Com medo dos protestos, Temer cancela visita a Portugal

Estudantes brasileiros e portugueses prometem novas manifestações de protesto contra a presença de togados e políticos brasileiros direitistas em Lisboa, em seminário golpista para derrubar Dilma Rousseff.

Também diante da recusa do presidente e autoridades de Portugal de participar do seminário de Gilmar Mendes, Michel Temer desistiu de comandar sua troupe nazi-fascista-salazarista.

O jornal Expresso de Portugal publica: O vice-presidente brasileiro Michel Temer já não virá a Portugal. O magistrado tinha confirmado presença no seminário “Constituição no contexto das crises política e económica”, que se realizará entre os dias 29 e 31 de março em Lisboa. Esta quinta-feira, a viagem foi cancelada.

O gabinete de assessoria do magistrado, citado pelo jornal brasileiro “A Folha de São Paulo” justifica a ausência de Temer com o fato de, também para dia 29, estar agendada uma reunião do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do qual o vice-presidente do Brasil é líder.

Desculpa frouxa. A presença de Temer estava marcada para a solenidade de encerramento, no dia 3l de março, aniversário da ditadura brasileira de 64.

 

 

 

Quem é Eduardo Cunha, pretenso primeiro-ministro?

Até os idos de março ninguém conhecia Eduardo Cunha. Perdia feio para a esposa jornalista. De Cláudia Cruz, historia a Wikipédia: “Foi âncora do Fantástico, Jornal Hoje e RJTV. (…) Egressa da TV Educativa do Rio de Janeiro, ela foi no final de 1989 a 2001 apresentadora da Rede Globo de Televisão (…) dos telejornais Bom Dia Rio entre 1989 e 1991, o Jornal Hoje eventualmente entre 1989 e 1992 e 1994 e 2001, sendo fixa desse mesmo telejornal entre 1992 e 1994, RJTV 1ª edição entre 1989 e 2001 e RJTV 2ª edição entre 1999 e 2001, onde recebeu o título de “musa do RJTV“, título dado a apresentadora que encarava com sensualidade apresentação do telejornal e anteriormente este título pertencia a jornalista Valéria Monteiro; Globo Ciência, Globo Comunidade, Jornal da Globo e Fantástico. Após 2001 foi para a Rede Record ancorar a segunda edição do Jornal da Record, um concorrente do Jornal Nacional. Porém a rejeição do público paulista ao estilo da apresentadora, fez com que a mesma fosse substituída por Paulo Henrique Amorim. E deixou a Rede Record após recusar a proposta de apresentar o local Informe Rio (hoje extinto) e ser repórter especial do Jornal da Record. Atualmente se dedica às artes plásticas”.

Nesta de terceirização, Claudia Cruz, historicamente, não concorda com o marido. Comenta Maria Flô: “Vejam vocês, se o PL 4330 [da terceirização de Eduardo Cunha] existisse em 2008, sua esposa, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, com doença ocupacional, estaria a ver navios, desprotegida pela legislação e não poderia ter entrado com a ação judicial contra a Globo”.

Maria Flô transcreve:

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Terceirizada, mulher de Cunha ganhou ação contra Globo e foi contratada

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Segundo o Portal da Imprensa, publicação voltada para o mundo da comunicação, na sentença o TST informou que a jornalista teve de criar uma empresa (C3 Produções Artísticas e Jornalísticas) para prestar serviços à TV Globo. Em julho de 2000, após vários contratos de “locação de serviços”, a emissora informou que o acordo com Cláudia não seria renovado, após ela ter sofrido uma faringite, considerada doença ocupacional.

A jornalista entrou com ação trabalhista pedindo vínculo de emprego e ressarcimento das despesas e indenização por danos morais, já que passou por uma cirurgia em razão da faringite e nenhuma despesa foi paga pela emissora da família Marinho.

O TRT do Rio de Janeiro reconheceu a existência de vínculo empregatício, uma vez que a jornalista tinha de cumprir horário de trabalho e relação de subordinação com a Globo, condenando a emissora a registrar Cláudia em carteira de trabalho por todo o período de contrato, entre maio de 1989 e março de 2001.

A Globo recorreu, mas o TST rejeitou a apelação, mantendo a decisão do tribunal fluminense.

Segundo o ministro do TST Horácio Senna Pires, relator do caso, a atitude da emissora “se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho, caracterizada pela imposição feita pela Globo para que a jornalista constituísse pessoa jurídica com o objetivo de burlar a relação de emprego”.

Se o PL 4330 [que cria a terceirização ampla, geral e irrestrita] de Eduardo Cunha existisse naquela época, sua mulher estaria desprotegida pela legislação e não poderia ter entrado com a ação judicial.

Musa do Jornalismo e artista plástica

 

Cláudia Cruz
Cláudia Cruz

 

Jeff Benício, autor do livro Fama Ordinária, escreveu em seu blogue: “Cláudia Cruz ganhou o título de musa do jornalismo da Globo nos anos 90. Sua beleza chamava mais atenção do que as notícias — e ainda impressiona.

Deixou a emissora em 2001, após 12 anos. Pouco depois, as duas partes travaram uma batalha jurídica por conta de um processo trabalhista.

Cláudia transferiu-se para a Record, mas ficou pouco tempo no canal. Logo abandonou a carreira na TV, para decepção de seus fãs.

Na internet há comunidades e fóruns criados para pedir o retorno ao telejornalismo da apresentadora, hoje com 47 anos.

(…) Cláudia Cruz possui outro título: o de primeira-dama da Câmara dos Deputados. Seu marido, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi eleito presidente da casa.

Desde que se afastou do vídeo, a jornalista tem se dedicado às artes plásticas. Ela também organiza eventos culturais. É uma personagem recorrente nas colunas sociais cariocas.

O casal Cunha tem quatro filhos. Uma delas, Bárbara, de 17 anos, gerou manchetes na imprensa ao longo dessa semana.

Herdeira da beleza da mãe, a estudante foi considerada a musa da cerimônia de posse da nova legislatura, em Brasília”.

Filha de Eduardo Cunha e Cláudia Cruz
Filha de Eduardo Cunha e Cláudia Cruz

Herdou a beleza da mãe. Noticiou o Diário de Pernambuco: “A estudante Bárbara Cunha, de 17 anos, filha do novo presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), virou uma espécie de “musa da eleição”. Leia mais

 

O Frank Underwood brasileiro

 

Escreve Quintino Gomes, editor do Diário do Rio: “Chamado por alguns como Frank Underwood brasileiro, apelido dado pela deputada Clarissa Garotinho, e do qual faz jus e, dizem, até gosta. Para quem não sabe Underwood é o personagem interpretado na série House of Cards, um político que faz tudo pelo poder.

Frank-Uderwood

Desconhecido por muitos cariocas, que nunca entendem como ele consegue se eleger deputado, Cunha está “por aí” faz muito tempo. Mas foi em 1991 que ele foi nomeado por Collor como presidente da TELERJ, aquela mesmo. Depois foi orbitando vários políticos e grupos, mas só em 2001 que conseguiu se tornar deputado estadual, ainda assim ocupando a cadeira como suplência. Mas em 2002 sai candidato a deputado federal pelo PP, com apoio de Anthony Garotinho (PR), hoje seu inimigo politico, e obtém 101.485 votos. Logo ao assumir Cunha troca o PP pelo PMDB,

Desde a primeira vitória Cunha só aumentou o poder dentro da bancada, e sempre envolto em escândalos, mas sempre saindo ileso. Agora sua escalada no poder é coroado com a presidência da Câmara.

 

Eduardo Cunha cria de Fernando Collor e bispo Robson Rodovalho

Confunde a presidência da Câmara dos Deputados com a função de primeiro-ministro de um Portugal salazarista
Confunde a presidência da Câmara dos Deputados com a função de primeiro-ministro de um Portugal salazarista

Eduardo Cosentino da Cunha (Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1958) é um economista, radialista e político brasileiro. Evangélico, é fiel da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra e seguidor do bispo Robson Rodovalho. Atualmente, é deputado federal, pelo PMDB do Rio de Janeiro, e presidente da Câmara dos Deputados desde 1º de fevereiro de 2015.

Filiado ao Partido da Reconstrução Nacional, foi presidente da Telerj durante o Governo Collor . Já pelo Partido Progressista Brasileiro, comandou a Cehab no mandato de Anthony Garotinho. Candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo em 1998, tendo sido eleito suplente de deputado estadual do Rio de Janeiro e assumido uma vaga na Alerj em 2001. Elegeu-se deputado federal em 2002, ainda pelo PPB. Reelegeu-se em 2006 e 2010, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

Como radialista, tem atuado em sete rádios FM (Rádio Melodia desde meados da década de 1990) nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Piauí e Paraná. Leia mais 

 

 

Manifiesto del Congreso de Escritores, Intelectuales y Artistas por el compromiso

 

El Congreso, en el Ateneo de Madrid, persigue sus propios objetivos. La crisis y sus secuelas han generado un profundo malestar en el mundo de la cultura, que viene expresándose a través de un amplio silencio o en opiniones o tomas de posición contra el capitalismo, que no terminan de ofrecer alternativas explícitas la mismo. Nos encontramos en un momento crítico, en el que debemos pulsar la real disposición de este mundo para la vuelta a un compromiso efectivo con la realidad que nos circunda y nos interroga.

Desde un concepto alternativo de la cultura, como parte de la lucha ideológica; desde la literatura y el arte concebidos como instrumentos de cambio real; desde la urgente necesidad de una respuesta contra la amputación de la democracia y la conversión de todo en mercancía, en esta fase postmoderna del capitalismo avanzado, un grupo de mujeres, hombres y entidades diversas, preocupados por la situación actual, por el aumento de la explotación y el dominio, y frente a una norma cultural e ideológica supuestamente moderna y neutral, hemos lanzado un llamamiento para un debate abierto y plural de cara a una triple intención: despejar el lugar del escritor, del intelectual, del artista y del periodista en el panorama actual, desde el punto de vista de su compromiso explícito; analizar la posibilidad de una literatura y un arte otros, frente a la norma hegemónica; y avanzar en la posibilidad de una lectura o discurso alternativo, al margen de los valores de la crítica establecida y del canon acuñado por la ideología dominante y las pulsiones del mercado.

Se llama a un debate transformador. Conscientes de que el trabajo intelectual no exime del trabajo militante, la respuesta a la situación actual no consiste en concebir una modernidad al margen de la lucha de clases, ni encubrir las derrotas colectivas asumiendo los valores y conceptos del adversario. Se trataría, en todo caso, de caracterizar nuestras derrotas y formular un discurso que, sin asumirlas, se enfrente a ellas de cara al futuro. Derrotados pero no vencidos ni, mucho menos, rendidos.

El reto de este Congreso ha consistido en, por una parte, iniciar un proceso de debate en torno a todos estos temas, la creación de una red de cultura antagonista con sus propios cauces de producción y distribución y, por otra, dar lugar a un manifiesto consensuado que pueda sentar las bases de una nueva alianza internacional de escritores, intelectuales, artistas y periodistas por un compromiso efectivo con los intereses de las multitudes sometidas por un sistema opresivamente injusto.

 

España. La voz dormida (trailer)

O nazismo se parece com o facismo, que se parece com o salazarismo, que se parece com o franquismo, que se parece com as ditaduras do Cone Sul.

Vendo este filme é conhecer toda e qualquer tirania. Seja da direita. Seja da esquerda.

E nunca existiu imperialismo democrático.

Incomoda reconhecer que a igreja da Santa Inquisição da Espanha de Torquemada continuou a mesma na ditadura de Francisco Franco.

Sou católico. Sei que Jesus, na sua passagem pela terra, nunca matou nem mandou matar. Na hora de sua prisão, ordenou para São Pedro guardar a espada.

Jesus ensinava que existem apenas dois mandamentos que são um só: amar a Deus e amar o próximo.

La voz dormida.  Veja o trailer do filme

Esvreve Fábio Nazaré:

O ritual de expiação cinematográfico referente a períodos de ditadura militar no século XX está bem presente na filmografia de vários países de formação latina, como Argentina, Brasil ou Espanha. Nestes países, especialmente na terra do tango e na Península Ibérica, caudilhismos de extrema-direita atuaram com truculência, estupidez, e contribuíram não só para o atraso sócio-econômico, mas também para deixar feridas até hoje não cicatrizadas naquelas sociedades.

Não é à toa que cineastas de engajamento procurem vez ou outra trazer o tema à tona, de forma que estes períodos históricos não sejam esquecidos, mas também para lançar luz sobre questões não resolvidas referentes ao desparecimento de militantes contrários ao governo, assassinatos e à prática de tortura praticada por militares. É neste contexto que o diretor espanhol Benito Zambrano apresenta seu mais recente filme – La Voz Dormida (Espanha/2011), drama que funciona como uma lupa sobre a destruição que a ditadura franquista (1939 – 1976) infringiu sobre famílias espanholas.

Pepita (Maria Leon), bela garota da na região da Andalucia, vai a Madrid logo após o final da Guerra Civil, de forma a estar próxima de sua irmã Hortencia (Inma Cuesta), que está grávida e presa sob a acusação de participar da guerrilha armada. Nesse ínterim, Pepita, ao mesmo tempo em que luta para conseguir algum tipo de ajuda que evite a execução de sua irmã, passa a se envolver perigosamente com membros da luta armada anti-Franco.