DILMA: GRAVAÇÃO DE JUCÁ ESCANCARA O GOLPE

247 – A presidente Dilma Rousseff comentou, na noite desta segunda-feira (23), durante o 4º Congresso Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores da Agricultura Familiar, em Brasília, a divulgação do áudio da conversa entre o senador Romero Jucá (PMDB) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, no qual eles afirmam que o impeachment poderá abafar a operação Lava Jato.

“Se alguém ainda não tinha certeza de que há um golpe em curso, baseado no desvio de poder, na fraude, as declarações fortemente incriminadoras do Jucá sobre os reais motivos do impeachment e sobre quem está por trás dele eliminam qualquer dúvida. Repito: a gravação escancara o desvio de poder, a fraude e a conspiração do processo de impeachment promovido contra uma pessoa inocente, sem nenhum crime de responsabilidade”, afirmou ela.

Dilma ainda diz ter certeza que derrubará o golpe. “Tenho a certeza de que juntos vamos derrubar esse golpe, vamos derrotar os golpistas, vamos juntos fortalecer a democracia nesse país. Nós vamos voltar, de uma forma ou de outra“, disse.

Líderes do PMDB conspiram para Temer ser presidente

Golpismo partiu de corruptos envolvidos no Lava Jato, que acreditam que Dilma poderia ter impedido investigações da Polícia Federal

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Zop
Zop

Desgostosos líderes do PMDB começaram a trabalhar em várias (?) frentes na última semana para dar ao vice-presidente Michel Temer condições de governar se acontecer o aprofundamento da “crise política”, criada pela imprensa e direitistas, levar ao afastamento da presidente Dilma Rousseff antes da conclusão do seu mandato.

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Os articuladores desse movimento estão em busca de apoio do empresariado, os financiadores de campanhas eleitorais, e começaram a dialogar com líderes da oposição, numa tentativa de construir um atalho que aponte Temer como alternativa mais segura para superar a inventada crise.

Amarildo
Amarildo

Os aliados de Temer admitem que esse movimento ainda não está maduro, isto é, não tem o apoio do povo, nem da classe média, mas acreditam ter colhido uma primeira resposta positiva na quarta-feira (5), quando as federações estaduais das indústrias de São Paulo e Rio expressaram publicamente apoio ao vice, um dia depois de ele fazer um apelo por união para superar a suposta crise.

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Um dos responsáveis pela iniciativa, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é filiado ao PMDB e comemorou seu aniversário em um almoço com Temer na sexta (7).

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No campo político, tanto petistas que estão no governo como nomes da oposição apontam o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como um dos entusiastas e artífices da articulação pró-Temer.

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Na terça (4), Jucá participou de reunião entre líderes de PMDB e PSDB. Como acontece em toda conspiração, os nomes dos outros golpistas foram encobertos.

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Segundo relatos de três participantes, Jucá deixou evidente que não vê mais saída para a “crise” com Dilma no Planalto.

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Ministros próximos à petista temem que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também embarque no movimento pró-Temer, o que poderia enfraquecer ainda mais a presidente.

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Políticos que estiveram com Renan na última semana disseram que ele ainda adota postura muito cautelosa e se diz disposto a colaborar com o governo, barrando ações da Câmara (de Eduardo Cunha), que ameacem a política social.

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Enquanto líderes do Congresso tratam do assunto com reserva, aliados de Temer fora de Brasília têm assumido atitude mais agressiva. Amigo do vice, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) reproduziu nas redes sociais vídeo que diz que “o impeachment de Dilma Rousseff só depende do PMDB”.

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O locutor do vídeo de propaganda golpista afirma que “o povo” quer que o PMDB escolha entre os “comparsas petistas” ou “o Brasil”. “O PT quebrou o Brasil. O PMDB só tem uma escolha. Impeachment, já.”

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Sempre que aborda o assunto publicamente, Temer desautoriza esse tipo de ação e afirma que trabalha pela governabilidade com Dilma. Temer jamais abriria o jogo, que não é tolo.

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“Ele não conspira e não pode parecer que faz isso”, diz um aliado. “Ele precisa ser naturalmente visto pelos políticos, pela sociedade e pelo empresariado como único agente capaz de reagrupar o país, e a pecha de conspirador não cabe nesse cenário”, acrescentou algum alter ego pmdebista tipo Eduardo Cunha, ou escriba da vice-presidência.

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Nesta semana, Temer fez o movimento mais explícito desde o início da crise, ao falar em união nacional. Confessou que faz corpo mole e jogo duplo, como disfarça todo ambicioso. Leia aqui

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Ao saber que ministros próximos a Dilma avaliaram que seu gesto contribuiu para enfraquecer a presidente, Temer disse que poderia entregar o cargo de articulador político do governo, o que não foi aceito por Dilma. Bem que Temer queria um pretexto, para atuar mais abertamente, e como vítima.

Duke
Duke
Samuca
Samuca

No PT, decidiu-se que ele não será atacado publicamente, mas há uma operação em curso para reduzir o espaço de atuação do vice, estimulando agentes do PT a também dialogar com indecisos deputados do baixo clero, liderados por Eduardo Cunha, Fernando Collor, Sarney.

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No PSDB, a reação ao avanço da operação pró-Temer veio da boca de aliados do senador Aécio Neves (MG). Os líderes da sigla no Congresso convocaram a imprensa, sem consultar os colegas de bancada, para indicar que não aceitarão compor com o vice.

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Outro risco para o movimento pró-Temer é o avanço da Operação Lava Jato. Apontado como o elo entre a corrupção na Petrobras e caciques do PMDB, o lobista Fernando Baiano começou a negociar um acordo de delação.

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Aliados de Temer dizem que ele não tem preocupação pessoal com o assunto, mas acham que o vice pode sair chamuscado se revelações atingirem a cúpula do PMDB. Renan, Jucá e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são investigados. Transcrito da Folha de S. Paulo/ Jornal Agora MS. Confira        

 

Adnael
Adnael

POIS-É... temer golpe protesto analfabeto político

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