Brasil em tempos de cólera

por KATHLEEN GOMES
Público/ Portugal

A discussão política tornou-se um campo minado. A intolerância subiu de tom, invadindo as ruas, o Facebook, as relações pessoais. É uma pergunta que muitos estão a fazer, desde que a crise pôs brasileiros contra brasileiros: o Brasil não era um país cordial?

É melhor pensar duas vezes antes de sair para a rua de vermelho no Brasil. Os testemunhos nas redes sociais tornaram-se rotina: no metro, na avenida, no supermercado há pessoas a serem hostilizadas por estarem vestidas com roupa dessa cor.

Se usar vermelho se tornou tão reactivo como numa praça de touros é porque é a cor do partido do governo, o PT (Partido dos Trabalhadores) e, claro, a prova mais empírica da ameaça comunista no Brasil. Há três semanas, um menino de nove anos foi intimidado na escola por usar uma T-shirt vermelha. Segundo o relato do pai da criança, os colegas disseram que ele era um “petista” (militante do PT) e que merecia ser espancado. A T-shirt em causa era uma reprodução da bandeira suíça: cruz branca sobre fundo vermelho. “Que país imbecil é esse ? Que ódio é esse que os pais estão passando para seus filhos?”, perguntou o pai da criança no Facebook.

É uma pergunta que muitos estão a fazer, desde que a crise política, associada a uma profunda recessão económica, cavou um fosso na sociedade e pôs brasileiros contra brasileiros. Como assim, o Brasil não era um país cordial? Não era a terra da superação, que não se deixa abater pelas dificuldades?

“Não é a primeira vez que o Brasil passa por uma crise dessas. Nem acho que é o fim da História. Mas se alguém disser que sabe o que está a acontecer, mente”, diz a historiadora Lilia Schwarcz, co-autora do livro Brasil: Uma Biografia.

O que está a acontecer remonta às últimas eleições presidenciais, em Outubro de 2014 (começaram aí as hostilizações a pessoas vestidas de vermelho), que foram extremamente renhidas e divisórias. Dilma Rousseff tem sido uma Presidente contestada e repudiada praticamente desde que foi reeleita, com manifestações sistemáticas e de grande escala.

Os defensores do governo insistem que o processo de impeachment em curso no Congresso, com vista a retirar Dilma do cargo, não é mais do uma tentativa de golpe de uma oposição que não se conforma com o resultado das eleições e quer tomar o poder de qualquer jeito. Para os defensores do impeachment, a corrupção prosperou como nunca nos últimos 13 anos de governos do PT.

A Operação Lava Jato – que expôs o sistema viciado dentro da maior companhia estatal do Brasil através do qual construtoras, executivos da Petrobras e políticos sugaram dinheiros públicos, é outro ponto de dissonância: celebrada pelos brasileiros que engrossam as manifestações contra o governo e que vêem no juiz Sérgio Moro um herói que está a purificar o país; criticada por apoiantes e simpatizantes do PT ou de esquerda, que consideram que os métodos de Moro e da sua equipa são selectivos e têm uma motivação política, por deixarem sossegadas figuras de outros partidos sobre as quais também existem suspeitas. Metade dos 65 deputados que fazem parte da comissão que vai avaliar o pedido de impeachment de Dilma foram indiciados por vários crimes, ou como noticiava recentemente o Los Angeles Times, “são acusados de mais corrupção do que a Presidente”.

Violência
A sensação de que o Brasil pode explodir a qualquer momento começou há um mês, quando o país acordou com a notícia de que Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidente mais popular da democracia brasileira (de 2003 a 2011), estava a ser levado de casa pela polícia para prestar depoimentos por suspeitas de ocultação de património e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Manifestantes pró e anti-Lula fizeram uma espera junto à sede da Polícia Federal em São Paulo onde ele estava a ser interrogado. Outros concentraram-se à frente do prédio onde o ex-Presidente mora. Houve confrontos e muitos analistas e comentadores alertaram para o perigo do aumento de violência nas manifestações programadas para os dias seguintes.

Um adolescente que gritou “Não vai ter golpe!” teve de ser escoltado pela polícia (de trânsito) na Avenida Paulista, em São Paulo, para não ser linchado por manifestantes contra o governo.

O arcebispo de São Paulo foi agredido no final de uma missa por uma mulher que o acusou de ser um “comunista infiltrado”.

O juiz do Supremo Tribunal Federal que mandou retirar a investigação sobre Lula de Sérgio Moro teve a sua casa e a do seu filho cercadas por manifestantes que o acusavam de ser um “traidor”. Uma faixa com o seu nome seguido de “cabrita do Lula” foi pendurada no edifício do Supremo Tribunal, em Brasília. Um caixão onde se lia “Teori” (nome do juiz), “PT” e “STF” (Supremo Tribunal Federal) também fez a sua aparição. Na sequência dos protestos, a segurança do juiz e da sua família foi reforçada por ordem do ministro da Justiça.

Um escritor e membro da Academia Brasileira de Letras escreveu na sua coluna na Folha de S. Paulo: “Desejo que Dilma e Lula se f….”. No domingo de Páscoa, dia da Ressurreição.

“Nunca pensei que seria necessário pedir isso num texto, mas – por favor – tenham calma neste momento”, escreveu o jornalista Leonardo Sakamoto, autor de um popular blogue no UOL.

“Disso a gente não pode falar”
Há duas semanas, Renata Baltar foi a uma hamburgueria num bairro paulista de classe média-alta comer com uma amiga. O lugar “estava bem cheio”, na sua maioria jovens que, àquela hora da madrugada, tinham provavelmente saído de uma festa, como ela. “Uma certa hora, o pessoal que estava no restaurante começou a insultar a Presidente do nada”, conta Renata, 28 anos. Ela ficou quieta até que, na mesa ao lado, “um cara jovem, no máximo 30”, gritou “Dilma vagabunda!”, sinónimo de vadia, puta. Renata disse-lhe que ele podia “dizer muitas coisas, que ela é má presidente, que é incompetente”, mas que não devia chamar uma mulher de “vagabunda”. Ele insultou-a, chamou-lhe “petista filha da puta”, gritou que ela merecia apanhar, entre outras coisas violentas.

“Está tão nervosa essa coisa da política que tem bastante gente a usar isso para justificar a sua própria violência”, diz Renata, que trabalha no departamento de empréstimos do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Ela nem sequer se considera “pró-governo”. “Sou contra o impeachment. É a minha única posição. Enquanto não houver nenhum tipo de indício criminoso, acho muito complicado tirar a Presidente. A nossa democracia é muito recente para a gente brincar com ela.” Os seus pais participaram na grande manifestação de 13 de Março em defesa do impeachment. “Mas, em geral, a gente consegue aceitar muito bem” as diferenças, conclui.

“Você tem famílias que agora fazem acordos: ‘disso a gente não pode falar’. Isso é muito ruim porque lidar com a diferença de opinião só pode ser bom. Isso está a faltar no Brasil”, diz Lilia Schwarcz.

A polarização política invadiu as relações pessoais. Namorados rompem, famílias suspendem o tradicional almoço de domingo, o ódio espuma nas timelines brasileiras. O psicanalista Christian Dunker vê sinais crescentes disso no seu consultório em São Paulo. “Quando a política estava fora da conversa, quando era uma coisa para chato militante, você achava que estava vivendo aquela bolha imaginária do ‘nós’: ‘gente do bem, limpinha, gente como eu’… De repente você encontra um velho amigo de escola e descobre que ele é um ‘vermelho’, que ele se tornou um perigoso, um facínora. É a descoberta do estranho muito dentro do familiar. A mesma coisa aplica-se a relações no trabalho, onde normalmente não se fala de política. Porque cada um está iludido de que os outros pensam como ele.”

“No Brasil é uma coisa inédita. Antes isso era coisa de time de futebol: o Flamengo brigava com o Fluminense”, diz o escritor paulista Ricardo Lisias, 40 anos. “É difícil lidar com isso, não faz parte da tradição brasileira. A violência aqui ficava agregada às classes baixas, na periferia. Agora é geral. Agora tem briga na Avenida Paulista e o motivo é política.”

Ricardo acredita que uma das causas da polarização é o ressentimento das elites brasileiras por verem os seus privilégios históricos serem postos em causa pelos avanços sociais promovidos nos governos do PT. “Antes o acesso à universidade pública era só da classe alta, que dizia que era assim porque ela é que tinha o mérito. Agora que a classe baixa está a ocupar lugares, fica claro que é uma questão de poder e não de mérito da classe alta. É meio claro que a classe alta está com raiva, ódio. Você imagina: o filho do banqueiro ocupa na universidade a mesma sala que o filho da mulher da limpeza. Eu moro num prédio de elite. Tenho vizinhos que reclamam que o porteiro agora também viaja para a Europa. A elite brasileira perdeu a vergonha de ser conservadora. Antes ela tinha vergonha.”

Lilia Schwarcz admite a possibilidade de o ressentimento de classe ter o seu peso no jogo de forças do Brasil polarizado, mas recusa explicações definitivas. “Isso seria dividir o mundo em preto e branco. Senão como é que você explica a crise económica no país? Há muita gente sem emprego. São problemas reais.”

Apesar do clima de incerteza e do radicalismo de posições, a historiadora acredita que o momento actual é sintomático de uma maior participação política da população brasileira.

“Os brasileiros durante muito tempo foram acusados de serem despolitizados, quando comparados com outros países da América Latina. Mas mais brasileiros têm acesso a educação, mais brasileiros têm opinião. Desde a Constituição de 1988 e o período de regularidade democrática, os brasileiros são mais participativos, doa o que doer. Agora, a democracia tem um lado óptimo, que é quando as pessoas dizem o que você concorda. Mas o bom jogo democrático é: vai para a rua o que você concorda e vai para a rua aquele que discorda.”

Conversa de domingo
Relações estão a terminar por WhatsApp: recentemente, quando o país estava ao rubro por causa da nomeação de Lula para o governo e da divulgação das escutas telefónicas feitas ao ex-Presidente, uma pediatra em Porto Alegre recusou atender um bebé de um ano que acompanhava desde o nascimento e mandou mensagem para a mãe dizendo que era por causa da filiação partidária dela – a mãe do bebé é uma ex-vereadora do PT.

“Tem uma quantidade imensa de pessoas que não estão acostumadas a ter opinião política, que não estão acostumadas a conviver e a entender que é uma riqueza você ter alguém que pensa diferente de você”, diz Christian Dunker. “Para aquele que não está acostumado a estar no espaço público a diferença tem que ser eliminada. A diferença significa que o outro cara é um idiota. Se ele fosse esclarecido, se ele fosse para a escola, pensaria exactamente como eu.”

As redes sociais, que, mais do que as ruas, se tornaram uma trincheira, amplificam esse fenómeno. “Você só tem os seus amigos e, se alguém falar uma coisa que você não gosta, você exclui. O Facebook só te manda mensagens daquilo que você curte. Isso é um processo de construção artificial de uma realidade humana onde a diferença vai ser polida, desbastada. E quando você a encontra ao sair na rua, você diz: ‘Opa, não estou acostumado’”.

Segundo o psicanalista, o que está a acontecer no Brasil hoje é reflexo da “entrada de uma massa” que não estava habituada a falar de política publicamente e que está a dar os seus primeiros passos. Pessoas cuja referência política, até aqui, era “aquela conversa de domingo, em que o tio fica dizendo que bons eram os tempos em que a gente tinha ditadura”. É uma caricatura mas, diz Dunken, “essa conversa caseira, muitas vezes mal informada, saiu para as ruas”. “Porque é o que as pessoas têm para dizer. É como elas até aqui mais ou menos participaram e se envolveram. Quando estão em público reproduzem a conversa de domingo.”

O que explica por que é que “um discurso como o da simples moral purificadora” – o desejo, no campo anti-governo, por uma autoridade que faça uma limpeza no país, seja ela militar ou judicial – se tornou tão potente politicamente. “Porque, nesse, todo o mundo participa. Esse eu estou acostumado. Eu não tenho que entender o processo de institucionalização, não tenho de entender as leis, não tenho de entender o que é o espaço público. A gente está simplesmente transportando as regras que valem para a família – antigamente cordial, agora incordial – para pensar a política”, diz Dunken.

“Esse é também um momento de aprendizagem, de educação política do Brasil. Isso começa com ódio, com coisas que a gente não gosta, mas que é parte do processo. Claro que você tem todo o tipo de coisa demoníaca saindo do baú, mas ao mesmo tempo você tem um processo de transformação não só institucional mas um novo reposicionamento das pessoas diante de um futuro possível.”

Nada como um psicanalista para descomplicar.

 

 

General Villas Boas: “Não há hipótese de os militares voltarem ao poder”

Grupelho que pede ‘intervenção’ ridicularizado por comandante do Exército
Todos aqui. É um grupelho
Todos aqui. É um grupelho
Grupo acampa em frente ao quartel do Exército para pedir “intervenção militar”
Acampa em frente ao quartel do Exército para pedir “intervenção militar”

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Vovô Metralha ex-delegado do DOI-Codi, assassino e torturador
Vovô Metralha ex-delegado do DOI-Codi, assassino e torturador
Comandante do Exército brasileiro debocha de pequena facção fundamentalista – homens, mulheres e até crianças – acampada há 4 meses em frente ao portão principal do quartel-general do Ibirapuera (SP) para pedir um golpe militar contra a presidente Dilma Rousseff

por Eduardo Guimarães, blog da Cidadania

Faz pelo menos quatro meses que um grupo de homens e mulheres – e até crianças, vistas no local amiúde – montou um acampamento na calçada em frente ao portão principal de acesso ao quartel-general do Exército, no Ibirapuera, Zona Sul da capital paulista, para pedir um golpe militar contra a presidenta Dilma Rousseff.

Em nota oficial, o responsável pelo Comando Militar do Sudeste, general João Camilo Pires de Campos, informa que o comando não irá se posicionar sobre o acampamento:
“O Comando Militar do Sudeste não se manifesta sobre atos políticos. “O posicionamento do Exército Brasileiro, em qualquer circunstância, é de atuar com isenção e dentro da legitimidade e legalidade, conforme o previsto no Art. 142 da Constituição Federal”

Ironicamente, esse grupo tão original cita justamente o artigo 142 da Carta Magna como “justificativa” para a sua tão sonhada “intervenção militar constitucional”. Leia o que diz o texto constitucional:

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Não se sabe que tipo de interpretação esses pirados deram ao texto acima, já que determina justamente o contrário de “intervenção militar”. O texto diz, claramente, que cabe às Forças Armadas a “garantia dos poderes constitucionais” e que só podem intervir de alguma maneira em alguma coisa por iniciativa desses poderes, quais sejam, Executivo, Legislativo e Judiciário.

O grupo de acampados é composto, majoritariamente, por pessoas de meia idade e idosos. Na internet, reúnem-se em uma página do Facebook ao qual deram o nome de Movimento Brasileiro de Resistência (MBR), o qual está convocando um “outubro negro” que promete “matar pela pátria” em meio a exaltações a “Deus”.

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A convocatória terrorista:

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Ao fundo do acampamento, o prédio da Assembleia Legislativa de São Paulo. Funcionários da Casa relatam que, na verdade, os acampados costumam aparecer no local mais para tirar fotos e aparecer em vídeos e depois vão embora. Não sabem precisar quem fica lá durante a noite. Durante o dia, há um revezamento entre os protagonistas da iniciativa.

Como essas pessoas residem na região do acampamento, fica fácil a encenação de estarem vivendo no local para enganarem incautos na internet.

Não se sabe ao certo, porém, o que pretendem essas pessoas, já que ninguém acredita em uma intervenção militar, forma como a proposta de golpe militar é chamada por grupos de extrema direita.

Aliás, neste domingo (27) o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, deu uma entrevista ao jornal Correio Brasiliense em que chega a debochar do acampamento de malucos diante do QG do Exército.

Villas Boas diz que “Não há hipótese de os militares voltarem ao poder” e espanta-se com as propostas de “intervenção militar constitucional” baseada no artigo 142 da Constituição, como pregam grupos de extrema direita. Diz Villas Boas:

“É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz”

O comandante do exército quer entender como se pode fazer uma intervenção militar “constitucional” se a Constituição prega exatamente que militares não podem fazer intervenção alguma em nada a não ser por ordem dos poderes constituídos, nos quais o presidente da República ocupa o cargo de “comandante em chefe” das Forças Armadas. Transcrito do Pragmatismo Político e do Cidadania. Veja vídeos 

Não existe golpe sem uma lista de presos políticos

presos

FHC fatiou a Petrobras e vendeu só de uma primeira tacada: 30 por cento das ações na bolsa de Nova Iorque.

FHC depois vendou a Vale do Rio Mais do que Doce para os piratas, por apenas 2,2 bilhões, quando custava mais de 3 trilhões – o maior roubo da história da humanidade.

Para completar, FHC rasgou a CLT.

Em 64, as federações do patronato apoiaram a ditadura em troca da cassação da estabilidade do trabalhador, dada por Getúlio Vargas.

Agora os patrões, para apoiar o golpe, pedem o emprego terceirizado.

Nas redes sociais, tucanos, e os oportunistas da banda podre do PMDB, mais outros partidos da direita pedem a cabeça de Dilma. Trata-se de uma morte anunciada. Não existe golpe sem prisões e tortura e morte.

Eduardo Cunha, a bancada da bala, os pastores eletrônicos, os nazistas da TFP, Bolsonaro e outros fascistas já terminaram a lista dos que vão morrer?

Dos que vão ser presos?

Dos que vão ser torturados para dizer onde está o ouro de
Cuba?

Moro u?

jornalista tortura morte Alfredo Martirena

O PSDB apóia chacina de Richa no Paraná, e indica coronel Telhada para presidir Comissão de Direitos Humanos em São Paulo

Amarildo
Amarildo

O Estatuto da Criança e do Adolescente cria “monstrinhos” que a redução da maioridade penal pretende encarcerar. “Estamos falando de assassinos, estupradores e assaltantes.” Em alguns dias as declarações poderão ser atribuídas a ninguém menos do que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

A opinião foi expressa nesta quarta-feira 6 pelo deputado estadual e ex-policial militar Coronel Telhada (PSDB) em audiência pública da Comissão Especial da Maioridade Penal realizada na Câmara dos Deputados.

Na semana passada, o controverso deputado foi oficializado no Diário Oficial do Estado como um dos três indicados do PSDB para compor a Comissão de Direitos Humanos no estado. Ele foi escolhido pelo partido em sua bancada de 22 parlamentares, a maior da Casa. In Rede Brasil Atual

Concordo com o jornalista Marcos Simões: “Piada de muito mau gosto. Quem conhece essa figura sabe do que ele gosta”. É um legítimo tucano. “Evangélico, Telhada já afirmou que perdeu as contas de quantos matou em serviço. Admiradores o exaltam como símbolo de uma PM dura”. In UOL

Telhada além de defender a ditadura militar, é um divisionista, antipatriota, racista que não esconde seu preconceito contra os nortistas e nordestinos.

telhada

PROFESSORES PARANÁ Menos bala. Mais giz

Menos bala mais giz

Para quem apanhou da PM, cicatriz está aberta

por Vítor Ogawa
Entre os servidores do Hospital Universitário (HU) que estiveram no histórico protesto realizado na última quarta-feira no Centro Cívico de Curitiba, as cicatrizes da violenta ação repressora da Polícia Militar continuam abertas. A psicóloga Carla Maria Pagnossim esteve lá e relatou sua experiência. “Nós estávamos lutando pela tentativa de fazer o Governo Estadual recuar dessa decisão absurda de mexer no fundo (previdenciário), que já é deficitário porque os governantes nunca depositaram as partes que lhe cabiam. Em três ou cinco anos nós não teremos mais fundo”, afirmou. “Eu não acreditei no que fizeram com a gente. Eram mais de 3 mil homens contra 400 pessoas. Os policiais fortemente armados com espingardas, cassetetes, bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta. A nossa arma era um apito verde”, descreveu Carla, visivelmente emocionada. Ela prosseguiu: “Nós ouvíamos os cachorros latirem atrás, e enquanto nos afastávamos, os policiais avançavam sobre a gente. O objetivo deles não era afastar a gente da Assembleia Legislativa, mas nos expulsar da praça Nossa Senhora de Salete, que é enorme. Nada justifica eles lançarem bombas por mais de duas horas sobre a gente. Eles deveriam ter avisado os pais das crianças do Centro de Educação Infantil que ficava ao lado a não levarem elas para a escola”, criticou.

Ouro Verde
Em frente ao Teatro ouro Verde (centro), outros manifestantes protestaram ontem pela manhã contra a repressão feita na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. Felipe Godeny, técnico de suporte de uma empresa privada, organizou a manifestação para mostrar que existem eleitores que não aceitam as atitudes tomadas pelo governador Beto Richa (PSDB) após a reeleição. “Eu acho lamentável. Ele poderia ter tomado uma atitude para evitar tudo isso, já que era previsto que tudo isso poderia acontecer, porque é comum algum manifestante querer derrubar grade e querer entrar lá dentro (da Assembleia Legislativa). A polícia deveria se comunicar com os manifestantes e evitar esse tipo de violência”, apontou. Os manifestantes colaram cartazes nos tapumes da obra parada do teatro. “Escolhemos o Ouro Verde para protestar porque ele é símbolo da ineficiência do Estado.” Folha de Londrina

Câmara revoga título de cidadão de Londrina de Beto Richa

 richa estado de choque paraná professor

por Carlos Oliveira

Os vereadores questionaram durante a sessão, o merecimento do Título de Cidadão Honorário de Londrina concedido ao Governador Beto Richa.

Na avaliação de alguns vereadores, Richa não seria mais merecedor da honraria depois de ter permitido a violenta ação da PM contra os professores no último dia 29 de abril.

O título foi aprovado em janeiro de 2007, e o autor da proposta foi o então vereador Marcos de Freitas. A entrega da honraria aconteceu no dia 4 de abril do mesmo ano.

Por se tratar de projeto ligado a honraria, a tramitação da matéria é secreta, porém, recebi a informação de que o projeto revogando o título de cidadão honorário de Londrina do governador Beto Richa será apresentado.

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QUE ESTRANHO! Marcha do dia 15 por um presidente de nome não revelado

Um movimento golpista que prende e arrebenta

 

Crianças filhas de perseguidos pela ditadura militar no Brasil era fichadas pelo Dops
Crianças filhas de perseguidos pela ditadura militar no Brasil era fichadas pelo Dops

 

Os da varandas e camarotes desejam a volta dos 21 anos de ditadura, de escuridão, de tortura e morte. De massacres até de crianças.

Eles vão marchar neste domingo, dia 15, para colocar no governo um presidente cujo nome não é revelado.

Deve ser algum lacaio do império, algum inimigo do Brasil.

Qual o nome desse Judas, desse Barrabás, traidor do povo e da Pátria?

 

Retorno da ditadura é sede de sangue

Para pedir o retorno da ditadura é preciso ser um analfabeto político ou um nazista fanático.

A ditadura, iniciada em 1 de abril de 1964, torturava e assassinava crianças, revela livro editado pela Comissão da Verdade de São Paulo, que reúne depoimentos de sobreviventes que hoje têm entre 40 e 60 anos.

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Organizado pela Comissão da Verdade de São Paulo, o livro “Infância Roubada” traz depoimentos de 44 pessoas que hoje têm entre 40 e 60 anos e são filhos de presos políticos, perseguidos, assassinados e desaparecidos durante a Ditadura Militar (1964-1985) no Brasil. A obra foi lançada no dia 05 de novembro na Biblioteca Mário de Andrade, em SP.

Cada testemunho é acompanhado, ainda, de fotografias, de acervo familiar e arquivos públicos, com o objetivo de resgatar a memória das famílias e a contextualizar o momento histórico, época em que crianças eram fotografadas e fichadas pelos órgãos de repressão. Há casos de crianças que, além de fichadas como “subversivos” e “terroristas”, foram banidas do país.

São lembranças de tortura, humilhação, de dor, de desamparo, de exílio, vazio, solidão e medo. Há casos de sequestro, de adoção e de ameaças de adoção, de banimento, de nascimento em cativeiro, de fetos torturados ainda no ventre de suas mães. Alguns tiveram que viver na clandestinidade, afastados dos pais, com nomes trocados

Prova de que esse tema é ainda uma ferida aberta para as vítimas, na semana de audiências, alguns convidados, mesmo com presença confirmada, não conseguiram comparecer. Alguns só aceitaram contar sua história por meio de entrevista, ou em testemunhos escritos. Outros preferiram que suas histórias não fossem publicadas. São homens e mulheres de 40, 50, 60 anos que ainda têm dificuldades de falar no assunto.

Embora os 44 testemunhos deste livro representem apenas uma pequena amostra do universo de crianças atingidas pela violência, eles pretendem cumprir a missão de ampliar e dar a visibilidade ao extenso leque de afetados pelo terrorismo de Estado do regime de 1964 e dar mais um passo a caminho da memória, verdade e justiça.

 

 

Via Crucis de um jornalista que ousou denunciar a corrupção do “coronel” Aécio Neves

Escrevei várias vezes que o jornalista Marco Aurélio Carone só seria solto depois das eleições. Desde janeiro que a ditadura policial/judicial mantinha o jornalista preso, amordaçado e acorrentado em um cárcere de segurança máxima, porque assim desejavam os manos Aécio e Andréa Neves, denunciados por Carone como corruptos, ladrões, e pela prática de todos os crimes de enriquecimento rápido e ilícito.

Carone fez todas as denúncias, apresentando provas, que o Brasil espera não estejam destruídas pela polícia, pela justiça, inclusive via incêndios, com queima de processos.

Carone passou quase um ano preso, sempre correndo risco de morte, notadamente por falta de socorro médico.

Leia a notícia a seguir, e conclua quanto a justiça é cúmplice da violência:

 

Finalmente soltos em Belo Horizonte delator do mensalão tucano e jornalista

 

Jornalista Marco Aurélio Carone, o preso de Aécio Neves
Jornalista Marco Aurélio Carone, o preso de Aécio Neves

 

por Conceição Lemes

 

Por volta das 11h desta terça-feira 4, foram postos em liberdade, em Belo Horizonte (MG), Nilton Monteiro e o jornalista Marco Aurélio Carone.

Segundo a versão oficial, os dois foram acusados de formar quadrilha para disseminar documentos falsos, inclusive por meio de um endereço na internet, com o objetivo de extorquir acusados.

Mas há outra explicação, que remete a um fato político: Nílton Monteiro e Marco Aurélio Carone se tornaram uma pedra no sapato dos tucanos em geral e do senador Aécio Neves em particular, que, à época da prisão dos dois, pretendia ser candidato à Presidência da República.

Carone mantinha o site Novo Jornal, onde publicava denúncias contra os tucanos mineiros, especialmente Aécio Neves, que governou Minas de 2003 a 2010.

A sua prisão ocorreu em 20 de janeiro deste ano. Na época, o bloco parlamentar Minas Sem Censura (MSC) denunciou: a prisão preventiva do jornalista era uma armação e tinha a ver com o chamado “mensalão tucano” e a Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014.

Os advogados de Carone tinham impetrado vários habeas corpus em favor do seu cliente no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Só que nenhum foi julgado ainda.

A decisão de libertá-lo partiu do juiz Dr. Haroldo Andre Toscano de Oliveira, titular da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

Devido a problemas de saúde, Carone estava preso na enfermaria do complexo penitenciário de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de BH.

Porém, de acordo com a sua irmã, quando iniciou o segundo turno da eleição presidencial, Carone foi transferido da enfermaria para isolamento, para que não tivesse contato com ninguém.

Passado o segundo turno, voltou para a enfermaria.

Nílton Monteiro é principal testemunha contra a cúpula do PSDB em Minas Gerais. Em 2005, revelou a trama urdida pelos tucanos para desviar dinheiro público para o financiamento das campanhas de Eduardo Azeredo à reeleição ao governo do Estado e de parlamentares de vários partidos, em 1998. O caso ficou conhecido como o mensalão tucano, ou mineiro.

Nílton também foi testemunha do caso da Lista de Furnas, que envolvia esquema de financiamento de campanha de tucanos mineiros e aliados na eleição de 2002.

Ele estava preso, desde maio de 2013, também no complexo penitenciário Nelson Hungria, em Contagem.

Em dezembro de 2013, concedeu entrevista exclusiva à jornalista Rodrigues, em reportagem especial para o Viomundo.

Nilton se declarou inocente e jurou ser vítima de uma armação de políticos denunciados no esquema do mensalão tucano, que queriam mantê-lo na cadeia afastado dos holofotes.

“Por detrás da minha prisão está o Aécio Neves… Eu fui operador do esquema junto com o Marcos Valério”, frisou na entrevista ao Viomundo.

Coincidência ou não, Nilton Monteiro e Marco Aurélio Carone só foram libertados após o término das eleições de 2014.

Será que se Aécio Neves tivesse vencido, eles já estariam em casa hoje?

 

Leia mais para conhecer a bandidagem que domina os podres poderes de Minas Gerais:

Conceição Lemes: O balanço das denúncias contra Aécio que a mídia ignorou

Deputados pedem inclusão de Cemig e Lista de Furnas no mensalão tucano

Geraldo Elísio: “Forjando provas mediante intimidação”

Rogério Correia: “Inquérito contra jornalista é fantasioso, peça de ficção”

Preso diz que oferta de delação em MG buscava comprometer petista

Ordens superiores’ impedem visita a preso: ‘Segurança do Estado’

Advogado diz que morte de modelo tem ligação com mensalão tucano

Modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada pela Mensalão Tucano
Modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada pela Mensalão Tucano

Com medo de morrer, delator do mensalão tucano se diz perseguido

 

 

 

Quando um pm vale vinte civis mortos

Advogados Ativistas

Situação caótica em Belém/PA. A Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM), em retaliação à morte de um policial, realizou uma chacina com pelo menos 20 mortos até agora.

O que mais chama a atenção neste caso de Belém, é que a página do facebook da ROTAM anunciou que realizaria uma chacina e publicou balanço de mortos dividido por bairros ao longo da noite.

Sob a desculpa da segurança pública, as forças policiais brasileiras perpetuam um verdadeiro genocídio nas áreas pobres. Até quando?

 

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A Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM) realizou uma chacina em Belém na madrugada de terça (04) para quarta (05) em retaliação à morte do cabo Antônio Marco da Silva Figueiredo (43 anos). Suspeita-se que o policial era ligado à uma milícia no bairro do Guamá e ficou conhecido pelos “esculachos” e execuções de muitos jovens nas periferias da cidade, fato que teria feito sua morte ser amplamente comemorada em diversos bairros periféricos.

Nota do editor do blogue: O Tribunal de Justiça do Pará faz que não sabe. Os soldados estaduais são comandados pelo governador. Nos países ocupados, os nazistas, para criar uma legenda do medo, cobrava a morte de um soldado por dez civis. Este tipo de vingança vale para todos os estados brasileiros. O Pará passou da conta…

La renovación (ética) de la Justicia

Rafael
Rafael

 

 

por Guido Croxatto *


El lúcido texto de renuncia al cargo de ministro de la Corte Suprema de Justicia de la Nación enviado por el profesor Zaffaroni a la presidenta de la Nación a once años de haber sido designado en ese cargo es un hecho simbólico, pedagógico por su contenido, inspirador por su mensaje y aleccionador para las nuevas generaciones de abogados que buscan utilizar las herramientas que les brinda el Derecho (que muchos aún aprenden de un modo acrítico en la facultad), no para conservar privilegios e intereses estatuidos (como quiere parte de la doctrina), sino para tender a la organización de una sociedad más igualitaria y más justa, única forma, como advierte Zaffaroni en su texto de renuncia, de disminuir los niveles de violencia imperantes en la sociedad. Hay muchas formas de violencia que aún los abogados no vemos. Formas de la violencia que la Justicia (el Poder Judicial) no nombra: la desigualdad es una de ellas. La pobreza es otra forma de violencia. La exclusión es violencia. Estas formas de violencia que el derecho no nombra y la Justicia no juzga como tales (y muchas veces gran parte de la sociedad no ve como “hechos de violencia”, no se considera a la desigualdad o a la pobreza como formas de una violencia muy grave) están, sin embargo, en la base del problema de la inseguridad. La desigualdad tiene que ver con la inseguridad. Tambien la pobreza.

El texto es valioso porque asume para la Justicia la periodicidad en los cargos, que no debiera ser asumida como un gesto de debilidad de los jueces ni de la Justicia ni como una amenaza a su independencia. El carácter vitalicio de los cargos es un elemento monárquico que, como bien señala Zaffaroni, poco se corresponde con los tiempos y debates y recambios de una democracia republicana y deliberativa, donde los jóvenes –como abogados o no– están llamados a participar cada vez más (y no cada vez menos) con voz propia, la juventud está llamada a intervenir y a tomar la palabra para rediscutir el Derecho, y es para eso, como dice Zaffaroni, que debe formarse y ser apoyada en su formación: para tener elementos para dar la discusión. Para poder construir un derecho mejor. Diferente. Y más justo.

Finalmente, Zaffaroni asume que la misión central de todo Estado que quiera organizar una sociedad mas justa pasa, en primer lugar, por una reforma de la educación, que ponga al alcance de sectores tradicionalmente excluidos y marginados de la vida civil y política ese derecho: el derecho a saber, el derecho a la educación, sin el cual la participación política efectiva de los jóvenes no se hace posible. En esto se esconde una semilla y es la de un nuevo modelo de ejercicio de derechos, que va empoderando a las personas antes “representadas”, dejando atrás el paradigma de la tutela. Del modelo tutelar se sale con más educación y otorgando mayores niveles de autonomía a las personas.

Zaffaroni habla de una revolución pacífica y silenciosa: la de sectores que se incorporan por primera vez a la universidad pública. El saber jurídico no puede permanencer impasible ante esta nueva realidad social, porque en ella radica, precisamente, la mayor oportunidad de cambio de cosmovisión del Derecho: sectores antes excluidos, ahora empoderados, que el día de mañana se incorporarán como funcionarios en la administración de Justicia, es decir, que se incorporen a un poder (como el Poder Judicial) que siempre los ha mirado desde arriba, los ha negado o los ha mirado con desprecio. La revolución pacífica y silenciosa es la revolución de la administración de Justicia, a través de una nueva composición mucho más abierta y plural. Una Justicia administrada por más manos, más y diferentes miradas, nuevos lenguajes, nuevos sectores, nuevos desafíos. Nuevos problemas que antes no veíamos. Que una parte de la sociedad no nombraba. Una Justicia a la que se le quita homogeneidad y uniformidad en los pensamientos y en su forma de composición. Para eso hace falta recambio generacional e ideológico, porque así se potencia el debate al interior de cada poder del Estado. La juventud está llamada a tomar en sus manos la defensa de los derechos. A ellos les habla Zaffaroni con su renuncia. Está diciendo: yo me voy porque vienen otros jóvenes. Y porque hay que formarlos. Porque sin formación es difícil luchar por el derecho. La incorporación educativa de sectores privados históricamente del derecho a la educación es el primer paso concreto para transformar el Poder Judicial en Argentina. Y la sociedad toda. La transformación de la educación es la transformación de la Justicia. El acceso a la educación es el acceso a la justicia. Y a una mayor igualdad. Y una mejor cultura.

 

* UBA-Conicet.

GENOCÍDIO. Os Conselhos Tutelares, os prefeitos, os vereadores e as prostitutas infantis

Tem Conselho Tutelar na sua cidade? Que diabruras faz? Se não possui, o prefeito é um grande f.d.p.
O BRASIL TEM 500 MIL PROSTITUTAS INFANTIS. Quinhentas mil meninas de 8 a 13 anos, cujos corpos são vendidos.
São trabalhadoras escravas.
O trabalho infantil é proibido por várias leis (vide links)

conselho

 

O Conselho Tutelar é um órgão público do município, vinculado à Prefeitura. É também um órgão não-jurisdicacional, ou seja, é uma entidade pública, com funções jurídico-administrativas, que não integra o Poder Judiciário. O artigo 132 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que em cada município deve haver, no mínimo, um Conselho Tutelar composto por cinco membros, escolhidos pela comunidade por eleição direta para mandato de três anos, permitida uma recondução. Conheça o aplicativo Proteja Brasil que, a partir da localização do usuário indica telefones e endereços dos conselhos tutelares além de delegacias especializadas e organizações que combatem a violência contra a infância e adolescência.

A prostituição é mais brutal violência contra a infância.

A escravidão da prostituta infantil é crueldade, tortura e morte.

A prostituição infantil é genocídio.

A criança para suportar de oito a dez penetrações vaginais e anais, por dia, consome drogas, sendo o crack (claque) oferecido pelos cafetões.

O crack é a droga mais em conta, pelo preço mais baixo; pela oferta, por ser encontrada em qualquer rua; e pelo seu efeito anestésico mais rápido.

Uma prostituta infantil morre cedo. Quando o crack não mata, morre de Aids antes de completar a maioridade.

Crack consequências

por Carolina Heringer e Paolla Serra

As consequências do crack são imediatas, principalmente na aparência do usuário. De acordo com a psiquiatra Maria Tereza de Aquino, a mudança que se observa mais rapidamente é o emagrecimento.

— Um paciente meu emagreceu 20 quilos em uma semana. A perda de peso, num primeiro momento, é o que mais impressiona. Os dependentes ficam sem comer. Alimentam-se da droga — conta a psiquiatra da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Na boca, as marcas do vício

A destruição do crack também é visível pelas queimaduras na boca e pela deterioração dos dentes dos viciados. A cirurgiã-dentista Sandra Crivello, que trabalha com a reabilitação de dependentes químicos em São Paulo, explica que os usuários do crack são facilmente identificados pela boca.
— Há alguns sinais específicos. A boca, por exemplo, fica com marcas de queimaduras, já com a formação de calos esbranquiçados, após tantas lesões na mesma área — explica ela.

A rapidez e a intensidade dos efeitos do crack, segundo o psicólogo Pablo Roig, dono de uma clínica de reabilitação de dependentes químicos há 30 anos em São Paulo, são responsáveis pela decadência que a droga causa.
— Em questão de segundos, o crack age no cérebro do usuário. Quanto mais rápida é a droga, mais rápida é a dependência que ela cria. O crack tem uma capacidade destrutiva intensa. O usuário não o consome porque quer, mas porque precisa — explica, acrescentando que 30% dos que usam crack há mais de cinco anos acabam morrendo pelos efeitos da droga.