ASSÉDIO POLICIAL E TODO O PODER PARA PF

“A saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça colocou a Polícia Federal em alerta”, anuncia irresponsavelmente Márcio Jaliboni. Que publica uma entrevista anarquista de Carlos Eduardo Miguel Sobral, presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal).

Diz o pelego sindical: – Trocar ministros é natural em um governo. O que chamou a atenção foram as notícias, neste fim de semana, de que a saída de Cardozo se deve à pressão política para que interferisse na Polícia Federal. Isso disparou o alarme. Vemos o momento com muita preocupação. O novo ministro precisa dar garantias claras, logo em seus primeiros dias, de que vai preservar a autonomia da PF e apoiá-la, reforçando seus equipamentos e suas estruturas.

Um delegado não pode ameaçar um cidadão comum, principalmente um ministro seu superior hierárquico. Isso é coisa de desordeiro, revivência do prende e arrebenta da ditadura militar. Os tempos obscuros de Romeu Tuma superintendente da Polícia Federal, nomeado pelo ditador Figueiredo.

 

DESENFREADO PODER DE POLÍCIA 

Quem defende a autonomia da Polícia Federal defende a autonomia das polícias estaduais civil e militar e dos guardas civis municipais. Idem das empresas de segurança. Vai ser uma zorra.

Quem pede essa confusão pretende a autonomia do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Isso não acontece em nenhum país do mundo. Numa ditadura quem manda é um só . Pode ser um monarca absolutista, que reina pela graça divina, indicado por algum deus. Ou um gorila militar.

Numa democracia quem governa é o povo. Votando livre, escolhendo quem melhor lhe representa no executivo, no legislativo, no judiciário.

Que o povo eleja os juízes, os legisladores e o presidente. E decida nos referendos e nos plebiscitos o melhor para o país e para a felicidade geral aqui e agora.

A felicidade é de todos ou de nenhum. A liberdade é de todos ou de nenhum.

Independência ou morte!

Vamos pra rua pelo retorno da ditadura e todo poder ao PMDB

Quem diz “fora Dilma” faz, obviamente, campanha por outro brasileiro na presidência. Quem seria?

Pela Constituição assume o vice-presidente escolhido por Dilma: Michel Temer. Depois de Temer, vem o segundo da linha sucessória: o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

É um golpe que concede todo o poder ao PMDB, partido que tem como presidente de honra José Sarney, e que preside o Senado Federal com Renan Calheiros.

Ir para as ruas pedir o poder para essa gente, ou clamar pelo retorno da ditadura, significa rezar a missa negra das trevas e da escuridão, e reviver os tempos sombrios de Filinto Strubing Müller e Romeu Tuma.

Ó mulheres de Jerusalém! Recordem Olga Benário, que o nazista Filinto Müller entregou à polícia de Hitler, para morrer em um campo de concentração. Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois virão dias em que se dirá: “Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram”. Hão-de, então, dizer aos montes: “Caí sobre nós!” E às colinas: “Cobri-nos!” Porque, se tratam assim a madeira verde, o que não acontecerá à seca?.

Ó mulheres do Brasil! Não esqueçam Romeu Tuma, o coveiro dos cemitérios clandestinos, nomeado em 1982, pelo ditador João Figueiredo, superintendente da Polícia Federal.

Todo conspirador de uma ditadura possui sua lista de presos políticos, que serão torturados e assassinados.

Comenta a agência de notícias inglesa BBC: A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff foi interpretada por analistas americanos como “atitude vingativa” e última opção para tentar tirar a atenção das denúncias de corrupção que ameaçam o cargo e o mandato do deputado.

“É quase certo que ele está de saída, então é uma atitude muito vingativa da parte de Cunha. E que irá gerar muita confusão pelos próximos meses no país”, disse à BBC Brasil o cientista político Matthew Taylor, professor da American University, em Washington, e co-editor do livro “Corrupção e Democracia no Brasil”.