Apelo aos jornalistas
Não fiques do outro lado da ponte
Em 2014, o Governo quer continuar e agravar as medidas de austeridade. Vamos continuar a pagar mais impostos, a sofrer cortes nos rendimentos dos salários e das reformas e a perder poder de compra. A economia continua a afundar-se e o emprego a ser destruído. Na Comunicação Social também.
Com a política de austeridade, mais de um milhão e meio de pessoas foram atiradas para o desemprego. A maior parte está desempregada há mais de um ano. Também na Comunicação Social.
No entanto, os subsídios de desemprego foram reduzidos em valor e em duração e os subsídios de doença e os apoios sociais sofreram cortes significativos. Também para os jornalistas e as suas famílias.
Com a desculpa da crise e sob o espectro do desemprego, muitas empresas agravam as condições de trabalho, reduzem salários e eliminam direitos dos trabalhadores que levaram muitas décadas ou séculos a conquistar. Na Comunicação Social também.
Na cruzada contra os serviços públicos, o Governo e a maioria parlamentar insistem em encerrar ou desmantelar unidades de saúde, escolas e estações de correios e em privatizar ou concessionar a gestão de serviços essenciais como a água, os resíduos, os correios e os transportes. Também no sector da Comunicação Social esses ataques se fazem sentir.
A RTP tem em marcha uma operação fatal de desmantelamento dos Serviços Públicos de Rádio e de Televisão, reduzindo “ao mínimo” a sua capacidade de produção própria. Na Lusa, mantém-se a redução cega do financiamento público, comprometendo a sua capacidade operacional. Além de muitos postos de trabalho ameaçados na RTP e na Lusa, é a qualidade do serviço às populações que vai sofrer.
É preciso mudar de rumo!
É necessário forçar a renegociação da dívida – em montante, juros e prazo – e relançar a economia. É possível criar mais riqueza e distribuí-la de forma mais justa, melhorar os salários em geral, aumentar o salário mínimo nacional e repor o poder de compra. É possível e é necessário gerar emprego, garantir trabalho com direitos e aumentar as contribuições para a Segurança Social. É urgente reforçar e melhorar os serviços públicos. É indispensável desenvolver a Educação e Ciência, a Cultura e a Comunicação Social e pô-las ao serviço de um país mais progressivo.
É por isso que os trabalhadores, convocados pela CGTP-IN, vão atravessar as pontes Almada-Lisboa e do Infante (Vila Nova de Gaia-Porto).
Porque se trata de uma jornada justa, necessária e decisiva, a Direcção do Sindicato dos Jornalistas apela à participção da classe.
A Direcção do Sindicato dos Jornalistas…
… de Portugal. Do Brasil, com certeza, não é. Que o jornalista brasileiro é de fritar bolinhos. Apesar dos tiros de balas de borracha da polícia de Alckmin, candidato à reeleição com o apoio dos presidenciáveis Eduardo Campos, José Serra e Aécio Neves.

