por Cristina Moreno de Castro
A cena é a seguinte: uma festa de jovens universitários, todos com 17 a 20 e poucos anos, querendo curtir a vida adoidado, como no filme do Matthew Broderick. Começa a chapação: vodca com suco, cerveja, uísque com energético. Mas os homens bebem em garrafas diferentes das mulheres. Na delas, um pó branco se mistura à bebida, disfarçadamente. Ao beber o batidão “bolado”, elas apagam. São levadas para um quartinho, onde são estupradas, às vezes por vários homens, que se revezam. Estupro coletivo. Muitas, jovens demais, acordam no meio do estupro, morrendo de dor, sangrando. Violentadas em sua primeira vez. O crime é acobertado pela vergonha das vítimas e pela visão dos homens envolvidos, os abusadores, de que tudo aquilo é normal.
A cena descrita acima não aconteceu na Índia, desta vez. Acontece rotineiramente em uma das cidades mais importantes de Minas, e patrimônio cultural da humanidade: Ouro Preto. Mais precisamente, nas repúblicas universitárias que existem aos montes na primeira capital mineira. Transcrevi trechos. Relembro o caso impune de Juiz de Fora. Esta onda de estupros começou lä, durante o reinado de um reitor corrupto. Veja links.