Pó pará, Aécio! A mais longa síndrome de abstinência da história
por Gilmar Crestani
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As operações da Polícia Federal, de que fala a ADPF, combinada com a perda das chaves do Aeroporto de Cláudio, deixaram Aécio Neves exasperado. A síndrome de abstinência persiste tanto mais porque apanhou nos dois Estados que ele tinha como se fossem sua própria casa: Minas e Rio.
É por comportamentos como este que o partido que tinha por projeto ficar 20 anos no poder, como verbalizou o PC Farias do PSDB, Sérgio Motta, que FHC e seus sequelados estão alijados do Poder Central. Pior, é o retorno de Lula em 2018 que os enlouquece. Uma compra de reeleição do país tolera, será que terá estômago para digerir este tapetão de obsessão infantil de maus perdedores.
Se ele pode me chamar, como eleitor de Dilma, membro de “organização criminosa”, por que eu não poderia chama-lo de toxicômano?!
A violência do Aécio não é tresloucada
por Paulo Henrique Amorim
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Perdeu em casa, onde vive, onde fez romaria fúnebre
A loucura de Hamlet tinha uma lógica.
A violência pós-fascista de Aécio Never também.
Aécio perdeu em casa: Minas.
Perdeu onde vive: Rio.
Perdeu onde fez romaria fúnebre: Pernambuco.
A luta de Aécio é por sobrevivência.
Dentro do PSDB.
Ele perdeu a base de Minas.
E não tem a de São Paulo.
Ou ele acha que o Beto Richa, o Perillo e o Sartori apoiam ele?
Nem o Aloysio 300 mil, o vice que é mais cerrista que o genro do Cerra.
Aécio vai percorrer o caminho da extrema-direita, como tentou o Cerra em 2010.
Na sórdida campanha do aborto e da bolinha de papel.
Com o apoio de D Odilo e toda a Igreja !
Inclusive do Papa Bento.
Aécio vai tentar a mesma estrada de Damasco.
Cair no colo da extrema-direita para enfrentar os tucanos de São Paulo em seu território.
Onde a Veja o aguarda, com seus velhinhos.
Aécio não tem para onde ir. (Transcrevi trechos)
O presente de Aécio
por Janio de Freitas
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Se ele acha que está sendo ‘porta-voz da indignação’, fica evidente que não sabe mesmo o que está fazendo
Ela se apropriou da política econômica defendida por Aécio, mas Aécio não se deixa abater e já demonstra que pode fazer o mesmo: adere à redução da desigualdade social por meio da distribuição de renda, defendida por Dilma na campanha.
A reviravolta de Dilma foi mais surpreendente, mas a de Aécio é mais original no método. Veio pela TV, na amenidade noturna do fim de semana, e naquele estilo de elegância chamado “curto e grosso”.
Nas próprias palavras do ainda pretendente à Presidência da República: “Na verdade, eu não perdi a eleição para um partido político, eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinada por esse grupo político que aí está”.
De fato, Aécio não perdeu para um partido político. Perdeu para os eleitores, petistas, peemedebistas e nada disso, que lhe negaram o voto e o deram a Dilma. Qualquer deles agora habilitado, desde que capaz de alguma prova de sua adesão a Dilma, a mover uma ação criminal contra Aécio Neves por difamação, calúnia e injúria, e cobrar-lhe uma indenização por danos morais.
Uma foto em manifestação, uma doação ou um serviço para a campanha, um cartaz ou um retrato na janela, uma propaganda no carro, em qualquer lugar do país podem se juntar às demais provas para dar uma resposta à acusação de Aécio Neves tão gratuitamente agressiva e tão agressivamente insultuosa.
É difícil admitir que Aécio Neves esteja consciente do papel que está exercendo. A situação social do Brasil não é de permitir que acirramentos, incitações e disseminação de ódios levem apenas a efeitos inócuos, de mera propaganda política. Para percebê-lo, não é preciso mais do que notar a violência dos protestos com incêndios ou a quantidade de armas apreendidas.
Se Aécio acha, como diz, que está sendo “porta-voz de um sentimento de indignação”, pior ainda: fica evidente que não sabe mesmo o que está fazendo, e aonde isso o leva.
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