
Parece mentira, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo tem 360 desembargadores. É o maior do mundo
Por que seus nomes são encobertos?
Acesse o portal do TJ-SP e veja se descobre quem são eles.
O Brasil tem 81 senadores. O Senado Federal não esconde. Veja o portal
Câmara Federal tem 513 deputados. Cada estado tem uma representação proporcional a sua população, porém com o número mínimo de oito e máximo de setenta deputados.
Portanto, São Paulo tem setenta deputados federais.
A Igreja Católica tem 191 cardeais.
Em São Paulo existem outros tribunais. O Militar. Dois de Contas. O do Trabalho do juiz Lalau. & outros. O Eleitoral é mais um. Tem mais.
Os 360 desembargadores são exclusivos do TJ-SP. Alguns viraram notícias por que se negam a ser investigados pelo CNJ – Conselho Nacional de Justiça, ou qualquer outro poder. Salvo pelas “desmoralizadas corregedorias judiciais”, assim classificadas pelo Estado de S. Paulo em editorial.
Escreve Wálter Fanganiello Maierovitch:
No pronto-socorro do Supremo, os ministros Marco Aurélio e Lewandowski concederam, na semana passada, duas liminares sem que houvesse situação de urgência.
Essas duas liminares foram para suspender a atividade correcional do Conselho Nacional de Justiça. Um Conselho que fiscaliza magistrados desde 2005. Faz muito tempo.
As duas liminares tanto não eram urgentes que todos ministros do Supremo, em sessão plenária de setembro, tiraram da pauta o julgamento da ação de inconstitucionalidade sobre a competência correcional do Conselho.
Se houvesse urgência e relevância essa ação não teria sido deixada para depois, ou seja, adiada pelo plenário do Supremo.
As duas liminares foram concedidas ao apagar das luzes do ano judiciário de 2011.
Lewandowski suspendeu as apurações no Tribunal de São Paulo, onde o antigo presidente morreu sob odor de possuir patrimônio incompatível com as suas fontes de ganhos. Mais ainda, ele faleceu sob o odor de privilegiar um grupo de 17 desembargadores,quanto à forma de pagamento de verbas relativas ao auxílio moradia.
Quanto ao ministro Marco Aurélio, ele aniquilou, como um trator desgovernado, o poder fiscalizador do Conselho. Em síntese, deu uma de Papai Noel. E os juízes investigados por graves desvios funcionais passaram certamente a acreditar que o bom-velhinho existe.
Com espírito natalino, Peluso acaba de confirmar as liminares. De se frisar que o CNJ já sancionou até ministro do Superior Tribunal de Justiça, caso de Paulo Medina: Medina, que presidiu a AMB-Associação de Magistrados Brasileiros (a ação direta de inconstitucionalidade foi proposta pela AMB), foi aposentado compulsoriamente devido à venda de liminares, por interposta pessoa que beneficiou traficante de drogas. Leia mais