Lei da copa não tem nenhum valor. É lei dos cartolas da Fifa para roubar o povo. É um pagode de safadezas mil

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Sou pela desobediência civil. A lei da copa é uma lei colonial, imposta por cartolas corruptos da Fifa, e que visa explorar ao máximo econômica e financeiramente o Brasil e o povo em geral.

Todo mundo sabe que vários clubes internacionais são propriedades das máfias, notadamente do tráfico de drogas e de moedas.

O futebol se tornou um antro de corrupção, e nada mais escravocrata que a venda de passe de jogadores, cujo dinheiro se desconhece a origem e o destino final, inclusive a nefanda prática do tráfico humano, pela exploração de adolescentes.

A Fifa já foi acusada pela prática de diferentes crimes, e impunemente.

 

Manifestantes contra a Copa em Brasília. : FERNANDO BIZERRA JR (EFE)
Manifestantes contra a Copa em Brasília. FERNANDO BIZERRA JR (EFE)

Escreve Talita Bedinelli, in El País, Espanha:

“O pagode agora é da FIFA”. A frase circulou nas redes sociais nesta quinta-feira, alarmando os brasileiros que acreditavam ter perdido o direito sob o popular ritmo musical derivado do samba e tocado em muitos bares do país. Logo se imaginou que a tão tradicional “feijoada com pagode” estaria condenada durante as partidas da Copa do Mundo e, talvez, até o final deste ano.

A polêmica surgiu após a divulgação pela imprensa local da informação de que a FIFA havia registrado junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) brasileiro a palavra “Pagode”. Assim, estaria proibido mencionar a palavra com fins comerciais em qualquer estabelecimento ou material promocional até 31 de dezembro de 2014 sob o risco de se levar um processo judicial.

Diante da incredulidade dos brasileiros, a entidade teve que se explicar. O “Pagode” de que fala a federação é, na verdade, o nome usado por ela para se referir às obras artísticas (como pôsteres, emblemas, mascote e fonte usada nos materiais da Copa) feitas por um artista contratado pela FIFA. A palavra, diz a instituição, é “amplamente usada nos documentos oficiais da competição”. “A FIFA registrou a marca nominativa ‘Pagode’ para evitar que outras fontes sejam criadas sob a mesma denominação, com o intuito de obter vantagem comercial às custas da visibilidade da fonte oficial da Copa do Mundo”, disse em nota à imprensa.

O registro do pagode causou surpresa, mas, diante da postura da FIFA em relação a “suas marcas” pouco se especulou que não fazia sentido proibir que o brasileiro pagodeie por aí. Desde a promulgação da lei 12.663 em 5 de junho de 2012, conhecida como Lei da Copa e vista por muitos como uma legislação bastante permissiva à FIFA, a instituição registrou 188 palavras, expressões ou imagens relacionadas com o Mundial, de acordo com o portal Uol. No site do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) existem ao menos quatro listas com os pedidos da instituição aceitos pelo órgão, com um total de 94 expressões, entre elas todas as capitais do país que serão sede da Copa acrescidos de “2014”, incluindo “Natal 2014”, em referência à cidade do Rio Grande do Norte, o que já levantou especulações de que os lojistas terão problemas para anunciar suas propagandas natalinas no final deste ano, já que todas as permissões valem até o final de dezembro.

Em sua nota à imprensa, a FIFA garante que não tem a intenção de impedir que terceiros utilizem a palavra ‘Pagode’ em um contexto que não seja a associação com a “Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™”.

Reclama ainda das falsificações feitas com a marca do evento, chamadas de “marketing de emboscada”. “O Porto de Manaus, por exemplo, identificou um carregamento de duas toneladas de produtos falsificados contendo a fonte oficial da Copa do Mundo da FIFA™”, exemplifica. E continua: “Os praticantes do marketing de emboscada tentam se beneficiar irregularmente da empatia e da imagem positiva que são geradas pela Copa do Mundo da FIFA™ sem contribuir com a organização da competição”. Então, por enquanto, o pagode (com letras minúsculas) está liberado.

 

AS PALAVRAS PROIBIDAS

VAMOS USAR E ABUSAR

 

In Wikipédia: Desobediência civil, que erradamente pode ser confundida como desacato, segundo Mario Henrique Simonsen faz parte da Democracia plena defendida por A. Lincoln, o sendo e o – é uma forma de protesto político, feito pacificamente – dai o seu aspecto – democrático segundo A. Lincoln, e que se opõe a alguma ordem que possui um comportamento de injustiça.

A desobediência civil foi a tática principal dos movimentos nacionalistas nas antigas colônias da África e Ásia, em sua luta por emancipação. O mais notável e emblemático foi Mahatma Gandhi que usou a desobediência civil contra a dominação britânica. Martin Luther King, líder do movimento dos direitos civis dos Estados Unidos na década de 1960.

Segundo os teóricos do direito, a desobediência civil possui cunho jurídico, mas não precisa de leis para garanti-la. Seria uma forma de expressão do direito de resistência, que é uma espécie de direito de exceção (ou seja, destacado do sistema de direito comum) e, embora tenha cunho jurídico, não necessita de leis para garanti-lo, por ser um meio de garantir outros direitos do Homem. O direito de resistência é o direito de lutar para garantir outros direitos básicos – tais como os direitos naturais à vida e à liberdade – quando as instituições públicas não cumprem seu papel e não há meios legais de assegurar o exercício desses direitos. 2 Trata-se portanto de manter, proteger ou conquistar direitos negados. Segundo John Rawls, a sociedade é “um sistema justo de cooperação social entre pessoas livres e iguais”. Todavia, mesmo numa sociedade bem ordenada pode haver instituições políticas, econômicas e sociais injustas. A desobediência civil é como “um aviso prévio da minoria à maioria, um protesto público não violento endereçado ao sentido de justiça da comunidade ou da sociedade como um todo, no intuito de reverter situações de injustiça”.

A desobediência civil está no mesmo patamar jurídico do direito de greve (para proteger os direitos dos trabalhadores) e o direito de revolução (para resguardar o direito do povo exercer a sua soberania quando esta é ofendida). A rigor, a desobediência civil é ilegal. No entanto, segundo o pensamento de Rawls, pode ser considerada como ato legítimo, na medida em que se fundamenta no princípio da justiça. Se a lei não for um instrumento de realização da justiça, o seu descumprimento é legítimo. Vale como uma espécie de legítima defesa contra a arbitrariedade e a injustiça.

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Publicado por

Talis Andrade

Jornalista, professor universitário, poeta (13 livros publicados)

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