A Terceirização é uma lei escruta que beneficia os financiadores das campanhas eleitorais. Notadamente os banqueiros, os piratas estrangeiros que “compraram” as estatais de telefone a preço de banana, e todas as empresas que já praticam a escravidão.
Contax, uma empresa que nega água (não é no sentido figurado) ao trabalhador. Repetindo: uma empresa que nega água de beber aos empregados. E que elege uma MISS XIXI. Não é brincadeira: elege uma mulher grávida, porque sai do birô de trabalho, por cinco minutos (tempo estabelecido pela Contax), para urinar, como miss pipi ou xixi. Descubra o motivo do bullying (bulismo) do mijo no link Contax.
Contax é uma empresa fantasma da Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco, e que já funciona em doze estados, sendo que a maior senzala fica no Recife.
O Ministério do Trabalho passou dois anos investigando a Contax. Dois anos. Uma eternidade. Bastavam dois dias para descobrir os casos de tortura física e de tortura psicológica na monstruosa empresa laranja da Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco.
Dois anos investigando os abusos trabalhistas contra mais de 185 mil pessoas que hoje prestam serviço de teleatendimento. Sem contar os milhares e milhares de jovens, de 18 a 25 anos, que já passaram pela Somar, uma empresa criminosa, que mais parece um motel pela sua alta rotatividade.
O que me impressiona é a submissão do jovem trabalhador brasileiro. Que não se revolta contra a servidão. Uma passividade, uma covardia, um medo de perder o emprego que bem sinaliza que vivemos em uma ditadura econômica.
Os jovens temem entrar na lista negra das multinacionais, das grandes empresas estrangeiras.
Também os jovens não contam com o apoio de nenhum partido político, de nenhum sindicato, de nenhuma grande mídia, apenas alguns blogueiros defenderam as vítimas da Contax, sendo exemplar a corajosa reportagem de Leonardo Sakamoto.
Todo dinheiro investido na investigação foi pelo ralo; e inútil a trabalheira dos funcionários do Ministério do Trabalho em sete estados; e quixotesca a intervenção nos currais da Contax.
Porque a justiça, sempre mui amiga do poder econômico, autorizou a permanência da superexploração da Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco nos doze estados que a Contax funciona.
Os salários da fome e do medo transformam o jovem brasileiro em um cidadão zumbi, sem altivez, sem coragem, sem hombridade. Um jovem que perdeu o brio, o orgulho, o civismo, pelo corpo usado, pela alma escrava.
E sem revolta, o cidadão vira-lata aceita o atual salário mínimo ou piso, abaixo de uma diária de um ministro de um Supremo Tribunal, de uma diária de um ministro de Dilma, para não citar os valores dos diferentes auxílios de moradia, de educação etc, que tem um juiz, que tem um deputado, ou mesmo um vereador do menor município do imenso Brasil.
Relatório da HRW condena a letalidade policial e diz que é necessário criar novas medidas para combater os abusos crônicos
Vladimir Kazanevsky
O Brasil é um país cruel. Uma crueldade imposta pelo legislativo, pelo executivo, pelo judiciário.
O número de pessoas torturadas nas delegacias de polícia e nos presídios é incontável.
Tortura que, muitas vezes, termina em morte. Por culpa, a máxima culpa dos governadores e da justiça PPV.
Também existe tortura na escravatura (cuja lista suja o STJ proibiu que fosse revelada), e regras humilhantes e desumanas de emprego em empresas como a Contax, com mais de 185 mil jovens que, neste preciso instante, realizam serviços de teleatendimento, nas mais humilhantes condições, e sofrendo assédio moral e castigos corporais, que provocam doenças físicas e mentais, e podem terminar em morte, em suicídios.
A Contax, uma empresa laranja da Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco, por abusos trabalhistas contra mais de 185 mil pessoas que prestam serviço de teleatendimento, coleciona 932 autos de infração lavrados, que vão terminar em merda. Deve R$ 318,6 milhões em multas, que não vai pagar. Tem R$ 119,7 milhões de dívidas com o FGTS, dinheiro roubado dos trabalhadores. E quase R$ 1,5 bilhão em débitos salariais, isto é, horas, dias, meses de trabalho surrupiados. Na Contax, o funcionário apenas tem dinheiro invisível no banco de horas. É da Contax o poder de surrupiar, bispar, safar, abafar, limpar, furtar, gatunar, escorchar, rapinar, palmar, gatunhar, subtrair, bater, unhar, tomar, arrapinar, arrancar, desvalijar, sonegar, bifar, rapar, saquear, escamotear, arrebatar, palmear, roubar, afanar.
Seis pessoas torturadas por dia? Conversa fiada.
Impensável e incontável os casos de aflição, agonia, amargura, angústia, aperto, dor, mal-estar, mágoa, padecimento, sofrimento, tribulação do trabalhador brasileiro, que são do conhecimento geral dos lá de cima, responsáveis por todos os crimes de tortura física e psicológica praticados diária e impunemente, pela conivência, pelo silêncio, pelo encorajamento, pela covardia das mais altas autoridades.
Escreve Afonso Benites, in El País, Espanha:
O relatório anual da ONG Human Rights Watch (HRW) revelou que diariamente seis pessoas são vítimas de tortura no Brasil. A maioria delas, 84%, estão em penitenciárias, delegacias e unidades de internação de jovens. Os dados divulgados como um capítulo do relatório mundial da entidade, são baseadas nas denúncias recebidas pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. De janeiro de 2012 a junho de 2014 foram relatados 5.431 casos de tortura.
Para a HRW, uma das razões para isso ocorrer é a falta de punição dos agressores. “Mais do que uma herança da ditadura militar a tortura é uma herança da impunidade. O agente sabe que não será punido, por isso tortura“, afirmou a diretora da HRW no Brasil, Maria Laura Canineu.
Outro motivo que, conforme a ONG, estimula a tortura é a superlotação carcerária, impulsionada pelo encarceramento massivo. Com mais de meio milhão de presos, o Brasil está com 37% a mais de detentos do que comporta. O fato de presos provisórios (que ainda não foram julgados) dividirem espaço com condenados também influenciaria na falta de controle dos presídios e, consequentemente nos seguidos casos de tortura registrados.
“A ausência do Estado, a falta segurança e a ociosidade nos presídios favorecem a criação de organizações criminosas e só piora a situação desses espaços”, analisou Canineu.
No relatório do ano passado, a HRW já havia citado essa preocupação com a superlotação dos presídios. De lá para cá, poucos avanços foram notados. Segundo a organização, o projeto de lei 554/11 que prevê mudanças na audiência dos presos seria uma das saídas para reduzir a lotação dos presídios e evitar a ocorrência da tortura. Conforme essa proposta legislativa, todo suspeito que for detido tem que ser ouvido por um juiz em um prazo razoável, que seria de 24 horas. Atualmente, não há essa delimitação de tempo, a HRW encontrou casos excepcionais em que um homem detido por receptação de produtos roubados demorou três meses para se encontrar com um magistrado. Nesse tempo, dividiu uma cela com bandidos condenados e membros de facções criminosas.
Na visão de Canineu, o que faltam são mudanças estruturais, na qual os presos sejam respeitados e tenham condições de retornar em segurança para a sociedade após cumprirem suas penas.
Violência policial
Policiais e manifestantes no protesto no dia 27, em São Paulo. / NACHO DOCE (REUTERS)
Outra crítica no relatório da HRW é o alto índice da letalidade policial. Em dois dos principais Estados brasileiros a ONG registrou preocupantes aumentos de mortes ocasionadas por policiais. No Rio de Janeiro, o aumento foi de 40% e em São Paulo, de 97%, nos três primeiros trimestres de 2014 em comparação com o mesmo período do ano passado. “Tanto o Rio quanto São Paulo tomaram medidas importantes para reduzir essas mortes. Mas elas estão longe de serem necessárias”, disse Canineu.
No Rio, o Governo implantou o pagamento de prêmios para o cumprimentos de metas. Em São Paulo, os policiais foram proibidos de socorrer vítimas de supostas trocas de tiros. Neste caso, o objetivo era evitar que os suspeitos baleados fossem torturados ou assassinados no caminho para o hospital.
A mesma violência se replica na repressão aos protestos sociais. De acordo com a ONG, um exemplo disso é na prisão ou na agressão contra jornalistas. Um levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo concluiu que 178 jornalistas que cobriam as manifestações de 2013 e 2014 foram presos ou feridos. Houve ainda um caso de homicídio, o do cinegrafista Santiago Andrade, morto no Rio após ser atingido por um rojão.
Mais cobranças
No relatório divulgado nesta quinta-feira, a HRW cobrou ainda que as autoridades atuem no combate à violência sofrida por homossexuais, que registraram mais de 1.500 casos de agressões em 2013, e no direito reprodutivo, autorizando a realização de abortos legais.
A HRW também disse que de 2014 foi histórico para o Brasil pois foi o ano em que a Comissão Nacional da Verdade publicou seu relatório apontando parte dos culpados pelos abusos cometidos durante a ditadura militar (1961-1985). Por outro lado, a entidade cobrou que Governo puna os militares e colaboradores responsáveis pelos crimes mesmo diante de uma lei da anistia. “No nosso entendimento, não é necessário haver uma revogação em si da lei da anistia para se punir quem agiu no regime militar. O Chile puniu seus agressores, mesmo com uma lei da anistia. Entendemos que a anistia não é aplicável para crimes contra a humanidade”, ponderou a diretora.
Empresa obtém liminar contra interdição do MTE e volta a funcionar. É uma vergonha
Diario de Pernambuco – A empresa Contax, que na última terça-feira (20) tinha tido suas atividades suspensas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conseguiu, na manhã desta quinta-feira (22), uma liminar na Justiça do Trabalho para voltar a operar. Com a decisão, a empresa já concovou os funcionários do turno de meio-dia a voltarem ao expediente normal. A unidade de telemarketing de Santo Amaro, no Recife, que é a maior da empresa no Brasil, havia sido interditada por “problemas de ordem trabalhista”. [Esses “problemas de ordem trabalhista” escondem vários crimes de uma empresa escravocrata:
* stalking
* bullying (eleição Miss Xixi)
* assédio moral
* trabalho escravo
* salários indignos
* punições físicas
* violência contra a mulher
* tortura psicológica
* publicidade enganosa para recrutar escravos
* normas de trabalho que lembram um campo de concentração nazista
* violação de todas leis trabalhistas
* violação de todos os direitos humanos
A liminar foi obtida pela assessoria jurídica da empresa na 14ª Vara do Trabalho e, no despacho, a Justiça destacou que a Contax é a maior empregadora do Recife e que a possível perda de contratos de prestação de serviço, por conta da suspensão imposta pelo MTE, poderia acarretar em uma demissão em massa de mais de dez mil funcionários [a decisão é tão imoral, que esconde o nome do juiz responsável pela 14a. vara no lombo dos trabalhadores]
Segundo nota da Contax, o texto da liminar destaca a importância da empresa para o desenvolvimento local: “(a Contax) é a maior empregadora do município e a paralisação das suas atividades, com possibilidade de perda dos contratos de prestação dos serviços, acarretará em demissão em massa de mais de 10 mil funcionários, afetando a vida particular de cada um, gerando sofrimento e angústia destes e de seus familiares, bem como a economia da localidade, sem contar com a infinidade de impostos recolhidos” [0s escravocratas apresentavam justificativa idêntica como defesa da escravatura, e contra a Lei Áurea]
Não importam as condições de trabalho. E sim, como na escravatura legal e oficial, que os empregos sejam mantidos
Ainda de acordo com a empresa, “vale ressaltar que o Grupo Contax cumpre toda a legislação trabalhista e as normas específicas para o setor de call center e se mantém aberto ao diálogo com o Ministério do Trabalho e Emprego.”[ Isso é uma informação mentirosa. O Grupo Contax não cumpre nenhuma lei trabalhista, nenhuma norma específica para o setor de call center. É uma empresa de terceirização de mão-de-obra escrava, “aberta ao diálogo”… você, leitor, sabe porquê ]
Esta decisão deve beneficiar outras senzalas da Contax. O fechamento da Contax no Recife fez parte de uma megaoperação do Ministério do Trabalho e Emprego, que durou dois anos, e atuou em sete estados, e que responsabilizou Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco por abusos trabalhistas contra mais de 185 mil pessoas que prestam serviço de teleatendimento. Ao todo, foram 932 autos de infração lavrados, R$ 318,6 milhões em multas, R$ 119,7 milhões de dívidas com o FGTS e quase R$ 1,5 bilhão em débitos salariais.
Os trabalhadores foram retirados do prédio e quem chegava recebia a informação de que aguardasse a orientação sobre o retorno da atividade. Foto Edvaldo RodriguesO local de trabalho na publicidade da Contax
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditou na noite de terça-feira (20) a unidade sede da Contax, em Santo Amaro, no Recife, devido a uma série de infrações que prejudicam diretamente a saúde de 14 mil trabalhadores da unidade.
Veja no que deu a privatização da telefonia e de vários bancos estaduais: a terceirização dos serviços.
Os trabalhadores perderam a estabilidade, e sofrem nos empregos temporários. Inclusive só recrutam carne fresca. Quem tem mais de 25 anos passa a ser velho, mão de obra cansada de guerra.
EMPRESA CRIMINOSA Trabalho para escravos
Os explorados servidores como peças de uma engrenagem capitalista, que paga baixos salários para aumentar o lucro
De acordo com a coordenadora da operação do MTE, Cristina Serrano, são muitas regras não cumpridas e condições de trabalho que prejudicam diretamente a saúde, o que pode justificar o alto volume de faltas e apresentação de atestados.
“O nível de adoecimento se tornou algo fora de controle. Os trabalhadores são proibidos de beber água de acordo com a necessidade. O mesmo vale para ida ao banheiro. As cobranças de atendimento e metas a cumprir são excessivas. Todo esse cenário gera problemas osteomusculares, como tendinites, e geram patologias irreversíveis, como lesões de ombro ou de perda de audição.
Por ter restrições de idas ao banheiro, evitam beber água, o que causa infecção urinária. E entra no círculo de patologias”, destacou. “A maioria tem idade de 18 anos a 25 anos e estamos visualizando uma parcela de jovens sequelados”, complementou.
A Contax, maior em atuação no serviço de teleatendimento do país, é prestadora de serviço de call center para quatro bancos (Bradesco, Itaú, Santander e Citibank) e três operadoras de telefonia (Oi, Vivo e Net). As empresas foram autuadas e multadas em mais de R$ 300 milhões no fim do ano passado por terceirização ilícita dos serviços de call center, além de assédio moral e adoecimentos em massa de trabalhadores alocados dentro da Contax.
Hoje, será realizada audiência interinstitucional, quando serão apresentados, oficialmente, os resultados dessa ação, que integra mobilização nacional de fiscalização nas centrais de teleatendimento dos bancos e teles que funcionam dentro das empresas Contax e Contax Mobitel, nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul.
Fernando Henrique promoveu a quermesse da telefonia. O que era estatal, do povo, do Brasil, virou patrimônio estrangeiro, com a parceria de ladrões e traidores como Daniel Dantas, leiloeiro das companhias de telefone estatais, entregues a preço de banana.
Os piratas ganharam de quebra uma imensidão de prédios e terrenos que jamais foram avaliados. Uma negociata que nunca foi e será investigada, e os culpados continuarão impunes e enriquecidos. Esta mesma justiça, que se faz de cega, assinou e assina despejos e mais despejos, reconhecendo assim a honestidade das privatizações da telefonia.
Escreve Vinícius Lisboa, da Agência Brasil: “Tudo o que temíamos está acontecendo e de uma forma ainda pior”, avaliou o presidente da 55ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (Méier), Humberto Cairo, que vinha tentando mediar um consenso entre os invasores do antigo prédio da Telerj, no Engenho Novo, e a Telemar, que é dona do terreno. O prédio foi ocupado por cerca de 5 mil moradores há 11 dias. Após uma das lideranças dos manifestantes ser presa, o confronto se acirrou e os policiais usam bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para controlar a situação.
Representante dos moradores da ocupação, Maria José Silva, também criticou a ação: “Estamos sendo tratados como bichos. A solução que eles deram é um massacre. Fomos até eles e pedimos para acompanhar a reintegração, mas eles não aceitaram e o que estamos vendo é esta violência, com ônibus queimado, policial ferido e criança ferida”.
“Muitas pessoas saíram desesperadas e deixaram as coisas lá dentro. Teve gente que saiu para trabalhar e agora não está conseguindo voltar nem para pegar os documentos”, conta Maria José, que não mora na comunidade, mas vinha acompanhando a ocupação de perto por morar em uma favela próxima. “Estão falando que lá tem traficantes, mas são pessoas humildes que precisam de uma moradia”, observou.
Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro (TELERJ) foi a empresa operadora de telefonia do grupo Telebrás no estado do Rio de Janeiro antes da privatização, tendo prestado esse serviço entre os anos 1975 e passou de empresa estatal a privada em 29 de julho de 1998 quando foi absorvida pela Telemar, sendo o serviço de telefonia celular da TELERJ chamado de TELERJ CELULAR adquirido pela Telefônica Celular, empresa ligada a um grupo espanhol chamado Telefonica de España, atualmente sob o nome de Vivo.
A JUSTIÇA EM PESO
Escrevem Douglas Corrêa e Vitor Abdala: Em nota, o governo do estado, informa que, cumpre ordem judicial expedida pela juíza da 6ª Vara Cível da Comarca Regional do Méier, Maria Aparecida Silveira de Abreu, que deferiu liminar para reintegração de posse do imóvel localizado na Rua 2 de Maio, no Engenho Novo. A Polícia Militar realiza a operação de apoio aos 40 oficiais de Justiça que cumprem o mandato.
GUERRA CONTRA O POVO
Quem patrocina esta guerra da justiça contra o povo? Da polícia do Rio de Janeiro contra o povo? O povo sempre perde. Quem ganha com esta guerra?
O Pasquim de 07/01 a 14/01/87 traz Listão dos Melhores do Sul em 1986. Antônio Britto ganhou o título de “Vivo do Ano”. Para o Pasquim, Britto foi o vivo do ano anterior. Para a RBS, foi o cavalo de tróia que introduziu no Palácio Piratini para que pudesse ter, só pra si, aquele que viria lhe dar de bandeja, a CRT.
Com a desculpa da privatização, Antônio Britto sucateou a CRT. Enquanto isso, a RBS usava de seu poderio mafiomidiático para atacar os serviços públicos para, ao cabo, ela, a RBS, se aliar a uma empresa pública Telefónica. O consórcio ganhou, num jogo de cartas marcadas, a CRT. Foi a primeira empresa pública brasileira privatizada na onda do neoliberalismo trazido no bojo do Consenso de Washington. Mas não parou por aí, na sequência o Meridional foi entregue ao Santander. O fato de a Telefônica ter passado a perna da RBS só prova que ladrão que rouba de ladrão não tem lá muita razão.
Hoje, o lucro destas duas multinacionais espanholas leva dos gaúchos, em forma de remessa de divisisas, 1/3 (um terço) da produção gaúcha. Vamos lembrar que eles também queriam privatizar o Banrisul, como fizeram com a grande maioria dos bancos estaduais. Veja se os estados que privatizaram seus bancos estão melhores do o RS! A ironia da história é que os compradores eram empresas públicas no país de origem, e hoje sustentam a matriz. A Espanha, em retribuição, acolheu dois dos de seus principais aliados: Miriam Dutra foi escondida pela Rede Globo, como forma de sacramentar a captura de FHC, na Espanha; Antônio Britto, saído pelos fundos do Piratini, também se internou na Espanha, por um motivo muito nobre: desinTOXICAção!
Teles só ligam para as matrizes e mandam cada vez mais para o exterior
9 de março de 2014 | 13:44 Autor: Fernando Brito
Ótima matéria de Bruno Rosa, hoje, em O Globo, mostra que, apesar do chororô que vivem fazendo, as multinacionais de telecomunicação – que ganharam o Brasil de presente de Fernando Henrique e ainda levaram a “garantia estendida” dos ministros das Comunicações dos governos petistas – vão passando á tripa forra no Brasil e enchendo as burras de suas matrizes no exterior, que cambaleiam com a crise europeia.
Diz Bruno que “as subsidiárias brasileiras de telefonia vêm aumentando o envio de seus lucros para fora do país, impedindo um avanço maior nos investimentos aqui. Em alguns casos, a alta na remessa de dividendos atingiu 150% entre 2009 e 2013. E há empresas que “exportaram” até 95% de seus ganhos anuais.”
O ministro Paulo Bernardo, em lugar de apertar as empresas a cumprirem suas obrigações com o Brasil – como as matrizes as apertam para aliviar sua situação no exterior com os lucros daqui, continua dizendo acreditar na “boa vontade” delas em investirem espontaneamente.
E, para isso, lhes desonera impostos e anistia multas.
Salvo por uma ou outra matéria como esta de Bruno Rosa, a imprensa brasileira as trata – grandes anunciantes que são – como empresas “modernas e enxutas”, embora os usuários de telefonia se desacabelem com seus maus serviços.
Raro ver o que ele escreve na reportagem:
Na TIM, 67% dos dividendos vão para o caixa da Telecom Italia.
A Telefônica (dona da Vivo) destina 73,8% de seus dividendos para a Espanha.
Depois de pegar emprestados bilhões de reais a juros subsidiados com o BNDES nos últimos anos, a Telefónica Brasil (VIVO) aprovou o pagamento de um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões de reais em dividendos, relativos apenas ao lucro auferido nos três primeiros trimestres de 2012. Setenta e quatro por cento dessa quantia, ou o equivalente a quase 500 milhões de euros, vai direto para a matriz, na Espanha.
Quanto ao cabide de empregos do Conselho da Telefónica – lembram que essa foi uma das desculpas para a privatização das estatais, inclusive Telebras, na década de 90 ? – continua lindo.
Mal saiu Iñaki Undargarin, ex-jogador de basquete e genro do Rei Juan Carlos, o Caçador de Elefantes, acusado de corrupção e contratado por um milhão e quinhentos mil euros (quase 4 milhões de reais) por ano, como “conselheiro” para a América Latina, já entrou Rodrigo Rato, ex-presidente do FMI e sob investigação por fraude no banco estatal espanhol Bankia, que vai receber belíssima soma para atuar como “consultor externo” da multinacional espanhola, que, no Brasil, é comandada, há anos, por um ex-diretor da Amatel.
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ESPANHA E O DNES PAGOU O ESTRAGO EM DINHEIRO VIVO DOS SÚDITOS BRASILEIROS
Grande exportadora de lucros para a matriz, com a desculpa da “transferência” de sua sede latino-americana para o Brasil, a Telefónica de España (Vivo) pretende importar de seu país cerca de 300 “executivos” para trabalhar em São Paulo.
Assustados com as notícias sobre a violência na capital de São Paulo, muitos – com certeza, também de olho na praia – estariam pedindo a transferência da “nova” sede da empresa para o Rio de Janeiro.
Se o problema é esse, a solução é simples. Esses empregos devem ser destinados a cidadãos brasileiros, já que o Brasil é a maior base de clientes da empresa em todo o mundo.
[Acontece em todas as estatais que FHC, Lula e Dilma privatizaram. Os executivos são estrangeiros, os salários são especiais, os colonos formam uma casta racista, separada, privilegiada. Tratam os brasileiros como escravos, peões dos serviços pesados e sujos. Acontece nas montadoras e oficinas estrangeiras. Salário de brasileiro aumenta o lucro. Veja o engodo, a farsa de …
…. uma manchete de propaganda da imprensa brasileira. T.A.]
Diabo do povo bobo, cativo da Globo, acredita que um preso, incomunicável, em uma prisão de segurança máxima, consiga ser um desconhecido chefe do PCB – Primeiro Comando do Brasil, e que mande suas ordens de guerra, por telefone celular, para todos os PCCs – Primeiro Comando da Capital, em 26 estados.
Pois é, o brasileiro tem que aceitar esse fantástico conto do vigário capelão das polícias militares.
Por esta manchete do Zero Hora, o projeto-chave para acabar com a violência é fácil na prática e custa pouco dinheiro: instalar bloqueadores de celular nos presídios.
Assim sendo, as operadoras são co-responsáveis pela onda de violência.
E a Anatel é conivente pois até lei existe.
REFLEXÕES MARGINAIS SOBRE ESCUTA TELEFÔNICA
Os criminosos de colarinho (de) branco negociam pelo telefone, pela certeza da impunidade.
Para os presos pés-rapado, que receberam a pena máxima de 30 anos, não existe mais contagem de tempo…
No mais, telefonar não é crime. Leia sobre o direito dos presos ao contato com o mundo exterior por meio do telefone.
E para a polícia arbitrária isso é até bom, como meio de vigilância. Se não existisse a espionagem da escuta nem era preciso uma lei de sigilo telefônico.