
Com ou sem greve, Brasília continua violenta. Sete sequestros nas portas dos 1001 Palácios do executivo, do judiciário, do legislativo.
Parece que a excelência da polícia está em reprimir greves, movimentos de direitos humanos e estudantis e invasões dos sem seto e dos sem terra.

Alerta a BBC: “A possibilidade de que a greve de policiais militares da Bahia, que já dura dez dias, se alastre por outros Estados revela falhas graves na política nacional de segurança pública, segundo analistas.
Para o jurista Wálter Maierovitch, os policiais militares violaram a lei ao entrar em greve. “A Constituição é clara e proíbe greves para policiais militares e membros das Forças Armadas. Mas esses PMs não são educados para a legalidade democrática”, diz.
Maierovitch também considera ilegal o papel desempenhado nos movimentos grevistas pelas associações de policiais militares. Segundo ele, ainda que policiais sejam proibidos de se sindicalizar, esses grupos têm atuado como sindicatos.
“Ninguém toma providências (quanto à atuação dessas associações) porque evidentemente todos sabem que o salário dos policiais é ridículo, e no mundo inteiro a segurança pública é uma das maiores preocupações dos eleitores”, diz.
Para Maierovitch, “falta vontade política” para solucionar os problemas de segurança pública no Brasil. Ele cita como exemplo da postura a longa tramitação da emenda constitucional que estabeleceria um piso salarial nacional para bombeiros e PMs, conhecida PEC 300. Apresentada ao Congresso em 2008, a proposta passou por uma primeira votação na Câmara, mas não tem prazo para ser votada em segundo turno na mesma Casa nem para ser enviada ao Senado.
A aprovação da medida, diz Maierovitch, poria fim a uma das principais queixas da classe, que ele considera justa – a disparidade entre os salários recebidos por policiais militares de diferentes Estados.

“Seu” Cabral quer evitar uma greve no Rio de Janeiro. Certo ele, que o Carnaval rende votos. Mas o aumento que propôs não contenta os soldados, nem os coronéis.
Um soldado de segunda classe tem um soldo de R$ 786,69; um de primeira classe R$ 1.137,49; um coronel R$ 7.314,47.
Um coronel de Santa Catarina R$ 17.234,33.
Em Brasília, um soldado de segunda classe 3.453,70; um soldado de primeira classe 4.269,56.
por Samuel Celestino
A Bahia do inverso e da violência que se destaca dentre as unidades federativas do País como uma das mais inseguras, está a transformar o líder do movimento dos amotinados da Polícia Militar, o ex-soldado Marcos Prisco, em celebridade. Expulso da corporação na greve de 2001, anistiado por Lula em 2010, comanda a atual revolta que sacode Salvador e cidades interioranas. Uma onda inusitada de homicídios, assaltos, saques, e depredações, causando prejuízos econômicos de monta em diversos setores da economia. Os amotinados reivindicam o que lhes foi prometido.
A lei básica do País veda militares e policiais, que utilizam armamentos de propriedade do Estado realizarem greves e constituir associações. Perguntarão os leitores por que há diversas organizações associativas na Polícia Militar. A resposta é simples. Porque os governos estaduais fecharam os olhos; descumprem também a lei; aceitam e digerem as greves; fazem concessões; não prende os amotinados; e os expulsos das corporações acabam anistiados. Como o fez Lula em 2010, o que permitiu ao ex-soldado Prisco voltar para presidir uma associação e comandar este levante que sacode a Bahia espalhando o terror, na capital e no interior, pela ausência de policiamento. Se não se põe ordem, admite-se a desordem. É isso o que está a acontecer. O governo faz de tudo para negociar, mas as propostas não atendem as reivindicações dos amotinados. É preciso bom senso nas negociações para se por um ponto final na situação caótica e se retornar à normalidade.
(Transcrevi trechos)
Não acredito em greve de soldados. A hierarquia nos quartéis é bastante rígida. Toda greve de soldado se faz com o apoio dos oficiais.
Marcos Prisco é um bode expiatório ou um infiltrado antigrevista? Para sabotar as passeatas pacíficas dos indignados na Europa, mercenários, policiais ou fanáticos são infiltrados para provocar desordens.
Os infiltrados jogam coquetel molotov, incendeiam carros, quebram vitrinas de lojas, bancos, espancam transeuntes, espectadores, criam o cenário de guerra, de terrorismo, de baderna, para ser fotografado e filmado para exploração da imprensa.
A Polícia Federal possui sindicatos. Idem o judiciário. Um juiz em início de carreira recebe R$ 21.000,00.
Confira aqui os salários das polícias estaduais em novembro último.