Glória Maria escondeu que Venina Velosa recebia 200 mil por mês em Singapura

Recebia 200 mil todo mês com todas despesas pagas pela Petrobras. Assim levou o marido e as duas filhas.

Todas despesas: Moradia, alimentação, telefone, plano de saúde, empregadas domésticas, motorista etc. Tudo do bom e do melhor pago pela Petrobras.

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Denuncia Glória Maria que a ex-gerente da Petrobras lhe pareceu uma mulher sofrida: “Ela viveu muito tempo em Singapura passando por dificuldades, acabou um casamento, sua família foi destruída, porque parece que ela estava sendo ameaçada o tempo todo”.

Glória Maria, quem tem um salário de 200 mil não passa por dificuldades. Aperto, agrura, apuro, atribulação. Crise passa o jornalista anônimo, inclusive nas redações do jornal, tvs e rádios etc da rede Globo.

Dupla identidade: A heroína do Fantástico e a Venina do Linkedin

 

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Fernando Brito, via Tijolaço

Depois de aceitar que Paulo Roberto Costa passou ao menos três anos roubando “enojado” e “enojado” continuava recebendo parcelas de propinas por contratos mesmo depois de ter sido afastado da empresa, agora temos a história mais que capciosa de dona Venina Velosa da Fonseca, a quem não posso, por desconhecimento, acusar de nada – a Petrobras não abriu os detalhes dos processos interno que correm contra ela, embora ela tenha ido ao Fantástico acusar a presidente da empresa de cúmplice de todos os malfeitos da empresa.

Mas posso, como qualquer jornalista deveria fazer, comparar o que ela disse na televisão com o que é, segundo ela própria, sua carreira na empresa.

Segundo a transcrição da entrevista feita pelo Diário do Centro do Mundo, ela diz: “Eu trabalhei junto com Paulo Roberto, isso eu não posso negar. Na diretoria de Abastecimento, a partir de 2005”.

Não é verdade, segundo a própria Venina informa em seu currículo no Linkedin. Lá, consta que ela era – o texto eu cito em inglês, como está escrito:

Manager, Implementation of Integrated Management Systems at Natural Gas Logistics Supervision Centre. De May 2002 – May 2004 (2 years 1 month).

Ora, de 2001 a 2003, Paulo Roberto Costa era responsável pela Gerência Geral de Logística da Unidade de Negócios de Gás Natural da Petrobras…

Depois, segundo a própria Venina, em seu Linkedin, foi ser “Assistant Manager to the Downstream Director’s Office” (diretor de Abastecimento), em maio de 2004.

Paulo Roberto Costa assumiu a diretoria de Abastecimento em… 14 de maio de 2004. Não seria justo inferir ligações anteriores, mas é a própria Venina quem documenta que não foi “na diretoria de Abastecimento, a partir de 2005”, mas que durante ao menos sete anos era auxiliar de confiança de Paulo Roberto Costa.

Mais adiante, Venina diz:

“A opção que eles fizeram em 2009 foi realmente me mandar para o lugar mais longe possível, isso está entre aspas, onde eu tivesse o menor contato possível. Com a empresa, aparentemente eu estaria ganhando um prêmio indo para Cingapura, mas o que aconteceu foi que realmente quando eu cheguei lá me foi dito que eu não poderia trabalhar, que eu não poderia ter contato com o negócio, era para eu procurar um curso”.

De fato, Venina foi para Cingapura, como “Chief Executive Officer, PM Bio Trading Pte Ltd”, uma joint-venture entre a Petrobras, a Mitsui e a empreiteira Camargo Corrêa, empresa subordinada a… Paulo Roberto Costa, o diretor de Abastecimento, o enojado…

Quando PRC cai, Venina não é perseguida, mas promovida. Passa a diretora-gerente (“Managing Director, Petrobras Singapore Private Limited”). E, segundo ela própria, com amplos poderes pois assim ela define suas funções, desde então:

– Responsável por conduzir o aumento das receitas junto com as margens de lucro e ser responsável por todos os contratos, a evolução dos negócios, as principais partes interessadas e clientes.
– Reestruturação de toda a unidade, que resultou em significativa redução de custos e aumentando o lucro líquido três vezes nos primeiros seis meses de nomeação.
– Liderou s Petrobras Singapore (PSPL) para atingir um lucro líquido recorde de US$59,5 milhões em 2012 de US$18 milhões em 2011, e, posteriormente, outro avanço no lucro líquido, de US$184 milhões em 2013.

Nada de ficar “encostada”, portanto. E muito menos de viver trancada, numa situação de quase “escrava branca”, algo que justificasse a melodramática declaração ao Fantástico de que “me afastar(am) do meu país, das empresas que eu tanto gostava, dos meus colegas de trabalho. Eu fui para Cingapura, eu não vi minha mãe adoecendo. Minha mãe ficou cega, transplante de coração, eu não pude acompanhar minha mãe. Meu marido não pôde mais trabalhar, ele teve de retornar.”

O marido de Venina, Maurício Luz, também segundo seu Linkedin, “had been lived in Singapore from january 2010 to june 2012, working as a consultant and helping to implement the Braskem office in Singapore”.

A Braskem é uma empresa que tem, entre os principais acionistas… a Petrobras, com 47%, e a Odebrecht, com 50%.

A saída de Luz, também casualmente, coincide com a queda de Paulo Roberto Costa. Não se faz aqui, como se viu, nenhuma acusação a Venina, porque seria um absurdo acusar, como ela faz, alguém de irregularidades e cumplicidades sem ter provas cabais disto. Mas não é possível afastá-la de todo deste caso. Ela estava dentro dos esquemas de Paulo Roberto ou, pelo menos, aceitou-os.

O Brasil está mesmo virando uma fábrica de “santinhos”.

 

Glória Maria e Singapura, campo de concentração da Petrobras

Glória Maria, na entrevista que fez com Venina Velosa da Fonseca, insinua que a ex-gerente da Petrobras foi parar nos quinto do inferno, exilada em um lugar perdido no cu do mundo.

Venina foi para Singapura no posto de gerente e para um dos lugares mais cobiçados pelo alto escalão da Petrobras.

Não foi exílio nem castigo, nem assédio moral, nem perseguição, Singapura vale como um prêmio, como reconhece Venina.

 

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Sobre a entrevista lembra Glória Maria que não houve nenhum tipo de restrição de pergunta por parte de Venina Fonseca: “Ela não sabia o que seria perguntado, porque eu não seria uma jornalista séria se dissesse as perguntas antes ou se aceitasse qualquer tipo de restrição. Não houve combinação, as perguntas foram feitas na hora e ela respondeu a todas sem hesitar”. Não foi assim. Venina não respondeu todas as perguntas.

Glória Maria denunciou que Venina foi ameaçada de morte com um revólver encostado na cabeça. Venina nem negou, nem confirmou. Simplesmente ficou calada. Falta Glória contar essa estória do revólver, e revelar os nomes do agressor ou agressores.

Glória Maria – E eu queria saber uma coisa: a senhora diz que vem recebendo várias ameaças, inclusive com arma apontada para sua cabeça e que as suas filhas vêm sendo ameaçadas. O que está acontecendo realmente?

Venina Velosa – Depois que eu apurei essa questão da área de comunicação, durante esse processo todo da área de comunicação, a gente recebeu várias ameaças por telefone. As minhas filhas, na época, deveriam ter 5 e 7 anos. Eram bem novas. Teve outros momentos mais difíceis, além desse. A opção que eles fizeram em 2009 foi realimente me mandar para o lugar mais longe possível, isso está entre aspas, onde eu tivesse o menor contato possível com a empresa. Aparentemente eu estaria ganhando um prêmio indo para Singapura, mas na verdade o que aconteceu foi que realmente quando eu cheguei em Singapura me apresentei no escritório, me foi dito que eu não poderia trabalhar, que não era para eu ter contato com o negócio e que era para eu realmente buscar um curso e me dedicar ao curso.

Venina Velosa ficou sem trabalhar, isto é, a Petrobras ficou sem gerente em Singapura. E Venina se trancou em um quarto miserável e se pôs a chorar. Um inferno Singapura. Não tem água na torneira, parece São Paulo. Não tem segurança para se andar nas ruas, parece o Rio de Janeiro. Um lugar pobre de marré deci. Foi o que insinuou Venina. Foi o que deixou transparecer Glória Maria. Que os telespectadores da Globo jamais ouviram falar de Singapura, nem onde fica, nem que diabo é: talvez um país na África, na América Central, uma ilha presídio, uma cidade do Haiti. Os jornais inclusive escrevem Singapura com “C”.

Glória Maria – Você tem uma família. Ou tinha. Foi para Singapura com filhos, marido. Depois disso tudo que aconteceu, como está a sua vida agora?

Venina Velosa – Eu tinha uma família, sim. Eu tinha um apartamento, eu tinha um marido, duas filhas, a minha mãe, a minha família, e simplesmente o que eles fizeram foi me afastar do meu país, da empresa que eu tanto gostava, dos meus colegas de trabalho. Eu fui para Singapura, eu não vi minha mãe adoecendo. Minha mãe ficou cega, minha mãe fez transplante de coração, eu não pude acompanhar minha mãe. O meu marido não pôde mais trabalhar, ele teve que retornar. Eu fui o tempo todo pressionada para fazer coisas que não eram dentro do código de ética da empresa. A única coisa que me sobrou foi meu nome. E quando eu vi que eles colocaram meu nome associado a coisas que eu não fazia, eu chamei minhas duas filhas e falei: ‘Olha, meninas, ou eu reajo e tento fazer, limpar o meu nome, ou eu vou deixar isso acontecer, a gente vai ter uma certa tranquilidade agora e o trator vai passar por cima depois. O que nós vamos fazer?’. As minhas filhas falaram: ’Vamos reagir!’.

Glória Maria esqueceu de lidar com as datas, que poderiam esclarecer a verdade.

Venina foi para Singapura em 2009.

A principal revelação foi o fato de Venina ter admitido que contratou o então namorado, com quem depois se casou, para a realização de serviços de consultoria por R$ 7,8 milhões. Sem licitação.

Foram dois contratos. Um em 2004 e outro em 2006. “Mas nós só nos casamos em 2007″, disse Venina Velosa.

Em 20o9, Venina foi para Singapura.

Insisto nas datas porque esclarecem muitas coisas: Diz Venina que viajou para Singapura com o marido, e ele “teve que retornar”. Com as filhas?

Se Venina casou em 2007, quando viajou a filha mais velha teria dois anos, e a mais nova não tinha nascido.

 

Recapitulando: Quando assinou os contratos era solterinha da Silva. Foi para Singapura, e perdeu tudo.  “Eu tinha uma família, sim. Eu tinha um apartamento, eu tinha um marido, duas filhas”. Que davam conselhos.

 

Singapura, o lugar de castigo da Petrobras

 

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Singapura, oficialmente República de Singapura, é uma cidade-Estado localizada na ponta sul da Península Malaia, no Sudeste Asiático, a 137 quilômetros ao norte do equador. Um país insular constituído por 63 ilhas, é separado da Malásia pelo Estreito de Johor, ao norte, e das Ilhas Riau (Indonésia) pelo Estreito de Singapura, ao sul.

Singapura é o país com melhor IDH dos países Asiáticos, e 9° melhor do mundo em 2014. O seu território é altamente urbanizado, mas quase metade dele é coberto por vegetação. No entanto, mais terras estão sendo criadas para o desenvolvimento por meio de aterramento marítimo.

O país é um líder mundial em diversas áreas: é o quarto principal centro financeiro do mundo, o segundo maior mercado de jogos de casino e o terceiro maior centro de refinação de petróleo do mundo. O porto da cidade é um dos cinco portos mais movimentados do mundo.

O país é o lar do maior número de famílias milionárias em dólares per capita do planeta. O Banco Mundial considera a cidade como o melhor lugar no mundo para se fazer negócios. O país tem o terceiro maior PIB per capita por paridade do poder de compra do mundo, tornando Singapura um dos países mais ricos do planeta. E um dos principais centros de turismo do mundo, e Venina se negou a fazer turismo com o marido e filhas – se deitou numa cama de um quarto miserável e se pôs a chorar.

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Entrevista glorifica Venina, a trelosa nepotista da Petrobras

No último domingo, as denúncias de corrupção da Operação Lava Jato ganharam mais um capítulo melodramático. A ex-gerente Venina Velosa da Fonseca concedeu uma entrevista exclusiva à jornalista Glória Maria, que foi ao ar no Fantástico. “Ela me escolheu porque achava que eu era uma das repórteres de mais credibilidade, e se sentiria mais à vontade e com mais confiança ao falar comigo”, explica.

Elegeu uma repórter que é a glória do jornalismo desacreditado da TV Globo. Sim, uma repórter da máxima confiança. Duvido que a Velosa preferisse um Jô Soares.

Segundo Glória Maria, as negociações para a entrevista foram muito rápidas. “Isso começou no sábado e a gente gravou domingo para o programa. Nós fizemos uma entrevista de, mais ou menos, 1h30 e foi ao ar 30 minutos”, conta ela no Altas Horas que vai ao ar no sábado, 27. Certo, taí uma coisa verdadeira: “As várias negociações…”

“A gente conversou durante uma hora e vi que ela era uma pessoa correta”. Glória Maria, além de repórter é psicóloga e psiquiatra. Que prova tem Glória Maria para dizer que uma pessoa é “correta” com base em uma conversa de uma hora? Olhômetro?

Incorreta foi a entrevista. Não foram checadas outras fontes.
A jornalista comenta que não houve nenhum tipo de restrição de pergunta por parte de Venina Fonseca: “Ela não sabia o que seria perguntado, porque eu não seria uma jornalista séria se dissesse as perguntas antes ou se aceitasse qualquer tipo de restrição. Não houve combinação, as perguntas foram feitas na hora e ela respondeu a todas sem hesitar”. Ora, ora, Glória, você perguntou o que era do agrado da entrevistada e do interesse dos seus patrões: os irmãos Marinho.

Glória Maria confessa que achou Venina uma pessoa extremamente sincera e correta. “Eu já tenho algum tempinho de jornalismo, então, conheço um pouco as pessoas. Quando ela me escolheu para dar essa entrevista, quis primeiro conhecê-la. A gente conversou durante uma hora e vi que ela era uma pessoa correta, pelo menos me pareceu”, garante a repórter.

“Pelo menos me pareceu”, isso é uma observação visual, sem precisão nenhuma.

Numa conversa apressada, a Glória é capaz de conhecer o caráter de uma pessoa, de julgar seu passado, de desnudar sua alma. É muita pretensão. De jornalista que tem o rei na barriga.

Durante o programa, Glória ainda comenta que a ex-gerente da Petrobras lhe pareceu uma mulher sofrida: “Ela viveu muito tempo em Singapura passando por dificuldades, acabou um casamento, sua família foi destruída, porque parece que ela estava sendo ameaçada o tempo todo”. Ingenuidade da Glória, que nada sabe do veneno de Venina Veloza.

Glória ficou bem comovida com o teatro encenado pela Globo. E as perguntas de Gloria tiveram o efeito desejado.

Informa 247: “No ponto melodramático da entrevista, Venina foi às lágrimas, quando Gloria Maria a perguntou sobre sua família. ‘Eu tinha uma família. Não vi minha mãe ficar cega e meu marido teve de retornar para poder trabalhar’, disse Venina, atribuindo o divórcio ao fato de ter sido enviada para Singapura. Lá, ela insinua ter sido colocada na geladeira para não criar mais problemas para seus superiores.

No fim, Venina fez um convite para que outros funcionários da Petrobras denunciem seus superiores. ‘Estou convidando você também’, disse ela, para que os brasileiros possam voltar a sentir ‘orgulho da empresa”.

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Triste final de carreira para Glória Maria, que escondeu propositadamente, ou não pesquisou a verdade.

Ainda no 247: “A principal revelação foi o fato de Venina ter admitido que contratou o então namorado, com quem depois se casou, para a realização de serviços de consultoria por R$ 7,8 milhões. (…)

‘Foram dois contratos. Um em 2004 e outro em 2006. Mas nós só nos casamos em 2007’, disse Venina Velosa, ex-gerente executiva da Petrobras. Assim ela justificou o fato de ter contratado, por R$ 7,8 milhões, seu ex-marido para a realização de serviços de consultoria para a Petrobras. Venina disse ainda que, após o casamento, os contratos foram interrompidos, mas não informou quanto havia sido pago até o enlace matrimonial”. Isso Glória, a Glória da Globo não perguntou.

“Tenho algum tempinho de jornalismo, então, conheço um pouco as pessoas”. Conhece tanto que esqueceu a imparcialidade, e produziu um cantinho humilde da moradia para passar a idéia de que Venina Velosa passa dificuldades.

Quando o jornalista Jorge Bastos Moreno revelou que Venina “contratou, sem licitação, a empresa Salvaterra, do hoje ex-marido, Maurício Luz, em 2004 (R$ 2,4 milhões) e 2006 (R$ 5,4 milhões), para serviços de consultoria; e também a de Nílvia Vogel como funcionária local, mas custeando sua mudança, quando exercia a representação em Singapura. Há outros processos contra ela na empresa (Petrobras)”.

Essa é a mulher “extremamente sincera e correta” de Glória Maria.

Comenta Paulo Henrique Amorim: “Venina voltou na semana passada e perdeu o cargo de chefe do escritório (de Singapura) porque uma investigação da Petrobras apontou-a como uma dos 11 funcionários responsáveis por não conformidades em contratações das obras da refinaria de Abreu e Lima.

-E pau que dá em Paulo Roberto dará em Venina.

– Isso veremos.

– Por que ?

– Porque a Venina entrou para o elenco fixo da Globo.”

Hotel Marina em Singapura
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