“Se Cachoeira falar, Lava Jato vira literatura infantil”

Goiás 247 – O colunista Janio de Freitas, da Folha de S. Paulo, alertou para o potencial bombástico das revelações que ainda podem ser feitas pelo ex-senador Demóstenes Torres, que, dias atrás, abriu fogo contra o senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) (saiba mais aqui), e por seu amigo Carlos Cachoeira. Leia abaixo:

OS COFRES

O ex-senador Demóstenes Torres foi o único a pagar no caso em torno de Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Falou agora pela primeira vez, sobre vínculos político-financeiros entre Carlinhos e o senador Ronaldo Caiado. Mas poucos talvez saibam como Demóstenes sobre os porões éticos de Brasília. Com muitas provas, porque seu amigo Carlinhos não é amador, como ficou provado desde o “caso Waldomiro” e, depois, com as gravações “não identificadas” na Praça dos Três Poderes.

Se os dois abrirem mais a memória, a Lava Jato ficará reduzida a literatura infantil.

MORO

Nota do redator deste blogue: Cachoeira, o maior jornalista da Globo, seleciona os furos. Depois vem Moro, com os vazamentos. (T.A.)

Senadores brasileiros que embarcaram em ‘missão’ para ‘salvar’ a Venezuela são réus em processos que tratam de crimes de corrupção

Um dos integrantes da comitiva, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), já chegou a ter o mandato cassado pela Justiça quando foi governador

Senadores brasileiros liderados por Aécio pretendem ‘salvar’ a Venezuela [Para pronta entrega aos Estados Unidos]
Senadores brasileiros liderados por Aécio pretendem ‘salvar’ a Venezuela [Para pronta entrega aos Estados Unidos]
Pragmatismo Político – O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), trata sua ida à Venezuela como uma missão política e diplomática, para fazer “aquilo que o governo brasileiro deveria ter feito há muito tempo”. Esta foi a mensagem divulgada por ele em um vídeo publicado em sua página no Facebook pouco antes da viagem.
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Aécio está acompanhado dos senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
“Estamos aqui no Legacy da FAB (…) embarcando para a Venezuela numa missão política e talvez também diplomática, fazendo aquilo que o governo brasileiro deveria ter feito há muito tempo, defendendo as liberdades da democracia, libertação dos presos políticos e eleições livres na Venezuela”, diz Aécio.
Por volta de 14h30 (horário de Brasília), o PSDB informou, via Twitter, que os parlamentares pousaram em Caracas. “Senadores da oposição já estão em Caracas para visita em solidariedade aos presos políticos do regime bolivariano de Nicolás Maduro. É a primeira vez que autoridades com mandato prestam solidariedade aos presos políticos venezuelanos”, diz a mensagem.
Veto
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Muito se falou durante a semana que a Venezuela havia impedido que o voo da FAB com os senadores oposicionistas brasileiros aterrizasse no país. A versão foi lançada pelo jornal O Globo, que atribuiu culpa ao governo de Nicolas Maduro.
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No entanto, fontes diplomáticas da Venezuela disseram que jamais houve uma negativa para a aterrissagem. A diplomacia afirmou ainda que a solicitação só chegou aos meios oficiais às 12h da última terça-feira, período após o qual foi emitida a autorização para o pouso — como trata-se de aeronave militar, é necessário o aval do governo venezuelano para realizar o deslocamento.
Procurada, a assessoria do senador Aécio Neves afirmou que interpretou como “uma negativa” a falta de pronunciamento do governo Maduro após o pedido de autorização.
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Contradições da viagem
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O jornalista Leandro Fortes questionou as “incoerências” na viagem de Aécio Neves (PSDB) e outros senadores de oposição à Venezuela para tentar conversar com opositores do presidente Nicolás Maduro.
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Para Fortes, a Força Aérea Brasileira (FAB) não é obrigada a ceder uma aeronave para os congressistas, apenas porque receberam um convite de opositores do presidente venezuelano. “Qualquer convite, de qualquer pessoa ou entidade, feito a senadores é oficial? Basta o Zé das Couves chamar a tropa para o churrasco da chácara e a FAB tem que disponibilizar um avião para as autoridades?”, pergunta.
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Fortes lembrou das críticas do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que integra a comitiva oposicionista, que em 2013 pediu informações ao Ministério da Defesa sobre o uso de aviões da FAB por autoridades do governo, entre eles o Alexandre Padilha, da Saúde, então pré-candidato ao governo de São Paulo, para as eleições de 2014.
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“Então, quanto custou aos cofres públicos essa arca de noé de lobos e coiotes montada para salvar a democracia venezuelana? Quanto custa cada diária paga pelo Senado a esses heroicos guerreiros da democracia? O combustível do Legacy? As diárias da tripulação?”, questiona.
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“Salvadores” da Venezuela

CartoonAmigosdeAecio foda-me venezuela

Chama a atenção também o fato de vários dos senadores brasileiros que integram a comitiva para ‘salvar a democracia’ na Venezuela terem histórico de envolvimento em escândalos de corrupção e cerceamento da imprensa no Brasil. Tais incoerências estimulam o questionamento sobre quais são as verdadeiras intenções dos supracitados parlamentares brasileiros ao embarcarem rumo à Venezuela.
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José Agripino Maia (DEM-RN), por exemplo, é atualmente investigado pela Operação Sinal Fechado. Ao comentar a viagem, o parlamentar escreveu que o Brasil tem a “obrigação” de se posicionar contra a violação dos direitos humanos e a ausência de liberdade de expressão no país vizinho. A família de Agripino Maia é dona da TV Tropical e de várias emissoras de rádio no Rio Grande do Norte.
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O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), por sua vez, teve o mandato cassado na época em que era governador do estado da Paraíba. Hoje, Cássio é o líder do PSDB no Senado Federal. Embora tenha se candidatado e perdido a eleição para o governo da Paraíba em 2014, Cássio goza de apoio uníssono na imprensa local.
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O ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO) é acusado de ser financiado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.
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O próprio Aécio Neves (PSDB-MG), líder da comitiva que viajou à Venezuela, se mostrou indignado com o cerceamento à liberdade de expressão no país governado por Nicolás Maduro. No período em que governou Minas Gerais, no entanto, o atual senador tucano teve a sua gestão marcada por denúncias de aparelhamento da imprensa (Aécio é dono da rádio Arco íris-Jovem Pan) e perseguição a jornalistas independentes no estado. Foi preciso que a imprensa internacional, através de um documentário, denunciasse o estado de censura que Minas atravessou sob a gestão Aécio. Relembre abaixo:

Aécio gosta de dar uma de menino do Rio

lobao 2

aécio

 

É no Rio que ele mora. E leva uma vida mansa. De dia praia e, de vez em quando, a chatice de assistir as sessões do Senado. Que procura animar, pedindo a cabeça de Dilma e prometendo “sangrar” a oposição.

A noite para Aécio é uma criança. Coisa de eterno playboy.

Certo que existem os milionários negócios. Mas foi trabalheira fica com a irmã, que de fato governou Minas Gerais durante oito anos.

 

ENQUANTO O POVO PAGAVA UMA DE OTÁRIO, O “ORGANIZADOR DE ARRUAÇAS” CURTIA UMA PRAIA 

lobao aécio

SC aécio

Poço Dez – O jornalista Ricardo Kotscho ironiza, no artigo Aécio vai à praia, Serra reaparece e Lobão reclama, o desapontamento do cantor Lobão com a ausência do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no protesto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no último sábado, convocado pelo tucano. Segundo ele, bastaria ter lido a coluna de Ancelmo Gois, no sábado, para saber que no dia do protesto em São Paulo, Aécio curtia a praia em Santa Catarina.

“CADÊ OS PARLAMENTARES? CADÊ O AÉCIO, CADÊ O CAIADO? ESTOU PAGANDO DE OTÁRIO!” 

 

lobao 1

 

por Ricardo Kotscho

A queixa do roqueiro performático Lobão, agora transformado em garoto propaganda das manifestações contra o governo, tinha sua razão de ser. Afinal, foi o próprio candidato derrotado Aécio Neves, em pessoa, acompanhado por outros expoentes tucanos, quem convocou o protesto de sábado, na avenida Paulista, em São Paulo.

Era o quinto ato (favor não confundir com o Ato Institucional nº 5 dos militares, de 1968, o golpe dentro do golpe) contra Dilma, o seu governo e o PT, depois das eleições. Se tivesse lido a coluna de Ancelmo Gois publicada no jornal O Globo, no mesmo dia, Lobão teria a resposta nesta nota: “Descanso _ Aécio e família descansam em Santa Catarina, onde ele obteve dois terços dos votos”. Ninguém é de ferro.

Quer dizer, Aécio convocou a turma e, em seguida, se mandou para a praia, deixando Lobão na mão. Na avenida, sua tropa ficou dividida entre os que pregavam a volta dos militares e os que apenas queriam denunciar corrupção na Petrobras para impedir que Dilma assuma seu segundo mandato. Para surpresa geral, quem apareceu foi outro senador, o paulista José Serra, que andava sumido, principal antagonista de Aécio dentro do PSDB.

Já na reta final da caminhada, que reuniu entre 5 mil (segundo Folha e Estadão) e 8 mil pessoas (para O Globo), conforme o veículo e o PM ouvido pela reportagem, Serra subiu num carro de som e mandou ver, num tom misterioso: “As coisas não vão se resolver em uma semana, um mês ou um ano. Mas precisamos estar prontos para o imprevisto, para o improvável. Não há história sem fatos inesperados”, alertou, sem entrar em detalhes. Serra acompanhou a ala principal dos manifestantes pacíficos, que foram até a praça Roosevelt, na região central, enquanto a dissidência pró-golpe seguia em direção ao Comando Militar do Leste, no Ibirapuera.

Na véspera da votação das mudanças na LDO, na madrugada de quinta-feira, em que a oposição mais uma vez saiu derrotada, Aécio foi mais duro do que seu rival, ao mesmo tempo premonitório e ameaçador: “Nós vamos perder, mas vamos sangrar estes caras até de madrugada”. Aécio, que nem chegou a votar contra o governo, limitou-se a publicar uma foto do protesto em seu facebook.

Na manifestação do final da tarde de sábado, não correu sangue, mas enquanto o chefe descansava em Santa Catarina, seus seguidores mostraram os dentes em cartazes e palavras de ordem: “Fora, Dilma!” e “Impeachment! Fora, PT!” eram os mais democráticos.

O governo Dilma, como sabemos todos, está cheio de problemas para montar a equipe do segundo mandato, mas se depender desta oposição, agora liderada por Aécio Neves, podemos ficar tranquilos. Pela demonstração dada no quinto ato de protesto, esta oposição faz oposição a si mesma.

Até Lobão já está irritado com seus novos líderes.

 

lobao cantareira

lobão despedida

O retrocesso da política dos governadores

 

pobre rico polícia

O Brasil retorna à política dos governadores, que começou com a República Velha, do mando dos coronéis que eliminam os opositores estaduais.

O intento desta vez é derrubar a presidência petista, com o apoio do presidente do STJ, ministro Joaquim Barbosa.

Lideram o movimento a união partidária PSDB/PSB/DEM e outros partidos menores, comandados por Geraldo Alckmin (São Paulo), Antônio Anastasia (Aécio Neves/Minas Gerais), Sérgio Cabral (Rio de Janeiro), Eduardo Campos (Pernambuco).

Um retrocesso que tem o apoio dos barões da mídia, do ex-presidente Fernando Henrique, da líder da bancada evangélica Marina Silva, do líder da bancada ruralista Ronaldo Caiado, e dos sequestradores e torturadores anistiados da ditadura de 64.

Cada governador possui um exército particular, formado pela polícia militar. Alckmin conta com cem mil soldados estaduais fortemente armados.

É uma política policial-judiciária que vem criminalizando os movimentos sociais e estudantis, revivendo os tempos dos presos políticos.

preso político identificação

████████████████ Dizer-se preso político, não é apenas um argumento utilizado de forma leviana para desconstruir a legitimidade de uma prisão. Reconhecer um preso político em determinado país é tão grave quanto atestar a não existência democrática no sistema político vigente. Não espere que exista algum órgão, determinada lei ou definição que diferencie automaticamente um preso comum de um preso político. O que diferencia a prisão política de uma prisão comum é a intenção daquele que a efetiva, que pode ser moral, religiosa, ideológica, financeira, ou mesmo política.

Normalmente, um sistema não democrático não reconhece a existência de perseguições de cunho político e muito menos quaisquer prisões políticas. Existe, como no caso do Brasil, a recusa da antiga ditadura de admitir a existência de presos políticos. Quando não se reconhece a existência de presos políticos, também não se admite o caráter político das suas leis e políticas criminais.

A história nos conta um período no Brasil que se separava os criminosos em dois tipos, os chamados Lei de Segurança Nacional e os criminosos comuns. Qual a diferença entre ambos? Juridicamente falando, nenhuma, pois ambos os criminosos desde que condenados passaram por um processo judicial que os condenaram em uma lei que era vigente até o momento da sua condenação. Naquela época as pessoas passaram a reconhecer que aqueles que eram detidos pela Lei de Segurança Nacional eram em sua grande maioria detidos por razões político ideológicas e por isso tornou-se mais fácil a identificação das prisões políticas. Acontece, que algumas vezes as leis são criadas, editadas e transformadas para enquadrar apenas determinado tipo de pessoas, configurando muitas vezes em políticas de perseguição de determinados grupos ideológicos.

De outro modo, é possível se perseguir politicamente utilizando-se de artigos penais de fácil imputação, por exemplo, quando um policial alega desobediência, resistência, desacato ou simula algum outro tipo de imputação penal para prender determinada pessoa ou grupo ideologicamente detestável para o regime.

A exceção é a característica principal de qualquer ditadura, entretanto a antiga ditadura brasileira apresenta uma singularidade: a preocupação em criar um aparato legal que conferisse a esses regimes uma aparência democrática. Exigir que o Direito reconheça dentro do ordenamento jurídico a formalização do que seria uma prisão política é de extrema ingenuidade. Por razões óbvias as ditaduras se escondem por meio do Direito, de forma sorrateira. Deste modo, assim como muitas vezes as prisões políticas demoram tempos para ser reconhecidas como tal, as novas ditaduras perduram anos até serem desveladas.

elperiodico. polícia

LEY DE SEGURIDAD CIUDADANA

“¿Seguro que vivimos en el 2013?”

 por Irene González 

 

Retrocedamos unos 50 años. Franco gobernaba entonces en España: no había libertades, la economía estaba totalmente controlada, se ejercía la represión sobre la libertad de expresión, la cultura, la literatura en catalán… Muchas familias en el país estaban empobrecidas.
Ahora, volvamos al presente. El Gobierno de Mariano Rajoy ha decidido endurecer las multas y las faltas graves en la nueva ley de seguridad ciudadana (que todavía no ha superado la fase de anteproyecto y ni siquiera ha llegado al Consejo de Ministros). Me da la sensación de que esta nueva ley considera como grave cualquier acción; es represiva, mordaza, no deja cabida a la libertad y, además, está considerada como un auténtico disparate por la oposición y por los movimientos sociales.
Si a esta normativa le añadimos la nueva ley Wert, el desproporcionado IVA cultural, el escaso cariño mostrado hacia la lengua catalana, las numerosas familias que se enfrentan al desempleo y rozan la pobreza extrema del país… ¿Seguro que vivimos en el 2013? ¿Dónde queda la libertad de expresión, la democracia y todas esas sandeces que prometían?

 

Frases para entender o Brasil

por Leonardo Sakamoto

 

“Queremos desmatamento zero… mas a partir de agora.”
Luiz Carlos Heinze, deputado federal (PP-RS), defendendo que se passe uma borracha no passado, através de uma anistia ampla, geral e irrestrita para os crimes ambientais cometidos até agora. Ele considera os alertas sobre o aquecimento global uma paranóia. Provavelmente, tal qual aquela paranóia da qual falava seu partido, a Arena, durante a ditadura: de que o governo matava opositores do regime… E, da mesma forma que os reacionários interpretam a Anistia de 1979, ele quer absolver e ignorar o passado para construir o futuro – como se isso fosse possível.

Santo Agostinho, quando entendeu que devia se converter mas não tinha coragem para tanto, disse: “Senhor, dai-me a castidade… mas não ainda.” Sem ser santo ou filósofo, o deputado também defende um mundo melhor. Mas não ainda.

 

“Mataram um. Tão matando pouco!”
Carlos Alberto Teixeira, fazendeiro gaúcho, expondo a plenos pulmões todo o seu sentimento de classe e desejo íntimo a manifestantes que protestavam contra o assassinato de um trabalhador rural sem-terra pela força policial do Rio Grande do Sul. A morte ocorreu durante uma truculenta desocupação no município de São Gabriel. Vale lembrar que o governo Yeda Crusius tem sido extremamente violento contra os movimentos sociais, defendendo o direito à propriedade acima do direito à vida. A repercussão negativa fez com que o coronel Lauro Binsfeld, subcomandante-geral da Brigada Militar, fosse afastado por “erro na execução” do planejamento. Deus que me livre e guarde se ele tivesse acertado.

 

“Podemos até decretar prisão perpétua nesses casos, mas não podemos colocar em risco o direito de propriedade.”
Ronaldo Caiado, deputado federal (DEM-GO), fundador da União Democrática Ruralista (UDR) e líder da bancada ruralista no Congresso Nacional, ao criticar a proposta de emenda à Constituição que possibilitaria confiscar as terras de quem usa trabalho escravo e destiná-las à reforma agrária. No jornal Correio Braziliense de hoje.

 

“Imagine se todas as famílias que deixaram suas casas resolvessem invadir terrenos. É como justificar que alguem roubou porque tinha fome.”
Mario Hildebrandt, secretário de Assistencia Social de Blumenal (SC), criticando decisão judicial que permitiu a famílias que perderam suas casas com as chuvas em Santa Catarina permanecerem em terrenos da prefeitura até uma solução definitiva.

 

“Chamar de degradante um estilo de trabalho que é a realidade do Brasil e que nós, produtores, estamos mudando paulatinamente com empreendimentos como o da Saudibras no Tocantins, é um absurdo.”
Obeid Binzagr, proprietário da empresa Saudibras Agropecuária e Empreendimentos e Representações Ltda, que produz pinhão-manso, utilizado para a fabricação de biodisel, ao reclamar da libertação de 280 escravos de sua lavoura no município de Caseara (TO), em declaração no Jornal do Tocantins.

 

“Essa juventude tem de parar de só ficar pendurada na internet. Tem de assistir mais rádio e televisão.”
Hélio Costa, ministro das Comunicações, publicado na agência Teletime, ao discursar em um congresso de radiodifusão. Ele já “foi” funcionário da Rede Globo. Luciana Gimenez, Gugu e Faustão neles! Uma pergunta: como se “assiste rádio”?

 

“Se essa defesa antipatriótica do meio ambiente que fazem aqui no Brasil fosse feita por essas pessoas na China, elas já teriam levado tiro e a família ter pago a bala.”
Antônio Fernando Pinheiro Pedro, presidente do Comitê de Meio Ambiente da Câmara Americana de Comércio (Amcham), em debate sobre o tema para empresários associados, revelando certos desejos.

 

“O que os defensores do meio ambiente devem entender, é que o universo é violento e destrutivo. Portanto preservar o meio ambiente deve considerar isso, porque senão poderá às vezes nos prejudicar. Ao derrubar uma árvore, estamos na verdade dando o direito de outra nascer.”
Luciano Pizzatto, deputado federal pelo DEM do Paraná, também no debate na Amcham, usando uma retórica política de alto nível para explicar como a motosserra equilibra as forças do universo.

“O trabalho escravo é uma piada!”
Giovanni Queiroz, deputado federal (PDT-PA), produtor rural e expoente da bancada ruralista, ao desqualificar o sistema de combate à escravidão no Brasil em audiência no Congresso Nacional. Isso significa que Queiroz acha engraçado o fato de mais de 34 mil trabalhadores, escravizados em fazendas e carvoarias de todo o país, tenham ganhado a liberdade desde 1995 graças a esse sistema. Provavelmente, também deve considerar hilária a situação daqueles que não conseguiram escapar para fazer a denúncia e, por isso, permaneceram presos.