Jornalistas marcham contra a exploração e o emprobecimento

Apelo aos jornalistas
Não fiques do outro lado da ponte

Em 2014, o Governo quer continuar e agravar as medidas de austeridade. Vamos continuar a pagar mais impostos, a sofrer cortes nos rendimentos dos salários e das reformas e a perder poder de compra. A economia continua a afundar-se e o emprego a ser destruído. Na Comunicação Social também.

Com a política de austeridade, mais de um milhão e meio de pessoas foram atiradas para o desemprego. A maior parte está desempregada há mais de um ano. Também na Comunicação Social.

No entanto, os subsídios de desemprego foram reduzidos em valor e em duração e os subsídios de doença e os apoios sociais sofreram cortes significativos. Também para os jornalistas e as suas famílias.

Com a desculpa da crise e sob o espectro do desemprego, muitas empresas agravam as condições de trabalho, reduzem salários e eliminam direitos dos trabalhadores que levaram muitas décadas ou séculos a conquistar. Na Comunicação Social também.

Na cruzada contra os serviços públicos, o Governo e a maioria parlamentar insistem em encerrar ou desmantelar unidades de saúde, escolas e estações de correios e em privatizar ou concessionar a gestão de serviços essenciais como a água, os resíduos, os correios e os transportes. Também no sector da Comunicação Social esses ataques se fazem sentir.

A RTP tem em marcha uma operação fatal de desmantelamento dos Serviços Públicos de Rádio e de Televisão, reduzindo “ao mínimo” a sua capacidade de produção própria. Na Lusa, mantém-se a redução cega do financiamento público, comprometendo a sua capacidade operacional. Além de muitos postos de trabalho ameaçados na RTP e na Lusa, é a qualidade do serviço às populações que vai sofrer.

É preciso mudar de rumo!

É necessário forçar a renegociação da dívida – em montante, juros e prazo – e relançar a economia. É possível criar mais riqueza e distribuí-la de forma mais justa, melhorar os salários em geral, aumentar o salário mínimo nacional e repor o poder de compra. É possível e é necessário gerar emprego, garantir trabalho com direitos e aumentar as contribuições para a Segurança Social. É urgente reforçar e melhorar os serviços públicos. É indispensável desenvolver a Educação e Ciência, a Cultura e a Comunicação Social e pô-las ao serviço de um país mais progressivo.

É por isso que os trabalhadores, convocados pela CGTP-IN, vão atravessar as pontes Almada-Lisboa e do Infante (Vila Nova de Gaia-Porto).

Porque se trata de uma jornada justa, necessária e decisiva, a Direcção do Sindicato dos Jornalistas apela à participção da classe.

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas…

… de Portugal. Do Brasil, com certeza, não é. Que o jornalista brasileiro é de fritar bolinhos. Apesar dos tiros de balas de borracha da polícia de Alckmin, candidato à reeleição com o apoio dos presidenciáveis Eduardo Campos, José Serra e Aécio Neves.

 

Jornal do Sindicato dos Jornalistas de Portugal
Jornal do Sindicato dos Jornalistas de Portugal
Marcha de jornalistas brasileiros
Marcha de jornalistas brasileiros

Violência contra a mulher, quando envolve agressor ou estrupador rico, a justiça esconde e censura a imprensa

NOTA DE REPÚDIO DO SINDICATO DOS JORNALISTAS DE MATO GROSSO

tv justiça mulher -reprodução

O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) vem a público demonstrar sua preocupação com as cada vez mais frequentes intervenções do Poder Judiciário para impedir a divulgação de notícias sobre alguns casos. Repudiamos tais atitudes quando atentam contra a liberdade de imprensa e a construção da democracia.
Esta semana aconteceu mais um caso desses. Uma mulher da alta sociedade denunciou o marido, que é empresário, à Polícia Civil, pois, segundo ela, ele não aceitou o fim do relacionamento. Por causa disso, se achou no direito de persegui-la e fazer ameaças. A Justiça proibiu que o site Midianews divulgue notícia sobre isso, alegando que o casal tem um filho pequeno e deve ser resguardado.
Entendemos que a questão divulgada pelo site tem, de fato, relevância social, pois se trata da rotineira violência contra a mulher, fato que, infelizmente, acompanhamos todos os dias. Não tem sido raro encontrar casos de homens que se consideram donos de suas parceiras reproduzindo um machismo insistente, ainda que estejamos em pleno século 21. É um caso grave.
Esses casos são costumeiramente narrados na imprensa de modo geral envolvendo famílias da classe média ou de baixa renda, mas, infelizmente, quase sempre, quando os agressores já chegaram às vias de fato, seja agredindo fisicamente ou até mesmo assassinando as ex-parceiras. Observamos, aqui, que no caso referido acima, chama a atenção a proporção tomada desta vez, já que os envolvidos são nomes de alto poder aquisitivo.
De qualquer maneira, enquanto categoria profissional, sugerimos uma reflexão a cerca da abordagem de determinados temas pela imprensa. Sabemos que os problemas de violência contra a mulher são recorrentes e graves, mas o trabalho jornalístico é diferenciado, exatamente, pela maneira como as questões são tratadas. A superexposição de pessoas baseadas em acusações ainda não provadas deve ser evitada, pois não são questões tão simples. Aliás, lidar com vidas em sociedade não é nada simples.

 

Por isso, ressaltamos que casos desse tipo, que expõem nomes conhecidos ou não, devem ser tratados com muito cuidado para evitar o sensacionalismo, porque, seja de que classe social for, o que deve estar no centro da notícia é a prática da violência contra a mulher, uma chaga social que tem se mostrado difícil de curar. Assim, evitaremos também possíveis intervenções judiciais sobre o trabalho da imprensa, que deve ser livre, crítica e responsável.
mulher

Coisa rara de acontecer: jornalistas em greve contra o salário da fome e do medo

charge jornalista

O salário do jornalista brasileiro (para ser espancado e ameaçado de morte e fazer o que o patrão ordena) é humilhante. Quanto mais rica a empresa, mais baixo o salário.

O salário de merda enriquece os barões da imprensa. Os corruptos sempre compram uma mídia para lavar o nome e abrir todas as portas, principalmente as dos palácios e cofres dos bancos oficiais.

O Brasil devia ter uma lei, reivindicada em plebiscito, e aprovada em referendo, igual a do Equador: dono de mídia não pode possuir outros negócios, outros interesses que a imprensa verdadeira, comprometida com o nacionalismo, o patriotismo e o bem geral do povo.

Os jornalistas brasileiros trabalham em gaiolas de ouro e moram no cu do mundo. São pobres de marré deci.

Por que os patrões oferecem apenas um mês de estabilidade? Além de ser um emprego precário e temporário, o jornalista continua sendo despedido a pedido de qualquer Salomé. Nos anos pares de passaralho (barca), quando são recrutadas as equipes para promover campanhas eleitorais. Nos anos ímpares, as demissões em massa para formar uma redação favorável ao previsível adesismo. A política do rei morto, viva o rei. Ou do golpismo, de desestabilização dos governantes contrários ao status quo.

Para evitar  demissões, nos países verdadeiramente democráticos, os empregados elegem os conselhos de redação, com os votos e eleição de jornalistas que não exercem cargos de chefia, cargos de confiança, da máxima confiança do patronato.

jornal redação máquinas escrever cigarro

Jornalistas divulgam contracheques para provar que recebem mal no Pará

por Edson Caldas

Os funcionários do jornal Diário do Pará, Portal Diário Online (DOL) e TV RBA, em greve desde a última sexta-feira (20/9) por melhores condições de trabalho, decidiram publicar seus holerites no Facebook para comprovar o valor de seus salários.
A iniciativa surge após o diretor de redação do Diário, Gerson Nogueira, declarar em entrevista ao Portal dos Jornalistas que, apesar das “reclamações”, a média salarial na empresa era “de R$ 2,6 mil, superior inclusive à de cidades como Salvador e Recife”.
Indignados, os trabalhadores começaram a divulgar seus contracheques. Entre as principais reivindicações da greve, está o aumento do atual salário no Grupo RBA, proprietário dos veículos, e um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Hoje, repórteres e fotógrafos do grupo ganham em média R$ 1.000 brutos. Com descontos, o salário pode chegar a menos de R$ 800.
“Essa situação vem se arrastando há muito tempo”, relatou Sheila Faro, presidente do sindicato, em entrevista à IMPRENSA na semana passada. “A vontade de mudar, ganhar mais, de ser valorizado e respeitado fez com que, na última assembleia, deliberássemos pela greve.”
Na última quarta-feira (25/9), os jornalistas rejeitaram uma proposta do Grupo RBA. A empresa ofereceu R$ 1.300 de salário e um mês de estabilidade. A presidente do sindicato classificou a proposta como “vergonhosa”.
“A greve continuará por tempo indeterminado até que suas reivindicações sejam atendidas”, declarou a entidade em comunicado. “Para demonstrar flexibilidade nas negociações, o Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), atendendo às deliberações da categoria, apresentará nova proposta à empresa, com intuito de chegar a um acordo e concluir as negociações.”
jornalista imprensa marrom

Venda de sentenças e tráfico de influência no Tribunal do Paraná

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Sindicato publica matérias censuradas sobre presidente do Tribunal de Justiça do Paraná

O Sindicato dos Jornalistas do Paraná publicou em seu site nesta quarta-feira (28/8) uma série de reportagens produzidas por jornalistas do jornal Gazeta do Povo que foram alvos de censura. As matérias enfocam denúncias de tráfico de influência e venda de sentenças envolvendo o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná. Clayton Camargo.

Em posicionamento emitido no dia 26 de agosto o Sindjor/PR considerou “inadmissível qualquer decisão judicial que signifique censura”. Em defesa da liberdade de imprensa, a entidade disponibilizou espaço em seu site para que os profissionais de imprensa publicassem o material censurado.

O Tribunal de Justiça do Paraná é alvo de investigações do Conselho Nacional de Justiça. A informação foi confirmada em coletiva à imprensa em abril deste ano pelo o corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão. Uma primeira denúncia ao CNJ, apresentada em 2011, envolve o presidente do TJ/PR e o desembargador Rafael Augusto Cassetari, aposentado no início do ano, na venda de sentenças numa disputa judicial de guarda de menores.

Clayton Camargo é acusado, também, de tráfico de influência na eleição para uma vaga no Tribunal de Contas do Paraná. Filho do presidente do TJ, o deputado Fabio Camargo (PTB), foi eleito pela maioria dos seus pares na Assembleia Legislativa do Paraná para a vaga no Tribunal de Contas Tribunal de Contas.

Após as denúncias, a relação do magistrado com a imprensa azedou. Em contato telefônico com a reportagem do jornal Gazeta do Povo, ele reagiu: “Vá fazer perguntas para a sua mãe. Não tenho que lhe dar entrevista nenhuma”. Segundo profissionais, a assessoria do TJ dificultou a cobertura jornalística no prédio do Tribunal, inclusive com a expulsão de um repórter do jornal Gazeta do Povo por não ter autorização para ficar no andar da presidência.

Além das denúncias contra os dois desembargadores, o CNJ investiga, também, “falhas” no TJ/PR como baixa produtividade no número de processos julgados, criação de 25 novas vagas de desembargador e “sucateamento” da 1.ª instância, suspeitas de manipulação de processos de falências em todo o Paraná, no pagamento de precatórios e na divulgação da folha salarial do Tribunal.

Para conferir as matérias censuradas, clique aqui.

 

justiça ficha limpa habeas corpus

Nota do redator do blogue: Esta é uma boa iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, aprovada pela Federação Nacional de Jornalistas, e que deve ser imitada pelos demais sindicatos para enfrentar a censura da justiça absolutista, principalmente a censura judicial que visa proteger os bandidos togados.

Deu no Jornal da ImprenÇA do romancista Moacir Japiassu

 

O considerado Talis Andrade, jornalista de escol e um dos mais inspirados poetas do Brasil, envia um, como direi, desabafo de seu refúgio no Recife:

 medo morte jornalista legenda

(…) fui anticandidato a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco, e tive quatro votos dos cinco mil filiados.

Topei a parada para ter motivação para meter o pau nos pelegos. Foi uma eleição comandada pela Central Única dos Trabalhadores – CUT, única no mentiroso nome, que existem mais outras cinco ou seis centrais para comer o imposto sindical, que arrecada, na marra, mais de 2 bilhões de reais, e ninguém presta contas dessa dinheirama. Eta Brasil corrupto.

Na antevéspera do pleito a “democracia radical” de ser impedido de entrar no Jornal do Comércio, onde comecei como foca e terminei diretor responsável e redator chefe. Terminei entrando, por força da lei, para descobrir o lugar que aterrissou uma das urnas volantes.

Mudados tempos: as redações eram abertas, e os jornalistas viviam nas ruas. Sem medo e sem nojo do povo.

As redações viraram gaiolas de ouro para uma meninada que recebe o salário da fome e do medo. Na atual cultura de rejeição dos idosos, como condenou o Papa Francisco, a Chapa Você Sabe Porquê, que encabecei, terminou sendo chamada dos “Velhinhos”. A danação desta contrapropaganda escancara uma cruel realidade. Mas tudo tem seu lado bom. Fez recordar minha vaidade de garoto de trabalhar ao lado de decanos. De Câmara Cascudo, Mauro Mota, Costa Porto, Eugenio Coimbra Jr., Veríssimo de Melo.

Os jornalistas de  40, 50 anos, viviam o batente como se tivessem a mesma idade dos noviços. Ninguém teria a petulância de chamar Newton Navarro, Carlos Pena Filho, Audálio Alves, Abdias Moura, Ladjane Bandeira de encalhe, de imprestáveis. Qual o futuro de uma profissão de beletristas que, aos 30/35 anos, entra na ancianidade?

O perigo de ser jornalista: violência e abandono

PROFISSÃO PERIGO

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por Raphael Tsavkko Garcia

 

Não há qualquer tipo de segurança ou mesmo garantia de segurança para quem exerce a profissão de jornalista. Caso você seja um freelancer, a situação tende a piorar. Sequer sobra a possibilidade de ter um jornal, uma estrutura como barreira ao menos para processos.

Casos recentes de assassinatos de jornalistas em Minas Gerais, as ameaças sofridas pela jornalista Lucia Rodrigues por parte do coronel Telhada, da Rota de São Paulo (e agora vereador), que também ameaçou e fez ser exilado o jornalista do Estado de S.Paulo André Caramante, ou mesmo a tentativa de assassinato de blogueiros como Ricardo Gama, no Rio de Janeiro, e o suposto suicídio do blogueiro catarinense Mosquito denunciam a total insegurança em que vivem aqueles que decidem denunciar poderosos e perigosos e também as ameaças e pressões sofridas por eles.

Recordo-me quando, em 2001, fotografei e gravei um protesto de neonazistas em plena Avenida Paulista. Eram neonazistas, fascistas, integralistas, enfim, toda a nata do submundo do ódio de extrema-direita reunida para defender o deputado Jair Bolsonaro. Até hoje, dois anos depois, ainda recebo ameaças por parte de neonazistas e similares, mas nada mais grave me ocorreu. Infelizmente o mesmo não pode ser dito no caso de dezenas de outros jornalistas.

Apuração e veracidade

Toda esta facilidade com que se ameaça e mata jornalistas é reflexo da falência não só do Estado de Direito, mas dos sindicatos, que deveriam representar nossa categoria. Os sindicatos não atuam sequer na luta por salários decentes, contra os PJ e excesso de “frilas”, que o diga na proteção de seus filiados e não-filiados. Para eles interessa mais a “luta” pelo diploma que pela vida dos jornalistas, de quem, com paixão, exerce esta profissão, independentemente de possuir ou não um pedaço de papel.

Não adianta contar com a polícia, pois uma parte significativa dos assassinos de jornalistas são policiais e ex-policiais, nem com o governo, pois muitas vezes os jornalistas são ameaçados e mortos por criticar governos e, infelizmente, não podemos contar com quem deveria nos representar, pois os sindicatos estão mais interessados em decidir quem pode ou deve sequer ter direito a ser chamado de jornalista baseados em um pedaço de papel e não em capacidade, habilidade e mesmo amor pelo que faz (fazemos).

Enquanto na grande mídia jornalistas se vendem pelos melhores preços (em muitos casos pelo preço possível, ou passam fome), vendem sua ideologia, sua ética, sua integridade para reportar aquilo que querem os patrões, na mídia alternativa – vide a Caros Amigos – resta a precarização. Os jornais não conseguem conviver com a internet, ampliando a precarização e as demissões (passaralhos) em redações, desprezando o importante papel dos jornalistas hoje de curadoria e de análise de dados e notícias. Apenas neste mês, a Abril pretende demitir mil funcionários e em momento algum o sindicato se insurgiu ou sequer planeja se insurgir, pressionar e buscar alternativas. Ao menos tempo, na Argentina, funcionários de jornais realizaram paralisações conjuntas e organizadas por todo o país.

O jornalista hoje não apenas escreve, mas se coloca como um diferencial de qualidade, analisa, seleciona, faz curadoria, é um modelo. Qualquer um pode ter um blog, mas a responsabilidade pela apuração e a garantia da veracidade dos fatos recai, ainda, sobre o jornalista. E isto é desprezado.

***

Raphael Tsavkko Garcia é mestre em Comunicação

Transcrito do Observatório da Imprensa

Pobres coitados os jornalistas. Quando adoecem têm que procurar a rede pública

Os sindicatos dos jornalistas realizam greve de teatro. Eta profissão de gente sofrida. Que ganha o salário do medo e da fome. Não tem dinheiro para pagar um plano de saúde. E quem vai para os superlotados hospitais públicos tem consulta de menos de cinco minutos. E o diagnóstico é sempre o mesmo: virose. E a morte, quase sempre, por causa desconhecida.

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Após ser liberada de hospital, repórter morre com suspeita de dengue
Contratada da TV Centro América de Sinop (MT), afiliada da Rede Globo, a jornalista Ângela Cavalcante morreu na manhã desta sexta-feira, 2. A repórter, que se sentiu mal na quinta-feira, foi ao médico com suspeita de dengue. Ela foi medicada e liberada, horas depois retornou e foi direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ângela, que tinha 29 anos, fez exames em um hospital público. Na ocasião, a doença não foi detectada. A profissional decidiu, então, procurar um hospital particular da cidade. Segundo o G1, ela foi atendida e liberada. Ainda se sentindo mal, voltou ao médico horas depois. Neste momento ela foi internada na UTI, mas não resistiu e faleceu.

Colegas de trabalho contam que a jornalista, que estava na afiliada da Globo desde 2010, reclamou de fortes dores de cabeça ontem. Ela trabalhou até às 17h, horário que teria saído para buscar ajuda clínica. A causa da morte ainda não foi confirmada. Ângela era natural de Tucuruí, no Pará, solteira e morava com os pais.

(Transcrito do Comunique-se)

A sangrenta luta pelo butim do imposto sindical

BRA^ES_AT briga por sindicato

Nada mais corrupto e sangrento, no Brasil, que uma eleição sindical. As páginas policiais estão repletas de crimes praticados impunemente.

Pelo que digladiam os pelegos?

Pelas trinta moedas de Judas.

Pela botija de ouro e prata do imposto sindical. Que fica perto dos três bilhões de reais.

Três bilhões que se gasta não se sabe como. Que ninguém presta contas.

A ganância dos pelegos não tem limites.

Não sei se as eleições sindicais dos jornalistas registram algum assassinato. Mas nos últimos dias 16 e 17, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco realizou uma farsa eleitoral, com a participação de capangas da CUT – Central Única dos Trabalhadores.

Central Única?  Até o nome é mentiroso. Porque não é a única. Existem mais cinco ou seis centrais para comer o imposto sindical. Para arranjar grana para ONGs, fundações e outras arapucas. Ou melhor explicado: verbas e mais verbas dos governos Federal, estaduais e municipais. E, em milhares de casos, do patronato, do empregador, do patrão, do escravocrata, do colono, que financia shows & festanças mil & greves de teatro. Um sindicalismo traidor da Pátria que, inclusive, recebe suborno de nações imperialistas.

A urna do prédio abandonado do Sindicatos dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco. A ditadura dos capangas da CUT. A farsa eleitoral a partir de uma ilustração de Mohammad Saba'aneh
A urna do prédio abandonado do Sindicatos dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco. A ditadura dos capangas da CUT. A farsa eleitoral a partir de uma ilustração de Mohammad Saba’aneh

Os votos dessa urna suja e pejada e ilegítima elegeram o presidente cativo da Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas

Para onde vai o dinheiro do imposto sindical dos jornalistas?

Finalmente algo acontece na comportada redação: o terrorismo dos velhinhos que perderam as eleições do Sinjope. Os onze pés-na-cova tiveram quatro votos
Finalmente algo acontece na comportada redação: o terrorismo dos velhinhos que perderam as eleições do Sinjope. Os onze pés-na-cova tiveram quatro votos

Todo sindicato confessa que tem uma pobreza de Jó. Principalmente o dos jornalistas. Começa pela Fenaj – um antro de pelegos da CUT.

Existem treze sinônimos para dois sentidos da palavra antro:

1. seio. Os ladrões deitam a cabecinha e dormem no luxo e na luxúria. São malucos por congressos internacionais, viagens, hospedagem em hotéis de luxo.

2. algar, catacumba, caverna, cavidade, cova, covil, fantasma, fossa, furna,gruta, lapa, toca.

Valem todos os sinônimos para definir o sindicalismo brasileiro.

Os pelegos nunca explicam onde enterram as botijas de ouro e prata do dinheiro dos associados, do imposto sindical & outros, dos convênios e ajudas e mais ajudas dos governos federal, estaduais e municipais.

Primeiro sinal de que existe dinheiro em jogo: são capazes de tudo para não perder a boca: até de matar. As páginas policiais registram vários assassinatos. Transcrevo notícia do Estadão sobre as eleições do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo – Sindmotoristas, nos dias 25 e 26 de julho:

Definitivamente a briga pelo controle do Sindimotoristas – Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo não tem como principais motivos questões ideológicas ou a sede pela representatividade de uma categoria.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus em São Paulo movimenta por ano milhões de recursos.

Mas reportagem do jornal O Estado de São Paulo relembra uma série de denúncias sobre movimentações ilegais de muito dinheiro por parte da atual diretoria do Sindicato e da ala de oposição.

Presidente do Sindicato desde 2004, Isao Hosogi, o Jorginho, é acusado pelos adversários de desviar R$ 500 mil por mês de contratos de planos de saúde, compras de cestas básicas e convênios com farmácias, mercados e outros estabelecimentos. Assassinatos de sindicalistas e de motoristas nas portas das garagens foram atribuídos a esta denúncia.

Jorginho teria, segundo a oposição, uma casa de alto padrão em Itanhaém e outra em Ilha Bela, no Litoral de São Paulo, além de um patrimônio de R$ 16 milhões.

Já a situação acusa os oposicionistas de diversas irregularidades e envolvimento em vários crimes.

Um dos “cabeças” de chapa de oposição, “Valdevan Noventa” há cerca de cinco meses, antes de romper com Jorginho, era diretor justamente de finanças do sindicato.

Ele foi investigado por suspeita de “lavar” dinheiro do tráfico de drogas da favela do “Paraisópolis” em lotações da cidade de Taboão da Serra.

O vice dele, Edivaldo Santiago, que esteve à frente de uma das maiores greves de ônibus da cidade de São Paulo, era parceiro de Jorginho. Ele também é suspeito de enriquecimento ilícito.

Há ainda poucas investigações sobre a atuação de sindicalistas.

Também há suspeitas de relacionamentos irregulares, onde o dinheiro fala alto, entre o Sindicato e funcionários de diversos escalões da SPTrans, da Secretaria Municipal de Transportes e até de empresas de ônibus.

A “caixinha” de R$ 5 mil para pretendentes a vagas em diversas funções na Via Sul Transportes, envolvendo membros do sindicato, nunca foi levada a sério pelas autoridades responsáveis por investigações.

Nos últimos dois anos, há registros de pelo menos 19 mortes com suspeitas de envolvimento direto em questões do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus.

Pelo imposto  sindical, a receita é de R$ 1,4 bilhão.

FENAJ MORDE QUANTO DO IMPOSTO SINDICAL? E OS SINDICATOS DE JORNALISTAS?

Ninguém fala desse dinheiro.

O governo facilita por que não pede prestação de contas. É um dinheiro que pode ser gasto com:

a) assistência jurídica;

b) assistência médica, dentária, hospitalar e farmacêutica;

c) assistência à maternidade;

d) bolsas de estudo;

e) cooperativas;

f) bibiotecas;

g) creches;

h) congressos e conferências;

i) auxílio-funeral;

j) colônias de férias e centros de recreação;

l) estudos técnicos e científicos;

m) finalidades desportivas e sociais;

n) educação e formação profissional;

o) prêmios por trabalhos técnicos e científicos.

(Continua)

Por que as urnas voadoras (drones) das eleições do Sinjope foram pilotadas pela CUT?
 
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Confusão: a mala dos tucanos e o revólver do Lavareda

por Anna Ramalho

Bala por nota

Na última terça-feira, o cientista político Antonio Lavareda, tucano de alta plumagem, foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Recife, quando tentava embarcar uma mala com três balas de revólver 38 dentro.

Levado para uma delegacia da Polícia Civil, Lavareda esclareceu tudo, mostrou documento provando que tinha porte de arma e  ainda sugeriu que as balas devem ter ficado caídas na mala quando levou, algumas semanas atrás, o revólver carregado dentro dela. O engraçado foi o “telefone sem fio” que começou a tocar, até que Lavareda fosse liberado.

Diversos políticos receberam ligações de gente da oposição afirmando que Lavareda havia sido preso com uma mala de dinheiro. Já tinha até quem comparasse o fato com o momento crítico por que o DEM está passando. “Era tudo que a oposição não precisaria. Seria uma bala de prata. Depois dessa história terrível do Demóstenes, ter que lidar agora com uma coisa dessas… Deus me livre!”, comentou um dirigente do PSDB.

(Transcrito do Jornal do Brasil)

Nota do editor do blogue: Por publicar esta notícia, Ricardo Antunes foi preso pela polícia do governador Eduardo Campos.
Passou mais de seis meses na cadeia. Coisa que só acontece em uma ditadura militar.
Estou informado que ele vem sofrendo stalking policial.
Isso não pode acontecer em uma democracia.
Foi para defender a Liberdade de Imprensa que fui anticandidato a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco.
E como protesto, indiquei o nome de Ricardo Antunes para vice-presidente. Nesta decisão: o aviso de que os jornalistas não aceitam mais prisões, nem stalking policial, nem censura judicial.
Com tristeza e desencanto, nos últimos protestos de ruas, o Recife viu jornalistas espancados e presos.
2 – Nunca fui amigo de Ricardo Antunes. Antes da campanha sindical, este mês, vi Ricardo umas duas ou três vezes pelas redações que trabalhei. Talvez uma vez, cada dez anos.
3 – Tive a máxima honra de conhecer o pai de Eduardo Campos, desde minha juventude. E o tio dele, que foi meu companheiro de boemia literária. Não vou citar os nomes por conta da minha eterna admiração, e o mais profundo respeito.
4 – Também conheço Eduardo Campos, apresentado pelos primos como Dudu, na adolescência. E com ele devo ter participado de uma ou duas reuniões secretas da campanha de Miguel Arraes para governador. Reuniões que desisti de ir, depois de uma conversa com meu amigo Antonio Farias, cuja campanha de senador coordenei. Provocado, contarei os motivos.
5 – Não tenho nada pessoal contra Eduardo Campos. Inclusive votei nele para governador.
6 – Não tenho nada pessoal contra Antonio Lavareda. Fui professor de Lavareda durante dois anos, na Universidade Católica de Pernambuco.
7 – Minha bandeira é a Liberdade de Imprensa. Uma Liberdade que pertence aos jornalistas. Quem faz o jornal (devia ser o óbvio) é o jornalista, e não o patronato. Mas a liberdade, hoje, é exclusiva, uma propriedade do patrão.