Debate no Senado: Terceirização está ligada a condições análogas à escravidão

Debate sobre o projeto de terceirização na Comissão do Senado
Debate sobre o projeto de terceirização na Comissão do Senado

A representante do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na audiência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CPF) que discute o projeto que regulamenta a terceirização (PL 4.330/2004), Lilian Marques, apresentou dados sobre trabalhadores mortos ou resgatados de condições análogas à escravidão.

Entre 2010 e 2013, nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, quase 3.000 dos 3.553 casos envolviam terceirizados.

No caso de óbitos durante o serviço no setor elétrico, em 2013 perderam a vida 61 terceirizados, contra 18 empregados diretos. Na construção de edifícios, foram 75 falecimentos de terceirizados num total de 135 mortes.

Nas obras de acabamento, os terceirizados foram 18 do total de 20 óbitos, nas de terraplanagem, 18 entre 19 casos e nos serviços especializados, 30 dos 34 casos detectados.

Para Lilian Marques, estes números refletem a forma como os trabalhadores terceirizados são tratados pelos empregadores, em aspectos como segurança e treinamento.

A sindicalista ainda apresentou dados do Dieese que demonstram que a rotatividade entre terceirizados é o dobro da que existe entre empregados diretos. Afirmou ainda que são inúmeros os casos de calotes em todo o país, de empresas que fecham as portas sem pagar seus contratados.

Marques reiterou que o PL 4.330/2004 envolve inúmeros interesses, citando como um exemplo a Petrobras, que hoje chega a contratar cerca de 360 mil trabalhadores como terceirizados, contra 86 mil diretos.

TERCEIRIZAÇÃO: A QUEM INTERESSA O EMPOBRECIMENTO DA CLASSE TRABALHADORA?

por Miguel Pereira

 

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Sob o pretexto de regulamentar a terceirização no Brasil, forma triangular de se estabelecer relações de produção e de trabalho envolvendo uma empresa contratante, outra contratada e o trabalhador, a Câmara dos Deputados está prestes a aplicar o maior golpe nos direitos trabalhistas e sociais desde a aprovação da CLT, em 1943, com gravíssimos impactos para todos os trabalhadores, rurais e urbanos, públicos e privados, e por consequente desestruturar toda a organização social vigente.

[É um] Projeto de Lei (PL) nº 4330/2004, do ex-deputado Sandro Mabel (PMDB) empresário do setor alimentício, cujo relatório a ser apreciado nem sequer foi votado na CCJ da Câmara. A proposta tem como relator o deputado Artur Maia, atualmente no recém-criado partido “Solidariedade”.

Obviamente que tal PL, no mínimo polêmico e controverso, é colocado tão rapidamente na pauta desta legislatura, com apenas dois meses desde o seu início, pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como

uma exigência do grande capital nacional e internacional, financiadores das campanhas eleitorais.

Agora cobram o seu preço, para colocar a classe trabalhadora brasileira novamente de joelhos, implodindo a sua capacidade de organização e resistência, dentre outros terríveis malefícios, pulverizando inclusive sua capacidade de representação política enquanto classe, aniquilando com as categorias atualmente organizadas e as suas negociações coletivas, rebaixando os patamares alcançados em décadas de lutas, e que possibilitou, dentre outras conquistas organizativas e de expressão política, que foi a construção do Partido dos Trabalhadores.

Aproveitando-se da intencionalmente construída crise política atual, com as suas repercussões econômicas, o que se coloca na berlinda são as possibilidades reais de maior emancipação futura da classe trabalhadora brasileira, que no momento experimenta uma incipiente, mas gradativa participação de seus salários na renda nacional, com a recuperação de seu poder de compra, particularmente com o incremento de uma política de valorização do salário mínimo e aumentos reais de salários, já com expressiva repercussão nas demais esferas de organização social.

Estarrecedor e contraditório é o momento político escolhido para tal votação, caso não fosse a questão dos financiamentos da campanha eleitoral, uma vez que a sociedade acompanha estupefata a chamada “Operação Lava Jato”, justamente envolvendo a apuração de um grande caso de corrupção de bilhões de reais na maior empresa brasileira, a Petrobras, cujo teor das denúncias são

as relações promíscuas entre empresas prestadoras de serviços terceirizadas,

formação de caixa 2 para partidos e campanhas, propinas e todo tipo de corrupção, comprometendo a imagem do Congresso Nacional, com denúncias inclusive contra o próprio Eduardo Cunha de ter se beneficiado com esse esquema fraudulento. Curioso e sintomático é o silêncio da mídia em geral, que, apesar de espetaculizar as investigações da Polícia Federal, se silencia diante da tentativa de legalização desse tipo de risco que incorrermos.

Muito tem se falado da necessidade de se regulamentar a terceirização no Brasil, o que tem a nossa total concordância. Mas, diferentemente do que propõe o PL 4330, é preciso impedir efetivamente a prática da intermediação ilegal de mão de obra,

a discriminação de toda ordem que sofrem os mais de 12 milhões de trabalhadores terceirizados

hoje no País, socialmente e de trato nos ambientes de trabalho, com a utilização de vestiários, banheiros, refeitórios e transportes apartados, mas principalmente as graves distorções salariais e de jornadas de trabalho.

Precisamos assegurar salários dignos e iguais aos que são diretamente contratados.

Impedir que o adoecimento, os acidentes e as mortes vitimizem de maneira endêmica esses trabalhadores. Os salários dos terceirizados são, em média, menores em cerca de 25% e as jornadas semanais têm acréscimos de três horas.

Mas no caso dos bancários, por exemplo, essa diferença chega a salários menores em 75% e jornadas acrescidas em 14 horas semanais, comparando-se com os correspondentes bancários.

De cada 10 mortes no trabalho, 8 envolvem trabalhadores terceirizados.

Por quê? São menos capazes, produtivos? Claro que não.

É que como medida de economia menos se investe em cursos de treinamento e capacitação, em equipamentos de segurança, expondo os trabalhadores a maior grau de riscos. Apurações recentes das inspeções do trabalho, realizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontam que praticamente a totalidade das

centenas de casos identificados como trabalho análogo a escravo

tratava-se de alguma forma de contrato terceirizado. Onde estão os direitos humanos desses trabalhadores? Que sociedade é essa que marcha nas ruas cobrando por moralidade pública, fim da corrupção etc e admite que esse tipo de crime ocorra impunemente?

O PL 4330, ao propor a liberalização geral da terceirização para qualquer área, atividade ou setor produtivo das empresas, desde que tenham alguma especialização, altera não apenas as relações laborais, mas as próprias regras de direito empresarial, porque

coloca em xeque o próprio estatuto social das empresas,

onde se define para qual objeto social foram constituídas, uma vez que poderá repassar todas as suas atividades para terceiros.

Teremos empresas sem empregados?

E isso certamente trará graves consequências do ponto de vista concorrencial e também relacionadas à qualidade dos produtos e serviços, uma vez que as empresas no Brasil terceirizam para reduzir seus custos, conforme revela a própria pesquisa da CNI, a confederação patronal da indústria.

É um projeto de lei muito mais maléfico para os trabalhadores. Nele também se estabelecem possibilidades infinitas de subcontratações de empresas, inclusive

a legalização da figura dos PJs, empresas de uma pessoa só, sem qualquer direito trabalhista,

porque nessa modalidade o trabalhador vira pessoa jurídica. E empresas não adoecem, nem tiram férias e licenças, ou se aposentam. Ou seja, na terceirização ilimitada todos os riscos são transferidos para os trabalhadores. A escolha política de reorganizar a produção é das empresas, mas

os riscos totais são transferidos para os trabalhadores, que ainda por cima sofrem com os constantes calotes.

Como se não bastasse, esse projeto ainda define a responsabilidade entre contratadas e contratantes apenas como subsidiária.

Outra falácia no tocante à exigência da especialização como único critério para abrir de vez a porteira da substituição dos atuais trabalhadores por terceirizados é que no PL 4330 consta expressamente a inobservância dessa exigência aos correspondentes bancários, forma ilegal de terceirização aplicada pelos bancos para precarizar a sua relação de consumo com clientes e usuários, mas que nem de longe possuem as condições exigidas pelo próprio Banco Central às demais instituições financeiras para atuarem no Brasil.

Na realidade, precisamos sim ter uma legislação que impeça a mercantilização da mão de obra no Brasil e efetivamente assegure direitos iguais para os trabalhadores que exerçam a mesma atividade ou função, seja dentro ou fora das empresas. Ou seja, nas possibilidades legais que caibam algum tipo de prestação de serviços por terceiros, não pode haver qualquer espaço para nenhum tipo de precarização do trabalho.

Não é verdade, portanto, que estamos preocupados em proteger apenas os demais 34 milhões de trabalhadores que compõem o mercado formal de trabalho no Brasil, que serão alçados rapidamente à condição de terceirizados ou prestadores de serviços precários, na forma da nova lei, caso seja aprovada. O que, aliás, já seria suficiente para lutarmos para barrar a sua aprovação. E também não é verdade que estamos apenas divergindo sobre a representação desse segmento terceirizado, como maldosamente alguns parlamentares e empresários vêm afirmando.

Queremos sim assegurar a melhor forma de organização e representação, que permita manter e ampliar a unidade da classe trabalhadora, única possibilidade de conquistas, e não a sua pulverização e enfraquecimento como consta no PL 4330. Se há alguém interessado apenas em representar trabalhadores precarizados, esse não é o nosso caso.

Enquanto as empresas estão preocupadas com o chamado risco jurídico, que na verdade nada mais é do que a tentativa de se livrarem dos passivos trabalhistas conscientemente construídos por elas ao longo dos anos, precisamos ter uma lei que impeça o risco de morte, pois a terceirização está matando nossos trabalhadores.

E efetivamente para nenhuma dessas questões apresentadas o PL 4330 traz soluções. Ao contrário, só aprofunda as distorções e ainda por cima aumentará a concentração da renda no país.

Menores salários, maiores lucros.

Dessa forma, queremos de fato que a Constituição Federal de 1988 ao estabelecer como princípio fundante da sociedade brasileira o valor social do trabalho como um dos pilares da organização social seja respeitada e em nome de uma sociedade de fato mais justa, fraterna e solidária. Queremos que o PL 4330 seja arquivado e se inicie um novo processo negocial, envolvendo todos os atores sociais para a construção de uma legislação que signifique um avanço social e não um retrocesso histórico para esse nosso país, que é a sétima maior economia capitalista global, feita dia a dia por homens e mulheres trabalhadoras.

 


(*) Miguel Pereira é bacharel em Direito, bancário, secretário de Organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e integrante do GT Terceirização da CUT e do Fórum de Defesa dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.

 

terceirizacao rasga clt

Ministério Público do Trabalho exige que Justiça retome interdição da Contax na unidade do Recife

A terceirização transforma todas as empresas em uma Contax

 

A Contax é uma empresa fantasma dos banqueiros e das companhias de telefone. É uma empresa mestra em sonegação.  Pratica o direito trabalhista das senzalas. Escraviza carne nova. A Contax f. o trabalhador

 

contax dp

 

Onde existir Contax – empresa fantasma do Bradesco, do Itaú e outros bancos; e da Oi, da Vivo e outras companhias de telefone – existe todo tipo de abuso e crueldade contra o trabalhador.

Na Somax, comprovadamente, foram constatados milhares de casos de assédio moral, stalking, doenças do trabalho físicas e psicológicas, violência e servidão.

Conheça as crueldades praticas pela Contax no Recife. Publica o Diário de Pernambuco:

 

EXIGE MINISTÉRIO PÚBLICO
CONTAX VOLTE A SER FECHADA
 

 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco quer que a unidade da Contax em Santo Amaro volte a ser fechada. O MPT emitiu parecer favorável à retomada da interdição. Segundo o órgão, o parecer considerou o suposto conjunto de irregularidades trabalhistas verificadas durante o procedimento de fiscalização realizado na empresa, em janeiro passado. O MPT entende que a suspensão da interdição, imposta pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE), e obtida mediante um mandado de segurança, deve ser revogada.

 

UMA LONGA LISTA DE IRREGULARIDADES

De acordo com a procuradora do Trabalho à frente do caso, Melícia Carvalho Mesel, a liminar que restabeleceu o funcionamento da Contax não deve se manter. “Temos uma longa lista de irregularidades que se perduram ao longo do tempo, estando mais que comprovado que a empresa não tem buscado cumprir regras mínimas de proteção ao trabalhador. Há uma falta de compromisso com o trabalho saudável e decente”, disse.

A análise do caso pela procuradora para dar resposta somente ao mandado de segurança envolveu mais de 800 documentos, resultantes de ação fiscal nacional, feita nos últimos dois anos, por um grupo de 30 auditores. “Em dezembro de 2014, a SRTE-PE apresentou o relatório final da ação fiscal. Passado um mês, em janeiro de 2015, tudo se mantinha igual ou pior”, afirmou Melícia. Segundo a procuradora, neste tempo seria possível a empresa regularizar várias condutas de simples resolução, como o fornecimento de água própria para o consumo. Em Pernambuco, a Contax presta serviços para a Oi, Bradesco e Itaú/Unibanco.

 

CONTAX VIOLENTA DIREITOS HUMANOS

 

 

banco agiotagem escravo usurário rasha mahdi

 

No parecer, a procuradora também refuta o fundamento da decisão judicial, quando esta se mostra preocupada com uma possível demissão em massa e com o prejuízo aos serviços ao consumidor. Para Melícia, o fato da empresa ser a maior empregadora do município e prestar serviços a uma extensa cartela de clientes do setor de telefonia e de bancos não a autoriza funcionar sem respeitar a legislação.

“A interdição da Contax não provocou qualquer descontinuidade na prestação dos serviços à sociedade. E ainda que tivesse provocado, a medida de interdição continuaria legítima e deveria se impor porque no conflito entre eventuais interesses econômicos e direitos fundamentais (direitos à vida e à saúde), estes inequivocamente preponderam, por estarem jungidos à categoria de direitos de primeira grandeza”, complementou Melícia.

De acordo com o MPT, não basta que existam postos de trabalho e que seja garantida a arrecadação de impostos, como parece ser a preocupação do Poder Público Municipal [prefeito Geraldo Júlio] “É preciso, antes de tudo, que seja um trabalho digno, até porque, se não o for, o trabalhador acaba abandonando-o, como é o caso da ora Impetrante [Contax] que, segundo relatório de interdição, apresenta alta rotatividade de trabalhadores que, por não suportarem as condições de laborais, acabam pedindo demissão”, concluiu a procuradora.

Em nota, o Grupo Contax informou que obteve liminar favorável ao funcionamento das operações da unidade Santo Amaro, pela 14ª Vara de Justiça do Trabalho de Pernambuco, em 22 de janeiro, e que a medida permanece em vigor. Disse, ainda, que “a companhia cumpre toda a legislação trabalhista e as normas específicas para o setor de contact center e mantém os mais altos padrões em suas instalações e de conduta ética”. Por fim, destacou que é o maior gerador de empregos no Recife, com mais de 18 mil funcionários.

 

35 MIL CASOS DE DOENÇAS DO TRABALHO

 

A SRTE-PE interditou, no dia 20 de janeiro desde ano, a unidade da Contax que emprega cerca de 14 mil pessoal no serviço de call-center. De acordo com o MPT, entre as principais irregularidades verificadas pela fiscalização do trabalho, à época da vistoria, estavam a falta de higiene no ambiente de trabalho, o não fornecimento de equipamentos de proteção individual e o assédio moral por parte de supervisores e coordenadores.

Além disso, segundo relatos de funcionários e ex-funcionários, há a pressão para que os empregados não bebam água, com o objetivo de reduzir as idas ao banheiro, atualmente estipuladas em apenas uma, de no máximo cinco minutos. A exceção é concedida às grávidas, que, ainda assim, têm apenas uma permissão extra, também de cinco minutos.

Também ficou comprovado, segundo a fiscalização do MPT, o alto grau de adoecimento dos funcionários da Contax. No período de janeiro de 2010 a maio de 2013, e com relação apenas a unidade de Santo Amaro, foram apresentados 35 mil atestados somente com relação a doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. Além desses, constataram-se numerosos os afastamentos por doenças de ouvido e voz, infecções urinárias e respiratórias, diarreias e depressão. A SRTE também verificou que a empresa não emite os Comunicados de Acidentes de Trabalho (CATs).

Após a interdição, o departamento jurídico da Contax recorreu da decisão e a Justiça do Trabalho concedeu liminar, em face de mandado de segurança, no dia 22 de janeiro, suspendendo a interdição. A decisão foi da juíza Camila Augusta Cabral de Vasconcellos, da 14ª Vara do Trabalho. À época do despacho, a Justiça destacou que a Contax é a maior empregadora do Recife e que a possível perda de contratos de prestação de serviço, por conta da suspensão imposta pelo MTE, poderia acarretar em uma demissão em massa.

 

 

Trabalhar doente acontece sempre

Novo empregado apresentação por Eneko trabalho emprego

 

 

As doenças adquiridas no trabalho precisam ser curadas, mas o capitalismo não permite.

A ganância empresarial rouba os direitos trabalhistas. Suga a saúde do trabalhador.

E a vida escrava não tem nenhum valor de mercado.

Pobres jovens que trabalham na Somax (o dinheiro somado para mais, para aumentar o lucro de bancos e companhias de telefone).

Roubar o tempo dos trabalhadores e não pagar horas extras virou costume em qualquer shopping.

Parece piada, humor negro: O tempo é ouro, costuma advertir o patronato.

O co-piloto Lubitz avisou a Lufthansa da depressão. É! acontece sempre: O empregado comunica que está doente (quando tem estabilidade no emprego), e ninguém acredita. Considera malandragem, preguiça, desinteresse.

No Brasil todo emprego virou temporário com a terceirização. Quem aparece doente nem precisa pedir licença médica. Não dá tempo. É logo demitido.

Qualquer empregado salário mínimo ou salário base vem sendo tratado como lixo humano.

Vive sem tempo para a família, para as crias, para o lazer, para o sagrado descanso.

Compare as licenças de um togado com as licenças de uma empregada doméstica, um contínuo, um motorista. Qualquer trabalhador braçal.

Compare as licenças de um empregado público, que tem estabilidade, com a de qualquer empregado com carteira assinada nas empresas privadas. Vale qualquer trabalhador intelectual: um jornalista, por exemplo.

 

 

O co-piloto que precipitou o A320 nos Alpes informou a empresa em 2009 do seu estado de saúde

 

 

A320 nos Alpes informou a empresa em 2009 do seu estado de saúde
Destroços do A320 nos Alpes

A Lufthansa sabia desde 2009 que o co-piloto Lubitz sofria de depressão. A revelação foi feita ontem pela companhia alemã, que adianta ainda que a informação foi prestada quando Lubitz frequentava o curso de pilotagem na escola da Lufthansa em Bremen.

Anteriormente, a transportadora aérea alemã confirmara apenas que Lubitz tinha interrompido o curso durante uns meses, durante os quais foi assistente de bordo da companhia. A empresa também tinha revelado que Lubitz retomara o curso de pilotagem e que, em setembro de 2013, foi admitido como piloto da Germanwings, uma das low-cost da Lufthansa.

 

 

 

 

 

Assédio moral e escravidão na empresa que atende os clientes do Bradesco, Itaú, Santander, Citibank, Oi, Vivo e Net

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Os trabalhadores foram retirados do prédio e quem chegava recebia a informação de que aguardasse a orientação sobre o retorno da atividade. Foto Edvaldo Rodrigues
Os trabalhadores foram retirados do prédio e quem chegava recebia a informação de que aguardasse a orientação sobre o retorno da atividade. Foto Edvaldo Rodrigues
O local de trabalho na publicidade da Contax
O local de trabalho na publicidade da Contax

 

 

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditou na noite de terça-feira (20) a unidade sede da Contax, em Santo Amaro, no Recife, devido a uma série de infrações que prejudicam diretamente a saúde de 14 mil trabalhadores da unidade.

Veja no que deu a privatização da telefonia e de vários bancos estaduais: a terceirização dos serviços.

Os trabalhadores perderam a estabilidade, e sofrem nos empregos temporários. Inclusive só recrutam carne fresca. Quem tem mais de 25 anos passa a ser velho, mão de obra cansada de guerra.

 

 

EMPRESA CRIMINOSA
Trabalho para escravos

Os explorados servidores como peças de uma engrenagem capitalista, que paga baixos salários para aumentar o lucro
Os explorados servidores como peças de uma engrenagem capitalista, que paga baixos salários para aumentar o lucro

 

De acordo com a coordenadora da operação do MTE, Cristina Serrano, são muitas regras não cumpridas e condições de trabalho que prejudicam diretamente a saúde, o que pode justificar o alto volume de faltas e apresentação de atestados.

“O nível de adoecimento se tornou algo fora de controle. Os trabalhadores são proibidos de beber água de acordo com a necessidade. O mesmo vale para ida ao banheiro. As cobranças de atendimento e metas a cumprir são excessivas. Todo esse cenário gera problemas osteomusculares, como tendinites, e geram patologias irreversíveis, como lesões de ombro ou de perda de audição.

Por ter restrições de idas ao banheiro, evitam beber água, o que causa infecção urinária. E entra no círculo de patologias”, destacou. “A maioria tem idade de 18 anos a 25 anos e estamos visualizando uma parcela de jovens sequelados”, complementou.

A Contax, maior em atuação no serviço de teleatendimento do país, é prestadora de serviço de call center para quatro bancos (Bradesco, Itaú, Santander e Citibank) e três operadoras de telefonia (Oi, Vivo e Net). As empresas foram autuadas e multadas em mais de R$ 300 milhões no fim do ano passado por terceirização ilícita dos serviços de call center, além de assédio moral e adoecimentos em massa de trabalhadores alocados dentro da Contax.

Hoje, será realizada audiência interinstitucional, quando serão apresentados, oficialmente, os resultados dessa ação, que integra mobilização nacional de fiscalização nas centrais de teleatendimento dos bancos e teles que funcionam dentro das empresas Contax e Contax Mobitel, nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul.

RECRUTAMENTO DE PESSOAL
Propaganda enganosa

Recrutamento 1

recrutamento 2

A ratoeira
A RATOEIRA à espera dos ratos humanos 

Acidentes de trabalho o patrão nunca é culpado

AcidentesTrabalho agulhas

CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO

por Nestor Waldhelm Neto

Quando o acidente acontece às perdas podem alcançar todas as esferas da sociedade.

Descobrir a causa é muito importante para focar no problema, e assim, evitar que casos parecidos se repitam.

As causas de acidente de trabalho são variadas, e nessa postagem vamos abordar as mais comuns.

Estresse mental
Vivemos em uma época em que produzir é muito importante. Tem pessoas que perdem até a família por causa do trabalho. Outras vão parar no hospício, se suicidam…

Seja qual for sua origem, o estresse afeta o comportamento da pessoa no trabalho, transformando em uma ameaça a segurança.

A empresa:
Tudo na vida tem um limite, e é importante analisar até que ponto a empresa pode ir. Até onde a cobrança está sufocando o funcionário (Transcrevi trechos)

 
uy_elpais. acidentes trabalho

El miércoles el Frente Amplio aprobará en Diputados un polémico proyecto que lo enfrenta con todas las cámaras empresariales y que pena con hasta 24 meses de prisión a los empresarios que incumplan medidas de seguridad para sus trabajadores.

Por año, según datos del Banco de Seguros del Estado, se producen en el entorno de 54.000 accidentes, dijeron a El País fuentes de la empresa.

En 2006 la cifra rondaba los 33.000, pero desde entonces ha ido creciendo hasta 2011 cuando comenzó a estabilizarse.

Varios factores inciden en el porqué del crecimiento. Por un lado, debido al incremento de la población ocupada y por otro, según sostienen dentro del BSE, debido al crecimiento de actividades industriales y forestales que son más riesgosas.

Es que la evolución de la estructura de los accidentes de trabajo y enfermedades profesionales según rama de actividad económica sufrió transformaciones durante el siglo XX.

En 1910 casi la mitad de los siniestros laborales (49%) ocurrían en las industrias manufactureras, algo que luego cambió con la introducción de las máquinas. Entre las industrias manufactureras la de la alimentación y bebidas aportaban la cuarta parte de los casos registrados, seguidas por las metalúrgicas con el 21%, según el informe “Variables Estadísticas Relevantes Durante el Siglo XX del Instituto Nacional de Estadística”.

Por su parte, en ese entonces, la rama de la construcción y el transporte representaban el 26% y 23% respectivamente.

Las causas más frecuentes que provocaban estos accidentes eran la carga y descarga de mercadería ya que se hacían en forma manual. Posteriormente, la incorporación de maquinaria y nueva tecnología permitió reducir los riesgos de accidentes y padecimiento de enfermedades profesionales.

El informe indica que al finalizar el siglo XX, “si bien la industrias manufactureras mantienen su predominio, su peso en el total de accidentes se redujo casi a la mitad (26%) por transferencia de mano de obra hacia otros sectores de la actividad económica, como la agricultura ganadería y pesca que conjuntamente con las industrias extractivas se llevan casi la cuarta parte de los accidentes y enfermedades profesionales. Le siguen en orden de importancia la construcción con un 21% y los servicios con un 20%”.

De acuerdo a la primera encuesta sobre condiciones de trabajo, seguridad y salud en el trabajo en Uruguay dirigida por David Martínez Íñigo, investigador y profesor titular de la Universidad Rey Juan Carlos de Madrid (España), el 6,6% de la población trabajadora se accidentó en los últimos dos años y la principal causas fue la “distracción”.

La protección del trabajador contra riesgos laborales comenzó en 1911 cuando se creó el Banco de Seguros del Estado. Luego, una ley de octubre de 1989 (Nº 16.074) establece la responsabilidad patronal declarando obligatorio el seguro sobre accidentes del trabajo y enfermedades profesionales.

Desde 1995 el BSE opera en régimen de competencia, excepto por la rama accidentes de trabajo, que es monopólica y que en 2012 le generó US$ 284 millones de ingresos.

 

Epaud
Epaud

Estresse é uma das principais causas de acidentes de trabalho

Uma das grandes preocupações das equipes de saúde e de segurança profissional, o estresse tem sido apontado como uma das principais causas de acidentes no local de trabalho segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Sobrecarga, monotonia e desvalorização foram apontadas como algumas das principais causas do estresse, que afeta 70% dos brasileiros.

A Associação Internacional de Gerenciamento do Estresse (ISMA, sigla do nome em inglês), com sede nos EUA, destacou que o Brasil só perde para o Japão em número de profissionais estressados.

“Qualquer desequilíbrio emocional pode diminuir o rendimento de um profissional. Quanto ao estresse não é diferente”, comentou Marcelo Pustiglione, médico homeopata e professor de Medicina do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele explicou que, se não diagnosticado corretamente e tratado a tempo, o estresse pode se converter em doença com muita facilidade. “No campo da saúde ocupacional, ele está entre os riscos psicossociais. É uma adaptação insatisfatória, que causa tensões fisiológicas que podem originar outras doenças.”

O médico observou que cada pessoa reage ao agente estressor de uma maneira diferente e, quanto mais flexível for o profissional, mais ele poderá reagir positivamente e manter o controle diante de eventos adversos. “É inegável que o trabalhador satisfeito, saudável e feliz produz mais e se acidenta menos. O estresse não é sempre ruim”, disse. Segundo o especialista, ele pode contribuir para aumentar a percepção e o nível de alerta no trabalho, melhorando o desempenho profissional, por exemplo. “Tanto as habilidades mentais quanto as físicas melhoram quando estamos espertos e com a adrenalina na medida certa. Assim, metas e desafios clara e objetivamente propostos fazem parte dos ‘estressores do bem’.” (Portal Terra)

doenças trabalho
 

Doenças profissionais são principais causas de mortes no trabalho

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As doenças profissionais continuam sendo as principais causas das mortes relacionadas com o trabalho. Segundo estimativas da OIT, de um total de 2,34 milhões de acidentes de trabalho mortais a cada ano, somente 321.000 se devem a acidentes. Os restantes 2,02 milhões de mortes são causadas por diversos tipos de enfermidades relacionadas com o trabalho, o que equivale a uma média diária de mais de 5.500 mortes. Trata-se de um déficit inaceitável de Trabalho Decente.

A ausência de uma prevenção adequada das enfermidades profissionais tem profundos efeitos negativos não somente nos trabalhadores e suas famílias, mas também na sociedade devido ao enorme custo gerado, particularmente no que diz respeito à perda de produtividade e a sobrecarga dos sistemas de seguridade social. A prevenção é mais eficaz e tem menos custo que o tratamento e a reabilitação. Todos os países podem tomar medidas concretas agora para melhorar sua capacidade de prevenção das enfermidades profissionais ou relacionadas com o trabalho.

Como acontece todos os anos, o Programa da OIT sobre Segurança e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente elaborou um relatório que serve para aprofundar o tema. Este ano, faz-se um apelo aos governos, organizações de empregadores e de trabalhadores para colaborar no desenvolvimento e na implantação políticas e estratégias nacionais destinadas a prevenir as enfermidades profissionais.

Segurança e Saúde no Trabalho
2,02 milhões de pessoas morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o trabalho.
321.000 pessoas morrem a cada ano como consequência de acidentes no trabalho.
160 milhões de pessoas sofrem de doenças não letais relacionadas com o trabalho.
317 milhões de acidentes laborais não mortais ocorrem a cada ano.

Isto significa que:
A cada 15 segundos, um trabalhador morre de acidentes ou doenças relacionadas com o trabalho.
A cada 15 segundos, 115 trabalhadores sofrem um acidente laboral.
Os países em desenvolvimento pagam um preço especialmente alto em mortes e lesões, pois um grande número de pessoas está empregada em atividades perigosas como a agricultura, a construção civil, a pesca e a mineração.