Pelo menos três desembargadores (Munir Feguri,Odiles de Freitas e Paulo Lessa), conforme denúncia do juiz José Geraldo Palmeira, estão envolvidos no assassinato do juiz Leopoldino do Amaral.
Um dos desembargadores, Paulo Lessa, é o atual secretário de Justiça e Direitos Humanos. Lessa fazia parte da velha justiça. Agora tem uma nova. Que também virou uma bagunça.
Publica hoje a Tribuna da Cidade:
Capenga, Judiciário perde 168 servidores por “bagunça” institucional
Em apenas um dia, o Judiciário de Mato Grosso perdeu 168 servidores
Na primeira leva, 102 por determinação do Conselho Nacional de Justiça, que julgou irregular nomeação dos aprovados nos concursos regidos pelos editais nº 28/98, 29/98, 33/98 e 14/2000 e que foram nomeados após o término do prazo de validade dos certames. Temendo mais problemas, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rubens de Oliveira determinou a demissão de outros 66 estatutários, que estavam na estrutura do Judiciário sem concurso público.
Os dois atos revelam uma “bagunça institucional” do Judiciário. Fechado por anos, tomou atitudes medidas contrárias as normas legais primárias. Exemplo da portaria que determinou a suspensão do prazo de validade dos concursos regidos pelos editais. Especialmente porque violou o inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, que prevê que o prazo de validade de concurso público pode ser de até dois anos, prorrogável por mais dois anos. Manter funcionários estatutários, sem concurso, foi outra aberração.
As demissões acontecem justamente em um período crítico para o Judiciário. De um lado, o Conselho Nacional de Justiça determinou uniformidade no horário de atendimento. Ou seja, quer que a Justiça funcione em período integral – uma das antigas lutas da Ordem dos Advogados do Brasil. De outro, a necessidade de contenção, que acabou com o pagamento de horas extras.
O atendimento do Judiciário é duramente contestado. Há hoje uma carência de pelo menos 89 juízes para atender as comarcas – muitas criadas no passado sob critérios eminentemente políticos. Da mesma forma, faltam servidores. Na época em que muitas jurisdição foram abertas, as prefeituras se comprometeram a ceder servidores para o Judiciário. A medida foi contestada judicialmente e os funcionários que atendiam ao “novo” Judiciário tiveram que ser recolhidos.
“A situação é tão caótica que existem Varas com apenas um servidor e um oficial de justiça para cumprir 3 mil mandados e citações, por isso a Justiça é lenta” – diz o presidente do Sindicado dos Servidores do Poder Judiciário, Rosenwal Rodrigues dos Santos. Segundo ele, o Judiciário de Mato Grosso vive um caos e se não houver um duro enxugamento nas despesas a situação vão ficar insustentável.
Lessa nega denúncia de participação na morte do juiz Leopoldino
Laura Nabuco
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, desembargador aposentado Paulo Lessa, desmentiu nesta quarta (30) as afirmações do juiz aposentado compulsoriamente José Geraldo Palmeira. Em depoimento à Polícia Federal nesta semana, Palmeira acusou o membro do staff do governador Silval Barbosa (PMDB) de ter participado de uma reunião na casa de Josino Guimarães, dias antes da morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral. Josino é acusado de ser o mandante do crime. O encontro com Lessa e outros magistrados, que não foram citados, teria sido para planejar o assassinato.
Em sua defesa, o secretário garatiu que sequer conhece Josino. “Nunca estive na casa dele e não tenho nenhum vínculo de amizade para isto. Só o conheço pela fama, assim como ele deve me conhecer também”, disse. O secretário atribuiu a vinculação de seu nome ao caso por uma inimizade com Palmeira. As divergências entre eles teriam começado em 1999, quando o magistrado foi afastado de suas funções pela primeira vez. Lessa afirmou que seu voto foi o responsável pelo desfecho do caso. O desembargador disse também ter atuado no julgamento que aposentou Palmeira compulsoriamente. “Isso é motivo mais que suficiente para ele agir assim”, apontou.
O secretário lembrou ainda da ação que impetrou contra os juízes aposentados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Marcelo Barros e Antônio Orácio da Silva Neto, por danos morais. Segundo Lessa, ambos são amigos de Palmeira. O secretário frisou que o depoimento do ex-magistrado foi espontâneo e realizado dias após ele ingressar com o processo contra os outros dois. “Se tudo isso fosse verdade, porque ele (Palmeira) esperou tanto tempo para se manifestar?”, alfinetou.
Leopoldino foi assassinado em 1999, após denunciar um esquema de venda de sentenças envolvendo membros do Judiciário mato-grossense. Ele foi morto com dois tiros na cabeça. Seu corpo foi encontrado em Concepción, no Paraguai, parcialmente carbonizado. Para Lessa, seu nome só vem sendo associado ao crime devido a sua participação nas investigações de um suposto esquema de desvio de dinheiro por Leopoldino.
Lessa conta que o Tribunal de Justiça (TJ) já possuia provas contra o juiz. Ele também disse que o julgamento de Leopoldino estava agendado para ocorrer dois dias após a data de sua morte. Segundo Lessa, o juiz havia desviado pelo menos R$ 2 milhões dos cofres públicos. “Em valores corrigidos, a dívida chega a R$ 12 milhões. O Estado paga precatórios até hoje”, frisou.
À época, Lessa era corregedor do TJ e estava entre os acusados por Leopoldino. O secretário afirmou, contudo, que ambos nunca tiveram qualquer divergência. Lessa também revelou que o magistrado não tinha as provas que havia anunciado. “Ele utilizou a acusação como uma forma de tentar se defender”, apontou.
Comentários:
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Clóvis | 01/12/2011 10:04
cuiabácoitadinho do sr lessa, quanta injustiça, eu não sei, eu não estava lá, eu não vi, sou inocente, na hora que a chapa esquenta todo mundo é inocente, e o cara é secretario de justiça, hahahahahah é bem mato grosso.
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Joao | 30/11/2011 18:50
varzea grandeE SILVAL ABRE O OLHO TEM RAPOSA COM A CHAVE DO GALINHEIRO.
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João Carlos | 30/11/2011 18:46
CPASr. Governador, diga-me com quem andas que te direi quem és. Cada secretário (com “s” minúsculo) que temos, hein?
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Jofre Soares | 30/11/2011 15:08
CuiabaSrs..Que tem caroço nesse angú tem!,ninguém é acusado gratuitamente, O Leopoldino todo mundo sabe não era ” flor que de se cheirar mas esse aí tambem não ” como diria minha avó ” quem não o conhece que o te compre eu te vendo! ”