SEGUNDO O GLOBO, CUNHA PODE IR PRESO AINDA NESTA SEMANA
Paixão
Em sua coluna “Quem cai primeiro?”, publicada nesta segunda-feira, o jornalista Ricardo Noblat antecipa que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir o afastamento e a prisão preventiva do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Rodrigo Janot, procurador-geral da República, está pronto para denunciar Eduardo Cunha ao Supremo Tribunal Federal e pedir sua prisão preventiva”, diz Noblat.
O título de Noblat indica que depois de Cunha cai Dilma, Isso não passa de propaganda política.
Cunha, cassado, é carta fora do baralho, e seus aliados, desde os tempos da Telerj de Collor e PC Farias, haverão de tremer na corda bamba.
Desde a apuração das urnas que consagraram a reeleição de Dilma, ninguém discute idéias, apenas a degola de Dilma, se por impeachment, se por golpe militar.
Ninguém discute os resultados das últimas ações de tomada do poder presidencial – os golpes de Honduras, do Paraguai, da Primavera Árabe, do separatismo da Ucrânia, territorialmente, o maior pais da Europa.
Noblat argumenta que Cunha pode tentar se vingar. “O segundo na linha direta de sucessão do presidente da República resistiria à tentação de usar os poderes do cargo para defender-se? Uma das maneiras de proceder assim seria facilitar a queda de Dilma. Por que não facilitaria?”, indaga.
Pater
Propiciar, descomplicar (criar um rito para simplificar) o impeachment isso Cunha vem fazendo desde a posse, este ano, na presidência da Câmara. Mas nada existe de convincente para o povo, apesar do TCU ter votado as enigmáticas pedaladas, que precisam ser explicadas.
Pior que andar de bicicleta passou a ser viajar para os Estados Unidos para aprender a jogar tênis. A esposa de Cunha gastou 59,7 mil dólares com o cartão de crédito de uma das contas suíças na IMG Academies, academia de tênis do treinador Nick Bollettieri, na Flórida. Mais danoso para o Brasil são as tacadas da mulher de Cunha. Quantas aulas teve por quase 60 mil dólares? Durou quantos dias de aprendizado? Quantas viagens realizou? Quem pagou as passagens e hospedagens do(s) acompanhante(s) marido e/ou filha(s)?
Noblat diz ainda que a oposição, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), mantém sua aliança com o presidente da Câmara, que está atolado em denúncias e possui várias contas secretas na Suíça, por onde passaram mais de R$ 23 milhões.
“Falsa, como uma nota de três reais, a nota distribuída no último sábado pela oposição em que pede o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados”, diz ele. “A oposição precisa da sua boa vontade [de Cunha] para derrubar Dilma. Sem a sua boa vontade, tudo será mais difícil e demorado”.
As pedaladas não derrubam ninguém. As tacadas sim. Elas indicam uma vida maneira, volúvel e de luxo com dinheiro fácil, gasto nas lonjuras da Flórida.Fontes Globo/ Plantão Brasil/ Justiça da Suíça
Há vozes de personalidades de grande respeito que advertem que estamos já dentro de uma Terceira Guerra Mundial. A mais autorizada é a do Papa Francisco. No dia 13 de setembro deste ano, ao visitar um cemitério de soldados italianos mortos em Radipuglia perto da Eslovênia disse:”a Terceira Guerra Mundial pode ter começado, lutada aos poucos com crimes, massacres e destruições”. O ex-chanceler alemão Helmut Schmidt em 19/12/2014 com 93 anos adverte acerca de uma possível Terceira Guerra Mundial, por causa da Ucrânia. Culpa a arrogância e os militares burocratas da União Européia, submetidos às políticas belicosas dos USA. George W. Bush chamou a guerra ao terror, depois dos atentados contra as Torres Gêmea, de “World War III”. Eliot Cohen, conhecido diretor de Estudos Estragégicos da Johns Hopkins University, confirma Bush bem como Michael Leeden, historiador, filósofo neoconservador e antigo consultor do Conselho de Segurança dos USA que prefere falar na Quarta Guerra Mundial, entendendo a Guerra-Fria com suas guerras regionais como já a Terceira Guerra Mundial. Recentemente (22/12/2014) conhecido sociólogo e analista da situação do mundo Boaventura de Souza Santos escreveu um documentado artigo sobre a Terceira Guerra Mundial (Boletim Carta Maior de 22/12/2014). E outras vozes autorizadas se fazem ouvir aqui e acolá.
A mim me convence mais a análise, diria profética, pois está se realizando como previu, de Jacques Attali em seu conhecido livro Uma breve história do futuro (Novo Século, SP 2008). Foi assessor de François Mitterand e atualmente preside a Comissão dos “freios ao crescimento”. Trabalha com uma equipe multidisciplinar de grande qualidade. Ele prevê três cenários: (1) o superimpériocomposto pelos USA e seus aliados. Sua força reside em poder destruir toda a humanidade. Mas está em decadência devido à crise sistêmica da ordem capitalista. Rege-se pela ideologia do Pentágo do”full spectrum dominance”(dominação do espectro total) em todo os campos, militar, ideológico, político, econômico e cultural. Mas foi ultrapassado economicamente pela China e tem dificuldades de submeter todos à lógica imperial. (2) O superconflito: com a decadência lenta do império, dá-se uma balcanização do mundo, como se constata atualmente com conflitos regionais no norte da Africa, no Oriente Médio, na Africa e na Ucrânia. Esses conflitos podem conhecer um crescendo com a utilização de armas de destruição em massa (vide Síria, Iraque), depois de pequenas armas nucleares (existem hoje milhares no formato de uma mala de executivo) que destroem pouco mas deixam regiões inteiras por muitos anos inabitáveis devido à alta radioatividade. Pode-se chegar a um ponto com a utilização generalizada de armas nucleares, químicas e biológica em que a humanidade se dá conta de que pode se auto-destruir. E então surge (3) o cenário final: a superdemocracia. Para não se destruir a si mesma e grande parte da biosfera, a humanidade elabora um contrato social mundial, com instâncias plurais de governabilidade planetária. Com os bens e serviços naturais escassos devemos garantir a sobrevivência da espécie humana e de toda a comunidade de vida que também é criada e mantida pela Terra-Gaia.
Se essa fase não surgir, poderá ocorrer o fim da espécie humana e grande parte da biosfera. Por culpa de nosso paradigma civilizatório racionalista. Expressou-o bem o economista e humanista Luiz Gonzaga Belluzzo, recentemente: “O sonho ocidental de construir o hábitat humano somente à base da razão, repudiando a tradição e rejeitando toda a transcendência, chegou a um impasse. A razão ocidental não consegue realizar concomitantemente os valores dos direitos humanos universais, as ambições do progresso da técnica e as promessas do bem-estar para todos e para cada um”(Carta Capital 21/12/2014). Em sua irracionalidade, este tipo de razão, construi os meios de dar-se um fim a si mesma.
O processo de evolução deverá possivelmente esperar alguns milhares ou milhões de anos até que surja um ser suficientemente complexo, capaz de suportar o espírito que, primeiro, está no universo e somente depois em nós.
Mas pode também irromper uma nova era que conjuga a razão sensível (do amor e do cuidado) com a razão instrumental-analítica (a tecnociência). Emergirá, enfim, o que Teilhard de Chardin chamava ainda em 1933 na China a noosfera: as mentes e os corações unidos na solidariedade, no amor e no cuidado com a Casa Comum, a Terra. Escreveu Attali:”quero acreditar, enfim, que o horror do futuro predito acima, contribuirá para torná-lo impossível; então se desenhará a promessa de uma Terra hospitaleira para todos os viajantes da vida (op.cit. p. 219).
E no final nos deixa a nós brasileiros esse desafio:”Se há um país que se assemelha ao que poderia tornar-se o mundo, no bem e no mal, esse país é o Brasil”(p. 231).
Intelectual ressalta o papel do Brasil na construção de instituições latino e sul-americanas, o que manteve os EUA e seu poder mais distantes da região
Em 26 de outubro, a presidenta do Brasil Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), foi reeleita no segundo turno por uma estreita margem contra Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Apesar do nome do PSDB, esse foi um claro embate entre esquerda-direita, onde os eleitores votaram – de maneira genérica – de acordo com sua classe social, apesar de os programas de governo dos dois partidos serem, em muitas frentes, mais centristas do que de esquerda ou direita.
Para compreender o que isso significa, nós precisamos analisar as particularidades políticas do Brasil, que em muitos aspectos estão muito mais próximas da Europa Ocidental e da América do Norte do que qualquer outro país do Sul Global. Como os países do Norte, os confrontos eleitorais acabam, no fim, se tornando uma batalha entre um partido de centro-esquerda e um partido de centro-direita. As eleições são regulares e os eleitores tendem a votar de acordo com os interesses de sua classe, apesar das políticas de centro dos dois principais partidos que geralmente se alternam no poder. O resultado é a constante insatisfação dos eleitores com o “seus” partidos e constantes tentativas das verdadeiras esquerda ou direita para forçarem políticas em suas direções.
Como esses grupos de esquerda e direita perseguem seus objetivos dependem um pouco da estrutura formal das eleições. Muitos países têm um sistema de fato de dois turnos. Isso permite que a esquerda e a direita escolham seus próprios candidatos no primeiro turno e então votem no candidato dos principais partidos no segundo. A maior exceção a esse sistema de dois turnos são os EUA, que forçam a esquerda e a direita a entrarem nos principais partidos e depois passem a lutar de dentro (com as primárias).
O Brasil possui um traço excepcional: enquanto em todos esses países os políticos mudam de partido de tempos em tempos, na maioria dos países estes formam um pequeno grupo. No Brasil, tal mudança de partido é virtualmente uma ocorrência cotidiana na legislatura nacional, isso força os principais partidos a gastar enormes quantidades de energia em reestruturar alianças constantemente e corresponde a uma maior visibilidade em corrupção.
Nessa eleição, o PT estava sofrendo de grande desilusão de seus eleitores. A candidata Marina Silva tentou oferecer uma terceira via. Ela era conhecida por três características: ambientalista, evangélica e uma “não-branca” de origem muito pobre. No começo, ela pareceu decolar. Mas enquanto começava a propor um programa muito neoliberal, sua popularidade entrou em colapso e os eleitores se voltaram para Aécio Neves, um direitista mais tradicional.
As desilusões com o PT eram principalmente sobre sua falha em cortar relações estruturais com a ortodoxia econômica, além do fracasso em cumprir suas promessas sobre reforma agrária, preocupações ambientais e a defesa dos direitos dos povos indígenas. Ele também reprimiu demonstrações populares de movimentos de esquerda, notoriamente os de junho de 2013. Apesar disso, os movimentos sociais da esquerda uniram forças de maneira muito forte com o partido no segundo turno.
Por que? Por conta das mudanças positivas de 12 anos de governos do PT. Primeiramente, havia a grande expansão do programa Bolsa Família, que paga subsídios mensais ao mais pobres da população brasileira – que tiveram melhoras significativas em suas vidas. Em seguida, e pouco mencionado na imprensa ocidental, havia o enorme sucesso do Brasil em sua política externa – seu enorme papel na construção de instituições latino e sul-americanas que manteve longe o poder dos EUA na região. A esquerda tinha certeza que Neves iria reduzir as políticas de bem estar social do PT e se aliar novamente aos EUA no cenário internacional. A esquerda do Brasil votou por esses dois pontos positivos, apesar de todos os pontos negativos.
No mesmo final de semana, ocorreram três grandes eleições no mundo: Uruguai, Ucrânia e Tunísia. A eleição no Uruguai foi bem similar à brasileira. Era o primeiro turno e o partido de situação no poder desde 2004, a Frente Ampla, tem como candidato Tabaré Vázquez. Esse partido é bem amplo – indo de centro-esquerdistas para comunistas a ex-guerrilheiros. Vásquez encarou um clássico candidato de direita, Luis Lacalle Pou do Partido Nacional, mas também Pedro Bordaberry do Partido Colorado, um dos dois partidos que governaram o país de maneira repressiva por mais de meio século.
No primeiro turno, Vázquez conseguiu 46,5%, enquanto Lacalle contou com 31%, ou seja, não o suficiente para não haver o segundo turno. Bordaberry, que teve cerca de 13%, anunciou seu apoio a Lacalle, mas é provável que Vázquez vença por conta, mais ou menos, das mesmas razões que levaram Dilma Rousseff à vitória. Além disso, ao contrário do Brasil, seu partido possui o controle do Legislativo uruguaio, assim sendo, o Uruguai também reafirmará o esforço para construir uma estrutura geopolítica autônoma na América Latina.
O caso da Ucrânia é totalmente diferente. Longe de estar estruturada em um embate de esquerda-direita com dois partidos centrais tentando vencer as eleições, a política na Ucrânia tem agora como base uma divisão regional etnico-linguística. Nessas eleições, o governo pró-Ocidente realizou eleições excluindo qualquer participação dos supostos movimentos separatistas do leste da Ucrânia. Estes, então, boicotaram as eleições e anunciaram que manteriam suas administrações regionais autônomas. Na capital Kiev, parece que aqueles que agora governam: o presidente Petro Poroshenko aliado a seu rival, o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk, irão se manter no poder, excluindo o verdadeiro ultranacionalista Setor Direito de qualquer papel.
Finalmente, na Tunísia o que ocorreu foi bem diferente. A Tunísia foi vista como a propulsora da chamada Primavera Árabe e hoje, parece ser sua única remanescente. Ennahda, o partido islâmico que venceu as primeiras eleições, perdeu consideravelmente sua força ao correr atrás de um programa de islamização da política tunisiana. Acabaram forçados, alguns meses atrás, a dar lugar a um governo interino tecnocrata e perdeu muitos eleitores (até mesmo de islamitas) na segunda eleição.
O partido vencedor foi Nadaa Tunis (O Chamado da Tunísia). Suas políticas são de certa maneira claras: é um partido secular. Seu líder é venerado político de 88 anos chamado Beji Caid Essebsi, que serviu nos governos Destourian que governou o país após a independência até que por fim se tornou um grande dissidente. Seu problema é manter unido a coalizão que conta com enormes variedades de forças secularistas – principalmente os jovens que lideraram o levante contra o presidente Zine el Abidine Bem Ali, em 2011, e diversos membros daquele governo que agora retornaram à arena política.
De qualquer maneira, Nadaa Tunis conta com 85 assentos parlamentares dos 217, enquanto o Ennahda foi reduzido a 69, sendo que os outros estão espalhados entre partidos menores. Será necessário um governo de coalizão, envolvendo praticamente todos os partidos. Então, enquanto os jovens revolucionários da Tunísia estão celebrando a vitória contra o Ennahda, ninguém sabe ao certo aonde isso terminará.
Eu digo “urra!” para o Brasil, onde aconteceu a mais importante dessas quatro eleições. Mas lá, assim em como em outros lugares, o jogo ainda não terminou. Não mesmo!
Paulo Copacabana, em especial para o Viomundo, escreveu que as propostas de Marina eram música para os “senhores da riqueza financeira”. Troquei o nome de Marina pelo de Aécio. Por vários motivos.
Que Marina se vendeu a Aécio. Em troca do apoio, quer um ministério todinho pra ela, um mandato de quatro anos para presidente, e ser candidata do PSDB em 2018.
Miguel
Finalmente, tirou a máscara de fada defensora da floresta, e desconstruiu o mito de Nossa Senhora das Dores, de uma infância parecida com a de Santa Joana d’Árc, a analfabeta que salvou a França, e o sofrimento de Santa Benadette. Santas que fizeram parte da devo√ação de Marina, noviça da Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras, em Rio Branco (AC).
“Maria Osmarina da Silva, a Marina Silva, chegou à casa das irmãs em 19 de fevereiro de 1976, 11 dias depois de completar 18 anos.
(…) ‘É a primeira vez que vive com as irmãs’, afirma o documento, guardado no arquivo da entidade.
No período de um ano e cinco meses em que ficou lá, Marina ocupava uma das três camas do quarto 07, de cerca de 25 metros quadrados ao final de um amplo corredor de paredes verde-claras que liga a sala aos quartos das aspirantes. O cômodo mantém a decoração: alguns dos móveis simples de madeira e até as colchas daquela época.
O casarão com varandas é amplo e fresco nos dias de brisa da incomum friagem (período de queda de temperatura) da equatorial Rio Branco. Tem oito quartos – para quatro moradoras e visitantes –, cozinha e copa espaçosas e um grande terreno gramado, com seringueiras e um pomar com pés de enormes laranjas e de cupuaçu. Era o seu canto favorito. ‘Ela era muito voltada à contemplação, gostava de ficar no quintal, junto às árvores, talvez um ambiente parecido com aquele em que vivia antes’, diz a irmã Eva, repetindo relatos.
O restante do tempo dividia entre as aulas no Instituto Imaculada Conceição – hoje com cerca de 700 alunos e ainda mantido pela ordem – e os estudos religiosos. ‘Ela entrou para a família religiosa com o intuito de ser irmã, mas chegou o momento em que não se encaixou e, depois de conversas, decidiu sair. A pessoa entra, conhece a estrutura e o jeito de viver, mas às vezes não se encaixa, é comum. É uma vida muito rigorosa, difícil’.
As Irmãs Servas de Maria Reparadoras tiveram origem na Itália, em 1900, voltada a ajudar e educar crianças órfãs. Chegou em 1921 ao Brasil e se instalou em Sena Madureira (AC). É da corrente progressista da Igreja Católica e atua na educação, saúde e contra violações de direitos humanos. ‘Uma moça sem ligação com educação não fica. Talvez tenha inspirado Marina, depois professora, não sei o que ela pensa disso, mas acho que influenciou nas suas opções’, disse irmã Eva, que não deve votar na ex-companheira. ‘Não fiz a opção ainda. Talvez a opção seja outra.’
Os sinais da saúde frágil já apareciam, mostra o livro. ‘Em 29/7/76, estando com gripe acompanhada de tosse, foi consultada pelo Dr. Silvestre; este solicitou uma radiografia dos campos pulmonares, a qual foi tirada no mesmo dia. Resultado: normal.’
Em julho de 1977, Marina desistiu da vida religiosa. ‘A própria candidata disse não ter vocação’ é a anotação do livro. O pai, Pedro, tem outra versão. ‘Ela queria emprego para ajudar nossa família, mas lá o dinheiro fica na comunidade. Aí desistiu”.
Sinfronio
Marina nunca gostou de trabalhar. No seringal de onde saiu perto de completar 16 anos não foi seringueira, trabalho proibido para as mulheres. Principalmente para uma criança. Pelos perigos de ficar solta na floresta. Perigos de todos os tipos. Não se quebra, facilmente, os tabus de pequenas comunidades.
No mais, Marina teve os poderes, eleita pelo PT, de vereadora, deputada estadual, duas vezes senadora, ministra de Lula; tem as amizades das maiores fortunas do Brasil; e o pai, com 87 anos, vive no alagado de uma favela do Rio Branco, em casa de madeira.
Tem irmãs que ainda vivem nas mesmas terras de sua infância feliz.
Pedro Augusto, 87 anos, pai de Marina
É um conto de fadas de Cinderela: Marina empregada doméstica. O pai não ia deixar a filha sair de casa (Marina vivia e foi criada pela avó, parteira) para a cidade grande, sem ter para aonde ir. Para ficar na rua. Marina viajou para um endereço certo. A casa do tio delegado, de onde saiu por maltrato não explicado. Antes de entrar no convento ficou em uma casa tão pobre quanto a do pai dela hoje. Como agregada.
Não confundir pobreza com vida de miserável, de abandono.
Do convento, Marina saiu para estudar história em uma universidade, quando fundou a CUT, e foi candidata derrotada a deputado federal, tendo Chico Mendes como candidato a deputado estadual. Era a Marina sindicalista e comunista.
Senadora conheceu as maiores fortunas do Brasil, e foi candidata a presidente em 2010, tendo como vice um dos homens mais ricos do Brasil, explorador da Floresta da Amazônia, dono de uma empresa com o nome bem sugestivo, Natura. Este ano foi candidata, pela segunda vez, tendo como vice um latifundiário do Rio Grande do Sul, líder da bancada ruralista na Câmara dos Deputados, e defensor das empresas de álcool, fumo e armas, lóbi que não casa com Marina evangélica, parceira dos pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano.
Qual a diferença entre Maria Alice Setubal, dona do Banco Itaú e mentora do plano econômico de Marina, e Armínio Fraga, também banqueiro, que coordena a campanha de Aécio Neves?
Os dois defendem a autonomia do Banco Central, contra o Mercosul, o BRICS; e a volta do FMI e das privatizações de Fernando Henrique, o tudo para “os senhores da riqueza financeira”, e neca para o povo pobre e para os miseráveis.
Armínio Fraga era um empregado de George Soros, indicado para presidir o Banco Central no governo entreguista de Fernando Henrique.
Bancário que era virou banqueiro.
No governo de FHC, Soros se tornou o principal acionista da Vale do Rio Mais do que Doce.
A imprensa vendida brasileira informou que Soros trocou as ações da Vale por ações da Petrobras. Acho que não existe esse tipo de transa. Assim sendo, a Petrobras passou a ser sócia da Vale. Coisa pouca: 634 milhões de dólares.
O noticiário da campanha de Aécio jura que Soros, temeroso de uma vitória de Dilma, passou essas ações para não se sabe quem. Queira Deus que sim. Soros é um especulador, um predador internacional. Ladrão todo. Se aparecer na Rússia vai preso. Patrocina a atual guerra da Ucrânia e outras. Pela teoria da conspiração, mandou matar Eduardo Campos. Não acredito que seja verdade, mas que ele é capaz disso é, e de coisas piores.
Na Ucrânia, muitos dos participantes das manifestações em Kiev assumiram fazer parte de determinadas Organizações Não Governamentais (ONGs) responsáveis por treiná-los em táticas de guerrilha urbana, em numerosos cursos e conferências promovidos pela Fundação do Renascimento Internacional (IRF, em inglês), criada por Soros. A IRF, fundada e financiada pelo multimilionário, orgulha-se de ter feito “mais do que qualquer outra organização” para a “transformação democrática” da Ucrânia, afirmou.
A ação de Soros, no entanto, permitiu que ultranacionalistas passassem a controlar os serviços de segurança ucranianos, como a polícia e as forças armadas. Em abril, o secretário do Conselho de Segurança Nacional e da Defesa, Andréi Parubiy, foi acusado por testemunhas de aceitar suborno da CIA para ajudar no combate àqueles que se opõem ao governo autoproclamado. Ainda segundo o InfoWars, a operação militar de Kiev, com seu caráter violento, incluindo o incêndio na sede de um sindicato em Odesa, no qual morreram mais de 80 pessoas, também pode ser atribuído ao ativismo de George Soros e das outras organizações ligadas à IRF.
Estas mesmas ONGs foram detectadas no Brasil com um serviço semelhante àqueles prestados pela IRF à ultradireita na Ucrânia. A ONG Brazil No Corrupt seria mais uma na lista de organizações patrocinadas por organismos internacionais para a promoção de atos de vandalismo e de violência nas manifestações de rua.
No Brasil, antes e durante e depois da Copa do Mundo, no movimento #naovaitercopa. Compete, ainda, a estas organizações, o patrocínio de páginas nas redes sociais, como a TV Revolta, entre outras, criadas para disseminar o ódio e promover a desestabilização do governo instituído, em manifestações violentas nas principais capitais, com infiltrados das polícias de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em Pernambuco, a campanha do governador eleito Paulo Câmara Ardente denunciou que “O PT mandou matar Eduardo Campos”. Resultado: o PT não elegeu o senador, e nenhum deputado federal. Os pernambucanos colocaram nas urnas o voto justiceiro. As eleições representaram um verdadeiro linchamento dos “assassinos”. Sobrou para Dilma e Armando Monteiro, candidato a governador.
Incompetência da propaganda petista. Bastaria completar a frase pichada nos muros: “O PT matou Eduardo Campos” para eleger Marina ou Aécio.
Frank
Eis o texto de Paulo Copacabana:
Não tem como fazer omeletes sem quebrar os ovos.
Esta frase, para mim, resume os desafios políticos que temos pela frente para melhorarmos nosso país nos próximos anos.
A Nova Política só começará com uma ampla discussão e mobilização popular sobre uma reforma política que permita três coisas: ampliar os canais de participação da sociedade na definição do seu próprio destino, reduzir o poder do dinheiro sobre a política e ampliar a representação das classes populares nos parlamentos brasileiros.
Para isso, precisamos de partidos fortes, democracia interna e idéias claras sobre suas posições.
Para Marina Silva representar efetivamente este ideal, não basta dizer que representa a Nova Política. Os aliados que ela carrega e o jatinho que usou financiado por caixa 2 e empresas laranjas desmentem a todo momento esta sua profissão de fé.
Ela precisa rapidamente dizer quando, como, em que direção e com quem fará uma reforma política no Brasil, já no início do seu governo.
A princípio, Marina não parece se preocupar com partidos fortes ou idéias claras. Parece carregar apenas o “espírito do tempo”, marcada por vontades de mudanças abstratas, sem saber exatamente para onde e como. Uma certa continuidade e vertente eleitoral das jornadas de junho de 2013.
Os apolíticos e os antipolíticos parecem finalmente se juntar aos reacionários e àqueles que representam a infantilização da política (quero tudo agora e de qualquer jeito).
As dificuldades de Marina em construir a Nova Política residem exatamente nesta sua frágil base politica de sustentação.
Precisará dos movimentos sociais e trabalhadores organizados para aprofundar a democracia no Brasil. Quando e se quiser fazer este aceno, será rapidamente abandonada pela sua base eleitoral. Crise política à vista.
Por outro lado, na economia política, Marina já encarna o papel de melhor guardiã da financeirização da riqueza. As poucas famílias, empresas não financeiras e bancos, que aplicam suas riquezas em diversos produtos financeiros, estão indo ao delírio com as propostas dos gurus econômicos de Marina.
Banco Central independente, altíssimas taxas de juros que procurem levar a inflação a níveis suíços, câmbio livre, cortes nos gastos públicos, redução dos salários e “outras maldades” já reveladas soam como música aos senhores da riqueza financeira.
Deve começar seu governo já refém destes interesses poderosos. Uma verdadeira crise econômica se avizinha.
Paralisia política e crise econômica pode ser o resultado mais esperado do seu governo. Marina já acenou que planeja ficar apenas quatro anos.
Não terá outra saída. De qualquer modo, já terá cumprido o papel para os senhores do dinheiro.
Para o país, uma lição a mais: a infantilização da política não produz avanços.
Desde sempre a CIA é o instrumento através do qual os EUA finanCIA ONGs e grupos políticos ao redor do mundo. Foi assim, para implantar a ditadura no Brasil, que a Folha chama de ditabranda. Há o famoso escândalo Irã-Contras, quando a CIA contrabandeou armas para o Irã e com o dinheiro financiou os “ONGs” e “Marinas” para lutarem contra o governo Nicaraguense. E o que foi tal de Primavera Árabe e a derrubada do governo da Ucrânia, para colocar um ventríloquo dos EUA, senão uma operação comandada por John McCain, como denunciou jornalista francês.
As manifestações de junho de 2013 tem, pela falta de objetivos, pelos interesses difusos, as digitais da CIA, que, via facebook, notoriamente um instrumento que trabalha em regime de compartilhamento com a CIA, o ponto alto do modus operandi que vem sendo utilizado em várias partes do mundo.
Há já uma tese defendida por site norte-americano (Strategic Culture) de que a queda do avião com Eduardo Campos, cuja providência divina, coincidentemente, avisou apenas Marina, teria sido derrubado pela CIA.
Teoria da Conspiração ou mera coincidência? O fato concreto é que, depois de alguns anos, como foi agora o caso da Primavera Árabe, a CIA acaba admitindo seu papel na desestabilização de governos. O Pré-Sal é o tipo de coisa com a qual os EUA mantém sempre um intere$$e primordial, a ponto de desencadear guerras em todos os países produtores. Não é mera coincidência que Marina Silva tenha dito, acima de outros pontos de interesse de seu eventual governo, que não vai mais priorizar o Pré-Sal. Por quê?!
Marina ganhou R$ 1,6 mi com palestras em três anos
Candidata do PSB revela valores, mas mantém identidade de clientes em segredo
Presidenciável criou empresa após deixar o Senado e transformou palestras em sua fonte de renda principal
Aroeira
por Aguirre Talento/ Fernanda Odillade
Sem cargo público, mas com um capital eleitoral de quase 20 milhões de votos depois de perder a última eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva abriu em março de 2011 uma empresa para proferir palestras e faturou R$ 1,6 milhão com a atividade, até maio deste ano.
Marina sempre manteve em segredo os detalhes sobre a atividade que virou sua principal fonte de renda desde que deixou o Senado. Agora candidata à Presidência da República, ela aceitou revelar o valor de seus rendimentos após questionamento daFolha.
Em pouco mais de três anos, Marina diz que assinou 65 contratos e fez 72 palestras remuneradas. Ela se recusa a identificar os nomes das empresas e das entidades que pagaram para ouvi-la, alegando que os contratos têm cláusulas de confidencialidade.
No ano passado, a própria Marina pediu a entidades que a tinham contratado para não divulgar seu cachê, como a Folha informou em outubro.
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que também cobram por palestras desde que deixaram o cargo, mantêm igualmente em segredo valores e identidades de clientes.
O faturamento bruto da empresa de Marina lhe rendeu, em média, R$ 41 mil mensais. O valor é mais que o dobro dos R$ 16,5 mil que ela recebia como senadora no fim de seu mandato, em 2010.
Os rendimentos da empresa de Marina aumentaram ano a ano, saltando de R$ 427,5 mil em 2011 para R$ 584,1 mil no ano passado.
Em 2014, por causa das eleições, Marina assinou só um contrato, de R$ 132,6 mil, para apresentações em quatro países da América do Sul. As últimas cinco cinco palestras foram gratuitas –antes do início oficial da campanha eleitoral, em julho–, segundo informou sua assessoria.
O valor do último contrato remunerado fechado pela empresa de Marina se aproxima do valor total dos bens que ela declarou à Justiça Eleitoral como candidata à Presidência da República.
Ela estimou em R$ 135 mil o valor de seu patrimônio pessoal, que inclui uma casa e seis terrenos em Rio Branco, a empresa criada para contratar sus palestras e uma conta no Banco do Brasil. Em 2010, Marina estimou o valor de seus bens em R$ 149 mil.
SALA FECHADA
Com capital de R$ 5.000 e sede em Brasília, a empresa M. O. M. da S. V. de Lima foi registrada em 2011 com as iniciais do nome completo da candidata: Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima.
A empresa tem a ex-senadora como única proprietária e foi criada como de pequeno porte exclusivamente para ela proferir palestras e participar de seminários e conferências. Segundo a assessoria de Marina, a empresa tem somente um funcionário.
Para que se enquadre como de pequeno porte, o negócio precisa ter faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões, de acordo com exigências da legislação específica.
A empresa funciona numa sala de cerca de 40 m² alugada por R$ 1.507,30 mensais, ao lado do Instituto Marina Silva, que intermedeia palestras gratuitas e ocupa outras cinco salas no mesmo edifício.
Na sexta-feira (28), a Folha visitou a sede da empresa, que estava fechada. Os funcionários do instituto abriram o escritório, que tem uma antessala e uma sala de reuniões, onde se encontra uma mesa oval com sete cadeiras.
Criado para cuidar de projetos da área ambiental e atividades como a digitalização do acervo de Marina, o instituto é uma associação privada mantida com a renda da ex-senadora e com doações.
Engana-se quem imagina apenas uma reprise do que foram os tempos de FHC. Para entender o que pode vir por aí, é melhor pensar no Tea Party estadunidense, no uribismo colombiano, na direita ucraniana
por Igor Fuser
O Brasil enfrenta, nas eleições presidenciais deste ano, o risco de um brutal retrocesso político, com o eventual retorno das forças de direita – representadas, principalmente, pelo candidato tucano Aécio Neves – ao governo federal. Nesse caso, teremos uma guinada rumo a um país mais desigual, mais autoritário, mais conservador. Engana-se quem imagina apenas uma reprise do que foram os tempos de FHC. Para entender o que pode vir por aí, é melhor pensar no Tea Party estadunidense, no uribismo colombiano, na direita ucraniana.
Limitando este exercício de imaginação apenas à política externa, é aposta certa supor que uma das primeiras medidas de um governo Aécio seria a expulsão dos profissionais cubanos engajados no programa Mais Médicos. Também imediata seria a adesão do Brasil a um acordo do Mercosul com a União Europeia nos termos da finada Alca, cujas “viúvas” – também conhecidas como o Partido dos Diplomatas Aposentados – recuperarão o comando do Itamaraty, ávidas por agradar aos seus verdadeiros senhores, as elites e o governo dos Estados Unidos.
O Mercosul, se sobreviver, voltará a ser apenas um campo comercial, destituído do projeto político de uma integração mais profunda. A Unasul e a CELAC, esvaziadas, se tornarão, sem a liderança do Brasil, siglas irrelevantes, enquanto a moribunda OEA – o Ministério das Colônias, na célebre definição de Fidel Castro – ganhará um novo sopro de vida. Quanto ao Brics, articulação central no combate ao domínio unipolar do planeta pelo império estadunidense, sofrerá um baque, com a deserção (oficializada ou não) do seu “B” inicial.
Golpistas latino-americanos, já assanhados após os triunfos em Honduras e no Paraguai (ações antidemocráticas combatidas com firmeza por Lula e Dilma), ganharão espaço, certos de contar com a omissão ou até o apoio de um governo brasileiro alinhado com os ditames de Washington. Que o diga a performática Maria Corina Machado, líder da atual campanha de desestabilização na Venezuela, recebida com fanfarra pelo governador Geraldo Alckmin e por uma penca de jornalistas tucanos, no programa Roda Viva.
Governos e movimentos sociais progressistas, na América Latina e no mundo, perderão um ponto de apoio; as forças das trevas, como o lobby sionista internacional, ganharão um aliado incondicional em Brasília. Isso é apenas uma parte do que está em jogo nas eleições brasileiras. Espantoso é que, no campo da esquerda, tantos pareçam não se dar conta.
As bombas nucleares são inúteis para uma guerra. Servem apenas como garantia de que um país do fechado clube de nações atômicas jamais será invadido.
Esta a razão da Guerra Fria, que durou do final da Segunda Guerra Mundial (1945) à extinção da União Soviética (1991), entre os Estados Unidos e a Rússia nunca ter esquentado.
O Papa João XXIII escreveu, em 1935, na Turquia, fatos que deverão ocorrer até o ano de 2033. Duas de suas profecias transformei em poemas inéditos em livro, que espero publicar este ano.
A NOVA ESCRAVIDÃO
(Profecia do Papa João XXIII)
Por Talis Andrade
—
A grande arma explodirá no Oriente
deixando eternas chagas
Esta imprudente covardia
sobre a carne do mundo
jamais será cancelada
A grande arma
inútil para a guerra
possui a única finalidade
de apavorar as nações
.
Falar-se-á de paz
mas as armas estarão sempre ocultas
A águia o urso o tigre
há um longo tempo armazenam ogivas nucleares
nas entranhas de submarinos e aviões
.
Nas entranhas da terra
no fundo do mar
nas frias luas que escurecem o céu
mochos metálicos chocam os ovos da morte
.
Homens voarão ao céu
e os homens se entusiasmarão
Deveriam chorar
O mal conquista o céu
para golpear a terra
Deveriam chorar
—
As conflitos são localizados, e com armas convencionais, sejam invasões colonialistas ou guerras internas financiadas por países do Primeiro Mundo.
Mente o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, quando propaga que a Rússia está disposta a iniciar a Terceira Guerra Mundial. Segundo o premiê, o governo russo tem apoiado as manifestações separatistas no leste do país.
Arseni vê as últimas ações da Russia como uma forma de afrontar a soberania do povo ucraniano. “O europeu ainda não esqueceu a Segunda Guerra e as recentes ações de Putin é querer reviver o horror pelo que o mundo passou”, afirma.
O premier fez um apelo para que a comunidade internacional se posicione contra ao apoio russo aos movimentos separatistas e terroristas pois ao fazer isso, a Rússia comete crimes internacionais.
O ministro da Defesa ucraniano, Mykhailo Koval, afirmou que o exército russo tem realizado inúmeras ações militares na fronteira com o país e em muitos casos, ficam a menos de um quilômetro de distância. Além dos soldados, Koval informou que helicópteros também têm feito das operações russas e, segundo, a Ucrânia está preparada para revidar a qualquer ataque que a Rússia tente fazer.
O clima de instabilidade política na Ucrânia e a tensão com a Rússia, sobretudo após a anexação da Criméia, deram início a movimentos separatistas com idéias afins às russas. Koval assegura que a partir de agora, o país combaterá a qualquer tentativa de independência dentro do país.
Pró-Ocidente, na concepção do governo provisório ucraniano, terrorista é todo o cidadão ucraniano que possui um posicionamento favorável à Rússia.
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A TERRA ESTÁ MUDANDO
(Profecia do Papa João XXIII)
por Talis Andrade
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As luzes do céu
azuis vermelhas verdes velozes
naves celestiais
descerão das nuvens
Alguém que vem de longe
deseja contatar os homens da terra
trazendo uma mensagem de paz
a cura para a grande peste
Alguém que vem de longe
tenciona mostrar um sentido para a vida
além do fugaz prazer das drogas
e da beleza dos jovens além
da presumida sabedoria dos velhos
Deixarão os homens de adorar o deus da guerra
para apertar a mão de alguém que vem de longe
De adorar o deus do ouro para ouvir a voz
de um ser que vem de longe
Lidiya, jubilada de 86 años, decía que «quiero una vida mejor para mis tres nietos y dos bisnietos, una vida de respeto a nuestra identidad rusa». Para ella, el camino elegido por Kiev, «el de la guerra, no es el nuestro, nosotros queremos paz». Tanto Lidiya como las también jubiladas Elena y Tamara, de 60 años, estaban ilusionadas con el futuro que espera a la región: «mañana vamos a despertar rusas. En 20 años no hemos tenido nada bueno en Ucrania. No había respeto hacia nosotros, ni siquiera el primer ministro (Yuschenko)». Creen que las pensiones subirán, y que habrá más trabajo y mejores sueldos.
Sobre el papel de las tropas rusas que han intervenido Crimea desde hace varias semanas, Andrei, de 40 años, opina que «si no fuera por las tropas rusas, aquí ya estaría Pravy Sektor, la gente de Bandera (líder nacionalista ucraniano de la Segunda Guerra Mundial); tendríamos una guerra». Sobre las posibles dificultades de abastecimiento e infraestructuras que habrá en los primeros meses tras abandonar Ucrania y entrar en la Federación Rusa, Andrei comenta que «Moscú no se construyó al momento, con lo cual si hemos esperado 23 años, podemos esperar un poco más». La ilusión entre la población rusa es total.
Coronel Celso Luiz Ferreira, da Polícia Militar de SP, em entrevista coletiva domingo último, admitiu que jornalistas foram agredidos e retidos na segunda manifestação contra a Copa realizada no sábado. Na Ucrânia, os policiais esqueceram a prepotência, e pediram perdão ao povo de joelhos.
A polícia mobilizou mais de 2 mil homens na operação – número superior, portanto, ao de manifestantes. Para Ferreira, repetindo o governador Geraldo Alckmin, a operação foi bem sucedida porque houve menos depredações e menos manifestantes feridos.
A intervenção policial também foi criticada por ter resultado na agressão a jornalistas e advogados que atuavam em favor dos ativistas. Ferreira disse ser muito difícil identificar quem era ou não repórter durante a manifestação, pois alguns usavam máscaras e capacete – ao menos um dos jornalistas agredidos, Sérgio Roxo, do jornal O Globo, não portava este tipio de acessório. Sobre os advogados, que buscavam acompanhar as revistas feitas pelos policiais aos manifestantes, o coronel acusou alguns de “incitarem a violência e não permiterem o trabalho da PM”.
Ferreira também pediu desculpas aos jornalistas. “Venho de antemão pedir desculpas se eventualmente houve alguma falha com relação aos jornalistas”, disse ele.
Los agentes prometieron estar siempre del lado del pueblo ucraniano
Unos cien policías antidisturbios pidieron perdón de rodillas en la ciudad de Lvov, en oeste de Ucrania, y prometieron que siempre estarán junto al pueblo ucraniano, como se pudo apreciar en la imágenes difundidas hoy por los medios digitales locales.
La Policía ucraniana pide perdón de rodillas por la represiónEl acto de constricción pública tuvo lugar anoche en un mitin en la plaza junto al monumento al poeta Tarás Shevchenko, convertida en el centro de las protestas europeístas en Lvov, baluarte de los nacionalistas ucranianos.Los miembros del cuerpo antidisturbios “Berkut” (águila) subieron al escenario escoltados por miembros de los llamados grupos de autodefensa creados por la oposición radical al depuesto régimen de Víktor Yanukóvich, mientras los manifestantes les arrojaban monedas y pequeños objetos.
Ya sobre el escenario, los agentes se pusieron de rodillas, después de lo cual uno de ellos prometió que siempre estarán junto al pueblo de Ucrania.
Agregó que ninguno de los policías antidisturbios de Lvov participó en los violentos enfrentamientos que tuvieron lugar en Kiev la semana pasada, que se cobraron 82 muertos y cerca de 700 heridos y que terminaron con la caída de Víktor Yanukóvich, actualmente en paradero desconocido.
Por el contrario, el Departamento de Interior de la ciudad afirmó una semana antes del estallido de la violencia que en Kiev se encontraban 130 efectivos antidisturbios enviados desde Lvov.
A onda de manifestações libertárias, em vários países, pode ter um final infeliz: a queda de um presidente eleito substituído por um governo de transição, um presidente títere do capitalismo estrangeiro, ou por um ditador militar.
Os sonhos da Praça da Libertação no Egito estão hoje controlados pelos punhos de um general. O mesmo destino previsto para a Ucrânia.
Na América do Sul tudo começou com um golpe do judiciário em Honduras. No Paraguai, com um golpe parlamentar. O que a direita apronta para a Venezuela?
Ucrânia entre o luto, a reconstrução e a sombra da violência
por Paulo Moura/ Público, Portugal
Maidan, 10 da manhã de segunda-feira. Um casal jovem de surdos-mudos conversa por gestos com cravos vermelhos nas mãos. O que estão a dizer relaciona-se com o pequeno monumento no chão, lembrando que ali caiu um dos mártires. Depositam as flores entre milhares de outras. Cada um dos mais de 80 manifestantes assassinados pela polícia tem o seu memorial no chão, que começou por ser uma fotografia, duas velas e por vezes um pouco de sangue, mas não pára de alastrar em flores.
Palco da Maidan, 10h30 da manhã. O líder do Sector Direito, o mais proeminente grupo de extrema-direita do país, consegue uns minutos de tempo de antena para exortar a assistência a ir manifestar-se em frente ao Parlamento. “Temos de obrigar os deputados a aprovarem uma lei libertando todos os presos políticos”, disse Igor Krivoruska, um homem baixo, de fato de treino preto. Na véspera, o seu grupo tinha tentado atacar a prisão de Lukianska, para libertar os presos, mas optaram por vir ao palco tentar mobilizar mais gente. A seguir ao curto discurso de Igor, os padres ortodoxos voltaram aos seus cânticos.
Edifício da Câmara Municipal de Kiev, 11 da manhã. Três rapazes envergando pesadas armaduras feitas com protectores de canelas, braços e peito (emprestadas do hóquei, râguebi e esgrima) aproximam-se de um balcão: “Queremos ir embora”. A voluntária começa a preencher um papel. Os rapazes têm o ar extenuado de quem viveu uma guerra. “Lviv”, respondem à funcionária. A revolução está feita, querem regressar à sua terra. Ela continua a preencher o papel.
O enorme e monumental edifício da Câmara, na Avenida Kreschatik, está ocupado pelos serviços de apoio dos manifestantes de Maidan. Corredores e salões inteiros albergam manifestantes que vieram de outras regiões, e que vivem aqui, em pequenos alvéolos de mantas e caixotes. A organização foi lesta a providenciar autocarros para os trazer a Kiev, deu-lhes guarida e alimentação, treino militar e armas rudimentares. Agora tem de lhes organizar o regresso. A funcionária entrega aos rapazes da grande cidade do Oeste dois folhetos com números e manda-os para uma sala de espera.
Noutras divisões funciona um hospital, noutras uma cantina, os serviços burocráticos, etc. Galia Radziervska, 34 anos, está a receber pessoas atrás de um computador. “Damos informações sobre os que morreram, ou os que foram feridos”, diz ela, em português. “Temos médicos, medicamentos, roupas. Há autocarros para levar as pessoas para as suas terras”.
Galia trabalhou dois anos em Portugal. Voltou porque o marido não conseguiu emprego nem papéis de residência. É esteticista de profissão, mas não tem emprego na Ucrânia. Trabalha aqui como voluntária. “Recebemos muito dinheiro, de donativos, mas é todo para financiar os protestos”.
Meio-dia. Perto da câmara um jovem alto, louro e muito magro encosta-se a uma parede para não cair, exangue. Tem o rosto pisado e um olho ensanguentado, um braço inchado e negro. Pensou que os ferimentos iam sarar, depois de ter sido, há dias, espancado pela Berkut, a polícia especial do regime. Afinal agravaram-se. Veio até aqui para procurar ajuda médica, mas agora não quer entrar. “Tenho medo que me entreguem à Berkut”, diz ele. Não acredita que a revolução tenha triunfado.
Museu Histórico de Kiev, duas da tarde. Num cubículo do segundo andar do edifício agora ocupado pelos serviços da autodefesa de Maidan, decorre uma reunião de mulheres. “É preciso limpar e arrumar a Praça. Temos de distribuir tarefas”, diz Anna Kavalienko, 22 anos, a chefe desta unidade de autodefesa, o Sotnia número 39. Os sotnia são os grupos de base, militarizados, que executaram a revolução. Este é o primeiro constituído por mulheres.
“Como podemos preparar-nos para acções violentas, como atacar o Parlamento?”, pergunta uma jovem morena de olhos claros.
“Nesta fase já não vamos atacar coisa nenhuma. A revolução está feita. Agora, temos de mudar para o modo pacífico. Já não estamos em modo de guerra, lamento. Não vamos para o Parlamento, porque acabou, já é nosso. O que há agora a fazer é reconstruir. Cada uma tem de escolher uma tarefa”, responde Anna à rapariga visivelmente decepcionada. Só deixaram entrar as mulheres quando a revolução tinha terminado.
Das 14 presentes, dez têm menos de 30 anos. Mas é Vira Schved, 49 anos, a primeira a oferecer-se para uma tarefa. É pedreira free-lance, de profissão, portanto oferece-se para reparar o edifício onde agora todas elas trabalham e vivem, que foi incendiado e não tem água nem electricidade.
“Vamos trazer os nossos homens para casa”, lê-se à porta da sala do Sotnia 39. A seguir à reunião, o grupo de mulheres entra num autocarro para uma visita à mansão de Ianukovich. “É preciso fazer um vídeo do local para mandar para as regiões do Leste, antes das eleições”, dissera Anna.
Parlamento, cinco da tarde. O grupo de combatentes do Sector Direito, depois de horas a gritar e a bater ritmadamente com os bastões nos escudos, conseguem entrar à força no Parlamento. Um deputado vem falar com eles, para evitar mais arruaças. Volta para o hemiciclo e uma hora depois é anunciado no ecrã de Maidan que o Parlamento aprovou a libertação dos presos políticos.
Avenida Michail Krutchev, 8 da noite. O grupo de Igor marcha em direcção a Maiden entoando um velho hino nacionalista. “Veja isto! É o nosso troféu!”, grita um dos combatentes da brigada Sector Direito exibindo uma estrela de cristal roubada a um lustre do Parlamento. “Não nos queriam ouvir, mas acabámos por conseguir. A lei está aprovada”.
O grupo marcha arrastando as botas, os escudos, as armaduras. Igor vai à frente a dar ordens. Manda-os parar, ajoelhar como templários medievais e dizer uma oração cheia de referências a antepassados que colaboraram com os nazis. Voltam a marchar, param, para Igor atender o telemóvel. Marcham de novo, instalam-se na primeira fila da assistência do palco de Maidan. Precisam de esperar quase uma hora que os padres acabem os seus cânticos e discursos, que por acaso eram sobre a necessidade da paz. Depois lá entra Igor, anunciando o seu feito. “Finalmente, hoje muitos pais vão poder abraçar os seus filhos. A família é o que há de mais importante na Ucrânia”, disse ele, antes de colocar como cenário do palco a sua bandeira com uma suástica.