Governos tucanos enriquecem os industriais da seca

Santo
Santo

 

O governo do PSDB em São Paulo está devendo uma explicação aos paulistas. O estado mais rico do Brasil, infelizmente, está passando por uma crise sem precedentes no abastecimento de água. Segundo pesquisa do Datafolha, 60% dos moradores da capital paulista dizem ter ficado sem água em casa em algum momento nos últimos 30 dias. Mas os tucanos precisam explicar por que só agora passaram a admitir o problema, mesmo sendo alertados pelos técnicos da área há praticamente um ano.

A situação é “gravíssima”, como finalmente reconheceu Dilma Pena, presidenta da Sabesp, a estatal do governo paulista responsável pelo abastecimento da Capital. Sua declaração, dada uma semana depois da vitória do tucano Geraldo Alckmin no primeiro turno, mostra o quanto o PSDB foi irresponsável com a população, ao subordinar um tema tão vital aos interesses eleitorais dos tucanos.

Pior ainda: no mesmo depoimento à CPI da Sabesp, na Câmara Municipal, Dilma Pena disse que estaria proibida pelo TRE de fazer a publicidade que julgava correta para alertar a população. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Justiça Eleitoral nega esse veto. Mas certamente nada a teria impedido — a não ser a conveniência eleitoral — de ter sido transparente e falar tudo o que desejava numa entrevista ou comunicado da Sabesp, por exemplo.

Se na economia, os tucanos gostam de plantar inflação para colher juros altos, no caso da crise da água está evidente que plantaram desinvestimento e agora estão obrigando a população a colher racionamento. Em Cristais Paulista, por exemplo, 1.600 crianças estão sem aulas, suspensas por causa da falta de água nas escolas.

Se os governos do PSDB tivessem feito as obras planejadas para aumentar a reservação no Estado e diminuir a dependência da Capital do Sistema Cantareira, o quadro seria outro.

O primeiro passo agora para atenuar o problema é o governo estadual em São Paulo abandonar a postura arrogante. Durante a eleição, o governador Geraldo Alckmin chegou a dizer que não faria racionamento porque as chuvas sempre vem nos meses que têm a letra “r”. O povo paulista acreditou nele quando a chuva não veio em maio, junho, julho ou agosto. Mas qual é a explicação do governador, agora que setembro passou e outubro está quase no fim e a chuva ainda não chegou?

Reconhecer a gravidade do problema e ter humildade para aceitar a ajuda do governo federal é o que a população de São Paulo espera dos tucanos. A presidenta Dilma anunciou que está autorizando um empréstimo de R$ 1,8 bilhão da Caixa Econômica Federal, a juros subsidiados, para o consórcio responsável pelas obras do Sistema São Lourenço, que vai reforçar o abastecimento de São Paulo. É mais uma ação de Dilma, responsável pelo maior pacote de investimentos e obras da história de São Paulo.

Além disso, Dilma colocou seu governo inteiramente a disposição para qualquer ajuda que alivie o sofrimento dos paulistas em relação a crise da água, mas a Constituição determina que esse auxílio precisa ser pedido pelo governador.

Infelizmente, pelo que se viu na CPI da Sabesp, os tucanos preferem a chacota à seriedade no enfrentamento da questão. Uma gravação feita durante uma das sessões da CPI captou diálogo entre a presidenta da Sabesp, Dilma Pena, e o vereador do PSDB Andrea Matarazzo. Eles classificaram os trabalhos da CPI como “teatrinho”. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, “Matarazzo tentava tranquilizá-la e afirmou que a comissão ‘não tem a menor consequência (efeito)’”. Ao que a presidente da Sabesp respondeu: ‘teatrinho’. O tucano, então, concordou dizendo: ‘totalmente’”. Um diálogo que parece servir como epílogo da encenação eleitoral com que os tucanos trataram a crise da água.

Na origem do problema está o equivocado modelo de gestão do PSDB. E não a seca, como os tucanos tentam justificar para a população. No lugar de usar uma parte do lucro das empresas estatais para fazer as obras que teriam evitado o atual sofrimento da população, os governos tucanos optaram por pagar os maiores dividendos aos acionistas das empresas estatais, incluindo especuladores da Bolsa de Nova York. Foi pensando e agindo assim que os tucanos levaram o Brasil ao racionamento de energia, em 2000. Agora, infelizmente, o mesmo quadro se repete em São Paulo, onde a insensibilidade do PSDB provocou algo impensável até pouco tempo atrás: o paulista já está vivendo sem a garantia de ter água em casa para as atividades mais simples, como tomar banho ou lavar louça.

seca água FHC

Depois de votar São Paulo fica sem água. E o preço vai disparar.

* Uma casa que gasta 100 reais com água por mês deve passar a gastar 1 mil reais 

* Empresa de caminhões-pipa disse que pode chegar a leiloar água

* Os industriais da seca e acionistas da Sabesb vão faturar os tubos

* O tucano Alckmin continua na mentira de que sobra água na torneira

 

Como a crise da água em SP pode secar também o seu bolso

 

 Payam Boromand
Payam Boromand

 

 

por Priscila Yasbek

 

É uma questão de tempo até que a crise de abastecimento de água no Estado de São Paulo chegue ao bolso das famílias paulistas, segundo especialistas e profissionais do setor de recursos hídricos.

Apesar de ser difícil precisar o tamanho do impacto nos orçamentos, Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu, chega a palpitar que o custo da água será dez vezes maior do que o atual. E, caso o problema não seja resolvido, o céu é o limite para o aumento dos gastos.

“Se imaginarmos que vamos ficar sem água, quanto vale um litro? Qualquer coisa. Em um chute eu diria que uma casa que gasta 100 reais com água por mês deve passar a gastar 1 mil reais. Não tem chovido em outubro e a chuva de novembro é esperada com base em dados históricos, por isso eu chutaria que em dois meses o custo da água deve ser multiplicado por dez”, afirma Mattar.

A equação é muito simples: com uma redução na oferta de água e manutenção da demanda, o preço sobe. É a lei da oferta e demanda, quanto maior a demanda e menor a oferta, maior é a pressão sobre o valor do bem em questão.

Ocorre que, como a água é um recurso de necessidade básica os preços não flutuam tão livremente e de maneira tão óbvia quanto o preço de um tomate por exemplo, que sofre uma alta se a safra é ruim e não conta com subsídios.

Como o governo interfere nos preços da água, é difícil estimar com exatidão qual pode ser o comportamento dos preços, já que isso dependerá da forma como será gerenciada a crise daqui para frente.

O problema

A crise de abastecimento afeta a Grande São Paulo e a região de Campinas, onde cerca de 12 milhões de pessoas são abastecidas pelo Cantareira.

Neste momento, a Sabesp está usando o volume morto do Sistema Cantareira para abastecer os lares paulistas, um reservatório que armazena a água que fica no fundo das represas.

O uso dessa primeira reserva de volume morto deve durar até o dia 15 de novembro, segundo a concessionária, e o próximo passo é usar a segunda cota do volume morto. “Mesmo se usado o segundo volume morto, temos água apenas até abril do ano que vem, mas essa previsão pressupõe que ocorra o regime de chuva normal e isso absolutamente não se pode garantir”, diz Helio Mattar.

“O governo afirmava que não havia racionamento, então como é possível não ter racionamento se o volume de água caiu pela metade? É óbvio que há racionamento e ele começou pela periferia, lentamente foi se aproximando do Centro e hoje está em todas regiões”, afirma Mattar. Leia mais

 

eles sabiam

O governo do Estado de São Paulo estava ciente da necessidade de investir em reservatórios de água há 10 anos. Os relatórios já indicavam que a dependência do sistema Cantareira seria prejudicial em caso de seca extrema. O que foi feito desde 2004? Nada.

 

ONU

 

Dilma ofereceu ajuda ao governo tucano, mas não houve interesse em dar andamento às obras. Relatórios internacionais mostram que a falta de água em São Paulo é consequência da falta de planejamento do governo estadual. É assim que o PSDB planeja governar o Brasil?

 

deserto cantareira

O oásis tucano de Alckmin
O oásis tucano de Alckmin

Condomínio onde Alckmin tem apartamento mantém 5 piscinas cheias, de acordo com o colunista Chico Felitti: http://uol.com/bjdYkY

 

 

Quanto o judiciário, o legislativo e o executivo gastam com água engarrafada?

água

 

O gasto com água engarrafada. Este um desperdício jamais tocado pela imprensa. E que nunca será discutido, principalmente agora que estão privatizando todos os serviços de abastecimento de água, e as outorgas da Agência Nacional de Água são cada vez mais secretas.

Sei que a água vale mais que o ouro. É mais cara que a gasolina. E o brasileiro não reclama nada.

Antes de 64, o senador Jarbas Maranhão, um político sério, um homem digno, perdeu a eleição de governador de Pernambuco para Cid Sampaio, por conta do boato de que não bebia a água de cisterna, das cidades que visitava na campanha eleitoral, por nojo. Por frescura. Viadagem.

Os tempos estão mesmo mudados. Todo mundo sabe que, nos palácios do executivo, do legislativo e do judiciário, ninguém bebe água de torneira.

Gostaria de saber quanto o Brasil lucra com as outorgas e quanto paga para as concessionárias de água?

KAP
KAP

La administración pública española ahorraría al menos 50 millones de euros anuales sustituyendo el agua embotellada de reuniones, entrevistas, encuentros o seminarios por agua de grifo, según concluye en un artículo el director general de la Asociación Española de Empresas Gestoras de los Servicios de Agua a Poblaciones (AGA), José Luis González Vallvé. En un texto publicado en la página web ‘iAgua’, el exconsejero de Castilla y León explica que España se encuentra entre los cinco países mayores consumidores per cápita de agua embotellada del mundo, con un consumo de aproximadamente 5.000 millones de botellas por año.

Según desgrana, esto supone un consumo de entre 100 y 150 litros por habitante de un agua que cuesta entre 200 y 1.000 veces más que el agua de grifo. Y además, avisa de que no está claro de que el agua embotellada tenga “mejor sabor ni mejores condiciones higiénico-dietéticas-sanitarias” que la de grifo. “No hay estadísticas ni estudios suficientemente rigurosos ni en los presupuestos públicos hay un epígrafe para el agua embotellada, pero una estimación conservadora sería la de que la Administración Pública consume entre el 5% y el 10% del total del consumo de agua embotellada de España. Si escogemos la menor de dichas hipótesis, tendríamos un gasto de 50 millones de euros por año que obviamente se ahorrarían en su casi totalidad si se consumiera agua del grifo”, argumenta el director general de AGA.

Pero además, advierte de que otra de las consecuencias de este consumo son los kilos de plástico consumidos, de los que “sólo van al vertedero con tratamiento de residuos el 13 por ciento” y el resto acaba en parques, jardines, calles u otras zonas públicas, causando “más daño ambiental” que un desastre natural como el del Prestige.

Consumo energético

González Vallvé apunta también al consumo energético que supone hacer botellas de plástico. “Producir un vasito de agua embotellada en envase de plástico, supone emitir como media 185 g de CO2 a la atmosfera, como un automóvil recorriendo un kilómetro, frente a los escasos 0,3g del modesto vasito de agua del grifo vía jarrita en la mesita”, denuncia.

Además de consejero de la Junta de Castilla y León, González Vallvé ha sido funcionario internacional en la Comisión Europea y, como tal, director de su Representación en España, entre 2003 y 2009. En los últimos años ha sido presidente de Tecniberia, consejero del Icex y presidente del Consejo de Promoción Exterior de la CEOE. Confira 

 

O AUGE DA CRETINICE

por Gilberto Prado

É estarrecedor. Não dá para acreditar em um mínimo gesto de humanismo por parte do poder público. Aos poucos vai vulgarizando aquilo que o povo tem de mais sagrado: a vida.

Os próprios administradores, como se fosse robôs, se encarregam de institucionalizar a irresponsabilidade. Defende-a com ardor, mesmo sendo público e notória o desleixo ou falta de compromisso com o povo. Assumem, sem o menos pudor, a conivência.

Vejam, por favor o motivo da minha revolta, envolvendo – na condição de vítimas – pessoas que nunca vi na vida, mas a elas me solidarizo.
Um motociclista chamado Robson Coelho do Nascimento, 40 anos, caiu em um buraco aberto pela Compesa, na Avenida General San Martin, sem a obrigatória sinalização. Morreu. A mãe da vítima fatal, dependente, Maria das Dores do Nascimento entrou com uma ação na justiça pedindo indenização por danos morais. Robson Coelho era arrimo de família.
Em resumo, foi o acontecido.

O que deveria fazer a Compesa, fosse dirigida por alguém que tenha um mínimo de compromisso com alguém, em um caso onde foi atingida cruelmente uma pobre família? Ora, sequer deixar a questão na Justiça. Procuraria um acordo e cumpriria sua obrigação, principalmente moral.
O que faz a Compesa? Mesmo perdendo a ação judicial, que se arrasta desde setembro de 2010, protela o pagamento da irrisória indenização de R$ 50 mil. Irrisória, considerando que o fato envolve uma vida cujo valor não tem preço.

Leiam, por favor, as alegações dos monstros desumanos dirigentes da companhia estatal cujas consciências devem estar tão furadas quanto as porcarias de canos que expõem à população. Duas delas.
A primeira: alegou que houve “descumprimento do dever de cautela” por parte da vítima. A outra: negou a existência de danos morais. No caso, equipara uma vida humana a de uma barata, mosca ou um inseto qualquer.
Pelo amor de Deus, cretinice tem limites.


Nota do editor: Sociedade anônima de economia mista, com fins de utilidade pública, a Compesa está vinculada ao Governo do Estado de Pernambuco por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos. É uma organização dotada de personalidade jurídica de direito privado, tendo o Estado como seu maior acionista. Isso significa: o lucro é dividido com os acionistas. O prejuízo, o povo paga. E quem privatizou a Compensa? Por que o Estado de Pernambuco, governado por Eduardo Campos, permite a maldade de passar calote em uma pobre mãe, cuja vida do filho vale a porcaria de R$ 50 mil?

Compesa deixa buraco profundo após serviço mal feito no Cabo Jairo Lima
Compesa deixa buraco profundo após serviço mal feito no Cabo Jairo Lima
Compesa diz que avenida de São Lourenço ainda tem buracos porque população não sabe esperar reconstrução Jamildo Melo
Compesa diz que avenida de São Lourenço ainda tem buracos porque população não sabe esperar reconstrução Jamildo Melo
COMPESA E A FALTA DE RESPEITO COM A POPULAÇÃO DE PETROLINA Geraldo José
Compesa e a falta de respeito com a população de Petrolina Geraldo José

 
 
 

Chile se opone a que “el agua que cae del cielo tenga dueño”

agua-marcha_chile_ vale

“Soy una convencida como muchos ciudadanos y ciudadanas de este país de que es necesario y es urgente, por una cuestión de principios, por una cuestión de dignidad humana, recuperar nuestra agua, recuperar nuestra fuente de vida que está en manos de privados”, exclamó la emblemática exdirigente estudiantil Camila Vallejo, participante en la protesta.

La denominada “Gran Marcha Carnaval por la Recuperación y Defensa del Agua”, fue convocada por más de un centenar de organizaciones medioambientales, indígenas y otras agrupaciones sociales.

Entre los convocantes estuvieron el Movimiento de Defensa por el acceso al Agua, la Tierra y la protección del Medio Ambiente, el Movimiento por la Defensa del Mar, S.O.S Huasco y la Federación de Estudiantes de la Universidad de Chile.

Con gran colorido, entre carteles, cantos y bailes, los manifestantes recorrieron varias arterias de la ciudad, enarbolando llamados a proteger las fuentes de agua, y a defender ese recurso hídrico como un derecho humano.

“Gobierno recapacite, no nos sepulte vivo, somos seres humanos”, reclamaba una de las pancartas, en tanto otras exhortaban a detener la construcción de termoeléctricas cercanas a fuentes de agua, como la de Punta Alcalde, en la provincia del Huasco, región de Atacama.

Los manifestantes expresaron que la difícil situación por la que atraviesan sus comunidades en lo referente al agua, no es causada solamente por la sequía, sino también por problemas estructurales en las políticas de explotación de los recursos naturales del país.

“Hemos descubierto que en Chile hay agua, pero que la muralla que la separa de nosotros se llama lucro”, señala la declaración suscrita por las organizaciones participantes en la protesta, en ocasión del 22 de abril, Día de la Tierra.

El documento se opone a que “el agua que cae del cielo tenga dueño”, y asegura que esa muralla a la que hace referencia está “secando nuestras cuencas, está devastando los ciclos hídricos que han sostenido nuestros valles por siglos, está sembrando la muerte en nuestros territorios y debe ser derrumbada ahora”.

Galeria de fotos

Chile. La marcha por las aguas ancestrales

Con música, cánticos y muchos colores comunidades del norte, centro y sur de Chile participaron en una histórica manifestación por el agua en Santiago

agua marcha hoje

A las 13 hrs en la Plaza Los Héroes, los miles de caminantes que llevaban agua de sus territorios las juntaron para reunir la energía limpia y sana en medio de una rogativa que llamó a activarse por la defensa y recuperación del elemento vital.

Paralelo a la ceremonia, cinco dirigentes territoriales entregaron una misiva a La Moneda, escoltados por Carabineros, donde solicitaron al Ejecutivo que se ponga fin al lucro con el agua y que, en cambio, sea propiedad colectiva y de gestión comunitaria. Para ello es necesario derogar los instrumentos privatizadores que son el Código de Aguas, el Tratado binacional Minero, y que se dicten “leyes para la vida” y reestructurar la institucionalidad de la gestión del agua en Chile.

La Marcha Carnaval por la Defensa y recuperación concluyó pacíficamente en la Plaza Los Héroes tras la ceremonia por las aguas ancestrales y dando paso a una asamblea entre organizaciones y comunidades para evaluar y realizar nuevas acciones para desprivatizar y recuperar las aguas para las comunidades.

 

Alfredo Martirena
Alfredo Martirena

En el día de la Tierra, Los Pueblos de Chile se movilizan por las aguas y por la vida

La falta de acceso a la Tierra y la lucha por una distribución justa y digna. La desaparición progresiva de la vida rural y la lucha por su existencia frente al desplazamiento que hacen depredadores y contaminantes mega industrias. Las exigencias por un medio ambiente libre de contaminación y por el acceso al agua como un Derecho Humano y para todos los seres vivos, son luchas que van por la vida, por la existencia, por el buen vivir, por el bienestar social, por la soberanía y seguridad alimentaria, por los derechos, por la salud, por el respeto a la madre tierra, los derechos de la naturaleza y por la paz.

água Chile
Imágenes: 1) Pewen – cordillera araucanía – 2) Río Truful Truful – Melipeuco – 3) Columna – marcha del norte llegando a Santiago por la “defensa y recuperación de las aguas” (Foto: Adolfo Romero – RAN)

El día por (o de) la Tierra, 22 de abril, es un día reconocido por diversos sectores políticos, sociales, ambientalistas, de Derechos humanos, estudiantiles, artísticos y culturales de diversos pueblos, preocupados por la vida y existencia del planeta y los impactos que vienen ocurriendo en diversos territorios a causa de prácticas dañinas. Asimismo, ha sido reconocido y declarado oficialmente por organismos internacionales como las Naciones Unidas.

En este día, los movimientos sociales en Chile se están expresando masivamente, con delegaciones provenientes desde diversas regiones, del norte y sur, quienes han convergido en Santiago por las aguas, DESDE UNA PERSPECTIVA INTEGRAL CON RESPECTO A LO QUE OCURRE EN LOS TERRITORIOS, ante la crisis que se vive y la mercantilización de este vital elemento, apropiado indebidamente por corporaciones privadas que la controlan, depredan y contaminan.

 

LAS AGUAS EN CHILE
El agua es un elemento vital. Puede sonar a lugar común, pero nadie discute la importancia que tiene para el desarrollo de la sociedad. ¿Es el acceso a ella un derecho fundamental de la población?
La mayor parte de los derechos de aguas en Chile está en manos de privados de forma gratuita y a perpetuidad. El Código que norma el uso de los recursos hídricos permite que se regulen de acuerdo al mercado y la Constitución consagra al agua como un bien privado.
Este marco regulatorio ha permitido que diversas actividades de la mega industria se desplacen a la región de la Araucanía e intervengan recursos hídricos ya sea succionando este vital elemento o bien contaminándolo.
Es el caso de la industria forestal y de celulosa, que en el centro sur de Chile tienen más de 3 millones de hectáreas de monocultivos de plantaciones de pino y eucaliptus y que pretende duplicarse, actuando como verdaderas bombas de agua, reemplazando tierras agrícolas, frutícolas, de bosque nativos, espacios fundamentales para la vida, la soberanía alimentaria y el desarrollo de la vida rural.
Las localidades forestales entre el Bio Bio y la Araucanía, a pesar de las abultadas utilidades que perciben las compañías, son lugares donde se concentran los mayores niveles de pobreza. Asimismo, pueblos que son centros medulares de la actividad forestal prácticamente son poblados “fantasmas” y donde existe un notable aumento emigratorio.
Asimismo, decenas de proyectos se emplazan en las zonas cordilleranas buscando captar e intervenir fuentes de agua, tal es el caso de la industria salmonera con múltiples pisciculturas; O bien de corte energética como diversas centrales hidroeléctricas y de geotermia; O la propia expansión de la industria forestal.
A esto se suma la privatización de servicios básicos de agua y alcantarillado con empresas que solo buscan lucro, generando fuertes aumentos de costos en las zonas urbanas y contaminaciones en sectores rurales vulnerables. Lo mismo con descontrolados vertederos en las diversas comunas que contaminan las aguas necesarias para la agricultura y la vida.
Para graficar la situación crítica en la región, entre enero y febrero del 2012, fueron más unas 46.000 personas de zonas rurales las afectadas por la falta de agua y con serios trastornos a su agricultura de subsistencia , hechos que llevaron a establecer un decreto de emergencia agrícola a finales, siendo las mujeres y niños y niñas las más afectadas por estas situaciones.

 

ENDESA

Como se señalaba, el aspecto más crítico del Código de Aguas de 1981 es que define el agua como “un bien nacional de uso público”, pero al mismo tiempo como un “bien económico, autorizando la privatización del agua a través de la concesión de derechos en forma gratuita y a perpetuidad, no fijando límites a dicha concesión”. Es aquí donde está el problema, ya que deja en entre dicho el uso público del agua dejando el espacio para su usufructo privado lo que ha derivado a diversos mega proyectos, especulaciones y palos blancos que han causado estragos a territorios y al agua.
Hoy, en Chile, el 90% de los derechos de aprovechamiento de aguas consuntivas (no devuelven un caudal al río), en el norte, se encuentra en manos de empresas mineras y agroexportadoras, mientras que prácticamente el 100% de los derechos de aprovechamiento de aguas no consuntivos (devuelven un caudal al río) se encuentra en manos de transnacionales como ENDESA (más del 70 %).

Dario Castillejos
Dario Castillejos

Del total del recurso hídrico existente en el planeta, el 97 por ciento corresponde a agua salada y sólo un 3 por ciento a dulce, sin embargo, sólo un 1 por ciento está disponible para los ecosistemas y el consumo humano y animal. El 2 por ciento restante está congelado en glaciares y Polos. El 20 por ciento de la población mundial carece del agua necesaria para una vida sana y se espera que para el 2025 esta situación afecte a un 30 por ciento de los seres humanos.

Hoy, 5 millones de personas mueren al año por enfermedades asociadas a aguas contaminadas.

Chile hoy. Organizaciones exigen recuperar el agua con tres marchas que confluyen en Santiago

Giacomo Cardelli
Giacomo Cardelli

Para não alertar as populações brasileiras sobre o grave problema de abastecimento d’água, a imprensa comprada pelas engarrafadoras internacionais, vai esconder as marchas que estão sendo realizadas no Chile e outros países. Que no Brasil, o preço da água é mais caro do que a gasolina.

Não esquecer que o Brasil é o país mais rico em água, e o maior exportador mundial.

Água para exportar tem.

Água para o povo brasileiro tem não. Tem água de caminhão-pipa, transportada a preço de ouro, para enricar os industriais da seca, uma máfia intocável que fatura milhões e milhões.

Tem água de barreiros. De cacimbas. De poços clandestinos cavados pelo povo. Dos poucos açudes. Que água na torneira existe apenas nas grandes e médias cidades. E água que, para beber, tem que ser fervida.

Os governadores privatizaram ou estão para privatizar os serviços de abastecimento. E a prostituta Ana continua com suas concessões para as “fábricas de água” . Tudo na moita. Se a água dos maiores aquíferos do mundo,  encantada no nosso sub-solo, mas escondidas são as concessões para as chamadas indústrias nacionais com sede no exterior: Coca-Cola, Nestlê, Ambev  e outros piratas.

Eta Brasil dominado, colonizado e corrupto. Lá no Chile, pelo menos, o povo se movimenta.

Julio Carrión Cueva
Julio Carrión Cueva

El reconocimiento como derecho humano básico y que deje de ser una mercancía regulada por el mercado son las principales demandas de los movimientos sociales que participarán de la Marcha Carnaval por la Recuperación y Defensa del Agua, que congregará a tres columnas de manifestantes provenientes de todo el país. Todos los detalles aquí.
“En Chile hay agua, pero la muralla que la separa de nosotros se llama lucro y se construye con el Código de Aguas y la Constitución”, reza la declaración oficial de las 70 organizaciones convocantes de la Marcha Carnaval por la Defensa y Recuperación de este recurso hídrico.

La movilización se iniciará a las nueve de la mañana de este lunes, cuando las agrupaciones provenientes del norte, sur y zona centro del país comiencen a marchar desde distintos puntos de la capital rumbo a Plaza Los Héroes, donde se realizará un acto cultural.

Las organizaciones del centro del país iniciarán su recorrido a las 10 de la mañana desde el frontis de la Universidad de Santiago. En ella participarán vecinos de la comunidad de Bartolillo, en la provincia de Petorca, región de Valparaíso, que ha debido soportar al menos ocho meses sin el recurso.

Para Rodrigo Mundaca, vocero del Movimiento por la Defensa del Acceso al Agua, la Tierra y el Medioambiente (Modatima), esto es “impresentable”.

“Existen localidades interiores, como Bartolillo, donde hay gente que lleva más de ocho meses sin agua potable para bebida y servicios higiénicos. Algunos medios locales han reportado que hay sectores donde se hacen las necesidades en bolsas de plásticos. Llevamos muchos años señalando al país lo impropio de la usurpación de agua en la provincia de Petorca, pero también hemos planteado un debate acerca de la necesidad imperiosa de terminar con la privatización de los recursos hídricos”, declaró.

En tanto, Marcela Mella, vocera de la Coordinadora Ríos del Maipo, dijo esperar que esta protesta sea el inicio de un proceso de concientización de la población sobre lo “impropio de que Chile tenga sus aguas privatizadas y que un bien nacional de uso público esté convertido en un objeto de lucro”.

“Las personas deberían tomar conciencia de que el agua ya no es un recurso renovable como se consideraba antes. El cambio climático ha afectado seriamente los recursos hídricos y las intervenciones de la gran minería, ylas hidroeléctricas gigantes han ido disminuyendo la cantidad de agua disponible desde las cuencas a las ciudades. En Chile, el agua es un bien transable, afecto al lucro igual que la educación, la salud y las AFPs. Para nosotros, es el inicio de un proceso para crear conciencia”, explicó.

Un total de 70 organizaciones convocantes y poco menos de 60 adherentes, como la Federación de Estudiantes de la Universidad de Chile, Greenpeace y Chile Sustentable, serán parte de esta movilización de carácter nacional.

Tres recorridos están autorizados por la Intendencia de Santiago que, según pronostican los organizadores, serán nutridos por miles de manifestantes. “Es el inicio de una etapa que tiene como finalidad recuperar todos los recursos naturales que fueron usurpados y que son objeto de lucro” concluyeron los voceros.

Norte: Problemas ambientales y de salud

Los participantes del norte marcharon el domingo desde Batuco hasta Quilicura y el lunes comenzarán su paso en Vespucio con Panamericana, para avanzar por Fermín Vivaceta, Independencia, Estación Mapocho y Balmaceda Poniente hasta llegar a Plaza Los Héroes.

La “columna norte” está integrada por voceros y representantes de comunidades que han debido enfrentar no sólo el contexto de escasez hídrica que se arrastra hace ya varios años, sino que también la contaminación de los flujos de agua que poseen.

Así lo señaló Rodrigo Villablanca, vocero del Comité Ecológico y Cultural Esperanza de Vida de Alto del Carmen, región de Atacama. Esta es una de las localidades que se nutre del río del Valle del Huasco y que ha sido afectada por la contaminación originada en la precordillera, debido al proyecto Pascua Lama.

“Más del 50 por ciento de las comunidades de Alto del Carmen no cuentan con agua potable. Por uso y costumbre, bebemos el agua directamente del río, lo que nos ha traído una serie de inconvenientes. Lamentablemente, hace dos años tenemos que recurrir a los camiones aljibe de la municipalidad, es una situación indignante”, dijo Villablanca.

Lucio Cuenca, director del Observatorio Latinoamericano de Conflictos Ambientales (OLCA) alertó sobre los perjuicios para la salud que generan estas situaciones e indicó que “las actividades industriales o extractivas están sobrepasando los límites de recuperación natural que tienen los ecosistemas. Eso es lo que profundiza la sequía y genera problemas de abastecimiento”.

Además, señaló, “hay actividades, como la minería, que usan el agua de manera continua y la inutilizan en un 100 por ciento, porque la contaminan y no se recupera”.

Sur: “Ya no hay agua”

En el caso de la “columna sur”, la marcha comenzará en metro La Cisterna y enfilará por Gran Avenida hasta avenida Matta, lugar donde se dirigirá al poniente para salir, por calle Vergara, al punto de reunión.

Entre los asistentes estará Patricio Castro, vocero de la comunidad Antilhue, localidad que mantiene un conflicto con Forestal Mininco debido a sus plantaciones de árboles exóticos como pino y eucalipto, lo que ha provocado escasez hídrica en el sector de Malalhue, región de los Ríos.

El dirigente señaló que “estas cuencas abastecen alrededor de 2.500 familias, abarcando como seis o siete comunidades. Ya no hay agua y eso genera un gasto para la municipalidad, que se tiene que hacer cargo con camiones aljibe para llevar agua a sectores donde ya no llega el agua. Es un problema transversal que nos afecta a las comunidades mapuches, pero también a la economía local, comunal y regional”.

También participará Teresa Nahuelpán, vocera del Movimiento por la Defensa del Mar, comunidad que hace más de 13 años mantiene un conflicto con la empresa Arauco y su intención de construir un ducto, que permita evacuar los desechos tóxicos de la planta de Celulosa ubicada en Valdivia a través de la bahía de Mehuin.

La principal demanda que se enarbolará en esta movilización nacional es la refundación del Código de Aguas para abolir la propiedad privada del agua.

Esta “muralla institucional”, como se le denominó a la normativa, es la causante de que se sequen las cuencas y se perjudiquen los ciclos hídricos. “Está sembrando la muerte en nuestros territorios y debe ser derrumbada ahora”, señaló Rodrigo Villablanca, dirigente de Alto del Carmen, provincia del Huasco. Radio Bio Bio

KAP
KAP