Nós não vamos desistir do Brasil

FIP1

 

Na tarde de ontem, dia 21 de outubro, o jovem João Campos, filho do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, lançou em sua conta no facebook um vídeo onde chama a juventude que foi as ruas em 2013 a votar no atual candidato a presidência apoiado por sua familia, Aécio Neves. Reportagem http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2014/10/21/joao-campos-pede-aos-jovens-que-fizeram-protesto-em-2013-para-votar-em-aecio/
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João Campos é um jovem universitário de 20 anos, que tem tomado destaque nos monopólios de imprensa por ser filho de Eduardo Campos, fato que parece o qualificar, ao menos para seus partidários e marqueteiros, para aparecer em palanques, fazer discursos ensaiados, aparecer na propaganda eleitoral etc. O rapaz, aparentemente não tem nenhum conhecimento sobre os movimentos sociais de nosso estado, nem esteve engajado em nenhuma das grandes lutas que foram protagonizadas em nosso país recentemente. Não tem qualquer experiência ou perfil de gestor público, mas se apresenta e é apresentado, sem nenhum constrangimento, pelos seus familiares e marqueteiros no PSB, como herdeiro político de Eduardo Campos, como se o estado de Pernambuco fizesse parte do espólio a que sua família tem direito.
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João Campos não esteve nas ruas em 2013! Se tivesse ido, alem de ser conhecido entre os jovens a quem hoje ele se dirige pra pedir votos, certamente se oporia frontalmente a política de terror e perseguição lançada por seu pai contra as manifestações populares ano passado. Para que seu discurso de “nova política” não fosse maculado pelas reivindicações dos jovens, Eduardo Campos não pensou duas vezes para mandar a PM de Pernambuco protagonizar uma das repressões mais violentas do país, com direito a prisões arbitrárias, intimações, intimidações, processos políticos, proibição do movimento estudantil passar nas salas de aula, suspensão das atividades nos colégios públicos em dias de protestos, seqüestros de ativistas e estudantes. Bombas, balas, chicotes e cacetetes foram usados pra silenciar o povo.
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Onde estava João Campos no dia 26 de junho quando estudantes e movimentos sociais se dirigiram ao centro de convenções, então sede provisória do governo do estado, para entregar uma pauta de reivindicações que nem sequer foi recebida por seu pai? Onde ele estava quando a estudante Cris Patos, da FAFIRE, o estudante Igor Calado, da UFRPE e a estudante Lara, da UFPE foram presos por participarem da manifestação? Onde estava João Campos em 18 de setembro, quando o estudante de história, Bruno Torres, da UFPE, mesma universidade em que estuda, foi preso pela PM de seu pai e mandado para o COTEL? Onde estava o nosso jovem político nas inúmeras vezes que a tropa de choque cercou a praça do Derby pra impedir que houvesse ato? Onde estava João no dia 8 de agosto quando ocupamos a câmara do Recife reivindicando o passe livre? Onde ele estava no fatídico 7 de setembro de 2013, num dos atos de maior selvageria e violência gratuita contra jovens desarmados desse ano? Porque João não denunciou a prisão de Edgar, arrastado por uma dezena de soldados na frente de todas as câmeras do país, ou a prisão de Rodrigo Cabeludo e Cristiano Vasconcelos, onde próprio soldado que os deteve fez constar no Boletim de Ocorrência que os meninos não faziam nada de errado e que os prendeu por ordem direta do então secretário de segurança do estado que monitorava o desenrola da violência gratuita pelas câmeras da SDS e apontava quem deveria ser preso. Porque João não se indignou com as imagens de uma moça sendo agredida e chamada de vadia dentro do camburão da Rádio Patrulha? Onde estava João quando a ROCAM invadiu a reunião dos estudantes no DCE da católica? Onde ele estava quando os estudantes de sua universidade ocuparam a reitoria da UFPE pra impedir a privatização do hospital das clinicas? Onde esteve João na Copa? Onde estava João Campos no acontecimento político mais importante do nosso Estado esse ano: A ocupação do cais José Estelita? De que lado João esteve, do lado da cidade? ou das empreiteiras? Alias, num momento de perseguições políticas, de ativistas pedindo asilo a países vizinhos, quantos processos nosso líder da juventude tem por reivindicar um país melhor?
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João, que pelo que dizem, foi responsável por caquetar os colegas da universidade ao TRE, por se organizarem pra fazer campanha para candidata adversária, não vê nenhum problema na militância fake, que recebe dinheiro pra segurar bandeiras e distribuir adesivos de seu candidato nas ruas do Recife! No primeiro turno o jovem Campos afirmou que Aécio era um retrocesso, agora ele afirma que ele é a mudança. Eis a “nova política” da família Campos. Pra ser bem sucedido nosso jovem aprendiz de político precisa manejar bem três habilidades e nenhuma virtude: Escolher o lado que vai ganhar; Ter a sensibilidade de mudar de lado ao perceber que escolheu o lado que não será o vencedor; e nunca fazer um inimigo! É ou não o que temos visto? Ou alguém se surpreenderia que com a virada da atual gestora sob o seu candidato, a família Campos não queira também fazer parte da base do governo mais a frente?”
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Para nós, a forma como João Campos, sua família e seu partido vêm utilizando da morte do ex-governador pra barganhar espaços políticos e projetos pessoais é uma afronta ao povo pernambucano e a memória de seu próprio pai. A juventude está cansada dessa velha política institucional onde as oligarquias se perpetuam no poder por todo o sempre, onde os políticos profissionais por décadas sugam o dinheiro do povo, representando no parlamento, apenas a si mesmos e suas famílias. As eleições, jogo de cartas marcadas, servem apenas pra se alternar as cadeiras que essas “vossas excelências” sentarão nos próximos 4 anos, situação ou “oposição”, todos serão acomodados, loteiam-se os cargos públicos entre os ‘aliados’ e os cargos eletivos são passados de pai para filho, de geração em geração como se fossem hereditários. Joões Campos, Jarbas Junior e Silvos Costas filhos, são símbolos, o retrato espetacular, bufo e trágico da democracia das oligarquias em nosso país. Depois nos perguntam porque 40 milhões de pessoas deixaram de votar no primeiro turno! Como disse escritor Eduardo Galeano:

“Os jovens não votam porque recusam essa democracia oferecida a eles”

TERRORISMO EM PERNAMBUCO e BRASÍLIA

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A quem interessa pichar os muros de Pernambuco com a frase gritada em todos os municípios de que “o PT matou Eduardo Campos”?

Toda chacina, toda morte encomendada tem patrocinadores e executores, que são movidos, quanto mais alto o cargo da vítima, pelos mais altos interesses políticos e econômicos internacionais.

No caso de uma candidatura presidencial, pela importância econômica do Brasil, uma conspiração não se faz sem o apoio e a consequente denúncia de serviços de espionagem nacionais e estrangeiros.

Um atentado político contra Eduardo Campos, ou contra Aécio Neves, Marina Silva, Dilma Rousseff, Luciana Genro seria debatido na imprensa mundial, pelos governos do Primeiro Mundo e de países emergentes, por banqueiros, pelo FMI, pelo BRICS,  pelas multinacionais e partidos políticos.

Só Pernambuco embarca em uma campanha do voto justiceiro, para vingar a morte de Eduardo Campos.

Marina e as circunstâncias

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Escreve Gilmar Crestani: Mas nem tudo foi ruim. A divina providência evitou que ela pegasse o mesmo avião do Eduardo Campos, mas não teve força suficiente para evitar que se espatifasse contra o muro de suas limitações. Outro ponto positivo foi trazer da ribalda Beto Albuquerque. Assim ficamos sabendo um pouco mais deste gaúcho defensor dos transgênicos. Neste caso, também serve de lição ao PT que serviu de escada a este alpinista. Quem cria cuervos

Com distúrbios mentais e candidato do PP. Tá explicado!

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Son

Ele tinha armas de destruição da massa encefálica. Prova disso é que já havia sido candidato pelo PP e agora estava apoiando Aécio Neves.

Um dia depois que este jihadista das hostes do PSDB/PP saiu do armário para aterrorizar funcionário de hotel, Eliane Cantanhêde faz verdadeira ode à violência na Folha. A porta-voz do PSDB, instrui Aécio Neves na melhor forma de bater. Bater, como toalha molhada, para não deixar sinal. Quem é mesmo que incita à violência. Isso aí por acaso é linguagem jornalística? A que nível ainda pode baixar os funcionários da D. Judith Brito para tentaram ajudar seus correligionários? Por a ANJ e o Instituto Millenium não se pronunciam contra esta incitação à violência praticada por seus membros? E não me venham com linguagem figurada? Há mais metáfora no energúmeno do Fidelix do que nesta toupeira. Não é a primeira nem será a última desta colonista de mau agouro!

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Não é metáfora. Quando Fidelix pratica discurso de violência explícita está apenas se legitimando de uma linguagem que se tornou popular nos colonistas pertencentes aos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Da Veja, Zero Hora, Folha, Globo, a linguagem que legitima a violência é cotidiana.

Tanto a violência contra homossexuais como o racismo praticado em alguns estádios são resultado dessa linguagem chula, de incitação contra quem eles não gostam.

Certos colunistas da Veja e da Folha não estão preparados para viverem numa sociedade civilizada.

 

 

Boopo
Boopo
Aroeira
Aroeira

O movimento não vai ter Copa e os governadores que construíram arenas na campanha presidencial

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Os jornalões conservadores apóiam a política de repressão aos protestos de rua dos governadores tucanos. O governador Geraldo Alckmin considerou que a ação da “tropa do braço” durante protestos em São Paulo contra a Copa do Mundo, no sábado (22), teve “êxito”.

“A operação ‘tropa do braço’ foi muito bem sucedida. Nós tivemos menos confronto, menos violência, menos depredações, menos pessoas feridas, menos estragos de uma maneira geral. Acredito que a tática usada pela Polícia Militar teve êxito sim”, afirmou o governador, conforme noticiou o G1 (Globo). Durante o protesto, a corporação usou um grupo de policiais treinados em artes marciais, como o jiu-jitsu, para cercar e isolar manifestantes.

Se Dilma colocar nas ruas o Exército, a Polícia Federal, a Força Nacional vai ter o mesmo apoio da imprensa elitista e da imprensa da direita?

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Os jornais e revistas que defendem as manifestações contra Evo Morales (Bolívia), Cristina Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador) e Nicolás Maduro vão noticiar sem carregar nas tintas os possíveis confrontos das forças de segurança de Dilma com o povo?

A repressão não segura o povo. Transcreve o G1 hoje informe da agência France Press, denunciada por Maduro, como propagadora de notícias falsas:Algumas vias de acesso a Caracas a partir do leste e muitas ruas internas foram cortadas durante a manhã de segunda-feira por pequenos grupos de manifestantes, que deixavam os pontos de bloqueio antes da chegada da polícia para protestar em outras áreas.

Uma repórter da AFP foi testemunha do verdadeiro jogo de gato e rato em Trinidad, onde manifestantes montavam barricadas em uma rua interna. Quando a polícia se aproximou, eles deixaram o local para estabelecer um novo ponto de protesto, enquanto os agentes tentavam desmontar a primeira.

“Nos tiraram até o medo”, afirmava um cartaz de uma manifestante, perto da avenida que liga Caracas ao subúrbio ao leste.

“Resistência sim, praia não”, escreveu outro manifestante no mesmo local, em referência ao iminente feriado de carnaval.

A Venezuela é cenário de protestos desde 4 de fevereiro, quando estudantes de San Cristóbal (oeste) saíram às ruas para protestar contra a insegurança. Desde então, as manifestações ganharam força em todo o país, com a participação da oposição e confrontos noturnos que deixaram pelo menos 10 mortos. [No Brasil, os protestos começaram em junho, e registram doze mortes]

No setor de “Los Palos Grandes”, uma mulher tentava acordar os vizinhos enquanto caminha por uma rua batendo em uma panela e aos gritos de “A protestar, para a rua”.
Notícias procedentes de Valencia (norte, terceira cidade do país e cenário de distúrbios nos últimos dias) registraram incidentes durante a manhã entre manifestantes e oficiais da Guarda Nacional.

Testemunhas afirmaram ao jornal El Carabobeño que agentes usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que bloquearam a avenida Universidade no bairro de Naguanagua.

Repetindo: Desde então, as manifestações ganharam força em todo o país.

Dizem que o futebol no Brasil é uma religião. Certamente que a Copa do Mundo vai explodir corações. E para o cenário ficar mais tenso: a imediata campanha eleitoral com partidários fanáticos dos extremos da direita e da esquerda.

Sabem os jornalões que, para uma eleição perdida, o jeito é apostar nas mais baixas emoções, na propaganda marrom, no terrorismo dos infiltrados, na propaganda fúnebre, na propaganda implícita, na propaganda subliminar etc.

As manifestações espontâneas sempre acontecem próximo dos locais de trabalho ou residência dos protestantes. Noutros locais é preciso um dinheiro que a população da classe média baixa ou pobre não tem: transporte, alimentação etc.

Os gastos com o deslocamento das tropas militares são equivalentes aos da mobilização das multidões.

Dilma que se cuide de uma cilada.

As manchetes de hoje na Venezuela:

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O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos não nega o favoritismo da presidenta, mas alerta que muita coisa pode acontecer

por Eduardo Miranda e Octávio Costa

Neste ano em que seminários e debates lembrarão o cinquentenário do golpe militar de 1964, o cientista Wanderley Guilherme dos Santos será referência obrigatória. Seu texto “Quem dará o golpe no Brasil”, publicado em 1962, acertou em cheio ao antecipar a derrubada do presidente João Goulart. Famoso desde aquela época, ele produziu uma obra respeitada no Brasil e no exterior. Em 2004 recebeu prêmio da Academia Brasileira de Letras pelo livro “O cálculo do conflito: estabilidade e crise na política brasileira” e, em 2011, assumiu a direção da Casa Rui Barbosa a convite da presidenta Dilma Rousseff.

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Em entrevista ao Brasil Econômico, o professor aposentado de Teoria Política da UFRJ e fundador do Iuperj, apesar de sua capacidade de projetar os fatos, não se arrisca a fazer um vaticínio sobre a sucessão presidencial. “Ainda é cedo, falta muito tempo. Em 55, a UDN estava com a faca e o queijo na mão para ganhar a eleição, não fosse o suicídio de Getúlio Vargas. Não precisa do suicídio de ninguém, mas, de repente, tudo muda”. A cautela não impede que ele reconheça o favoritismo de Dilma e diga que o quadro atual “não está fácil para a oposição”, porque sempre que se faz uma crítica, “Dilma vai e cria um programa”. Se há um desafio hoje para o governo, é o do investimento em infraestrutura e na inovação tecnológica, mas, em sua opinião, “esse é um bom problema”. Quanto às manifestações e protestos previstos para a Copa do Mundo, o professor afirma que não representam de forma alguma ameaça à democracia. Ao contrário: as manifestações de rua, diz ele, mostram instituições democráticas fortes no país.

As pesquisas apontam um grande favoritismo da Dilma.

Mas o Lula não tinha esse favoritismo no início da campanha e depois ganhou. A Dilma, na metade da campanha de 2010, também ganhou. Na hora do voto, é sempre complicado. Mesmo a classe média que está deslumbrada, gostando muito da Dilma, pode chegar na hora e votar diferente. Fiz um levantamento da margem de vitória de Collor para cá. Só Lula, em 2006, justamente depois do mensalão, teve 56% dos votos. A Dilma teve 53% de votos válidos. Não só aqueles que estão protestando vão deixar de votar, como também aquele cara que acha que as coisas melhoraram e podem melhorar mais, aí vota num Aécio, num Joaquim Barbosa. Portanto, ainda é cedo para cravar a vitória de Dilma. Eu não me arrisco, é difícil. Leia mais

Os governadores fogem dos estádios da Copa que construíram. Dilma marca reunião

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Vai ser uma investigação parecida com a da chacina da família Pesseghini
VAI SER UMA INVESTIGAÇÃO PARECIDA COM A DA CHACINA DA FAMÍLIA PESSEGHINI

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Os governadores que construíram os estádios (as arenas, os gigantescos Coliseus) fogem da Copa do Mundo como o diabo foge da cruz. Idem os prefeitos que também se envolveram na construção de obras de infra-estutura, que enriqueceram muitos e motivaram mais de 250 mil despejos.

O presidenciável Aécio Neves não fala mais da Copa que defendia.  Eduardo Campos não fala mais do estádio que mandou construir na Mata de São Lourenço. Dilma, que se encontra em viagem ao exterior,  convocou uma reunião de emergência para quando retornar ao Brasil. A decisão foi tomada depois que um manifestante foi baleado pela polícia do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), neste sábado, durante um protesto contra os gastos da Copa.

A intenção de Dilma é traçar uma estratégia de emergência para evitar que os protestos cresçam e atinjam o ápice durante o Mundial.

Isso será impossível. Este 2014 um ano de eleições. Os partidos políticos vão usar a Copa como bandeira. Pretendem levar a campanha eleitoral para o campo… emocional.

Foram convocados para a reunião de Dilma os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes). De acordo com auxiliares da presidente, Dilma foi informada de que os protestos contra a Copa feitos no sábado foram violentos, com pessoas feridas, depredações e ondas de vandalismo realizadas por infiltrados, inclusive uma polícia que espanca, prende e mata.

A presidente, então, convocou a reunião para a volta ao Brasil, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ministro da Justiça está em férias. De acordo com sua assessoria, deve retornar ao trabalho nesta terça-feira. E já encontrará uma série de demandas envolvendo a segurança da Copa, maneiras de evitar que os tumultos se espalhem pelo País e formas de conter a ação violenta contra as manifestações por parte dos soldados estaduais. A fonte deste notícia é a revista Veja que, em conúbio com os jornalões, pretende transformar Dilma no único alvo dos protestos. Será que os marqueteiros burros da presidente não percebem?

Qual a verdadeira causa do pedido de demissão do secretário de Segurança do governador Eduardo Campos?

A jornalista Fabiana Moraes não foi entrevistar o secretário de Defesa Social do Estado, Wilson Damázio, para pedir a cabeça dele.

Fabiana apresentou uma denúncia, que Wilson Damázio confirmou – por revelar um caso-, e que o governador Eduardo Campos não informou se vai tomar as devidas providências.

Eis a denúncia: ” O abuso sexual de policiais sobre jovens que vinham sendo acompanhadas há semanas [pela jornalista], entre elas, duas menores. (…) e abordagens criminosas de policiais do Grupo de Ações Táticas Itinerantes (Gati), da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicleta (Rocam) e da Patrulha do Bairro. Foi justamente a menção do mais ‘novo’ projeto de segurança do governo estadual relançado ano passado (a primeira experiência aconteceu nos anos 80, gestão de Roberto Magalhães) que causou assombro desde o início. Faz sentido: a Patrulha do Bairro é a menina-dos-olhos da SDS e, por tabela, do governo Eduardo Campos (…).

Assim, enquanto a Rocam e o Gati (campeão de registros na Corregedoria) já são velhos conhecidos da SDS quando os tópicos são denúncias e reclamações, a Patrulha até então figurava como estrela brilhante e inquestionável. No entanto, como foi dito no início desta série de reportagens que termina hoje, foram vários os relatos, de diferentes pessoas, de práticas abusivas da Patrulha localizadas na Rua da Mangabeira/Alto José do Pinho (também na Tamarineira). José, o homem que apanhou sete vezes em sua própria rua, sempre chegava perto quando eu ia a mais um dos encontros com Carol, Patrícia e Stephanie. Na última vez que nos falamos (29/11), dois dias depois de ser agredido novamente, ele disse: ‘A raiva tá guardada em mim. Eu não desconto em ninguém. Mas na próxima tapa que esses Robocop me derem, eu dou outra. Eu morro com dignidade e respeito. Vou ficar nesse lixo aí. Mas como indigente não’, falou, apontando para o grande depósito de plástico, comida, móveis quebrados e dejetos diariamente colocados no fim da sua rua. O lixo que rodeia tudo. O lixo do canal, o lixo que Carol joga na rua, o lixo que todo um bairro joga sobre a casa sem banheiro da jovem grávida.

Não relatei a história durante a entrevista realizada no gabinete do secretário, que durou cerca de 1h30 e foi bastante amigável. No entanto, por duas vezes, ele sugeriu que eu poderia estar inventando as denúncias. Segundo Damázio, a veracidade das minhas palavras seria melhor considerada caso eu informasse os locais onde os policiais estavam cometendo os delitos, pois, a partir daí, a SDS poderia abrir um procedimento. Traduzindo: eu deveria informar previamente ao chefe de segurança do governo estadual o cerne da reportagem que seria publicada apenas semanas depois. Educadamente, preferi não dizer nada. Não era o meu papel. Acredito que, desde domingo (15), quando a série começou a ser publicada, o delegado (com mais de 30 anos de carreira e cumprindo seu segundo mandato no governo Eduardo Campos) tenha passado a acreditar na realidade das meninas que circulam pelo Matagal informaram. Pessoalmente, não duvidei em nenhum momento do tipo de coisa que acontecia ali. Seria um interessante caso de criação ficcional coletiva, já que o lamentável comportamento da polícia foi relatado por pessoas das mais variadas idades e trajetórias. A conversa foi gravada em dois arquivos, um de seis minutos, outro de 51. Uma parte importante não foi registrada – o telefone tocou e interrompeu a captação, só retomada 30 minutos depois. Assim, nenhuma palavra dita durante o tempo em que o gravador não funcionou foi escrita aqui. Está publicado apenas aquilo o que se pode provar.”

A primeira pergunta de Fabiana Moraes: “– Estou há cerca de dois meses ouvindo relatos a respeito da questão da exploração sexual, a matéria tem relação com o livro Casa-grande & senzala. Estamos fazendo um paralelo, mostrando que o sofrimento de meninas e mulheres naquele momento não se extinguiu nos dias de hoje. Entre as falas, algumas feitas por menores, há relatos sobre a atuação da Rocam, do Gati, da Patrulha do Bairro. Eles chegam ao local, dizem as entrevistadas, como se fossem fazer uma abordagem, mas, na verdade, os policiais pedem para ver os seios das meninas, há relatos de sexo oral. Falei com a corregedoria para ver se existem registros de casos assim e informaram que não.

A resposta de Damázio: “– Tivemos um caso desses em Barra de Jangada (Jaboatão). Nós prendemos em flagrante um policial (interrompe a fala e dirige-se ao corregedor adjunto, Paulo Fernando). Eles já foram demitidos? Tem que ver lá. Anote aí, por favor, veja se aqueles dois policiais foram demitidos.”

O principal no jornalismo investigativo é a causa, e não os efeitos sempre apresentados pela imprensa como catarse.

As manchetes dos jornais de hoje são meias-verdades:

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O termo desvio de conduta é sempre usado para certos comportamentos de policiais. Quando incluiu o homossexualismo, o secretário Damásio reconheceu que ele existe na polícia, como acontece com qualquer outra profissão.

Disse: “(…) Desvio de conduta a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu”. O que deve ter ofendido ao corporativismo militar foi a constatação de uma realidade.

Na sua carta de pedido de demissão, Damásio afirma que a frase não constitui seu pensamento nem sua visão do mundo, razão pela qual “peço desculpas a todos aqueles que porventura tenham se sentido ofendidos”.

Já destaquei o fraseado do ex-secretário em um texto, porque todo título precisa chamar a atenção do leitor, de convidar par a leitura.

Pura coincidência esta manchete publicada no dia da queda de Damásio:

Paraná
Paraná

Homofobia existe, sim, no pastor Marco Feliciano, que pretende se candidatar à presidência da República pelo PSC.

A outra frase polêmica: “Não sei por que mulher gosta tanto de farda”. São vários os fascínios sexuais. Muitos são fugazes.

Vários livros e romances tratam do assunto. Transcrevo de um blog feminino: “O uniforme cria uma fantasia sexual que, mesmo sem saber, agrada o universo feminino naquilo que nem Freud explica.

E vale tudo: bombeiro, policial militar, piloto, oficial da aeronáutica – e até jogador de futebol. Parece que o que as mulheres gostam se esconde atrás de uma roupa alinhada e com muito significado“.

Acho exagero: “O Grupo de Trabalho da Mulher Policial Federal vem publicamente expressar seu repúdio às declarações machistas e homofóbicas do delegado da polícia federal Wilson Damázio.”

A danação é a violência policial contra as mulheres, notadamente estudantes, nos protestos de rua: os espancamentos, as balas de borracha, as bombas de efeito imoral e de gás lacrimogêneo, as prisões por desacato à autoridade e debaixo de vara.

O dia amanheceu com a notícia da prisão de vereadores em Caruaru.  Ao entardecer, o todo poderoso chefe de polícia caia.

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A prisão de dez vereadores aconteceu no curral eleitoral do vice-governador João Soares Lyra Neto, que sucederá Eduardo Campos em março próximo.

Uma ação militar comandada por Damásio.

Qual a opinião do futuro governador? Será que Damásio, certo de que seria demitido em março, preferiu sair antes?

Para a História da Imprensa, fica o registro das prisões de jornalistas pela polícia do governador Eduardo Campos, comandada pelo secretário Wilson Damásio.

Pernambuco censurado

Menekse Cam
Menekse Cam

Toda campanha eleitoral no Brasil é marcada com passaralho nas redações e assassinato de jornalistas.

Ricardo Antunes, que antecipou a notícia do lançamento da candidatura de Eduardo Campos a presidente, terminou seis meses preso da polícia de Pernambuco, pela mirabolante negociação, com o banqueiro e marqueteiro Antonio Lavareda, de uma notícia por um milhão de dólares – uma novela que terminou em censura judicial, criando a preocupante existência do criminoso “jornalista inimigo”.

Kaká Filho, radialista, foi demitido por criticar a Secretaria de Saúde de Pernambuco, no caso da falta de medicamentos para o menino Matheus. Veja links.

A procuradora Noélia Brito teve o blogue censurado por relatar escândalos na Prefeitura de Ipojuca, o segundo maior PIB do Estado depois do Recife, que investigados, pela Polícia Federal, terminaram em prisões e inquéritos, comprovando que a censura sempre beneficia a corrupção.

Contra o terrorismo estatal, contra o terrorismo policial, contra o assédio judicial, contra o assédio moral nas redações, fui anticandidato a presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco contra o voto de cabresto, o peleguismo e a imoralidade das prenhas urnas voadoras ou volantes.

Um Sindicato da chuva que não molha.

Sinjope

A FARSA, A MENTIRA E A VERGONHA

por Ricardo Antunes, anticandidato a vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco

Mais uma vez o Sindicato dos Jornalistas Profissionais Pernambuco mostra sua verdadeira face: a do engodo e a da mentira.

Me citam afirmando que “mencionei ter sido submetido a censura” quando sabem que o Tribunal de Justiça há mais de 10 meses instituiu a censura prévia ao meu blog Leitura Critica, a pedido do marqueteiro do Governador.

Enquanto a ABI e a ABRAJI deram enfáticas notas contra a mordaça, o sindicato permaneceu mudo, calado, submisso.

Agora, depois de novos atentados contra a Liberdade de Expressão, e pressionados pela opinião pública e por jornalistas que não têm medo da verdade, soltam uma nota atrasada, tímida e mentirosa.

Pior: atestam (e isso é bem sintomático) que ainda tem dúvidas de um fato que todo o Brasil sabe, e de uma decisão judicial que repercutiu até mesmo na imprensa local: a censura do Tribunal de Justiça contra mim.

Tudo isso para não contrariar os interesses do empresário poderoso que não me deixa falar, e adiar sua derrota inexorável quando o processo subir para Brasília.

É o Sindicato do medo, da vergonha, atrelado a um projeto político do Secretario de Imprensa, Evaldo Costa, candidato a deputado federal pelo PSB na Paraíba.

A cada dia que passa, a farsa desse sindicato se torna mais clara na defesa dos interesses de quem serve.

Vou derrotar os dois e, quando a censura acabar ( sim, sim, ela vai acabar um dia, não se enganem) irei revelar o que se escondeu por trás desse jogo torpe, vil e sujo.


P.S. Esta nota do Sinjope teve o agradecimento de Noelia Brito, com a seguinte ressalva: “O jornalista Ricardo Antunes é vítima, sim, de CENSURA PREVIA condenada por incontáveis decisões do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Afirmo isso como sua advogada que protocolou RECURSO EXTRAORDINÁRIO contra essa aberração que está sendo praticada contra ele e contra a imprensa livre pelos vassalos do sr. Lavareda e do governador Eduardo Campos.

Quem defende a liberdade de expressão e de informação não pode jamais compactuar com tamanho ataque às liberdades democráticas.

E quanto àquele processo de extorsão que forjaram contra meu constituinte, como sua advogada também afirmo ser mais uma farsa montada pela SDS, do sr. Damásio e que será devidamente desmascarada.

Li todo o inquérito e fiquei escandalizada com o crime que cometeram e cometem contra o jornalista Ricardo Antunes.

As testemunhas que mentiram no inquérito deveriam ter sido interpeladas criminalmente para provar o que afirmaram, mas no processo judicial terão que fazê-lo.

Pernambuco deveria estar de luto por ter se licenciado da democracia desde que Eduardo Campos assumiu o governo do Estado.

A nota da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco também faz um alerta contra a censura imposta pelos aliados de Eduardo Campos em Ipojuca contra mim e contra o comunicador Luan Carvalho e os professores Marilene Xavier e Leônidas Castro”.

Basta um homem para enfrentar os tanques chineses e os soldados de Eduardo Campos

CHINA

Destemor-não-à-tirania-viva-a-liberdade.

PERNAMBUCO DE EDUARDO CAMPOS

Pernambuco de Eduardo Campos

Depois da dispersão dos manifestantes, permanece um RESISTENTE como alvo das balas de borracha.
– Protesto dos ambulantes em Recife – 31/10/2013

Mestranda detida e agredida pela PM de Eduardo Campos

Carta de agradecimento
Eu, Carolina Figueiredo de Sá, estudante do mestrado em Educação neste centro, gostaria de, por meio desta, agradecer publicamente o forte apoio e solidariedade prestados por diversos professores da UFPE, estudantes e advogados quando de minha detenção na última manifestação estudantil em defesa do passe livre.
No dia 23 de outubro, participei do 10º protesto pelo passe livre em Recife, que contou inicialmente com cerca de 300 estudantes. As escolas da região central tiveram suas aulas canceladas (!) pela manhã, no intuito de diminuir a participação estudantil no ato. Porém, jovens de pouca idade, mas muito entusiasmo, mantêm-se mobilizados desde os grandes protestos de junho. Tribos e estilos variados, mas com reivindicações comuns, e uma clara percepção de que é preciso lutar para obter mudanças.
Renovadas as esperanças de minha geração e de outras que me antecederam, o que vi foi que nem mesmo a violência desmedida e injustificável da polícia contra os estudantes os fizeram desanimar.
Vinha acompanhando as notícias sobre os protestos dos últimos meses, mas desta vez, presenciei aquilo que vem sendo frequentemente denunciado em diversos estados: as arbitrariedades e a brutalidade ostensiva das forças de repressão, bem como a distorcida (se não, mentirosa) cobertura da grande imprensa sobre os fatos, salvo algumas exceções.
Logo pela manhã os programas de rádio ‘alertavam’ a população de que haveria uma manifestação de “baderneiros e mascarados” na cidade. Vejo um duplo objetivo nisto: influenciar os pais dos estudantes a não permitirem que estes fossem ao protesto, e, ao mesmo tempo, gerar um ambiente de temor que legitimasse antecipadamente a violência policial perante a sociedade.
De fato, a polícia pressionou muito desde o início da manifestação, com diversas provocações, tomando à força bandeiras e escudos dos estudantes, sem nenhum motivo. Na Visconde de Suassuna, alguns policiais adentraram na passeata e um adolescente foi preso simplesmente porque portava um deles. Vários estudantes tentaram impedir sua prisão, mas a polícia abriu fogo generalizado; uma verdadeira saraivada de balas de borracha, de uma ponta à outra da rua, acertando mais de uma dezena de estudantes que corriam – perplexos e indignados.
Carolina Figueiredo de Sá
Terrorismo policial
Após o cuidado com os feridos (socorro este, dificultado pela polícia), a manifestação prosseguiu em direção à GPCA, delegacia para a qual o jovem detido havia sido levado, para exigir sua libertação. No caminho, vi uma jovem de 16 anos ser brutalmente jogada no chão pelo oficial militar que comandava a operação, dando início à outra confusão. Ela, juntamente com outros estudantes, apenas gritava palavras-de-ordem contra a cobertura da imprensa. Ao tentar defendê-la, também fui agredida, derrubada no chão, tendo o rosto pisado contra o asfalto pelo policial militar, e levado dois tapas na cara, já imobilizada. Ambas fomos conduzidas para a GPCA, e, no trajeto, a adolescente ainda continuou sendo agredida com puxões de cabelo pela policial feminina – ao que reagi, coibindo novas agressões.
Diante do quadro que temos visto em todo o país, em que estudantes e professores detidos em protestos são frequentemente acusados de “formação de quadrilha”, “aliciamento de menores”, dentre outros crimes, a preocupação era de que o mesmo acontecesse comigo e os dois adolescentes presos. No entanto, todo o apoio político e jurídico recebido por nós foi fundamental para que fôssemos soltos no mesmo dia.
Assim, agradeço à direção do Centro de Educação, na pessoa do professor Daniel Rodrigues, e os professores Rui Mesquita, Socorro Gomes e Luís Momesso, que estiveram pessoalmente na delegacia, transmitindo força e confiança naquele momento, bem como à professora Ana Cláudia R. Pessoa, minha orientadora, que prestou seu apoio e solidariedade.
Agradeço também aos advogados Maria José (que esteve presente mesmo tendo outros planos para seu dia de aniversário), Noélia Brito (que nos defendeu em meio às suas férias), Érik de Souza (que também tem acompanhado vários protestos estudantis) e à ADUFEPe, que disponibilizou sua assessoria jurídica.
Ao Diretório Acadêmico de Pedagogia da UFPE e a todos os estudantes que se mantiveram em vigília até o final do dia, pressionando por nossa liberação imediata, meu agradecimento e admiração pela dedicação à luta.
[O título da carta é do editor do blogue. Os governadores comandam as polícias militares. Eles ordenam as agressões contra os manifestantes, inclusive crianças e adolescentes].

Recife. A velha imprensa conta uma história; e os jovens, outra

A versão da imprensa é a mesma da polícia do governador Eduardo Campos.

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O Resistência Pernambucana repudia os atos de abuso de autoridade por parte da polícia militar contra uma integrante menor de idade do Resistência Pernambucana na tarde de ontem.

Uma de nossas bravas guerreiras foi vítima da truculência do nosso órgão de segurança pública, sem nenhuma resistência à detenção, a nossa companheira recebe um “mata-leão” do policial (sem identificação, como sempre).

Essa atitude por parte da PM é uma ofensa ao Estatuto da Criança e Adolescente. Nossa companheira foi humilhada e agredida e levada para GPCA, mas nossa luta é maior que a repressão policial!

Nosso governador quer calar a juventude, mas nossa geração é valente e não vamos nos deixar abalar por mais um ato de repressão, vamos tomar todas as medidas possíveis para denunciar esse abuso à integridade da nossa companheira. A luta continua!

Esperamos que a mesma mídia que tenta denegrir, diariamente, a imagem dos movimentos sociais, perceba que, na implantação de uma ditadura plena, eles serão os primeiros a ‘chiar’.

No vídeo, a PM impedindo que alguns jornalistas independentes do vermelho à esquerda filmem suas arbitrariedades.

Cenas de dois jovens manifestantes, uma delas com 13 anos, feridos na manifestação, com balas de borracha!

Muita repressão policial. Muita bala de borracha nos manifestantes, cacetete, spray de pimenta, tornando cada vez mais clara a situação emergencial de crise na democracia de Pernambuco e do Brasil.

Vários companheiros nossos estão presos, inclusive menores na GPCA. Confira vídeo de uma companheira nossa sendo detida

Polícia do governador Eduardo Campos contra os estudantes

Escreve a Folha de S. Paulo: Um protesto (…) no Recife nesta quarta-feira (23) terminou em confronto entre manifestantes e policiais e teve ao menos dois adolescentes apreendidos.

O ato foi convocado pela Frente Independente Popular de Pernambuco, e foi o décimo realizado pelo grupo desde os protestos de junho. Segundo a Secretaria de Defesa Social [Secretaria de Segurança Pública], cerca de 70 pessoas participaram do ato, algumas usando máscaras ou com os rostos pintados. [Os caras-pintadas promoveram várias manifestações que culminaram no impeachment de Collor, em 1992]

A concentração ocorreu pela manhã no parque Treze de Maio, próximo à Câmara Municipal, de onde o grupo saiu em caminhada pela cidade até por volta das 15h (horário local).

balas de borracha foram disparadas

Imagens publicadas na internet pelos manifestantes em uma página intitulada Resistência Pernambucana mostram uma estudante ferida na perna, possivelmente por bala de borracha, e outra sendo deitada no chão por um policial.

No início da noite, a Secretaria da Defesa Social divulgou nota afirmando um grupo “mais exaltado ” começou o confronto por volta das 12h10, havendo correria e arremesso de objetos contra os policiais, que revidaram com balas de borracha e gás pimenta.

A PM informou que apreendeu dois adolescentes, ambos de 17 anos. Um deles estava, segundo a PM, pichando um ônibus, e o outro, obstruindo uma avenida. Eles foram levados [presos] à GPCA (Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente).

Noélia de Brito, que acompanhou a jovem prisioneira, agredida pelos policiais: “Um policial a jogou no chão e, em seguida, aplcou-lhe uma gravata. Ela sofreu, ainda, escoriações no ombro e no braço, declarou a advogada. A menor realizou exame de corpo delito no Instituto de Medicina Legal (IML). Já sobre o rapaz, Noelia informou que “não ficou provado que foi ele”.

Cínica e descaradamente, a assessoria de imprensa da PM informou que: “caso a adolescente deseje, pode fazer uma denúncia sobre a conduta do policial na Corregedoria da SDS”. Denúncia? Para que serve o exame de corpo delito?

Qualquer favelado do Recife sabe: polícia bateu, está batido. Polícia matou, está matado. E tem uma lei que proíbe os pais espancarem os filhos. Polícia não é pai. É pau-mandado do governador. É pau no lombo do povo. Povo é que nem criança. Povo calado, povo educado. O cacetete da polícia substitui a palmatória.

 

Um bando de selvagens para prender uma garota de 17 anos
Um bando de selvagens para prender uma garota de 17 anos

Resistência Pernambucana repudia os atos de abuso de autoridade por parte da polícia militar contra uma integrante menor de idade do Resistência Pernambucana na tarde de hoje(23/10/2013) no décimo ato em prol do passe livre. Uma de nossas bravas guerreiras foi vítima da truculência do nosso órgão de segurança pública, sem nenhuma resistência à detenção, a nossa companheira recebe um “mata-leão” do policial (sem identificação, como sempre). Essa atitude por parte da PM é uma ofensa ao estatuto da criança e adolescente, nossa companheira foi humilhada e agredida e levada para GPCA, mas nossa luta é maior que a repressão policial! Nosso governador quer calar a juventude, mas nossa geração é valente e não vamos nos deixar abalar por mais um ato de repressão, vamos tomar todas as medidas possíveis para denunciar esse abuso à integridade da nossa companheira. A luta continua! 

Vídeos do prende e arrebenta policial