colapso providencial de uma ponte. Mas de vez em quando os ecos da guerra, que recomeçou no país, chegam a eles, por meio de uma televisão improvisada, e as mulheres se reúnem em segredo para encontrar um modo de dissuadir os homens do revoltar-se novamente uns contra os outros…
Algumas linguagens são um pouco explícitas entre as mulheres, alguma cena sensual.
Grande habilidade da diretora (também protagonista) no saber dirigir grande diversidade de características e conseguir dar-nos a imagem de uma comunidade viva, apaixonada e cheia de humanidade.
O filme, se não prestarmos atenção a algumas perdoáveis arritmias, é uma obra-prima.
A ambientação num pequeno vilarejo isolado do resto do mundo por causa da guerra, em um tempo não especificado, dá ao filme características de uma história que pode falar-nos sobre um tema universal, a paz.
Misturando comédia, fábula, drama e musical com uma capacidade de fazer-nos sorrir com coisas muito sérias.