Secretário de Segurança de Pernambuco: Homossexualismo é “desvio de conduta”, e a mulher “gosta de farda”

BRA^PE_JDC prostituição senzala

 

Fabiana Moraes escreveu uma série de reportagens para o Jornal do Comércio do Recife: “Nos 80 anos da mais conhecida obra de Gilberto Freyre, o Jornal do Comércio traz o cotidiano de jovens que, desde a infância, sofrem com a exploração sexual. Cresceram de modo análogo às escravas vistas no livro, meninas e mulheres que eram retratadas como ‘dóceis’ ou ‘fáceis’, praticando sexo de maneira consensual com seus senhores. Ali e agora, no entanto, elas sofrem como o elemento mais frágil em uma relação de poder protagonizada pelo dono da casa-grande (ontem) e por homens diversos, inclusive policiais (hoje)”.

Fabiana levou as denúncias de abuso sexual ao governo de Pernambuco: “O secretário de Defesa Social do Estado, Wilson Damázio, parecia alarmado: na entrevista concedida no dia 22 de novembro, uma manhã de sexta-feira, me recebeu acompanhado pelo corregedor-adjunto Paulo Fernando Barbosa, pelo ouvidor da SDS, Thomas Edison Xavier Leite de Oliveira, e, finalmente, pela Gerente do Centro Integrado de Comunicação, Ana Paula Alvares Cysneiros. Estava, em parte, a par do assunto que seria tratado: o abuso sexual de policiais sobre jovens que vinham sendo acompanhadas há semanas, entre elas, duas menores. Para a sua assessoria, informei que se tratavam de abordagens criminosas de policiais do Grupo de Ações Táticas Itinerantes (Gati), da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicleta (Rocam) e da Patrulha do Bairro”.

Leia as reportagens e entrevistas. Clique aqui.

Acontece que uma das respostas do secretário Wilson Damázio vem causando a maior polêmica nas redes sociais: “Ah, vai dizer isso para as associações… aqui tem muitos problemas, com mulheres, principalmente… Elas às vezes até se acham porque estão com policial. O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil.. Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negocio. Eu sou policial federal, feio pra c**.. a gente ia pra Floresta (Sertão), para esses lugares. Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas. Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Pra ela é o máximo tá dando pra um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido”.

Sobre os travestis com ‘fascínio de farda’, cuja nudez vem sendo vista por policiais, perguntou o secretário: “Desvio de conduta a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? Lógico que a homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional. Então, em todo lugar tem alguma coisa errada, e a polícia… né? A linha em que a polícia anda, ela é muito tênue, não é?”

As respostas na internet:

damazio devisvio

damazio

Vídeo Sassaricando

A flor do nazismo. A history of Olympic gender scandals

por Eric Brücher Camara

 

Dora RatjenRatjen chegou a bater um recorde mundial antes de ser desmascarada

 

A amizade entre uma atleta judia, afastada da equipe alemã que participou da Olimpíada de 1936 em Berlim, e o alemão que a substituiu, passando-se por mulher, é o enredo do filme Berlin 36. (Trailer)

O filme é baseado na história real de Gretel Bergmann, uma das melhores saltadoras em altura da Alemanha, que por pressão dos Estados Unidos foi aceita na equipe olímpica alemã, mas acabou afastada logo depois que a equipe americana embarcou no navio que cruzaria o Atlântico.

Na fita, a atleta convocada pelo governo nazista para substituir a judia, Maria Ketteler, é na realidade um homem. Apesar da rivalidade, os dois acabam ficando amigos.

Mas, por trás dessa simpática história fictícia de amizade entre o alemão e a judia Bergmann, que destaca o drama real vivido por judeus alemães, se esconde uma verdadeira tragédia pessoal.

Certidão de nascimento

De acordo com o historiador Berno Bahro, da Universidade de Potsdam, na Alemanha, a atleta substituta, cujo nome real era Dora Ratjen, não teria sido “inventada” pelos nazistas, desesperados por uma substituta para Bergmann.

O coautor do livro que acompanha o filme afirma que, embora fosse do sexo masculino, a certidão de nascimento legítima da atleta trazia o nome Dora Ratjen e ela teria sido criada como menina.

EL MISTERIO DE DORA RATJEN Y LAS OLIMPIADAS DEL ’36

Por Agustina Muñoz

Dora Ratjen fue una estrella en los Juegos Olímpicos de Berlín del año 1936, medalla de bronce en atletismo y dos años más tarde campeona de los juegos europeos con un record mundial en salto, y, sobre todo, querida del partido nazi. En 1938, cuando fue descubierta y acusada de fraude en un tren que iba de Viena hasta Colonia, la atleta olímpica dejó de ser Dora Ratjen para empezar a llamarse Heinrich. En aquella oportunidad, unas señoras que viajaban junto a ella y la reconocieron, notaron algo raro entre las piernas de la atleta, que solía usar largas polleras que cubrían sus piernas fornidas. Cuando el policía se acercó para interrogarla, Dora sacó su identificación de los campeonatos europeos en la que aparecía claramente su pertenencia al género femenino. Sin embargo, el policía no se quedó conforme y le dijo a Dora que debía examinarla; ésta se negó, pero ante la amenaza de ser acusada del delito de obstrucción de una investigación policial, tuvo que admitir que era un hombre. El fraude cayó sobre Dora y también sobre el Tercer Reich, que debió quitarle las medallas y prohibirle participar en cualquier otra competencia deportiva. Dora tenía diecinueve años cuando su carrera quedó trunca para siempre. Marginado y eternamente nostálgico, vivió hasta los noventa años atendiendo mesas en distintos bares y restaurantes.

OUTROS CASOS

Clique aqui