Amaldiçoados sejam os escravocratas e os atravessadores que terceirizam o trabalho

Comenta Marcos Simões: “Cadelos e cadelas no cio das áreas nobres, além de ladrões, sonegadores de impostos e fraudadores do Brasil, são hilários”.

direita burguesia faz panelaço

Essas corruptas e corruptoras elites têm tudo facilitado para uma vida de luxo e luxúria. A conta quem paga é o povo. Que a casta lá de cima não paga os impostos de fortuna, de herança e, muitas vezes, possuem secretas isenções.

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Essa gente escraviza os empregados domésticos: babás, faxineiras, cozinheiras, motoristas. Acontece o mesmo com as comerciárias, as operárias, as camponesas, as funcionárias públicas terceirizadas. Uma relação patrão empregado que acontece de tudo: assédio sexual, assédio moral, stalking – uma relação casa grande & senzala, que rola na cama & rela o joelho.

Um escravidão que acontece nas casas das nossas tradicionais famílias cristãs, e nas grandes empresas como a Contax, nas mais luxuosas lojas do shopping, quando se pensava que fosse uma desumanidade exclusiva dos canaviais & outros latifúndios da lavoura de exportação.

Os piores escravocratas são os colonos, as empresas multinacionais, notadamente as proprietárias das ex-estatais da privataria tucana.

A escravidão no Brasil é generalizada. O Ministério e as secretarias do Trabalho dos governos estaduais e municipais não agem e são tão decorativas – para inglês ver – quanto os tribunais.

Amaldiçoados sejam todos escravocratas e seus capatazes & cúmplices.

pobre rico colono colonizado

 

Os judeus viveram 400 anos de escravidão no Egito, e foram libertados pela intervenção de Deus, através de Moisés.

A escravidão no Brasil completará 500 anos em 2036. Começou com a chegada do primeiro donatário português em Pernambuco.

Malditos sejam os escravocratas, os atravessadores de trabalho terceirizado, os que pagam o mínimo do mínimo aos empregados, roubando horas extras, descanso semanal, férias, e o tempo de descanso, de lazer e,  notadamente, o tempo que os pais devem dedicar para a criação e educação dos filhos menores de idade.

Para eles as dez pragas do Egito que, segundo a Bíblia, Deus enviou pelas mãos de Moisés sobre o Faraó do Egito e seu povo, narradas no livro de Êxodo, capítulos 7—12.

As pragas foram enviadas para obrigar o Faraó libertar o povo. O Faraó representa o executivo, o judiciário, o legislativo, o poder econômico.

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As dez pragas descritas no texto bíblico foram, em ordem cronológica:
1. Águas em sangue
2. Rãs
3. Piolhos
4. Moscas
5. Doenças nos animais
6. Sarna que rebentava em úlceras
7. Saraiva com fogo
8. Gafanhotos
9, Trevas
10. Morte dos primogênitos

Essas podres elites podres bem que merecem. Os primogênitos deles vivem nas drogas, atropelando e queimando mendigos, estuprando, vagabundeando, e com heranças garantidas em paraísos fiscais.

As pragas o preço pelos 400 anos de escravidão no Egito. No Brasil são 500 anos. Que seja acrescentada a Aids. A dengue fica na conta de Alckmin, que falta água em São Paulo. A água guardada em baldes, tonéis e barris constitui o principal foco de larvas de mosquito.

Água dá-nos

Papa Francisco: “Conciliar os tempos do trabalho com os tempos da família. É um ponto crítico, um ponto que nos permite discernir, avaliar a qualidade humana do sistema econômico em que nos encontramos”

Alfredo Martirena
Alfredo Martirena

 

 

O Papa Francisco visitou, sábado último, Campobasso e Isérinia, duas dioceses do centro sul de Itália, 200 km ao sul de Roma. Primeiro momento desta visita, foi um encontro com o mundo do trabalho, na Aula Magna da Universidade de Campobasso.

Nas palavras ali pronunciadas, o Papa começou por realçar o significado que assumia que este encontro tivesse lugar na Universidade: “exprime a importância da investigação e da formação, também para dar resposta às complexas questões que a atual crise econômica coloca, tanto no plano local, como a nível nacional e internacional.”

“Um bom percurso formativo não oferece soluções fáceis, mas ajuda a ter um olhar mais aberto e criativo para valorizar melhor os recursos do território”.

Em alusão a quanto dissera um representante do mundo rural, o Papa reafirmou uma vez mais a necessidade de “proteger” (defender, cuidar da) terra. “Este é um dos maiores desafios da nossa época: convertermo-nos a um desenvolvimento que saiba respeitar a natureza criada”.

Comentando a intervenção de uma operária, mãe de família, o Papa agradeceu o seu testemunho e o apelo por esta lançado a favor do trabalho e da família.

“Trata-se de procurar conciliar os tempos do trabalho com os tempos da família. É um ponto crítico, um ponto que nos permite discernir, avaliar a qualidade humana do sistema econômico em que nos encontramos”.

Foi neste contexto que o Papa colocou a questão do “trabalho dominical, que (observou) não diz respeito apenas aos crentes, mas todos, como escolha ética”:

“A pergunta é: a que é que queremos dar prioridade? O domingo livre do trabalho – excetuados os serviços necessários – está a afirmar que a prioridade não é o elemento econômico, mas o humano, o gratuito, as relações não comerciais mas sim familiares, amigáveis, para os crentes também a relação com Deus e com a comunidade. Chegou porventura o momento de nos perguntarmos se trabalhar ao domingo é uma verdadeira liberdade”.

O Papa concluiu propondo aos trabalhadores e empresários presentes um “pacto do trabalho” para responder ao “drama do desemprego e congregando as forças de modo construtivo”. Uma estratégia concordata com as autoridades nacionais, tirando partido das normas nacionais e europeias.

Trabalho e dignidade

Nada é mais importante do que a dignidade humana. É clara a mensagem do Papa Francisco: fala à população de Molise, mas o seu pensamento vai além dos confins da região italiana. Chega a todos os lugares onde, à dignidade da pessoa humana, se antepõem diversos interesses, por mais importantes que sejam. Há carência, diz Francisco durante a missa em Campobasso, de um suplemento de alma a fim de que se possa olhar para o futuro com esperança. Mas há também «muita necessidade — diz — de um compromisso diante das situações de precariedade material e espiritual, especialmente perante o desemprego, um flagelo que requer todos os esforços e muita coragem da parte de cada um».

O desafio do trabalho interpela de modo especial «a responsabilidade das instituições, do mundo empresarial e financeiro». É preciso pôr «a dignidade da pessoa humana no âmago de todas as perspectivas e obras. Os demais interesses, mesmo que sejam legítimos, são secundários».

O Pontífice tinha reiterou um conceito já expresso outras vezes: a verdadeira dignidade para o trabalhador é poder levar o pão para casa. «Não ter trabalho — disse, a este propósito — não significa apenas não ter o necessário para viver. Nós podemos comer todos os dias: vamos à Cáritas, a uma associação, ao clube, vamos a estes lugares e dão-nos algo para comer. Não é esta a questão. O problema consiste em não levar o pão para casa: isto é grave, pois priva o homem da sua dignidade!».

Portanto, é necessário redescobrir a solidariedade e unir as forças de modo construtivo. É preciso debelar o flagelo do desemprego, e para isto é urgente «uma estratégia concordada com as autoridades nacionais», para alcançar um autêntico «“pacto do trabalho” que saiba aproveitar as oportunidades oferecidas pelos regulamentos nacionais e europeus». Enfim, o convite a dedicar mais tempo aos filhos, à família. Deste ponto de vista o domingo, disse o Papa, deve ser um dia livre.

Texto do discurso do Papa ao mundo do trabalho

Homilia em Campobasso

 

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La necesidad de disminuir el tiempo de trabajo

por Vicenç Navarro

La lucha para reducir el tiempo de trabajo sin reducción salarial es clave para mantener y enriquecer el bienestar de la población y la eficiencia del sistema económico. Debería ser parte de la política familiar de un país para permitir un mayor tiempo de los padres con sus hijos. Y también debería ser parte de la política cultural del país facilitar y estimular la educación y formación (como intentaron tradicionalmente las casas del pueblo y cooperativas obreras) para instruir a la población, oponiéndose, a la vez, a los sistemas culturales televisivos que promueven la mediocridad como mecanismo de escape y parte de la campaña para idiotizar a la población sin ningún intento de enriquecimiento cultural. Para alcanzar estas medidas se requiere un mayor intervencionismo estatal que favorezca las políticas enumeradas anteriormente. Pero ello requiere un giro de 180º de las políticas públicas neoliberales que todavía hoy dominan los gobiernos.

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Una medida que ha sido propuesta para disminuir el elevado desempleo es la de compartir el tiempo de trabajo de manera que cada trabajador trabaje menos horas por día, necesitándose así un número mayor de puestos de trabajo para realizar la misma tarea. Esta medida ya se ha experimentado ampliamente en varios países, como en Alemania, y en varias empresas (como varias cooperativas del País Vasco), evitando el despido masivo de trabajadores cuando la necesidad de producción disminuye como consecuencia de la reducción de la demanda de los productos producidos.
Una de las causas de que no se haya implantado con mayor intensidad esta medida es el enorme dominio que la patronal, y muy en especial la gran patronal, tiene en los centros de trabajo. Una de las causas de la resistencia a compartir el trabajo es que el empresario quiere evitar los costes de formación de nuevos trabajadores, prefiriendo retener a los que ya tiene y conoce, adaptando el tiempo de trabajo a sus necesidades de producción. La gran flexibilidad del mercado de trabajo en España, muy favorable para el empresario, explica que este prefiera la reducción del número de trabajadores cuando baja la producción y aumentar las horas extra del trabajador que permanece en la empresa cuando aumenta la demanda de sus productos, y por lo tanto, la necesidad de que aumente la producción.

Es interesante subrayar que el trabajador puede también ser reacio a compartir el tiempo de trabajo si ello significa que sufrirá una reducción del salario. De ahí que en varios países, como en Alemania, el gobierno permita el acceso a fondos públicos (por regla general, del seguro de desempleo) para complementar esa reducción salarial, manteniendo así su nivel de ingresos. Para el Estado es más económico hacer este subsidio complementario al trabajador que ve reducido su salario al disminuir el tiempo de trabajo, que pagar el seguro de desempleo completo en caso de que el trabajador dejara el trabajo.

Ahora bien, estas medidas, seguidas en momentos de gran recesión y elevado desempleo, no deberían retrasar la muy necesaria reducción del tiempo de trabajo manteniendo el nivel salarial. Hay que darse cuenta de que el día laboral de ocho horas no ha cambiado desde el siglo XIX, cuando se consiguió por primera vez reducir el tiempo de trabajo diario a este número de horas. Es importante subrayar que los mismos economistas neoliberales (de los cuales hay una gran densidad en los fórums mediáticos del país) que se alarman de que la edad de jubilación no haya variado desde hace algo más de noventa años (desde 1919, con el Retiro Obrero Obligatorio, hasta 2012), deseando que se retrase la jubilación, no dicen ni pío sobre el horario laboral, que no ha variado desde el siglo XIX. En realidad, la productividad se ha incrementado enormemente, permitiendo que el PIB español sea 24 veces más grande ahora que en 1900. En cambio, los salarios no han cambiado en la misma proporción. Y el horario laboral tampoco. Esta falta de cambio del horario laboral frente al enorme aumento de la productividad es un indicador del enorme poder del mundo empresarial. En realidad, John Maynard Keynes había predicho que en 2030 la gente trabajaría solo 15 horas a la semana (“Economic Possibilities for our Grandchildren”, citado en “Work-Time Reduction: Possibilities and Problems”, de Herbert J. Gans), predicción que hizo basándose en su estimación del crecimiento de la productividad. Ahora bien, lo que estamos viendo es precisamente lo contrario. La reducción del tiempo de trabajo se está haciendo a costa de la reducción del salario y del crecimiento del pluriempleo para sostener el nivel de ingresos. Ello ocurre como consecuencia de la debilidad del mundo del trabajo.

Esta situación está deteriorando la calidad de vida y bienestar de la población, así como debilitando la economía al reducir la demanda, y con ello el estímulo económico (ver mi artículo “Bajar salarios no es bueno”. Público 01.11.13).

«Iniciativa para Uma Auditoria Cidadã à Dívida Pública». Exemplo do Brasil

A «Iniciativa para Uma Auditoria Cidadã à Dívida Pública» (IAC) participa hoje da greve geral e apresenta-se em Faro, amanhã, às 18h, na Livraria Pátio de Letras.

A sessão conta com a presença de Ana Benavente, Martins Guerreiro, Isabel de Castro e Mariana Mortágua, que irão descrever a natureza do movimento, o seu processo de formação e organização interna, as linhas de acção e estratégia, desenvolvendo os fundamentos e a justificação para uma auditoria cidadã à dívida pública portuguesa.

Esta iniciativa da IAC visa, além da divulgação de informação sobre as investigações em curso e sobre o processo de cooperação internacional, a dinamização regional do movimento e a sua articulação com outras ONG interessadas no problema da dívida pública.

É chegado o momento de conhecer o que afinal é esta dívida, de exigir e conferir a fatura detalhada. De onde vem a dívida e porque existe? A quem deve o Estado? Que parte da dívida é ilegítima e ilegal? Que alternativas existem para resolver o problema do endividamento do Estado? Tudo isso incumbe a uma auditoria à dívida pública. Uma auditoria que se quer cidadã para ser independente, participada, democrática e transparente.

 

Desmistificar todo o discurso, que afinal só é novo na Europa: «é inevitável», «andámos a viver acima das nossas possibilidades», «agora temos que trabalhar a sério», «somos preguiçosos». Todos conhecem de cor estas frases mentirosas.

Saber como se dá a volta à «inevitabilidade». Como é que aconteceu no Brasil, na Argentina, como está a acontecer agora na Grécia.

Quando somos chamados a pagar, temos direito a saber o quê, a quem, quais as condições, de que nos serviu a nós, população, esse dinheiro — e se não nos serviu, quem se serviu dele e porque estamos nós a pagá-lo?

No Brasil todo este serviço sujo já foi feito:

Acredite Estado de Minas oferece emprego para anciãos

Some as principescas aposentadorias dos juízes e desembargadores e coronéis da Polícia Militar e procura-dores (e não acham) e deputados e vereadores com as aposentadorias de 545. Que assim, malandra-mente, conseguirá a renda média domiciliar de 2,3 mil reais da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Quando o “aposentado vira arrimo de família”, sinal de que a coisa está preta.

O velho trabalhador não se aposenta quando completa sessenta. Fernando Henrique esticou para os 65 anos, quando se é idoso.

Estão querendo que o tempo de serviço no pesado seja a-lon-ga-do para o começo da ancianidade, depois dos setenta.

Descansar só depois da morte. No paraíso. O corpo, repousando, no campo santo.