A corrupção mata em Belo Horizonte e os assassinos vão ficar impunes

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Dos jornais mineiros, apenas o Estado erra na contagem dos mortos
Dos jornais mineiros, apenas o Estado erra na contagem dos mortos
Para o Estadão a culpa é da Copa. Falta água em São Paulo e a culpa  é da Copa. Neymar sofre fratura na vértebra por culpa da Copa. O metrô de São Paulo recebe milhões de euros de propina em nome da Copa
Para o Estadão a Copa derruba viaduto em Belo Horizonte. Falta água em São Paulo e a culpa
é da Copa. Neymar sofre fratura na vértebra por culpa da Copa. O metrô de São Paulo recebe milhões de euros de propina em nome da Copa

 

 

GAFES EM MOMENTOS DIFÍCEIS 
Especialista avalia que visão do prefeito Marcio Lacerda da cidade causa declarações infelizes

 

por Lucas Pavanelli/ O Tempo

 

Babá. Marcio Lacerda durante visita à avenida Abílio Machado onde uma pessoa morreu com enchente
Babá. Marcio Lacerda durante visita à avenida Abílio Machado onde uma pessoa morreu com enchente

As declarações do prefeito Marcio Lacerda (PSB) após o desabamento de um viaduto na avenida Pedro I nessa quinta repercutiram mal outra vez. O chefe do Executivo municipal afirmou que “acidentes como esse, infelizmente, acontecem”, disse que é “normal” liberar o tráfego para carros com os viadutos em fase de acabamento e chegou até a elogiar a Cowan, construtora responsável pela obra.

“A empresa é renomada, de muita tradição”, disse em coletiva de imprensa horas depois do desabamento do viaduto que matou duas pessoas e deixou outras 23 feridas.

Frases polêmicas como essas não são incomuns no currículo de Lacerda. Em outras ocasiões, declarações do prefeito repercutiram igualmente mal. Foi assim em novembro de 2012 quando ele esteve na avenida Abílio Machado, na região Noroeste da capital, um dia depois que um homem morreu após ter o carro arrastado por uma enxurrada.

“Nós deveríamos ter sido um pouco mais babás do cidadão para que eles não corressem riscos”, afirmou Lacerda. Na mesma ocasião, questionado porque a prefeitura não havia pensado em um plano de monitoramento antes do episódio, o prefeito disse: “É a vida. Os riscos aparecem e nós temos que atuar em função deles.”

Durante uma sabatina do grupo Folha/UOL em São Paulo, pouco antes das eleições de 2012, o prefeito tentou justificar a superlotação do transporte coletivo da capital em horário de pico. “Isso acontece muitas vezes porque as pessoas não querem esperar o próximo ônibus”.

Para o cientista político da PUC Minas Moisés Augusto Gonçalves, essas constantes declarações são “desrespeito ao cidadão” e uma visão diferente que o prefeito tem do conceito de cidade.

“Ele tem uma leitura da cidade enquanto ‘city’, um espaço de negócios. Outra concepção é a de ‘pólis’, um espaço comum. O primeiro mata a ideia de espaço do cidadão. Nesse conceito, a vida não tem valor e a fala do prefeito mostra um distanciamento do cidadão”, opina o professor.

Na última segunda-feira, o prefeito Marcio Lacerda manifestou o apoio ao pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga. Para Gonçalves, o episódio deve “respingar” na campanha do tucano.

O presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana questiona a visão. “Não vejo nenhuma dimensão eleitoral nisso. É condenável tentar politizar esse tipo de assunto. O importante, agora, é solidarizar com as vítimas”, afirmou o parlamentar que evitou opinar sobre as declarações recorrentes de Lacerda.

Câmara
Sem opinião. Quando questionado, na entrevista coletiva, sobre a possibilidade de abertura de CPI na Câmara Municipal, Lacerda virou as costas e não respondeu a pergunta.

 

TODO O PESO DE UM VIADUTO

 

por Heron Guimarães/ O Tempo

 

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A obra inacabada que desabou sobre a avenida Pedro I na última quinta-feira faz parte de um complexo de mobilidade urbana que custa aos cofres públicos mais de R$ 154 milhões. O viaduto destruído é apenas um dos quatro que a construtora Cowan diz ter “concluído” na capital mineira com “pontualidade e segurança”.

A propaganda da empresa de engenharia, a mesma que levou para Paris alguns secretários do Rio de Janeiro após vencer licitação suspeita, é tão malfeita ou mal-intencionada como o próprio viaduto que assassinou duas pessoas e deixou ferimentos e sequelas irreversíveis em outras 23 vítimas.

Em volantes distribuídos aos moradores da região, a Cowan ressalta suas qualidades e diz que “contribui para que seus contratos sejam cumpridos dentro dos prazos previstos e as obras sejam entregues aos clientes conforme as suas expectativas”. Mas, agora, quando vêm ao chão mais de 3.500 toneladas de concreto e ferragens, essa mesma empresa que alardeava seu compromisso com a “qualidade” acha que uma única nota com poucas linhas é o bastante.

Devido ao acidente, tudo o que essa empreiteira entregou à população, com pistas de superfaturamento, está sob ameaça. Afinal, quem agora terá sossego em passar por baixo de algum desses novos viadutos de BH?

Não é só isso. Matéria publicada por O TEMPO na edição de ontem traz também a situação mais do que preocupante da Estação São Gabriel, uma das maiores e mais importantes do Move.
Nesse caso, a obra não ficou sob administração da mesma empresa do viaduto da Pedro I, mas de outro consórcio, que, assim como a Cowan, não se preocupa muito em prestar esclarecimentos.

A estação, por onde passam 80 mil pessoas por dia, apresenta falhas inquestionáveis e percebidas até mesmo por um leigo.

São colunas fixadas com menos parafusos do que o recomendado, partes enferrujadas, vãos livres sem as devidas sustentações e piso com rachaduras. Especialistas já fizeram alertas de que a estação ou parte dela pode desabar. O secretário de Obras, sem convencer muito, disse que está “tranquilo”.

Já o prefeito de Belo Horizonte, após o desastre desta semana, disse que “acidentes acontecem e que o país irá aprender com isso”.

Não foi um pronunciamento feliz. Marcio Lacerda, que carrega agora todo o peso do viaduto da Pedro I nas costas, deve se posicionar melhor e manifestar rapidamente sobre o que pretende fazer com o desmazelo com que as obras estão sendo tocadas, sob pena de ser responsabilizado como coautor de outras tragédias. Se fosse ele, começaria por um olhar mais atento e medidas imediatas para garantir a segurança da São Gabriel.

 

 

Jornal O Globo esconde os corruptos que faturaram o viaduto que balançou e caiu em Belô

A MENTIRA OU MEIA-VERDADE

O VIADUTO NÃO ERA DA COPA. ERA DA PREFEITURA DE MINAS GERAIS
O VIADUTO NÃO ERA DA COPA. ERA DA PREFEITURA DE MINAS GERAIS

 

A VERDADE NUA E CRUA

PREFEITURA DE BELO HORIZONTE TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR INDENIZAR AS VÍTIMAS
PREFEITURA DE BELO HORIZONTE TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR INDENIZAR AS VÍTIMAS

 

SUSPEITA DE SUPERFATURAMENTO 
MP vai incluir acidente em processo que investiga sobrepreço e questionar fiscalização

 

Por Queila Ariadne
Humberto Siqueira e Jhonny Cazetta

 
O viaduto que desabou nessa quinta na avenida Pedro I faz parte de um complexo de obras de mobilidade urbana de R$ 154 milhões, que está sob suspeita de superfaturamento. Em 2012, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou indícios de sobrepreço de R$ 6 milhões, e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu início à investigação. “Agora, esse acidente vai entrar no processo. Temos que apurar quem respondeu pela fiscalização da execução da obra. Temos que saber de quem é a responsabilidade, pois é dinheiro público desperdiçado”, afirmou o promotor de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público, Eduardo Nepomuceno.

Segundo o promotor, o fato gera uma consequência jurídica imediata. “Vamos avaliar já na próxima semana qual a solução que a Prefeitura de Belo Horizonte vai tomar junto à Cowan, para que isso não gere ônus ao município”, disse.

A investigação começou em 2012, quando o TCE chegou a encontrar sobrepreço de até 350% em itens da obra, que inclui todo o projeto de ampliação das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, com a implantação do Move. Na época, o foco das irregularidades era a Delta, empresa relacionada ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Com 20%, ela fazia parte do consórcio Integração, junto com a Cowan, que detinha os outros 80%.

Em fevereiro daquele ano, dois dias após a Polícia Federal prender o bicheiro Carlinhos Cachoeira na Operação Monte Carlo, a PBH emitiu nota de empenho para pagar a Delta separadamente de sua parceira nas obras do Move na avenida Pedro I. A manobra foi realizada para evitar que um eventual bloqueio das contas da Delta prejudicasse a Cowan. Em julho, a Delta abandonou definitivamente o consórcio.

O prefeito Marcio Lacerda explicou que a obra do viaduto Guararapes ainda não havia sido entregue à prefeitura e afirmou que um inquérito será instaurado. “O projeto não foi feito pela prefeitura, mas por uma empresa renomada, de grande porte, de sucesso, de muita tradição no mercado”, destacou.

Sobre a empresa. A Cowan Construtora foi criada em 1958, em Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo site da empresa, ela já participou da construção de rodovias, ferrovias, obras de saneamento, barragens, usinas hidrelétricas e até aeroportos. Dentre obras de destaque, além do BRT/Move da avenida Pedro I e Antônio Carlos, também estão a da Linha Verde (que liga o centro de Belo Horizonte ao aeroporto de Confins); duplicações da BR–040 (feitas pelo Dnit antes do leilão); e o gasoduto do Vale do Aço.

A empresa também é responsável pelas obras de ampliação da pista de pouso e decolagem de Confins. Fora de Minas Gerais, executa a ampliação do metrô do Rio de Janeiro.

Escândalo
Rio de Janeiro. Em 2012, a Cowan se envolveu em um escândalo por vencer uma licitação de coleta e tratamento de esgoto da Prefeitura do Rio de Janeiro, um ano depois de bancar a viagem ao Caribe de dois secretários, um do governador Sérgio Cabral e outro do prefeito Eduardo Paes.

 

 
PREFEITURA DE BH DESCARTOU RISCO DE DESABAMENTO DO VIADUTO EM FEVEREIRO

In Pragmatismo Político

 

Na matéria abaixo, publicada pelo Estado de Minas em fevereiro do presente ano, a prefeitura de Belo Horizonte descartou o risco de desabamento do viaduto que desmoronou ontem, quinta-feira (3). Na época, houve um deslocamento lateral de 27 centímetros na estrutura do viaduto, o que motivou o fechamento da via. Leia a íntegra:
Sudecap descarta risco de queda do viaduto na Avenida Pedro I
A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) descartou qualquer risco de queda no viaduto em construção sobre a Avenida Pedro I, na Região da Pampulha, e reafirmou que o trânsito na pista mista será liberado no decorrer desta segunda-feira, no cruzamento com a Rua Montese.
O trecho está fechado desde quinta-feira, mas o trânsito flui pela pista exclusiva de ônibus no sentido Centro/bairro.
Houve um deslocamento lateral de 27 centímetros na estrutura do viaduto, o que motivou o fechamento da via.
Operários escoraram o pontilhão e segundo a Sudecap, a empresa responsável pela obra continua trabalhando para corrigir o problema.
Após a conclusão dos estudos, ainda nesta semana, a obra será normalizada.
Na manhã desta segunda, os operários trabalham na parte do viaduto onde não há problemas de estrutura. O trânsito fui lentamente, porém sem grandes retenções no dois sentidos da Pedro I.

 

PREFEITURA TERÁ QUE INDENIZAR TODAS AS VÍTIMAS
A responsabilidade pela queda do viaduto será apurada criminal e civilmente

por Joana Suarez e Luciene Câmara
A responsabilidade pela queda do viaduto será apurada criminal e civilmente, já que não se trata de um caso fortuito (por força da natureza). Independentemente do resultado da perícia, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) – responsável pela obra – terá que indenizar vítimas da tragédia e os familiares pelos danos. O que precisa ser apurado, conforme o advogado criminalista e professor Marcelo Peixoto, é se houve homicídio culposo (sem intenção de matar)ou com dolo eventual (quando se assume o risco de matar).

“No culposo você é negligente, mas acha que não vai acontecer nada. Já a responsabilidade civil da PBH é objetiva”, afirmou Peixoto. Segundo ele, o processo vai observar se responsáveis técnicos, empresa e prefeitura foram imprudentes ou negligentes. A pena por homicídio culposo é de um a três anos de prisão, e pode ser aumentada em um terço por não observância à regra técnica. Já dolo eventual tem pena de seis a 20 anos.

Promotor de plantão do Ministério Público, Marco Antônio Borges disse que, desde o desabamento do viaduto, a promotoria recebeu várias ligações de moradores da região e e-mails de europeus que temem novos desastres na Pedro I. “Lamento este ser o legado da Copa em Belo Horizonte.”

 

É uma quadrilha. A corrupção mata. Toda a máfia do asfalto devia ser presa. Depende da justiça querer. Só a justiça prende. (T.A.)

 

 

Peso da corrupção derrubou viaduto em Beagá

Os jornalões O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo tiram da reta o nome do prefeito de Belo Horizonte, para culpar a Copa. Os jornais mineiros não podem mentir para os belo-horizontinos. A culpa é da Prefeitura e da empreiteira. A culpa é do prefeito Márcio Lacerda que apóia Aécio Neves para presidente. A corrupção é tão grande, que mais dois ou três viadutos poderão ser interditados.

Compare a manchete de um jornal da Cidade-jardim com o jornalismo marrom da Selva de Pedra:

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Belo Horizonte
Belo Horizonte

oor Geraldo Elísio Machado Lopes

Notícia de última hora: o “magnifico” prefeito de Belo Horizonte, Márcio “Clóvis Bornay” Lacerda, que o povo de Belo Horizonte fez desabar em nossas cabeças por duas temporadas, será contratado como “professor emérito da Escola de Engenharia da UFMG.”

Lacerda será titular de cátedra. Os professores da vetusta casa o terão como modelo para ensinar aos acadêmicos “Como não se deve construir um viaduto superfaturado”.

Lacerda pode ser modelo ainda para a Ciências Econômicas – Como não se deve superfaturar – e Ciências Políticas – Um tipo perfeito para o eleitor saber em quem não se deve votar.

A propósito Márcio Lacerda está apoiando Aécio Neves e Pimenta da Veiga.

Diz o velho adágio popular: “Bom mestre, melhor discípulo!”

 

***

Mais uma obra das empreiteiras de jornal
por Gilmar Crestani
Enquanto o Brasil não passar a limpo as empreiteiras, essas construtoras que financiam políticos e mídia, estes desastres continuarão acontecendo. Embora tenha sido uma obra contratada pelo serviço público, mas tocada pela iniciativa privada, o viés que a mídia dá não é de culpa da empresa, mas do prefeito ou até da Dilma. Porque será que a mídia sempre encontra uma palavra de conforto para os incompetentes da iniciativa privada ao mesmo tempo em que ataca quem paga para que a obra seja feita?

A Folha se preocupa mais em vincular com a Copa do que tratar das vítimas.

A Folha, como sempre, faz questão de continuar com seu típico diversionismo. Tira a culpa da construtora e põe a culpa na Copa. Será que a construtora Cowan, licitada pela Prefeitura de BH, estava com um olho na copa e outro na pá?! Por que é mais fácil botar a culpa na Copa do que na Cowan?! Seria porque são as empreiteiras que, com publicidade, sustentam os jornais?

Imagine se esta tragédia tivesse acontecido, não em um Estado onde governa o PSDB e seu aliado PSB, mas no RS, onde o governo é petista e o prefeito de Porto Alegre, aliado do PT, é pedetista….

 

 

Polícia do governador Anastasia (PSDB) invade residências de jornalistas da oposição. A cumplicidade da justiça

A justiça e a polícia não param de atazanar os jornalistas que fazem oposição aos tucanos, em Minas Gerais, principalmente a Aécio Neves. Tudo se faz para anestesiar o povo. Com a cumplicidade dos jornais governistas, comprados a peso de ouro.

Escreve Conceição Lemes:

Os bastidores da política mineira estão em ebulição. Na Justiça, o delator do mensalão mineiro, Nilton Monteiro, o jornalista Marco Aurélio Carone e o advogado Dino Miraglia são acusados de formar quadrilha com o objetivo de disseminar documentos falsos, inclusive por meio de um endereço na internet, com o objetivo de extorquir acusados. Os dois primeiros estão presos. Houve busca e apreensão na casa do advogado.

Esta é a versão oficial, que tem sido noticiada em Minas Gerais.

Mas há outra, que deriva de um fato político: Nilton, Carone e Miraglia se tornaram uma pedra no sapato dos tucanos em geral e do senador Aécio Neves em particular, agora que ele concorre ao Planalto.

Nilton é testemunha nos casos do mensalão mineiro e da Lista de Furnas, esquemas de financiamento de campanha dos tucanos nos anos de 1998 e 2002. Carone mantinha um site em que fazia denúncias contra o ex-governador mineiro. Dino representou a família de uma modelo que foi morta em circunstâncias estranhas. O advogado sustenta que ela era a intermediária que carregava dinheiro vivo no esquema do mensalão mineiro e levou a denúncia ao STF.

Desde 20 janeiro, quando ocorreu a prisão de Marco Aurélio Carone, diretor-proprietário do site Novo Jornal, o bloco parlamentar de oposição a Aécio Neves na Assembleia Legislativa Minas Sem Censura (MSC) denuncia: a prisão preventiva do jornalista é uma armação e tem a ver com o chamado “mensalão tucano” e a Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014.

Na última sexta-feira, 31 de janeiro, um lance evidenciou o roteiro. Segundo o Minas Sem Censura, há indícios de um amplo complô de políticos do PSDB e governo mineiro associados a setores do Judiciário e Ministério Público contra a oposição.

O plano A, de acordo com a oposição mineira, era prender o jornalista e pressioná-lo a assinar uma falsa acusação contra vários adversários.

A começar pelo ministro Fernando Pimentel, da Indústria e Comércio, que sempre foi muito próximo dos tucanos, mas se tornou uma pedra no caminho deles.

Na eleição de 2008 à prefeitura de Belo Horizonte, o senador Aécio Neves (PSDB) e Pimentel apareceram juntos na propaganda eleitoral na TV, apoiando Márcio Lacerda (PSB).

Porém, a relação começou a azedar, quando Aécio se colocou como candidato à presidência da República contra a presidenta Dilma Rousseff. E desandou de vez com disposição de Pimentel, nas eleições de 2014, ser o candidato do PT ao Palácio da Liberdade, ocupado há 16 anos pelo PSDB.

Na lista de “incriminados”, também estariam, entre outros:

* Rogério Correia, deputado estadual, líder do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALEMG).

* Durval Ângelo (PT), deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALEMG.

* Sávio de Souza Cruz (PMDB), deputado estadual, líder da oposição na ALEMG.

* Protógenes Queiroz, deputado federal (PCdoB-SP) e delegado licenciado da Polícia Federal (PF).

* Luís Flávio Zampronha, delegado da PF, responsável pelo relatório do mensalão tucano.

* William Santos, advogado, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil– seção Minas (OAB-MG).

Em troca da delação premiada, o jornalista ganharia a liberdade. A proposta teria sido lhe oferecida pelo promotor André Luiz Garcia de Pinho. O mesmo que pediu a sua prisão preventiva e já havia sido alvo de denúncia no site do próprio preso.

Marco Aurélio Carone fez essas e outras revelações na quarta-feira 29 a Rogério Correia e Durval Ângelo. Junto com eles, representando a OAB-MG,  estava o advogado Vinícius Marcus Nonato.

Os três ouviram-no no Hospital Biocor, onde ficou internado de 25 a 28 de janeiro, sob vigília policial.

A conversa durou 31min15s.  Foi gravada e dividida em duas partes (na íntegra, sem qualquer edição, ao final desta reportagem).  É que aos 7min28s, a pedido da enfermagem, teve de ser interrompida, para o jornalista receber medicação.

Carone recusou a delação premiada: “Sou filho de pai e mãe cassados, vou morrer, não tem problema. Mas de mim eles não conseguem nada, em hipótese alguma”.

Segundo a oposição mineira, fracassado o plano A, partiram para o plano B, devassar os documentos do jornalista e do Novo Jornal, cujas matérias desagradam politicamente a cúpula do PSDB e do governo mineiro, para descobrir suas fontes de informação.

Por determinação da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, agentes da Polícia Civil (Depatri) realizaram busca e apreensão de agendas, computadores e documentos na sede do Novo Jornal.

Fizeram o mesmo na casa de Carone e na do jornalista Geraldo Elísio, Prêmio Esso Regional de Jornalismo e que trabalhou no Novo Jornal até sete meses atrás.

Harondo André Toscano de Oliveira

“Uma equipe composta por um delegado e três outros investigadores do Depatri visitou-me com ordem de busca e apreensão de meu netbook, minhas cadernetas de telefone, CD’s e anotações, principalmente em um livro no qual escrevo poesias”, postou na sua página no Facebook . “Fizeram uma relação de objetos levados perante testemunhas legais, mas nada me mostraram.”

“Esses atos são obra de Andréa [Neves] e seu irmão [senador Aécio Neves, PSDB-MG], para tentar desqualificar a Lista de Furnas e o mensalão tucano, para que não entrem em julgamento no STF”, afirma Geraldo Elísio ao Viomundo. “Para isso não estão titubeando em lançar mão de tentativas loucas e desmesuradas, inclusive incriminar os deputados Rogério Correia e Sávio Souza Cruz, que certamente o doutor Tancredo Neves reprovaria. Eles não herdaram a inteligência nem o bom senso do avô.”

Durval Ângelo: O “promotor André Pinho (foto acima) não tem isenção para atuar no caso, é suspeito”
Durval Ângelo: O “promotor André Pinho (foto acima) não tem isenção para atuar no caso, é suspeito”

LIBERDADE DE IMPRENSA VIOLADA COM A CUMPLICIDADE DA MÍDIA

Rogério Correia está perplexo: “É estranho uma ordem de busca e apreensão na residência do jornalista Geraldo Elísio. Evidencia o caráter de censura da operação em curso”.

O bloco Minas Sem Censura, integrado por PT, PMDB e PRB, denuncia:

O bloco parlamentar Minas Sem Censura vem a público mais uma vez registrar sua perplexidade e sua indignação com mais essa atitude do Judiciário mineiro, no caso do Novo Jornal.

A ordem de busca e apreensão expedida contra o diretor proprietário do Novo Jornal e contra o repórter Geraldo Elísio configura mais um absurdo do caso.

Depois de vários dias da prisão de Carone, sem fato concreto que pudesse incriminá-lo, vasculhar sua residência e a de Elísio, só tem sentido como ato de intimidação.

Se a credibilidade dessa atípica atitude de censura já era mínima, agora chega ao limite da desmoralização. Não conseguindo forjar a delação premiada, só restou essa truculência: busca e apreensão.

Qual será a próxima ousadia? Qual a credibilidade de supostas “provas” que eventualmente “apareçam”?

Invadir casas de jornalistas é um precedente perigoso. Em Minas não se respira liberdade.

Na verdade, nesse 31 de janeiro de 2014, Minas sofreu um atentado à liberdade de imprensa digno dos tempos da ditadura civil-militar no Brasil.

(Transcrevi trechos. Leia mais sobre o terrorismo tucano e a morte anunciada de Carone)

Justiça acusa: Carone é mais do que bilionário, mas precisa de patrocinador para o Novo Jornal de Minas Gerais.

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Publica 247: Foi preso o jornalista Marco Aurélio Carone ( na foto, de camisa cinza), editor do Novo Jornal de Minas Gerais.

“Carone é acusado de integrar uma quadrilha especializada na falsificação de notas promissórias e contratos de cessão de créditos e direitos que somam mais de R$ 1,3 bilhão.

(…)

De acordo com o Ministério Público, será apurada a fonte de recursos responsável por financiar o site, uma vez que ele não conta com anunciantes. De acordo com o MP, o Novo Jornal sobrevive com recursos de origem clandestina”.

Em sendo verdadeira a acusação, quem tem R$ 1,3 bilhão não precisa de anunciante.

Só uma perguntinha: Onde permanece guardada esta danação de dinheiro?

Carone está preso e o Novo Jornal censurado.

 Ainda 247: “Ao verificar o site do ‘novojornal’ [em caixa baixa, quando todo nome próprio deve ser escrito em caixa alta, o que denuncia clara intenção de diminuir a importância do portal jornalístico] fica patente que o mesmo é utilizado para aliançar ofensas à honra de autoridades públicas, achincalhando e ofendendo a todos que se posicionam contra os interesses do grupo, imputando inverdades àqueles que cumprem seus deveres funcionais’, disse a juiza Maria Isabel Fleck (leia aqui a decisão).
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Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, o Novo Jornal finge-se de noticioso, mas, na verdade, funciona como um instrumento de diversos crimes. A juíza Maria Isabel Fleck afirmou, ainda, que ‘analisando detidamente os autos, fica evidenciado que o réu Marco Aurélio Flores Carone utiliza o seu jornal virtual ‘novojornal’ [sic] para ameaçar qualquer cidadão que esteja cumprindo os seus deveres, tais como, desembargadores, Juízes de Direito, membros do Ministério Público, Delegados de Polícia, etc”.
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A classificação de um jornalista como “réu”, no exercício da profissão, considero uma honraria.
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Quando o jornalista Ricardo Antunes foi preso, acusado de vender uma notícia pelo inacreditável e absurdo preço de um milhão de dólares, declarei que a justiça estadual de Pernambuco estava abrindo um grave precedente. Não esquecer que o Brasil continua campeão em censura judicial.
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Ricardo Antunes foi encarcerado na antevéspera das eleições municipais de 2012, pela polícia do governador Eduardo Campos, candidato a presidente da República pelo PSB.
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Informa o 247: “Carone já foi condenado em processos criminais movidos pelo atual prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, do PSB, e também tem utilizado o Novo Jornal como veículo de combate ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidenciável tucano”.
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Este ano de 2014 promete mortes, prisões, passaralhos e censura de jornalistas.
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 Também foi preso Nilton Monteiro (na foto de camisa vermelha), que denunciou a famosa Lista de Furnas.

Quando os jovens vão começar a combater a corrupção em Minas Gerais

A corrupção rola e deita no País da Geral. Tem assassinatos. Corrupção mil.  Foi em Belo Horizonte que o marqueteiro Marcos Valério ganhou duas agências de publicidade de presente: uma dada pelo sobrinho de um vice-presidente da República, outra por um vice-governador de Minas Gerais.

Em Minas começou, não podia ser em outro lugar, o mensalão, com a lista de Furnas, a morte da modelo Cristiana Ferreira.

Em Minas, onde reina a Lei Mânica, o Tribunal de Justiça é tardo e… falha.

Crimes e mais crimes engavetados. O povo precisa ir para as ruas pedir justiça.

De uma reportagem do Novo Jornal: “Função de repórter não é ser advogado de defesa ou assistente de acusação, menos ainda promotor ou juiz. Mas narrar os fatos ocorridos e em sendo necessário compará-los.

O goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, já está encarcerando a alguns anos acusado de ser o mandante da morte da modelo Elisa Samúdio, num rumoroso caso onde não foi encontrado o cadáver e que, teoricamente, do ponto de vista técnico jurídico, não permitiria a detenção do goleiro flamenguista.

Para complicar a situação, policiais e membros do Judiciário foram envolvidos em denúncias de extorsão e um dos indigitados matadores da modelo, o ex-policial Bola, foi expulso dos quadros da polícia de São Paulo, admitido na Polícia Civil de Minas Gerais, de onde acabou expulso também, mas mesmo assim no sítio dele era onde um grupo tático de policiais participava de treinamentos sem nenhuma explicação do governo de Minas ou da cúpula da Polícia Civil do Estado.

 

Condenação

Por outro lado, há quase três anos o teólogo e detetive particular Reynaldo Pacífico, acusado de matar a modelo Cristiane Aparecida Ferreira, nas dependências do San Francisco Flat, no centro de Belo Horizonte, foi condenado a 14 anos de reclusão em regime fechado e jamais foi detido.

Na época, o crime ganhou repercussão nacional por envolver o nome de vários políticos de projeção, entre eles o ex-governador Itamar Franco, o ex-secretário da Casa Civil, Henrique Hargreves, o ex-governador Newton Cardoso, o ex-ministro do Turismo do primeiro governo do presidente Lula, Walfrido dos Mares Guia e o presidente da Companhia Energética de Minas Gerais, Djalma Moraes.

Durante o júri popular foram citados para comparecer e depor o ex-governador Newton Cardoso e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. Newton Cardoso compareceu e depôs, dizendo-se isento de qualquer responsabilidade com o crime, tese que foi aceita. O ex-ministro Walfrido dos Mares Guia não compareceu perante o juiz singular, e em sua defesa alegou uma viagem inadiável a Miami”.

Clique nos links.

BRA^MG_EDM corrupção

Que acontecerá em Belo Horizonte se os jovens seguirem o conselho do Papa?

Vai muita gente cair do Viaduto da Morte.

Escreve R7 Notícias: “Em meio às manifestações contra a Copa das Confederações e outras reivindicações que são realizadas em Belo Horizonte, um viaduto localizado na avenida Antônio Carlos, na Pampulha, ganhou papel de risco. A estrutura que liga a avenida Antônio Abrahão Caram — principal via de acesso ao estádio Mineirão — à avenida Antônio Carlos, deixou cinco feridos e um morto. Todas essas pessoas caíram do viaduto durante confrontos entre manifestantes e policiais militares nas sequências dos protestos”.

Belo Horizonte vende três ruas para igreja

Trecho da  rua Ipê com ruas Samuel Salles e Serra Negra, na Região Nordeste,  que deve dar lugar a um novo templo da Igreja Batista da Lagoinha. (Jair Amaral/EM/D.A Press)
Trecho da rua Ipê com ruas Samuel Salles e Serra Negra, na Região Nordeste, que deve dar lugar a um novo templo da Igreja Batista da Lagoinha.

Os vereadores de Belo Horizonte autorizaram a venda de trechos de três ruas no Bairro São Cristóvão, na Região Nordeste, para dar lugar a um novo templo da Igreja Batista da Lagoinha. Com 23 votos favoráveis, a proposta foi aprovada na Câmara Municipal em segundo turno e caberá agora ao prefeito Marcio Lacerda (PSB) sancioná-la. Se o projeto virar lei, duas casas localizadas da Rua Ipê ficarão ilhadas com a construção da igreja. O autor da matéria, que recebeu 21 assinaturas, vereador João Oscar (PRP), lavou as mãos e jogou para a prefeitura a responsabilidade de definir a situação dos moradores, contrariando o compromisso que havia assumido de só colocar o texto em votação depois de resolvida essa questão.

A intenção é construir no trecho da Rua Ipê e nas ruas não implantadas Serra Negra e Samuel Salles Barbosa um novo templo da Igreja Batista da Lagoinha, com capacidade para 30 mil pessoas.

Três mulheres são estupradas por dia em Belo Horizonte

O governador Antônio Anastasia nem aí.

O prefeito Márcio Lacerda nem aí. Veja vídeos 

Hoje em Belô.
Hoje em Belô.

Devia ser assim: Lugar da mulher é onde ela quiser! Na Universidade Federal de Juiz de Fora, uma estudante menor de 17 anos, desflorada no campus, em uma festa de calouros, no Instituto de Artes e Design, teve de abandonar a faculdade.

“É preciso refletir tanto sobre as formas como o capitalismo e o patriarcado mercantilizam a vida e o corpo das mulheres, como os instrumentos de resistências aos quais dispomos. Essa segunda tarefa passa por perceber que, muitas vezes, a violência contra as mulheres precisa de uma resposta rápida e incisiva, como se deu com a Marcha das Vadias, mas que seu enfrentamento deve ser um processo cotidiano, que vai além de um evento.
a opressão das mulheres na conjuntura atual revelam a necessidade de formas de mobilização e instrumentos de resistência que ultrapassem os limites da Marcha das Vadias. Essa resistência tem sido forjada há anos pelo conjunto dos movimentos de mulheres, pela articulação de mulheres nos movimentos mistos e pelas alianças entre movimentos que tem na sua base a luta por outro sistema. Não é possível “resolver” a opressão das mulheres, nos auto-intitulando “todas vadias”. Mas é preciso aprender com as novas formas de articulação, potencializadas pelas tecnologias da informação e comunicação, atualizando nossas formas de ação.
É preciso reafirmar a importância da auto-organização e resistência das mulheres para construção de um mundo baseado na igualdade, na solidariedade e livre de violência. É preciso fortalecer a nossa luta cotidiana contra a mercantilização das mulheres.
Negamos a falsa liberdade, oferecida pelo mercado, que se encerra unicamente na ideia de não ter impedimentos para a ação. Esta idéia está na base da banalização da sexualidade, tornando-a mais um produto a serviço dos lucros. Temos que ir além disso. É preciso construir a liberdade como condição necessária para a igualdade e como condição da autonomia tanto coletiva como individual das mulheres. Somente a partir desta compreensão é que faz sentido seguir em marcha até que TODAS sejamos livres!
Assim, estamos em constante luta para que as mulheres não sejam caracterizadas como vadias por sair dos padrões de comportamento, nem como qualquer outro símbolo que as menospreze e as diminua.  Reafirmamos o direito de todas as mulheres viverem livre de estigmas, estereótipos, violência e exploração!!!
Marcha Mundial das Mulheres
(Transcrevi trechos. Leia mais 

15-M Brasil. Não temos movimento de indignados. Temos despejos da justiça. Sempre contra o povo

Esta manchete ( “15 horas de terror”) de um jornal de Belo Horizonte me enganou. Fui ler a notícia acreditando que falasse dos mil habitantes da Capital mineira que, às 6 horas da madruga, acordaram com a zoadeira dos latidos e dos relinchos da polícia, enquanto o prefeito de m. dormia, e dormia o desembargador Afrânio Vilela.

Justamente às 6 horas,  mais de mil belo-horizontinos eram acordados pela polícia montada e a pé, com seus cachorros treinados. Isto sim que é terror. Que a polícia em bairro de pobre, em rua de pobre, sempre chega metendo o pé na porta, e atirando.

A manchete do “Aqui” era sobre mais um sequestro de gerente em um assalto de banco. Para resolver tais casos falta polícia.

A imprensa chora. Não pelo pobre bancário. A imprensa conservadora sempre geme pelos bancos.

Espanto besta da imprensa. Dinheiro roubado de banco, o seguro paga. Banco sempre recebe com juros.

Um vivente retirado de sua casa, na marra, também considero terrorismo. E quando são mais de mil?

E quando as moradias dessas pessoas são derrubadas…  isso tem nome?

Descreve Diniel Silveira 

Em meio a um amontoado de colchões, roupas e o pouco que restou das dezenas de barracos da ocupação Eliana Silva, na Vila Santa Rita, Região do Barreiro, em Belo Horizonte, cerca de 100 pessoas decidiram permanecer no local desde essa sexta-feira, quando a Polícia Militar iniciou o cumprimento do mandado de reintegração de posse da área. Dormindo ao relento e se valendo de sombrinhas para se proteger do sol forte, os integrantes do grupo mantinham esperança de poder permanecer no local. Entretanto, após reunião entre as lideranças do movimento, ficou decidido que o terreno seria totalmente desocupado. As pessoas saíram da área no começo desta noite.

Entre as pessoas que permaneceram na área, cerca de 20 são crianças, a maioria de colo. Segundo um dos líderes da ocupação, Leonardo Péricles, coordenador do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, a situação precária em que as crianças se encontram foi determinante para a decisão de deixar a área.

Cerca de 50 policiais militares também permaneceram no local desde a noite anterior. Segundo o tenente Thiago Rocha, não houve nenhum tipo de protesto ou confronto. Ele permitiu a entrada de água e alimentos no terreno. Como os fogões industriais que havia no local foram retirados pela PM, restou ao grupo improvisar um fogão a lenha.

Frei Gilvander é uma das pessoas que também permaneceram no local. Articulador dos movimentos de sem teto e sem terra, ele recebeu permissão dos policiais para receber até cinco pessoas por vez dentro da área. Enquanto isso, todo o terreno começou a ser cercado pela prefeitura com arames farpados. Tal situação, segundo a assessoria do Ministério Público, seria questionada à Justiça por dois promotores da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Social, uma vez que a cerca está sendo instalada em um terreno sub-judice.

Com informações de Pedro Ferreira.

Cerca de arame farpado lembra campo de concentração. Veja vídeo 

Veja a razão da minha revolta, de meu nojo dessa gente. Leia 

Jornal esqueceu o Tribunal de Justiça de Minas Gerais

O Estado de Minas Gerais abriu um puta manchetão hoje para o Superior Tribunal de Justiça, e esqueceu, contrariando a lei da proximidade do jornalismo – as notícias de onde o leitor reside são as mais importantes – o desembargador Afrânio Vilela, que mandou a polícia continuar com a demolição das casas de mais de mil moradores de Belo Horizonte.

Um despejo divino, solicitado por Márcio Lacerda, exaltado numa canção como prefeito de M. Veja vídeo