Os policiais da ditadura de 64 Reale e Temer tramaram o golpe do impeachment de Dilma

Miguel Reale Jr, junto aos juristas Hélio Bicudo e Janaina Paschoal, protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que faz Michel Temer presidente, e Eduardo Cunha vice.

Os policiais Miguel Reale Jr e Michel Temer sempre fizeram parceria. Eram pessoas confiáveis da Ditadura Militar de 1964. Em 31 de janeiro de 1984, Reale passou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para o parceiro e amigo Michel Temer, que foi três (3) vezes nomeado chefe das policias civil e militar de São Paulo. Confira aqui

Para exercer o cargo, precisavam do apoio dos aparelhos repressores do regime autoritário.

As polícias “foram criadas por um decreto-lei da Ditadura de 1969”, portanto, a polícia militar “é uma invenção, uma criação da ditadura”, diz Jair Krischke.

Segundo ele, “o decreto dizia que a polícia militar é força auxiliar e reserva do exército. Na Constituição cidadã de 1988 aconteceu um ‘copia e cola’, copiaram exatamente o texto do decreto-lei da Ditadura e colocaram na Constituição, dizendo que as polícias militares são forças auxiliares e reserva do exército”.

Outra prática que se mantém é a expressão utilizada pela polícia, “auto de resistência”, para justificar a morte de civis. “No tempo da Ditadura criou-se esse ‘auto de resistência’, porque a ditadura queria justificar sempre os assassinatos que cometia. (…) Esse ‘auto de resistência’ continuou sendo praticado pelas polícias militares, a polícia que mais mata no mundo”, pontua. Com a subordinação da polícia militar ao exército, acrescenta, “a formação do militar é destinada a prepará-lo para enfrentar o inimigo, vencê-lo e submetê-lo à sua vontade, isso é ser militar; não tem nada com polícia”.

O pai Miguel Reale, em 1969, foi nomeado pelo presidente Artur da Costa e Silva para a “Comissão de Alto Nível”, incumbida de rever a Constituição de 1967. Resultou desse trabalho parte do texto da Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, que consolidou o regime militar no Brasil.

Janaina Paschoal, coroada “a musa do golpe”, é a pomba-gira que participou com Hélio Bicudo de uma rídicula manifestação nazi-fascista.

Os Reale, pai e filho, Janaina e Temer são considerados juristas notáveis, e seus livros adotados nas nossas faculdades de ciências jurídicas, que promovem o ensino de um direito conservador, como elemento de conservação das estruturas sociais. Assim se explica a OAB apoiar o golpe, a criação da república do Galeão do Paraná de Moro, a prática da tortura física  por advogados delegados, uma “justiça PPV”, cara, anti-social, as prisões debaixo de vara, um sistema penitenciário tipo campos de concentração, o assédio, a tortura psicológica para as delações mais do que premiadas, o Brasil campeão da censura judicial.

Veja neste vídeo Janaina aplaudida por Bicudo

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Talis Andrade

Jornalista, professor universitário, poeta (13 livros publicados)

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