Cunha, conspirador e gângster, protegido da justiça

A situação do Brasil é muita séria. Vamos deixar de lado as cusparadas. As fofocas de atores. Os verbos no condicional. Temos que denunciar o golpe. Desmascarar os julgadores de Dilma. Nomear os corruptos, notadamente no judiciário passivo, parcial, partidário e cúmplice, pela inércia, da conspiração golpista.

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Cunha envia ao STF queixa-crime contra deputados que o xingaram em votação. “Conspirador” e “gângster” foram alguns dos adjetivos contra presidente da Câmara.

Que o STF aja. Que sejam ouvidas pelas autoridades (in)competentes todos os deputados denunciados por Eduardo Cunha.

A justiça é uma ameba. Unicamente age quando cutucada. Que a justiça inerte se mecha. Deixe de ficar sentada nos processos que provam que Cunha é ladrão, sonegador, traficante de moedas para paraísos fiscais, mentiroso, golpista, comedor de propinas, um pequeno César que usa o cargo de presidente da Câmara para ameaçar testemunhas.

Um bandido, corrompido e corruptor, capaz de mandar matar, conforme denúncias de deputados.

Por muito menos, o juiz Sergio Morro prendeu muita gente, inclusive um senador. Conspirou a prisão e o sequestro do presidente Lula.

Que os ministros se levantem. Desengavetem os variados processos que provam que Cunha é capaz de todos os crimes, e merece, pelos desfeitos, perder o mandato de deputado, devolver o dinheiro pilhado, e ser preso.

Um capo não pode ser presidente da Câmara dos Deputados, e vice-presidente do Brasil. E brincar de primeiro-ministro.

Moro pede para cortar na própria carne. Significa limpar o judiciário dos bandidos togados? Que ele esclareça

 

Marcelo António Homem de Mello: “Cortar na própria carne é um termo forte, impactante, usado simbolicamente, para exemplificar medidas duras no sentido de apurar e punir os próprios atos, e de seus congêneres diretos, antes de repassar aos seus segundos e terceiros escalões.

Ouve-se muito na administração pública. Nem tanto como gostaríamos é bem verdade, mas é um jargão do setor”.

Conheça outros significados aqui.

Narra o Estadão: “Nas manifestações que aconteceram em todo Brasil, neste dia 13, o juiz da Lava Jato recebeu amplo apoio, bem como as investigações e autoridades envolvidas nos processos da Lava Jato. Em Curitiba, sede das investigações, manifestantes colocaram nas ruas 10 mil máscaras em homenagem a Moro”.

Agradecido, ele assinou a seguinte nota: “Importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas e igualmente se comprometam com o combate à corrupção, reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne, pois atualmente trata-se de iniciativa quase que exclusiva das instâncias de controle. Não há futuro com a corrupção sistêmica que destrói nossa democracia, nosso bem estar econômico e nossa dignidade como País”.

Não esquecer que o juiz federal Sergio Fernando Moro vem sendo acusado de apenas punir governitas, notadamente os petistas, inclusive pelo partidarismo de sequestrar, debaixo de vara, o ex-presidente Lula da Silva.

O ministro-chefe da Casa Civil disse o que o trabalho do juiz Sergio Moro está chegando onde o magistrado sempre quis, que seria a criminalização da política.

“Tem gente babando sangue. Lula virou troféu”, acrescentou o ministro Jaques Wagner.

“Cortar na própria carne” seria também prender, por exemplo, os adversários de Dilma Rousseff já denunciados como Aécio Neves, Eduardo Cunha?  Isso sem falar na corrupção existente no judiciário.

 

Sabe o que significa “‘ Cortar a Própria Carne?”

 

por Marcelo António Homem de Mello (1)

Cortar na própria carne é um termo forte, impactante, usado simbolicamente, para exemplificar medidas duras no sentido de apurar e punir os próprios atos, e de seus congêneres diretos, antes de repassar aos seus segundos e terceiros escalões.

Ouve-se muito na administração pública. Nem tanto como gostaríamos é bem verdade, mas é um jargão do setor.

Trazendo o termo para a moderna administração, traduziria como líderes e gestores se punindo, reconhecendo suas falhas e limitações, assumindo o papel da ineficiência, erros, antes de culpar a seus colaboradores diretos ou indiretos.

É a autoflagelação antes de chicotear ou penalizar a terceiros.

É pensar no próximo antes que em si mesmo.

Isso mesmo, automutilação!

Significa que gerir pessoas é uma questão muito mais ampla que se pode imaginar, e só que tem muita vocação e aptidão consegue realizar com sucesso essa missão, principalmente quando se diz reconhecer e assumir sua própria ineficiência ou insucessos..

O Moderno Gestor, ou administrador, tem de entender muito bem este conceito, aprender e exercitar.

Não repassar o ônus de suas decisões, pouco assertivas, aos seus colaboradores e parceiros, encontrando o ponto frágil da mesma e transformando isso tudo em oportunidade.

Cortar a própria carne é “não arrebentar a corda” no lado mais fraco. É colocar-se a frente de decisões de forma positiva, comemorando acertos e trabalhando em cima dos desacertos, pois a única certeza é de que desacertos vão existir em qualquer modelo de gestão, seja lá qual for o modelo ou perfil do gestor.

É assumir junto com sua equipe, seu time, os sucessos e os insucessos, é gerir pelo exemplo.

E já está ficando batido e desgastado no meio político, de onde o jargão se origina. São tantos escândalos e denuncias que acabam impunes no país, que cortar na própria carne tem sido motivo de piadas. Entretanto, se torna real quando, além da exoneração, os envolvidos em malfeitorias acabam sendo presos, ainda que temporariamente em cumprimento a decisões judiciais.

Bom dia a todos,

Excelente término dos Feriados de Momo!

Bom início de 2014.

 

(1) CEO – Empresário, Consultor, Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching-SBC, Palestrante Técnico e Motivacional, Gestor Estratégico de Pessoas, Instrutor de Treinamentos Indoor e Outdoor (TEAL), Psicólogo Organizacional.

Muita grana, cocaína, assassinatos e suicídio na venda de sentenças no Ceará. Desembargador Carlos Rodrigues Feitosa envolvido

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Investigados quatro desembargadores do Tribunal de Justiça do Ceará 

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No dia 14 de abril de 2014, o desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido, na época presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) admitiu, corajosamente, haver um esquema de venda de habeas corpus durante os plantões judiciários, nos fins de semana e feriados.

De acordo com o desembargador, a venda ocorria desde 2011. “Temos indícios de que há uma rede organizada para conceder liminares criminais. Dois desembargadores são investigados pelo CNJ [Conselho Nacional de Justiça]. Há elementos também que incriminam advogados”.

Antes, em fevereiro, ficou constatado que, dos 15.486 processos de pessoas presas no Ceará, analisados pelo Mutirão Carcerário no Estado, 1.109 detentos não foram localizados nas cadeias e penitenciárias onde deveriam estar cumprindo as penas. Parte deles está foragida.

Mensagem no celular do desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido sobre a venda de habeas corpus nos plantões por 150 mil reais
Mensagem no celular do desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido sobre a venda de habeas corpus nos plantões por 150 mil reais

Em 16 de junho último, em coletiva de imprensa, o presidente da OAB-CE, Valdetário Monteiro, revelou:

“É a primeira vez na história do Ceará que se escuta falar e se confirmar corrupção dentro do Poder Judiciário. Hoje podemos dizer que existia um sistema de corrupção organicamente instalado. Nesse momento há fortes indícios de que a venda dos habeas corpus acontecia”, ressaltou Valdetário. De acordo com o presidente da OAB-CE, além dos cinco magistrados investigados, 10 servidores do TJCE, também tem 30 advogados. “Mas isso não quer dizer que todo advogado e desembargador que trabalha nos plantões são corruptos”, destaca. Os advogados envolvidos, segundo Valdetário, serão punidos e excluídos da Ordem.

Na véspera da entrevista, durante ação da Polícia Federal no TJCE, o desembargador Carlos Rodrigues Feitosa foi afastado do cargo.

Os desembargadores Paulo Camelo Timbó e Carlos Rodrigues Feitosa, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) serão investigados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela suspeita de terem vendido liminares durante plantões judiciários. A partir de proposta da corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, o conselho aprovou por unanimidade a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os magistrados.

O desembargador Carlos Rodrigues Feitosa é suspeito de conceder liminar para a soltura de três presos após receber R$ 150 mil de advogados que teriam visitado os dois magistrados às vésperas dos seus plantões judiciários. Assim como ocorre no caso envolvendo Timbó, o CNJ também aponta um número elevado de liminares concedidas por Feitosa. No plantão do dia 7 de julho de 2013, o desembargador concedeu 10 liminares entre 10 pedidos de habeas corpus.

Outra evidência das investigações preliminares do conselho são fotos de cédulas de R$ 50 e R$ 100 postadas no Facebook pelo advogado Fernando Feitosa, filho do magistrado, alusivas ao “dia da liminar”. O plenário do CNJ decidiu afastar Carlos Rodrigues Feitosa até o fim das investigações.

Publica UOL hoje: A PF (Polícia Federal) está desarticulando uma quadrilha especializada em tráfico de drogas internacional, que usava o Ceará e o Rio Grande do Norte como saídas da América do Sul para levar entorpecentes que vinham da Bolívia para a Europa. Segundo a polícia, o esquema envolvia advogados, juiz e desembargadores na compra e venda de alvarás judiciais durante em plantões do Tribunal de Justiça do Ceará. O grupo expedia alvarás de soltura de traficantes presos no sistema prisional do Estado. A fraude foi descoberta durante a Operação Expresso 150, a qual identificou um juiz e um desembargador suspeitos do crime. Policiais estão no prédio do Tribunal de Justiça do Ceará cumprindo mandados de busca e apreensão.

Quatro desembargadores do Ceará beneficiavam traficantes internacionais de drogas com venda de alvarás

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De acordo com o delegado regional executivo da Polícia Federal no Ceará, Wellington Santiago, quatro desembargadores vendiam liminares que concediam a liberdade a membros de uma organização criminosa que traficava drogas para a Europa.

Segundo Santiago, os magistrados, envolvidos no esquema de venda de liminares durante os plantões do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), são investigados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os nomes não foram divulgados. [Sempre escondem os nomes dos bandidos togados. Quando um político é preso, a PF e a Justiça promovem o maior escândalo na mídia.

A justiça é responsável pela impunidade, pelos criminosos soltos. Só a justiça condena… E assim sendo, só a justiça pode vender habeas corpus, sentenças, arquivar e/ou retardar julgamentos até prescreverem…]

“Os desembargadores sabiam, realmente. Tinham conhecimento de quem estava sendo beneficiado com as medidas”, afirmou Santiago. Seis dos beneficiados pelas liminares, inclusive, já haviam sido capturados e soltos, nos últimos dois anos, beneficiados por alvarás de soltura comprados por R$ 150 mil. Todos foram presos novamente ontem.

Conforme o delegado, a compra dos alvarás envolvia ligações telefônicas feitas de dentro dos presídios cearenses onde estavam os suspeitos. Eles solicitavam a membros de cargos mais altos na quadrilha que conseguissem o dinheiro necessário para a compra dos alvarás.

Algumas conversas eram intermediadas até mesmo pelos advogados envolvidos no esquema. “Os diálogos foram interceptados. Foi assim que descobrimos o esquema. Desta vez, prendemos gente que conseguia o dinheiro para pagar desembargadores”.

O delegado Janderlyer Gomes afirmou que, por conta da vulnerabilidade dos presídios do Estado, todos os presos serão encaminhados para penitenciárias federais e responderão pelos crimes de tráfico internacional de entorpecentes e associação criminosa. (Thiago Paiva)

As comentários entre colchetes é do editor do blogue

Caminho-do-trafico-ate-a-europa

Crime hediondo

Exemplos de crimes hediondos:

desviar dinheiro da saúde mata milhares e milhares de inocentes,

da educação destrói o futuro de milhões de jovens,

roubar o leite das crianças,

pagar aposentadorias, pensões e salários indignos,

promover despejos em massa,

prostituir crianças,

traficar pessoas,

propagar o ódio do racismo, do fanatismo religioso, da xenofobia, da homofobia,

vender sentenças,

promover a apologia da ditadura, da tortura, do linchamento, da lapidação,

propagar o fanatismo religioso,

traficar as riquezas da pátria.

crime hediondo

Informa o Conselho Nacional de Justiça (CNJ): São considerados crimes hediondos: latrocínio; feminicídio; estupro; extorsão qualificada pela morte; extorsão mediante sequestro e na forma qualificada; epidemia com resultado morte; homicídio quando praticado em atividade típica de extermínio e homicídio qualificado além da falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e o crime de genocídio. A prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo também são insuscetíveis de anistia, graça e indulto e fiança.

Conheça a Lei n. 8.072/1990, que dispõe sobre os crimes hediondos

Uma campanha sobra a justiça

denúcia delação premiada jornalismo justiça inquérito

O eleitor brasileiro nunca discutiu ou votou no tipo de justiça que deseja. Desconhece quase tudo. Nada mais misterioso, secreto, insondável.

Esse distanciamento de uma justiça fechada em luxuosos palácios tem várias razões. Acontece, inclusive, para o povo, que tudo paga, desconheça quanto inacessível, cara, falha e faciosa.

Tudo na justiça é pago. Regiamente pago. Ganha quem paga mais.

Para falar com um juiz você tem que alugar os serviços de um advogado. Se não tem dinheiro (que bolsa família, que salário mínimo pode pagar um advogado?) precisa apresentar um atestado de miserabilidade.

Difícil, impossível, no país dos miseráveis, o pé no chão, ter direito à justiça gratuita. Faça um teste aqui para ver se consegue um advogado.

O certo a justiça brasileira fosse democrática. Social. Uma justiça justiça. Moro u?

ARGENTINA, JUSTICIA LEGITIMA PIDE DEFINICIONES A LOS CANDIDATOS NACIONALES Y LOCALES

Pide que los candidatos expliquen qué entienden por democratizar el Poder Judicial
Pide que los candidatos expliquen qué entienden por democratizar el Poder Judicial

Las reformas de los códigos, la oralidad de los procesos, la restitución del control de los fondos al Consejo de la Magistratura y la integración de la Corte Suprema son algunos de los ejes sobre los que los miembros del colectivo reclaman pronunciamientos.

El País/ Argentina

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“En este año electoral la cuestión de la Justicia no puede ser ignorada por las agrupaciones políticas que participan de los comicios a nivel nacional y local y todas ellas deben explicitar qué entienden por democratizar el Poder Judicial, de qué y de quiénes deben ser independientes los jueces y cómo se asegura el acceso a la justicia.” La agrupación Justicia Legítima propone de esta manera incluir en la agenda las cuestiones que competen al modelo de justicia que cada candidato propone. “Históricamente este tema nunca se trata en las campañas electorales y eso demoró la democratización de la justicia, el Poder Judicial, de hecho, no se renovó con el regreso de la democracia”, señaló a Página/12 Alicia Ruiz, jueza del Tribunal Superior de la Ciudad de Buenos Aires e integrante del colectivo que incluye a jueces, fiscales, defensores, funcionarios y empleados de tribunales de todo el país.

Los miembros de Justicia Legítima creen que si el modelo de Justicia nunca se incluyó en los debates de las campañas electorales es porque nadie estaba interesado en modificarlo. En cambio, el cuestionamiento de estas estructuras tradicionales fue casi la razón de ser de la irrupción de Justicia Legítima en diciembre de 2012. “Exhibir que el Poder Judicial no es una institución monolítica y uniforme fue y sigue siendo uno de los pilares de Justicia Legítima. Esa imagen que ha pretendido mostrar de sí mismo es, por el contrario, el resultado de la hegemonía de los sectores más corporativos que lo integran”, señalan sus miembros.

“Lo que no queremos es que se discutan fórmulas vacías de contenido”, explicó Ruiz, en alusión a quienes hablan de defender la “independencia judicial”, pero no explicitan a qué se refieren con esa frase. “No estamos dispuestos a conceder que estos temas se reduzcan a fórmulas efectistas, útiles para las campañas y aptas, a un tiempo, para evitar cualquier compromiso futuro. Es necesario que quienes aspiran a gobernar el país tomen posición respecto de cuál es la estructura, cuál es el papel y cuánta la importancia que le asignan a un poder del Estado de cuya conformación depende en buena medida que el orden democrático, el sistema de garantías y los derechos humanos se amplíen para asegurar más inclusión y más participación de todos y cada uno de nosotros”, afirma la agrupación.

En esa línea, Justicia Legítima enuncia temas concretos para poner sobre la mesa: las reformas de los códigos, la implementación de las leyes de organización de la Justicia y la oralidad de los procesos, la restitución del control de los fondos al Consejo de la Magistratura, son algunos de los ejes que propone, y que, según dice “no pueden ser dejados de lado ni reservados a los técnicos u obstruidas por quienes temen perder poder o privilegios”. Otro asunto de coyuntura importante es lo que llaman la “la ‘desintegración’ de la Corte Suprema” y la voluntad de algunos sectores de impedir su conformación plena, lo que afirman, “es una gravísima anomalía institucional que no puede persistir por la gravedad de sus consecuencias”.

“El imprescindible debate acerca de qué Corte queremos no puede obviar que aún debe completarse el número actual de sus miembros. Hay urgencia de cumplir con el diseño de la Constitución. La responsabilidad de aquellos que lo impidan no puede quedar impune. Las próximas elecciones habilitan al pueblo a decidir en las urnas qué modelo de Poder Judicial es más democrático, más plural y más preocupado por ampliar el marco de los derechos”, dicen. Ruiz destacó que la aparición de Justicia Legítima dio lugar al surgimiento de otras agrupaciones vinculadas a los tribunales y el derecho y que se revirtió la idea del Poder Judicial monolítico que representa a “la independencia”: “Hay muchos discutiendo de política desde el Poder Judicial y nos parece bien, no política partidaria, pero sí hay que decir que no somos todos iguales, no todos pensamos lo mismo, queremos distintas cosas, para el Poder Judicial y para la sociedad en que vivimos”.

A feira da justiça. Blindagem dos advogados e aposentadoria para bandidos togados

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No dia 14 de abril, o desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido, presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) admitiu haver um esquema de venda de habeas corpus durante os plantões judiciários, nos fins de semana e feriados. De acordo com o desembargador, a venda ocorria desde 2011.

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“Temos indícios de que há uma rede organizada para conceder liminares criminais. Dois desembargadores são investigados pelo CNJ [Conselho Nacional de Justiça]. Há elementos também que incriminam advogados”, admitiu o desembargador.

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“A suspeita é de que o habeas corpus era negado pelo desembargador relator e quando ele entrava de férias, os advogados entravam com um pedido de reconsideração durante o plantão quando o habeas corpus era concedido”, diz o corregedor-geral do TJ.

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Reportagem de Isabel Filgueiras e Renato Sousa
Jornal O Povo

Escutas telefônicas apontam que traficantes presos em outros estados podem ter se transferido para o Ceará com a finalidade de se beneficiar do esquema de venda de habeas corpus investigado pela Polícia Federal (PF).

Os criminosos, cujas penas eram cumpridas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por exemplo, pretendiam obter alvarás de soltura concedidos no esquema de plantões do Judiciário cearense, informou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), Valdetário Monteiro, com base em inquérito sigiloso do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Traficantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais estariam sendo transferidos para o Ceará e postulavam, durante os finais de semana, a possibilidade de obterem liminares”, afirmou Monteiro em entrevista coletiva, ontem.

De acordo com ele, os grampos foram realizados pela Polícia Civil cearense desde o ano passado, quando surgiram as primeiras suspeitas do esquema de venda de liminares nos plantões do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). O presidente da OAB-CE conta que Servilho Paiva, secretário de Segurança do Estado na época, informou ao então presidente do TJCE, Gerardo Brígido, que havia a possibilidade de soltura de um traficante de outro estado durante um plantão no fim de semana.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirmou que, “por questões estratégicas, não comenta ações de inteligência”.

Na última segunda-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em diversos endereços da Capital, incluindo o gabinete do desembargador Carlos Feitosa, que foi afastado do TJCE.

Monteiro disse na coletiva que 30 advogados estão sendo julgados pela OAB-CE. Caso se confirmem as denúncias, eles podem ser expulsos da instituição. Segundo ele, as ações no tribunal de ética da entidade estão suspensas até a divulgação de dados coletados pela PF.

Batizada de “Expresso 150”, em referência aos valores que seriam pagos aos magistrados cearenses por cada sentença (R$ 150 mil), a operação executou também 22 conduções coercitivas para depoimentos na Justiça federal. Havia mandados para mais dois desembargadores aposentados, dez servidores e nove advogados.

O suposto esquema de venda de habeas corpus nos plantões judiciais é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde 2014.

Em nota, o CNJ informou que ainda não há prazo para o julgamento do processo, que está em “fase final de instrução”. A responsável pelo caso é a ministra Nancy Andrighi, da Corregedoria Nacional de Justiça. Se condenados pelo plenário do órgão, os suspeitos sofrerão sanções administrativas. [As sanções constituem um prêmio: uma aposentadoria antecipada com todos os direitos e penduricalhos]

Cinco funcionários do gabinete do desembargador Carlos Feitosa foram exonerados ontem pela presidente do TJCE, Iracema do Vale. A assessoria do tribunal explicou que, como se trata de cargos comissionados, o procedimento adotado é o padrão quando há afastamento. (colaborou Cláudio Ribeiro)

NÚMEROS

150 mil

reais seriam pagos aos juízes participantes do esquema por
cada liminar

Para-entender-o-caso

É preciso vigiar as contas de políticos e magistrados

Comissão Europeia obriga vigilância apertada a negócios com “pessoas politicamente expostas”. Bom que a União dos Países da América do Sul adote a mesma vigilância. 

europa vigia
A Comissão Europeia quer que os bancos de todos os Estados membros, incluindo Portugal, apertem a vigilância às operações financeiras que envolvam “pessoas politicamente expostas” e que determinem ainda a origem do património dessas mesmas pessoas.

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Na prática significa que quando esteja em causa uma transferência de dinheiro ou uma operação que envolva um presidente da República, primeiro ministro, ministros, secretários de Estado, deputados ou membros da direção de um partido – mesmo que já não ocupem os cargos – as instituições de crédito devem “não só ser capazes de determinar a sua qualidade, como obter autorização da hierarquia imediata antes de estabelecer relações de negócios com tais pessoas”, explica a advogada Filipa Marques Júnior.

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A Comissão enumera ainda que estas pessoas politicamente expostas podem ser membros do Supremo Tribunal de Justiça, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas e órgãos de administração dos bancos centrais.

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O artigo 20º prevê que os Estados membros exijam que as entidades financeiras “obtenham autorização da direção de topo para estabelecer ou manter relações de negócio com tais pessoas, tomem medidas para determinar a origem do património e dos fundos envolvidos para assegurar uma vigilância contínua reforçada dessas relações de negócio”.

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Até aqui, e desde 2008, Portugal já atualizara a lei de combate à lavagem de dinheiro e aos financiamento do terrorismo e já previa que aos políticos ou ex-políticos o cerco apertasse mas apenas em relação aos “residentes fora do território nacional”.

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Agora, vai ser obrigado a reforçar essa vigilância e alterar a lei já que as novas regras implicam também com os que residem em território nacional.

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A Operação Lava Jato e “as manchetes carimbadas com o talvez que destrói irremediavelmente biografias, vidas e famílias”

“Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda antes do primeiro turno das eleições do ano passado, não vazou para a imprensa, e o de Dilma vazou?”, questiona Rodolfo Vasconcellos, em carta aberta encaminhada ao juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato; “Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por Vaccari Neto há 10 anos pôde?”, questiona; “Por que só são libertados os que descambam, ‘espontaneamente’, para a delação premiada, de dedo em riste na direção ‘certa’?”. In jornal digital 247

aécio e moro

CARTA ABERTA AO JUIZ SÉRGIO MORO

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247 – O servidor público Rodolfo J. C. Vasconcellos escreveu uma carta aberta ao juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato. Leia a íntegra:

Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de Vossa Excelência.

Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super-heróis, muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana; um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios não mais em voga nos países civilizados.

Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje, praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da República e arrojados Delegados da Polícia Federal. Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade que a maioria dos brasileiros tanto aguardava. Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.

Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares. Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência. E eu acreditei tanto…

E como era bom, adulto, voltar a acreditar em super-heróis. Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma cambada de granfinos desonestos. Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra” A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma, infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.

Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos super-heróis salvadores da pátria O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta, acostumada a enterrar e ressuscitar reputações. O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de ”politização” e, irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.

Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique Excelência:

1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?

2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por Vaccari Neto há 10 anos pôde?

3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse oficialmente convocada?

4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?

5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está aí?… Que tudo começou com o PT?…

Que o PT inventou o “mensalão” antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas? Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver, definitivamente, este País passado a limpo de verdade. Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás das grades.

Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os “monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais variadas, mas todas elas carimbadas com o “talvez”… O “talvez” que destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.

Ouço gritos de horror… Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não acreditar em super-heróis.

Rodolfo J. C. Vasconcellos, Funcionário Público Federal SIAPE – 1671147

Mais transparência para os cofres das Varas da Justiça

Bandido togado
Bandido togado

 

O juiz federal Flávio Roberto de Souza – afastado do cargo e do processo em que o empresário Eike Batista é réu – confessou ter desviado mais de R$ 1 milhão de dinheiro apreendido pelo Tribunal Regional Federal. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que investiga o magistrado pelos crimes de peculato, subtração de autos, fraude processual e lavagem de dinheiro.

Segundo o MPF, que teve seu pedido de prisão preventiva negado pela Justiça Federal, o juiz disse ter tirado dos cofres da 3ª Vara Criminal do TRF 108 mil euros e US$ 150 mil em espécie – o equivalente a R$ 835 mil. A declaração teria sido feita durante a auditoria da corregedoria do TRF, iniciada após o juiz ser flagrado dirigindo o Porshe de Eike apreendido durante processo por crimes financeiros.

Flávio Roberto de Souza ainda teria proferido decisões para desviar outros R$ 290 mil depositados na Caixa Econômica Federal. Os valores do desvio, somados, chegam R$ 1,12 milhão. Leia mais

Roubo foi descoberto por acaso

Quem fiscaliza os cofres das Varas espalhadas por este imenso Brasil de múltiplas justiças federal, estadual, do trabalho, de contas, eleitoral & outras?

Comenta Marcos Simões: “O que vai ocorrer com o ladrão? No máximo, aposentadoria com todos os direitos e benesses. Isso também atravanca o desenvolvimento pleno do Brasil. Por que um FDP desses ou uma classe é privilegiada até no comentimento de crimes? Deveria ser assim, então, para todos.
‘Locupletemos-nos todos ou restaure-se a moralidade”.

É uma brutal verdade. Quando se fala em corrupção, os bandidos togados são protegidos, blindados, inclusive pelo povo nas passeatas de hoje dia 13 da esquerda, e dia 15 da direita, e sempre.

Altos salários dos togados são pagos pelo povo

Temos uma justiça cara. Que pesa nos orçamentos dos governos estaduais e da União.
E não é uma justiça social. Nunca foi.

 

justiça esquina