Carlos Cachoeira, durante muitos anos, foi a principal fonte de informações da TV Globo, dos jornalões e revistas de papel cuchê.
Forneceu releases, filmes e fotos que viraram furos jornalísticos.
Escrevi que grandes jornalistas usurparam prêmios Esso que deveriam, por direito, pertencer ao “jornalista” Cachoeira.
Para prestar este serviço à grande imprensa, contratou agências de espionagem nacionais e internacionais e (pasmem!) arapongas do extinto CNI.
Veja, istoé, que bizarra época vivida com o “professor” no comando do jornalismo investigativo do Brasil, forjando reportagens que viraram comissões parlamentares de inquérito.
Este jornalismo marrom, baseado em meias-verdades, balões de ensaio e mentiras grosseiras, continua sendo praticado. Agora, para extinguir e/ou desmoralizar a CPI das Operações La Vegas e Monte Carlo. (T.A.)
MISSÃO MIRO TEIXEIRA
Na edição de hoje da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Chama-se “Vacina” e diz o que segue abaixo:
“O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas”.
O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Júnior e Carlos Cachoeira. Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais. (Esmael Morais)
O LOBISTA DA VEJA
Foi visto circulando em Brasília o executivo Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander e atualmente presidente do grupo Abril, que publica Veja. Bem relacionado em todos os partidos, por ter sido também presidente da poderosa Febraban, Fábio Barbosa foi a Brasília com uma missão delicada: convencer lideranças do Congresso Nacional a evitar a convocação, pela CPI, do empresário Roberto Civita, presidente do grupo Abril.
A tarefa é muito difícil. Primeiro, porque são fortes as ligações entre a revista Veja e o esquema do contraventor Carlos Cachoeira. Além das 200 ligações entre o bicheiro e o jornalista Policarpo Júnior, várias reportagens publicadas pela revista apontam um nexo entre os grampos ilegais do bicheiro e os furos de reportagem da publicação.
A IRMANDADE DOS MARINHO
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
E por que os quatro, juntos, de mãos dadas, o Robert(o) Civita e os tres filhos do Roberto Marinho precisam subir à forca ?
Porque eles são a corda e a caçamba.
O jn não tem produção própria.
A Veja não tem repercussão nacional.
O crime organizado se organiza na Veja e se expande no jornal nacional, na liturgia trevosa de seu Cardeal Ratzinger, o Ali Kamel.
O jn transforma em Chanel # 5 o detrito solido de maré baixa da Veja. Por Paulo Henrique Amorim
O que diferencia Carlinhos Cachoeira de tantas outras organizações criminosas foi sua extraordinária influência política. E ela se devia, na maior parte, ao acesso que tinha à revista Veja, à possibilidade de detonar adversários ou recalcitrantes com matérias escandalosas – mesmo, muitas delas, não obedecendo sequer aos critérios de verossimilhança. Blog do Saraiva