Festivais comprovam a degeneração da música brasileira

Lollapalooza faz propaganda de grupos políticos ligados à direita estadunidense 

Acontece de 12 a 13 de março de 2016. Já começou a propaganda do festival de música estrangeira no Brasil dos alienados
Acontece de 12 a 13 de março de 2016. Já começou a propaganda do festival de música estrangeira no Brasil dos alienados

Lollapalooza é um festival de música anual composto por gêneros como rock alternativo, heavy metal, punk rock e performances de comédia e danças, além de estandes de artesanato. Também fornece uma plataforma para grupos políticos e sem fins lucrativos. Lollapalooza tem apresentado uma grande variedade de bandas e ajudou a expor e popularizar artistas como, Alice in Chains, Tool, Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam, The Cure, Primus, Rage Against the Machine, Soundgarden, Arcade Fire, Nine Inch Nails, Nick Cave, L7, Janes Addiction, X Japan, The Killers, Siouxsie and the Banshees, The Smashing Pumpkins, Muse, Hole, 30 Seconds to Mars, The Strokes, Arctic Monkeys, Foo Fighters, Green Day, Lady Gaga e Fun.

Concebido e criado em 1991 pelo cantor do Jane’s Addiction, Perry Farrell, como uma turnê de despedida para sua banda, o Lollapalooza aconteceu até o ano de 1997 e foi revivido em 2003. Desde a sua criação até 1997 e em seu renascimento em 2003, o festival percorreu a América do Norte. Em 2004, os organizadores do festival decidiram ampliar a permanência do festival para dois dias por cidade, mas a fraca venda de ingressos forçou o cancelamento da turnê de 2004. Em 2005, Farrell e a Agência William Morris fizeram uma parceria com a empresa Capital Sports Entertainment (atual C3 Presents), sediada em Austin, no Texas, e reformularam o festival para o seu formato atual, como um evento fixo em Grant Park, Chicago, Illinois.

Em 2010, foi anunciada a estreia do Lollapalooza no exterior, com um ramo do festival sediado em Santiago, no Chile, em 2 e 3 abril de 2011, onde estabeleceu uma parceria com a empresa chilena Lotus. Em 2011, a empresa Geo Eventos confirmou a primeira versão brasileira do evento, que foi sediada no Jockey Club, em São Paulo nos dias 7 e 8 de abril de 2012. Foi anunciado que o primeiro Festival Lollapalooza será realizado na Europa em setembro de 2015, na capital alemã,Berlim, no histórico aeroporto Tempelhof.

Lollapalooza de 2009 em Chicago
Lollapalooza de 2009 em Chicago

A palavra, algumas vezes pronunciada como lollapalootza ou lalapaloosa, vem dos séculos XIX e XX, de uma expressão americana que significa “uma extraordinária ou incomum coisa, pessoa, ou evento; um exemplo excepcional ou circunstância.” Com o tempo, o termo passou também a um grande pirulito (em inglês lollipop). Farrell, em busca de um nome para seu festival, gostou da sonoridade do termo ao ouvi-lo em um filme dos Três Patetas. Em homenagem ao duplo significado do termo, um personagem no logo original do festival segura um pirulito.

Lolla 2012

Em 1997, no entanto, o conceito Lollapalooza tinha acabado, e em 1998, os esforços não conseguiram encontrar uma banda principal adequada, assim resultando no cancelamento do festival. O cancelamento serviu como um significante declínio da popularidade do rock alternativo. Em meio aos problemas do festival, Spin disse, “Lollapalooza é como um coma para o rock alternativo agora.”

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Morto o festival, apelaram para a ressurreição em países colonizados.

Em 2010, foi anunciado que Lollapalooza iria estrear na América do Sul, com um ramo do festival produzido na capital do Chile, Santiago de 2 a 3 de Abril de 2011. A lineup incluia Kanye West, Jane’s Addiction, 30 Seconds to Mars, The National, Manny and Gil the Latin, The Drums, Los Bunkers,The Killers, Ana Tijoux, Javiera Mena, Fatboy Slim, Deftones, Los Plumabits, Cypress Hill, 311, The Flaming Lips e outros.

Em 2011, foi confirmado a versão brasileira do evento, que foi feita no Jockey Club em São Paulo nos dias 7 e 8 de abril de 2012.

Veja todas as atrações do Lollapalooza 2016 na ordem divulgada pelo festival:
Eminem, Florence + The Machine, Jack Ü, Mumford & Sons, Snoop Dogg, Noel Gallagher, Tame Impala, Alabama Shakes, Zedd, Kaskade, Die Antwoord, Of Monsters and Men, Marina and the Diamonds, Cold War Kids, Odesza, Zeds Dead, Flosstradamus, RL Grime, Emicida, Bad Religion, Walk the Moon, Twenty One Pilots, Halsey, Matanza, Jungle, Marrero, Eagles of Death Metal, A-trak, Seed, Albert Hammond Jr., The Joy Formidable, Gramatik, Maglore, Vintage Trouble, Supercombo, Matthew Koma, Jack Novak, Dônica, Versalle, Groove Delight, Zerb, Karol Conka, The Baggios, Funky Fat, Dingo Bells.

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As onerosas repartições públicas das secretarias e Ministério da Cultura não promovem a música brasileira. Nem os artistas novos. Prefere mega eventos de shows superfaturados dos cantores da TV Globo.

O Lolla mantém outra que é sua principal característica: apostar em grupos não tão conhecidos no Brasil. Entre eles, o mais destacado no line-up é o Mumford & Sons, estreante por aqui. Representantes do novo rock dançante, Walk the Moon e Twenty One Pilots têm em comum o fato de serem do estado americano de Ohio.

É o cantar na língua inglesa. Precisamente no inglês dos Estados Unidos. Que mortos estão os ritmos brasileiros.

o último jogral

No festival são proibidas as músicas de Tom Jobim, João Gilberto,  Chico Buarque, Caetano Veloso, Noel Rosa, Cartola, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, Pixinguinha,  Luiz Gonzaga, Paulinho da Viola. Vinicius de Moraes, Milton Nascimento, Baden Powell, Ary Barroso, Nelson Cavaquinho,
Zé Ramalho, Adoniran Barbosa, Sivuca, Capiba, Nelson Ferreira, Getúlio Cavalcanti, entre outros mil da Pátria Amada Brasil.

3 – Rock in Rio. Começa amanhã, em Lisboa, para acabar com o en-fado do samba (vídeos)

Cartaz de publicidade paga. Com dinheiro do governo brasileiro?
Cartaz de publicidade paga. Com dinheiro do governo brasileiro?

A quarta edição do Rock in Rio Lisboa começa amanhã. A versão deste ano inclui artistas como Bruce Springsteen, Metallica, Smashing Pumpkins, Linkin Park, Lenny Kravitz, Maroon 5, Xutos & Pontapés e James.

O in Lisboa contará com três palcos principais de concertos – Palco Mundo, Palco Sunset – parcerias inéditas entre vários artistas, o espaço da música eletrônica e, pela primeira vez, os espaços Street Dance e a Rock Street, uma zona do recinto onde se recriará uma rua da cidade norte-americana de Nova Orleães.

O festival termina no dia 2 com Stevie Wonder, o cabeça-de-cartaz, e o canadiano Bryan Adams, a cantora britânica Joss Stone e os portugueses The Gift.

Rock Lisboa contra o en-fado 

do samba brasileiro

Eike Batista, um dos donos do festival, declarou que o Rock in Rio é “benéfico” para o Brasil. Benéfico em quê?
O deputado federal Anthony Garotinho denunciou que os governos do Estado e Capital do Rio de Janeiro estão investindo no evento.
Que a denúncia seja devidamente investigada. Isso é roubo. E crime maior contra o patrimônio cultural brasileiro. Faz parte da campanha de venda do “Rio capital do rock”, quando a cidade era conhecida como “Rio Capital do Samba”.  Conheça a

Simbologia e significação no samba. 

Leia ensaio de Luiz Fernando Nascimento de Lima (Universidade de Helsinque, Finlândia). Clique aqui 

Terá palco dedicado à street dance
Street dance, um espaço inspirado na cidade de Nova Iorque, terá uma “dance crew” residente, que não só dará espetáculos diários como ensinará alguns passos de dança ao público do festival. Aprenda 
Vai recriar Rua do Rock de Nova Orleães
Rua do Rock ou a ‘Rock Street’
Rua do Rock ou a ‘Rock Street’

A rua compreende 20 casas típicas de Nova Orleães que foram recriadas e que vão fazer parte do festival.

Música, cenário, tudo que lembre a “cultura” do Rio de Janeiro, afirmam Medina, Eike e a tv Globo.

Veja o vídeo promocional pago, divulgado nos últimos cem dias, na tv portuguesa. Isso chamam de promover o Brasil.

Idem vídeo apresentado hoje, em Lisboa, com a participação dos principais artistas. Eles cantam a música do “Rio capital do rock” na língua oficial do evento.

(Continua)

2 – Rock in Rio. Dinheiro dos brasileiros para promover música estrangeira. E a Cultura brasileira no lixo, desprotegida

Samba, por Portinari
Samba, por Portinari

O Rock in Rio foi uma armação da ditadura militar para acabar com a Cultura brasileira.

Qualquer investimento dos governos da União, estadual e municipal do Rio de Janeiro é roubo, uma bandidagem que deve ser investigada, inclusive, como maquiavélico boicote contra a Cultura nacional.

Que fiquem atentos os Tribunais de Contas, e demais  autoridades que reprimem os crimes de colarinho branco, eufemismo para abafo, furto, rapina, desvio do dinheiro público.

Que fiquem avisados os Ministérios da Cultura e Turismo, e os governos corruptos do Rio de Janeiro.

Samba, por Di Cavalcanti
Samba, por Di Cavalcanti

Escreve o deputado Anthony Garotinho:

“O empresário Eike Batista é um homem de visão, não é à toa que é o oitavo mais rico do mundo e o nº 1 do Brasil. Até eu se atuasse nessa área de shows musicais e tivesse dinheiro iria querer comprar uma fatia do Rock in Rio. Que o evento é de alto nível ninguém discute”.

O deputado Garotinho embarcou na propaganda da Globo: O rock não é um “evento  de alto nível”. Desde o seu começo, no governo de Figueiredo, foi marcado por todo tipo de rapinagem, inclusive pela grilagem de terra. É uma história suja que vou relembrar.

Nem o governo dos Estados Unidos patrocinaria uma baixaria tipo Rock in Nova Iorque, ou em qualquer outra cidade nas terras do Tio Sam. Em terra alheia, sim.

Lá, nos Estados Unidos, que o mercado da música cuide dos seus próprios negócios. Idem os bilionários artistas do rock e riquíssimas gravadoras.

Dinheiro dos Estados Unidos é para promover a cultura estadunidense. Nada mais natural e óbvio. Inclusive em países  já dependentes ou para ser conquistados.

Roda de Samba, por Carybé
Roda de Samba, por Carybé

Importante assinalar que o deputado Garotinho fez oportuna denúncia que nossa grande imprensa vai esconder:

 “Mas as benesses que recebe dos governos Cabral e Paes transformaram o Rock in Rio no evento musical com maior lucratividade do mundo, muito acima de qualquer outro.

Senão vejamos, são grandes patrocinadores, ingressos caros, uma gama imensa de produtos vendidos com a marca Rock in Rio, direitos de imagem e por aí vai. Bem, mas isso grandes eventos na Europa e nos Estados Unidos também conseguem. O diferencial que não acontece lá fora é que aqui o Rock in Rio recebe milhões de isenções fiscais, além de patrocínios milionários pagos em dinheiro pelo governo do Estado e pela prefeitura do Rio. E como se não bastasse, o prefeito Eduardo Paes cede o espaço gratuitamente, o Parque dos Atletas, além da Guarda Municipal e a COMLURB para trabalharem no espaço interno, também de graça, enquanto Cabral libera a PM para fazer a segurança interna sem cobrar um tostão.

E é bom não esquecer que a pretexto de divulgar o Rio no exterior, Cabral e Paes também pagam patrocínios milionários para as edições do Rock in Rio em outros países, como aconteceu em Lisboa e Madri

Com tantas vantagens bancadas pelo dinheiro público tem negócio melhor?”

Realmente é mais do que um grande negócio. É uma negociata safada. De bandidos.

A denúncia do deputado Garotinho escancara uma danação de crimes, e o mais danoso deles é contra o  patrimônio cultural. Existe isso?

Ensina a Wikipédia:

Património  cultural é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo.

O patrimônio é a nossa herança do passado, com que vivemos hoje, e que passamos às gerações vindouras.

Do património cultural fazem parte bens imóveis tais como igrejas, casas, praças, conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a história, a arqueologia, a paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis incluem-se, por exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura, a música, o folclore, a linguagem e os costumes.

Tudo que se faz contra o samba é danoso para a nossa História, música, folclore, linguagem e costumes. Isso vou demonstrar.

PRIMEIRA SACANAGEM

Com o Rock in Rio criaram a bastarda e antinacionalista denominação “Rio Capital do Rock”, para substituir  o brasileiríssimo e carioca “Rio Capital do Samba”.

(Continua)