Aécio sempre perseguiu jornalistas. Tem medo de quê?

Quando Aécio Neves era governador, um oficial, de sua guarda de segurança, com um revólver engatilhado na cabeça da vítima indefesa, fez uma jovem jornalista se ajoelhar. Aécio promoveu o covarde agressor.

Marco Aurélio Carone publicou vários provas da corrupção desenfreada no governo de Aécio. Resultado: o jornal foi fechado, e Carone está preso incomunicável. Só vai ser solto depois das eleições.

 

Rebeca Mafra

Diário de Centro do Mundo publica:

 

BUSCA, APREENSÃO E INTIMIDAÇÃO: O ESTILO AECISTA SAI DE MINAS PARA O BRASIL

 

 

Os mandados de busca e apreensão de computadores e outros equipamentos eletrônicos na casa de seis pessoas suspeitas de difamar Aécio Neves é uma amostra de seu modus operandi. Esse é o estado de vigilância e intimidação que ele impôs em Minas, cujo resultado é uma imprensa dócil, amedrontada e a favor.

A investigação foi pedida pelo próprio Aécio. O partido emitiu uma nota: “O PSDB, em nenhum momento, requereu a realização de busca e apreensão de quaisquer equipamentos ou documentos, sejam em residências ou em sedes de empresas”.

Fala-se em “quadrilhas virtuais”. Rebeca Mafra, produtora do Canal Brasil, teve seu apartamento na Lapa, no Rio, invadido. “Um grupo de sete oficiais revirou minha casa toda. Levaram um computador, chip da máquina fotográfica, um pen drive e dois HDs externos, tudo material de trabalho”, disse.

“Eu virei perseguida política de um dia para o outro. Eu nunca posto nada de política em rede social. Tenho amigos muito engajados que não sofreram abuso desse tipo. Eu não faço parte do eleitorado dele, mas nunca difamei ninguém. Me sinto insegura. Teria de haver um técnico para que eles realizassem a perícia dos dados sem levar nada, mas levaram isso tudo para a 5ª DP”.

Para além da truculência, há o fator óbvio da ineficácia da medida. Aécio e seus assessores sabem que os boatos não foram inventados por aquelas pessoas e que aquilo não servirá para contê-los. A ideia, porém, é mandar um recado de intimidação. O próximo pode ser você.

E como ficará Rebeca Mafra, que teve a casa ocupada? (Ela conta que escapou de ter a porta arrombada porque uma amiga tinha a chave e viu a movimentação) A quem ela deve apelar?

A Justiça que agiu com rapidez e rigor para apreender laptops não será a mesma. Mas Rebeca, como você, teve um aperitivo do estilo aecista de governar, de lidar com as críticas e, num sentido mais amplo, com o mundo.

próximo morte ameaça polícia censura

O mensalão como desculpa para a impunidade

Durante encontro em Teresina, como revelou ontem o Estado, presidentes dos Tribunais de Justiça do País afirmaram que o STF está “emparedado” e sugeriram que “alguns réus” do mensalão estariam atuando para desestabilizar a Corte.

Como isso poderia acontecer? Os poderes executivo e legislativo da União e dos Estados não podem punir nenhum bandido togado. Como pode “emparedar”a justiça? Principalmente a Justiça Justiça que, na sua grande maioria prima pela honestidade, e nada tem a temer do Conselho Nacional de Justiça. Isso fica para quem tem rabo preso. Para os tribunais que estavam sendo investigados.

O mensalão é apenas uma das centenas de operações da Polícia Federal, que prendeu milhares de ladrões, eufemisticamente chamados de criminosos de colarinho branco, quando bandido é bandido. Sem essa de justiça PPV.

Criminosos impunes. Que vivem no luxo e na luxúria. Veja parte da lista 

Transcrevo da Wikipedia:

A primeira vez que a palavra “mensalão” foi grafada em um veículo de comunicação ocorreu no jornal Folha de S.Paulo, numa matéria do dia 6 de junho de 2005. A palavra, tal como ela é, foi utilizada também na mídia internacional sempre acompanhada de uma pseudo-tradução. Em espanhol como “mensalón” e em inglês como “big monthly allowance” (grande pagamento mensal) e “vote-buying” (compra de votos).

Seis anos de justiça tarda.

Entre 22 a 27 de agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF), o tribunal máximo do Brasil, iniciou o julgamento dos quarenta nomes denunciados pelo Procurador Geral da República, em 11 de abril de 2006. O STF recebeu praticamente todas as denúncias feitas contra cada um dos acusados, o que os fez passar da condição de denunciados à condição de réus no processo criminal, devendo defender-se das acusações que lhes foram imputadas perante a Justiça e, posteriormente, devendo ser julgados pelo STF.

Foi descoberto em julho de 2008, durante uma investigação sobre o banqueiro Daniel Dantas, que o Banco Opportunity foi uma das principais fontes de recursos do mensalão. Através do Banco Opportunity Daniel Dantas era o gestor da Brasil Telecom, controladora da Telemig e da Amazonia Telecom. As investigações apontaram que essas empresas de telefonia injetaram R$ 127 milhões nas contas da DNA Propaganda, administrada por Marcos Valério, o que, segundo a PF, alimentava o Valerioduto, esquema de pagamento ilegal a parlamentares. A Polícia Federal pôde chegar a essa conclusão após a Justiça ter autorizado a quebra de sigilo do computador central do Banco Opportunity.

Em 2011, já depois do fim dos dois mandatos do presidente Lula, relatório final da Polícia Federal confirmou a existência do mensalão.

O documento de 332 páginas foi a mais importante peça produzida pelo governo federal para provar o esquema de desvio de dinheiro público e uso para a compra de apoio político no Congresso durante o Governo Lula. Dias depois, o real relatório veio à público mostrando que o documento não se tratava de um relatório final da Polícia Federal e sim uma investigação complementar feita a pedido do Ministério Público cujo objetivo era mapear as fontes de financiamento do valerioduto, e que o documento não comprovara a existência do “mensalão”.

 

Mensalinho tucano

No mais, informo que Marcos Valério era apenas um laranja, que ganhou duas agências de publicidade de presente: uma de um sobrinho do vice-presidente José Alencar, ambos falecidos; e outra do vice-governador de Minas Gerais, quando se originou o mensalinho.

A denúncia foi apresentada em novembro de 2007, em consequência das investigações para apurar o chamado mensalão. Azeredo, Valério e outros investigados seriam os responsáveis por um esquema que superfaturava contratos publicitários assinados pelo governo de Minas Gerais à época (1998) em que Azeredo era governador e disputava a reeleição. Ele foi derrotado por Itamar Franco.

O dinheiro excedente que não era gasto em publicidade era destinado à campanha de Azeredo. O Ministério Público calcula que pelo menos R$ 3,5 milhões foram desviados dos cofres públicos mineiros para a campanha do então governador. Posteriormente, essa forma de caixa 2 teria sido usada em âmbito nacional em campanhas do PT, dando origem à crise enfrentada pelo governo federal em 2005.

Segundo o STF, vários documentos instruem a denúncia, como laudos e relatórios de análise, trechos do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, além do depoimento de um dos acusados, o tesoureiro da campanha de Azeredo à reeleição, Cláudio Mourão.

Outras denúncias de mensalinho apareceram contra governadores de vários Estados. E os presidentes de tribunais nem aí. Os responsáveis pelos mensalinhos também continuam impunes. Idem o ex-detido, chamado de “capo”, Daniel Dantas, que teve dois habeas corpus relâmpagos do ministro Gilmar Mendes.

No encocntro de Teresina, disse o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF): “Vamos atuar pouco importando o aplauso ou a crítica”. E acresscentou: “O dia em que atuarmos de acordo com o clamor público estaremos mal”.

Dos três poderes, a Justiça é o único que não é eleito pelo povo. Os outros – o Executivo e o Legislativo – o povo julga com o voto.

A quem a Justiça presta contas?

Um presidente de Tribunal de Justiça estadual tem um poder absolutista. Veja 

Sermão da Montanha
Sermão da Montanha

Disse Jesus: “Bem- aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados”.