A coragem do juiz Fernando de Mello Xavier talvez seja o começo do tabelião Maurício Borges Sampaio começar a pagar pelos seus crimes, principalmente o assassinato do jornalista Valério Luiz.
Primeiro vai ser pego por ser ladrão. Escreve Bruna Carneiro: O juiz Fernando de Mello Xavier, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, determinou nesta segunda-feira (19) o afastamento cautelar de Maurício Borges Sampaio do cargo que ocupa no 1º Tabelionato de Protesto e Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas de Goiânia.
Além do afastamento do cartório a Justiça também emitiu uma liminar que bloqueia os bens de Maurício até o limite de R$ 15.930.848,79, alcançando, ainda, os bens móveis.
A medida foi tomada baseada no ato de improbidade administrativa em que o Ministério Público (MP) estadual alegou que Maurício teria obtido vantagem patrimonial durante o exercício irregular do cargo no cartório.
A decisão foi emitida no mesmo dia em que o desembargador Fausto Moreira Diniz decidiu revogar a decisão anterior que reintegra Sampaio à titularidade do tabelionato.
Maurício Sampaio é acusado de ser mandante do assassinato do cronista Valério Luiz, que aconteceu em julho de 2012. O cronista foi morto com seis tiros quando saia da Rádio Jornal (820AM), no Setor Serrinha, em Goiânia.
Exmo senhor presidente da FENAJ – Jornalista Celso Schöreder – Venho diante de Vossa Senhoria, como representante máximo da entidade que representa os jornalistas brasileiros, retratar-me publicamente de expressões ditas por mim em encontro informal com jornalistas na cidade de Goiânia, capital de Goiás, no último final de semana. Na ocasião disse, em tom jocoso, uma lamentável expressão: “jornalista bom é jornalista morto”. O fiz não por acreditar em tal dito, mas sim em tom de pilhéria, num encontro informal com conhecidos meus na imprensa local e dentro de uma conjuntura muito específica no dia do citado episódio. Mesmo assim reafirmo que esta não é minha opinião. Como membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB sempre atuei de maneira intransigente, muitas vezes defendendo jornalistas, em favor dos direitos elementares do ser humano. Pela minha trajetória pessoal e profissional, aqueles que me conhecem sabem que a expressão, por mim dita num momento de extrema infelicidade não é minha real opinião sobre estes profissionais por quem tenho profunda admiração. Diante do exposto venho desculpar-me publicamente com todos os jornalistas brasileiros que exercem uma profissão fundamental para o pleno exercício da democracia e o faço através desta correspondência a Vossa Senhoria que preside uma entidade que sempre lutou em defesa dos direitos humanos, da liberdade de expressão e dos jornalistas brasileiros. Goiânia, 09 de outubro de 2012. Sebastião Ferreira Leite Advogado
Maucício Sampaio já está solto pela justiça do empate. Para muitos, até que ele demorou na prisão
Foi concedido, nesta quinta-feira (28), na 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), o habeas corpus (HC) a Maurício Borges Sampaio. A votação terminou empatada com dois votos concedendo e dois negando a soltura, mas em caso de empate a decisão deve ser benéfica ao réu. Os desembargadores que votaram a favor alegaram que o réu não compromete as investigações. O alvará de soltura será encaminhado à Central de Mandados do TJGO. Ainda hoje este alvará será entregue na Casa de Prisão Provisória.
Por Catherine Moraes
Depois de 26 dias detido, o empresário Maurício Sampaio deixou o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia ontem, por volta das 16h50, na companhia dos advogados Neilton Cruvinel Filho e Ney Moura Teles. Apontado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual como mandante do assassinato do cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira, ele estava preso desde o dia 2 de fevereiro e foi beneficiado com habeas-corpus referente à prisão temporária. Magro e aparentemente abatido, Sampaio disse que Deus sabe que ele é inocente e que estava aliviado com a decisão.
A decisão do habeas-corpus foi tomada pela 1ª Câmara Criminal, durante sessão turbulenta na tarde de ontem. O julgamento teve início às 13 horas com leitura do relatório do inquérito e defesa do advogado, Ney Moura. Em seguida, os desembargadores Ivo Favaro (presidente), Itaney Francisco Campos, José Paganucci Júnior, Avelirdes Pinheiro de Lemos e Gerson Santana Cintra apresentaram suas justificativas e revelaram os votos.
Paganucci, relator, votou a favor da manutenção da prisão assim como a desembargadora Avelirdes. Gerson Cintra votou pela soltura e o desembargador Itaney Campos, que chegou 10 minutos atrasado, se negou a votar, por direito, já que perdeu a leitura do inquérito e também parte da exposição de Ney Moura. Em seguida, o presidente da Câmara, Ivo Favaro, foi favorável à soltura e o resultado terminou em 2 a 2. Segundo a legislação criminal, como o empate favorece o réu, Sampaio foi posto em liberdade.
Itaney Campos justificou o atraso dizendo que permaneceu com o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), Ney Teles de Paula, até por volta do meio-dia e não conseguiu almoçar e retornar antes das 13h. “Peço que justifiquem minha ausência já que perdi a leitura do relatório e também parte da apresentação do advogado Ney Moura”, afirmou. Caso tivesse votado pela manutenção da prisão, Sampaio não seria solto.
[ADVOGADO DOS PISTOLEIROS MANDA VIÚVA “RODAR BOLSINHA”]
A votação da Câmara Criminal, foi acompanhada por amigos e familiares de Valério Luiz. O pai, Mané de Oliveira, os filhos Valério Filho e Laura Oliveira, a viúva Lorena Oliveira e o sogro Waterloo Nascimento vestiam camisetas com a escrita: “Não deixem que o povo esqueça esse crime”. Após a decisão para a liberdade de Maurício Sampaio, eles protestaram exaltados.
Lorena e Mané de Oliveira se mostraram alterados, e Lorena chegou a chamar os desembargadores de assassinos. Um dos advogados de Maurício teria dito a ela para “rodar bolsinha” e foi rebatido pelo pai da viúva. Aos gritos, Mané foi retirado da sala por policiais militares, assim como Lorena. Também nervoso, o advogado Neilton Cruvinel, que defende o empresário, disse a ela que o verdadeiro mandante estava solto. “Vocês acabaram com minha vida”, gritava Lorena enquanto era arrastada para fora da 1ª Câmara.
Chorando e visivelmente abalado, Mané de Oliveira permaneceu no corredor de entrada do TJGO manifestando sua indignação. “Eu acreditei na Justiça, como esse criminoso pode ser solto? Eu estou com medo, mas só vou parar de lutar quando eu morrer e isso pode acontecer. Eu nunca tinha sido roubado na minha vida e depois da morte do meu filho fui assaltado, sofri atentado. É muita coincidência não?”, gritava.
[DA MÁFIA FOI SOLTO O PRESO RICO]
Integrante da 1ª Câmara Criminal, o desembargador Gerson Cintra pontuou sobre a defesa de Ney Moura sobre o pedido de Habeas Corpus, não aceitando, inclusive, alguns argumentos. Apesar disso, disse acreditar que a prisão de Maurício foi ilegal porque “a prisão temporária é destinada à investigação e não foram expostos dados concretos sobre a necessidade da prisão. O Estado não pode tratar como culpado alguém que nem foi julgado”, argumentou.
No pedido de Habeas Corpus, Ney afirmou que o cliente estava 10 kg mais magro e depressivo [COITADINHO, QUE PENINHA, QUE SOFREDOR!]. Apesar disso, Gerson afirmou que não foi apresentado nenhum atestado médico assim como possível descaso do poder público se negar a dar assistência ao preso.
Outra argumentação do advogado dizia respeito à possível incompetência da juíza substituta Denise Gondim, que decretou o mandado de prisão temporária. Isso porque ela atuava como substituta às férias de Lourival Machado, que exercia férias no período da solicitação de prisão. “Não há do que se falar em falta de competência. Por lei, ela tem o direito de julgar e a ação dela foi reiterada pelo Lourival. Apesar disso, ela não explicitou o motivo imprescindível pelo qual ele deveria ficar preso”, completou.
Para o desembargador, isso torna a prisão ilegal já que o inquérito e as decisões não constam os motivos pelos quais a detenção de Sampaio era extremamente necessária. “Houve um constrangimento ilegal e privação de liberdade grave. A polícia chegou a afirmar que o risco que Maurício oferecia era de desaparecer com a arma do crime. Apesar disso, foi encontrada uma arma idêntica ao do crime na casa do Djalma da Silva, inviabilizando a prisão de Sampaio”, finalizou. Questionada sobre a afirmação, a delegada Adriana Ribeiro afirmou que a arma do crime era “niquelada”, já a encontrada na casa, era preta. “Ainda não foi feita a balística, mas uma pré-prova indicou que a arma encontrada não é a do crime.
[FICARAM OS ENVOLVIDOS NOUTRAS CHACINAS]
O julgamento da Câmara Criminal de ontem diz respeito apenas à prisão temporária, com validade de 30 dias, que venceria amanhã e se estenderia até segunda-feira (4). Isso porque um novo pedido de prisão preventiva e a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-GO), oferecida na última quarta-feira (27), ainda não haviam sido anexados ao processo.
Desta forma, a prisão preventiva será julgada pelo juiz Lourival Machado, da 2ª Vara Criminal ainda nos próximos dias para todos os investigados: Maurício Sampaio, cabo Ademá Figueiredo, o açougueiro Marcos Vinícius Pereira Xavier, Urbano de Carvalho Malta e o sargento Djalma da Silva. Se não for decretada a prisão preventiva deles, todos serão liberados na segunda-feira (4).
Polícia Civil não divulga os nomes dos três suspeitos de matarem o cronista esportivo Valério Luiz, 49, no último dia 5 de junho do ano passado, em frente à Rádio Jornal 820, no Setor Serrinha. As prisões aconteceram na madrugada de ontem, em Goiânia. A partir de 4h30 da manhã os delegados, agentes e inspetores da delegacia de Investigação em Homicídios e GT3 – grupo especializado – iniciaram a cumprir os seis mandado de busca e apreensão e três de prisão.
Colunista esportivo Valério Luiz, 49, foi morto no dia de junho de 2012, em frente à Radio Jornal 820, em Goiânia, com sete tiros disparados por um homem, que pilotava uma motocicleta de 125 cilindradas e cor preta. Ele foi contratado por um militar que, sob orientações de um funcionário de um empresário famoso de Goiânia, adquiriu o revólver 357 e a moto do crime.
QUEM SÃO
O funcionário de um grande empresário de Goiânia, Urbano de Carvalho Malta, de 33 anos, conhecido pelos policiais por ser informante de corporação e investigadores da Polícia Civil e Polícia Militar. O homem teria, segundo fontes do Diário da manhã, ligações com crimes praticados em grupos de extermínios. Não existe nenhuma passagem criminal nos registros policiais. A função de Urbano seria encontrar um policial que realizasse o serviço (execução do cronista), ou indicasse um profissional matador capacitado e discreto ao ponto de não falar quem queria a morte do cronista.
Urbano teria entregue R$ 100 mil ao policial, conforme as fontes deram conta. O militar não quis ser o autor do crime. Segundo as fontes da reportagem, Urbano teria sido surpreendido pela resposta do sargento Djalma Gomes da Silva, de 37 anos, e policial desde junho de 1997. O militar negou que participaria da ação, mas após insistência de Urbano, a relutância foi vencida. Da Silva, como é conhecido na corporação, aceitou que agiria somente de forma parcial, sem se envolver demais no caso. O militar preferiu encontrar a arma e motocicleta do crime. Encontrou. Em seguida, a responsabilidade dele seria a de conseguir o autor do homicídio. Deveria ser um homem conhecido e de responsabilidade aparentemente ilibada, sem levantar suspeitas.
As fontes do DM apontam que o proprietário de uma casa de carnes, no Parque Amazônia, em Goiânia. Marcus Vinícius Pereira Xavier, 28, tem passagem por furto e roubo. Ele é um informante do sargento e aceitou a proposta de matar Valério em troca de um valor não informado pela Polícia Civil. O mesmo valor não vazou nos bastidores das informações, mas afirmavam que cerca de R$ 500 mil teriam sido repassados ao pistoleiro.
O Policial e seu passado sujo
O policial militar é o mesmo que tentou atirar em um gerente de uma loja da Tim, no Flamboyant, em outubro de 2011. O militar foi filmado pelo esquema de segurança da loja autorizada com uma pistola, apontada para o homem. O procedimento ainda trancorre na corregedoria. Ele tambpem chegou a bater em um veículo importado, quando pilotava uma viatura em alta direção. A corregedoria, na sindicância, reconhece o erro por parte do militar. Ele Foi punido com “repreensão”, como destaca o texto da corregedoria. O militar é um dos citados no inquérito policial que investiga as mortes na chacina do Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia. O policial tem ao menos três ocorrências de homicídios e execuções.
As fontes do DM afirmam que as três fontes podem ter envolvimento com casos de extermínio em Goiás. Em um dos casos, segundo policiais afirmam, uma vítima teve a cabeça separada do corpo e foi carbonizada em pneus.
Dia do crime
Marquinhos, açougueiro e matador de aluguel, estava em uma motocicleta. Ele recebia ligações de Urbano, que estava de tocaia numa casa, em frente à rádio que Valério trabalhava. Urbano passou ao assassino a informação de que Valério havia acabado o programa e já estava saindo da rádio, para o carro Ford Ka preto. O carro de Valério estava estacionado na esquina da Rua Teixeira de Freitas com T-38, no Serrinha. Em seguida o motociclista segue nessa direção. É o tempo que Valério entra no carro. O radialista engata a primeira macha e já é surpreendido pelo primeiro disparo. Mesmo assim, o radialista segue, com o carro. Ele é seguido pelo motoqueiro. O motociclista para a moto em frente ao seu carro. Desce e dispara mais seis vezes. Após cometer o crime, o motociclista volta à moto e sai em disparada.
Marquinhos segue pela T38, até a próxima esquina. Vira à Avenida T-14, sobe na contra mão pela T-5, vai à Rua Carlos Chagas, passa em frente a uma emissora de televisão e desce pela Avenida S. O destino tomado pelo assassino de Valério não é conhecido pela Polícia Civil, que solicitou as imagens do sistema de segurança da emissora 35 dias após o ocorrido, mas o arquivo do sistema já havia sido apagado. Nesse ínterim, o Urbano sai da casa e é o primeiro a chegar à cena do crime. Ele observa o interior do carro, olha pros lados e vai embora. Uma viatura da Polícia Militar passou pelo local. Segundo testemunhas, a viatura não parou quando notou que Urbano estava próximo ao veículo, analisando se Valério estava devidamente morto.
Ameaça
Informação da reportagem do DM aponta que dois dias antes de morrer, Valério teve uma conversa com a esposa, a advogada Lorena Oliveira. Valério teria dito que estava temeroso com um empresário e dirigente esportivo. Ele havia feito um comentário que não agradou o homem.
A esposa teria dito ao comentarista esportivo que tomasse cuidado para não sofrer nenhum tipo de represália em coberturas esportivas. A resposta de Valério Luiz, segundo infirmaram as fontes do Diário da Manhã, foi: ‘se ele me pegar, ou mandar alguém me pegar, não vai me dar represália, ou qualquer outro tipo de coisa que prejudique meu trabalho. Vão é me matar’, disse.
Valério Luiz suspeitava do empresário e dirigente esportivo Maurício Sampaio
Justiça brasileira é assim mesmo: O jornalista Ricardo Antunes pobre de marré deci está preso desde o dia 5 de outubro último, incomunicável, em presídio de segurança máxima, por escrever em um blogue desconhecido coisas consideradas duras para Antônio Lavareda, governador Eduardo Campos e prefeito João da Costa.
A mulher de Cachoeira ameaçou um juiz e está solta. Tem até um jornalista que foi assassinado em Goiana, por escrever que um clube de futebol andou recebendo dinheiro de Cachoeira.
Para Ricardo, a lua de fel.
Para Cachoeira, a lua de mel.
As imagens que mostram o empresário Carlinhos Cachoeira passando a lula de mel com a mulher, Andressa, neste domingo em um resort de luxo na Bahia, gerou críticas na Internet na manhã desta segunda-feira.
Nas redes sociais, internautas criticaram a liberdade do bicheiro, condenado em dezembro do ano passado a 39 anos de prisão por formação de quadrilha, corrupção ativa, violação de dados sigilosos, advocacia administrativa e peculato. Ele, que se casou com Andressa em dezembro, foi solto poucos dias depois de ser preso.
‘Crime compensa’
Pela Facebook, usuários da rede fizeram uma montagem em que aparece Cachoeira no hotel localizado na Península de Maraú, no litoral baiano, e uma imagem ao lado de uma cela superlotada. Na foto do contraventor, aparece o título ‘bandido rico’, enquanto a foto com os presos é descrita como “bandido pobre”.
No Twitter, os usuários usavam de revolta a ironia para criticar a notícia. “O crime compensa, pelo menos para Cachoeira”, postou um internauta. “Flanelinha fica 8 anos preso acusado de passar nota falsa de R$ 20″ Enquanto isso, Cachoeira curte as belezas da Bahia”, disse outro. (Jornal O Dia)
Lua de mel do bicheiro
por Amanda Almeida
A lua de mel do bicheiro Carlinhos Cachoeira, condenado por formação de quadrilha e tráfico de influência na Operação Saint Michel e réu em outros três processos, ganhou as redes sociais ontem. Internautas interpretaram como um “escárnio” os momentos de diversão do contraventor, flagrado em fotos, ao lado da mulher, Andressa Mendonça. Na Península de Maraú, no Sul da Bahia, Cachoeira chegou a ser tratado como celebridade por turistas, que pediram para fotografar o protagonista da CPI frustrada no Congresso. Ele está proibido de deixar o país, mas pode se deslocar em território nacional, desde que comunique à Justiça.
Os dois se casaram em 28 de dezembro, depois de Cachoeira ter passado uma temporada de nove meses no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Libertado em 20 de novembro, com um habeas corpus da 5ª Vara Criminal da capital federal, o contraventor fez questão de cumprir a promessa, registrada em áudios da Polícia Federal, de se casar com Andressa ainda em 2012. Os dois fizeram uma cerimônia discreta, em Goiânia, que reuniu apenas amigos mais próximos e parentes. Ele beijou os pés da noiva em “agradecimento” pela companhia no “ano difícil”.
Investigado pelas operações Saint Michel e Monte Carlo, Cachoeira se tornou um dos alvos da CPI que levou seu nome no Congresso. Além de analisar o esquema de jogo ilegal, a comissão tinha o objetivo de desvendar as ligações de políticos, autoridades e empresários flagrados em conversas com Cachoeira, como o ex-senador Demóstenes Torres, diretores da Delta e o governador de Goiás, Marconi Perillo. O grupo, no entanto, concluiu os trabalhos com um relatório de uma lauda e meia, que não pedia o indiciamento de ninguém.
Em um dos processos em que é réu, um desdobramento da Operação Saint Michel, que trata de máquinas estrangeiras, Cachoeira foi proibido pela Justiça de deixar o país e exigiu que saídas de Goiânia fossem comunicadas, o que, segundo o advogado Antônio Nabor Bulhões, que o defende, “tem sido feito rigorosamente”. (Transcrevi trechos. Diário de Pernambuco)
Comentarista esportivo da estação privada Rádio Jornal 820 AM, Valério Luiz de Oliveira, de 49 anos, foi morto a tiros na tarde do dia 5 de julho de 2012 em Goiânia, capital do estado de Goiás. Este assassinato eleva para quatro o número de jornalistas mortos desde o início do ano em crimes vinculados de forma asseverada ou provável com suas atividades profissionais.
“Enviamos à família e colegas de Valério Luiz a nossa mais sincera simpatia, e esperamos que este caso possa ser rapidamente elucidado. A pista profissional é seriamente equacionada pelos investigadores, tendo em conta as ameaças que a vítima havia alegadamente recebido. Embora o número de jornalistas brasileiros assassinados nesses últimos meses seja tragicamente elevado, temos que reconhecer os esforços das autoridades para fazer justiça, como no recente caso de Décio Sá”, declarou Repórteres sem Fronteiras. Leia mais em Repórteres Sem Fronteiras
Vídeo polêmico
Durante o programa “Mais Esportes”, exibido na PUC TV Goiás no último dia 17 de junho, Valério fez duras críticas aos dirigentes do clube e disse que o time de futebol recebia dinheiro do grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira.
“Adson Batista deu prejuízo astronômico ao Atlético este ano. São R$ 500 mil em quatro jogadores que não jogam. O Atlético não tem torcida, não tem renda”, atacou.
Ele ainda falou do financiamento do clube: “Uns patrocinadores tenebrosos que caíram em escândalo, como a Delta. Muita gente dizia que tinha até dinheiro de Cachoeira correndo lá dentro. A única influência política que tem é de Valdivino de Oliveira, o resto não botou nenhum centavo”. Veja vídeo
CPI do Cachoeira
A CPI do Cachoeira precisa investigar as denúncias. Já!