Com a dupla Debi e Lóide no governo, o Rio de Janeiro vive uma fase deprimente

por Carlos Newton / Tribuna da Imprensa

Debi e loide

O povo teve muita esperança nos dois. Quando Sergio Cabral Filho surgiu na política, na aba do pai, que era vereador, e do sogro, Gastão Neves, diretor da Paranapanema e sobrinho de Tancredo Neves, parecia que se tratava de um jovem ético e idealista.

O pai, que sempre se declarou comunista e até hoje frequenta a roda dos velhos camaradas, descaminhou e deu um jeito de ser nomeado para o Tribunal de Contas do Município. O filho, na primeira oportunidade que teve, candidatou-se a prefeito pelo PSDB, mesmo sem chances, e começou a fazer fortuna com as famosas “sobras de campanha”. Depois, eleito presidente da Assembléia, aliou-se ao deputado Jorge Picciani e tornou um dos maiores corruptos da política brasileira.

Seu padrinho no PSDB era o ex-governador Marcello Alencar, que chegou a denunciar o enriquecimento ilícito do afilhado, mas não pode ir em frente, porque Cabralzinho ameaçou com um dossiê sobre Marco Aurelio Alencar, filho de Marcello, que então recolheu os flaps, como se diz na linguagem aeronáutica.

NO PAPEL DE LÓIDE

Como na série de comédias de Hollywood, Cabralzinho é o Debi e seu pupilo Eduardo Paes faz o papel de Lóide, com grande maestria. Criado na Barra da Tijuca, o prefeito não conhece a cidade, especialmente o Centro. Altamente irresponsável e delirante, é capaz de derrubar o mais importante viaduto do Rio, sob o argumento de que enfeia a cidade, e consequentemente criar um dos maiores engarrafamentos do mundo.

Na primeira chuva forte, seus planos foram literalmente por água abaixo, desculpem o inevitável jogo de palavras. E ainda bem que não chegou a concretizar seu outro projeto genial e mirabolante – a transformação da Avenida Rio Branco em rua de pedestres. Se o fizesse, seria caso de internação compulsória no Hospital Pinel.

Agora, a honorabilidade de Eduardo Paes também despencou, com a revelação das contas no Panamá, abertas em nome do pai, da mão e da irmã, no valor total de R$ 20 milhões. Ou seja, além de idiota e debilóide, o rapaz é também corrupto, vejam quanto talento.

E a culpa é nossa, que colocamos essas raposas para tomar conta dos galinheiros. Os dois deveriam estar atrás das grades, juntos com Luiz Fernando Pezão, que contratava as obras com a Delta de Fernando Cavendish, e com Sergio Cortes, o secretário de Saúde, que faz papel de Médico e de Monstro. Além, é claro, do empresário Arthur Cesar, o rei das concorrências fraudadas e grande peça do “esquema”.

Ah, que saudades do meu Rio de Janeiro…

Treino para as olimpíadas
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Chuva deixa ruas alagadas no Centro. A Via Binário ficou alagada na altura da Cidade do Samba - Márcia Foletto: Agência O Globo
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Queda de um muro na estação de trens da Piedade, na zona norte do Rio de Janeiro provocou atrasos nesta quarta-feira (11) - Fábio Gonçalves: Agência O Dia
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AGORA VOCÊ ENTENDE A MANIA DE HELICÓPTERO DE SÉRGIO CABRAL

“Quadrilha do PMDB é desbaratada em Guapimirim. Amigos de Cabral e Picciani vão para a cadeia”

 

Escreve Anthony Garotinho:

A cidade de Guapimirim foi contaminada pelo vírus da corrupção espalhado por Cabral, o fazendeiro Jorge Picciani e seus aliados do PMDB. Hoje, a polícia acabou com a festa. A candidata do PMDB, Ismeralda Garcia da Costa já está presa. O prefeito Júnior do Posto (PMDB) foi preso no Recreio dos Bandeirantes, no Rio, onde mora. O presidente da Câmara de Vereadores, Marcelo do Queijo, também do PMDB está foragido. Na casa de Ismeralda que saiu de camburão foram apreendidos R$ 30 mil em dinheiro vivo. O presidente da Câmara de Guapimirim, Marcelo do Queijo, ligadíssimo ao fazendeiro Picciani, chegou a pagar R$ 800 mil em dinheiro vivo aos policiais para abafar tudo há dias atrás. Ele não foi preso na ocasião para não atrapalhar a investigação.

Abaixo, fotos exclusivas da operação policial na casa de Ismeralda que até se lançar candidata era secretária de Governo em Guapimirim. A quadrilha do PMDB, segundo a polícia, desviava por mês R$ 1 milhão dos cofres da prefeitura, inclusive dinheiro da merenda escolar.

Ismeralda Garcia da Costa presa
Ismeralda Garcia da Costa presa