El nuevo golpismo en América Latina

por  Iñigo Errejón y Alfredo Serrano

El nuevo “golpismo blando” sigue un patrón de que difiere de los golpes militares tradicionales, y en el que los poderes conservadores provocan o se aprovechan de situaciones de crisis a partir de las cuales alteran la correlación de fuerzas en el Estado para destituir al Presidente pasando por encima de la soberanía popular, pero relativamente dentro de la procedimentalidad institucional. En estos procesos la violencia reaccionaria nunca está ausente, pero juega sólo un papel auxiliar, comparada con el de los medios de comunicación empresariales como generadores de la narrativa de la crisis, de la representación del Gobierno como “aislado” –pese a contar con un apoyo popular mayoritario pero invisibilizado- y de la conflictividad y el enfrentamiento, que requerirían una “restauración conservadora” de la democracia, que ponga fin a su mal uso por mandatarios “populistas” y por una irrupción de masas siempre motivo de desconfianza. Los nuevos golpes se ubican en la tensión, al interior del Estado, entre la soberanía popular y sus vetos oligárquicos, y en la escala regional, entre integración soberana y subordinación internacional.

 


Atração turística: a estátua de um bode de ouro como ícone de Brasília

Tem Brasília, misteriosamente, sem nenhuma indústria, o segundo maior PIB do Brasil, superando o Estado do Rio Janeiro. O primeiro continua sendo São Paulo.

Falta-lhe um ícone que represente esta opulência. Nova Iorque, em Wall Street, tem o Boi de bronze.

Escultura de Arturo Di Modica, que pesa mais de três toneladas, em frente ao New York Stock Excange (Bolsa de Valores de Nova York).

O Google, a principal fonte de informações do atual mundo cibernético, historia que “Charging Bull” se tornou símbolo de otimismo em Wall Street, e hoje encontra-se localizado no começo da praça conhecida como Bowling Green.

A verdadeira história é que Modica gastou 360 mil dólares para fazer a estátua de bronze, e levá-la até Wall Street, logo após a quebra da bolsa em 1987.

A idéia de Modica foi criar o boi como arte de guerrilha. Na noite de 15 de dezembro de 1989, Di Modica dirigiu até o sul de Manhattan, e instalou o imenso touro sob uma árvore de Natal, em frente à Bolsa de Valores.

O boi foi retirado pela polícia, e abandonado em um terreno, até que se decidiu deixá-lo no Bowling Green Park, no fim da Broadway Avenue.

Atualmente, o boi de bronze é símbolo de agressividade financeira, otimismo e prosperidade. A escultura é uma grande atração turística, e uma das imagens mais icônicas de Wall Street.

Para Brasília o ideal seria um bode de ouro.

A estátua poderia ser erguida na Praça dos Três Poderes ou na sede do BRB.

A inveja dos bilionários de Brasília poderia, talvez, considerar uma homenagem ao empresário Antônio José de Almeida Carneiro, conhecido como Bode, acusado de um rombo de 133,9 milhões no Banco de Brasília (BRB).

Denunciou a revista Época: uma operação de compra pelo BRB de títulos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). A transação, no valor de R$ 97,7 milhões, colocou em risco o patrimônio do banco, segundo uma auditoria interna do BRB. O negócio foi fechado no dia 25 de novembro de 2009, dois dias antes da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, responsável pela crise política que derrubou do cargo e levou para a prisão o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

Os títulos lastreados em FCVS foram criados pelo governo federal no fim da década de 1960 para captar recursos destinados a quitar dívidas residuais de mutuários incluídos no Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Desde então o mercado negocia esses papéis com preços abaixo do valor de face, com deságio. Os fiscais do Banco Central descobriram que a compra de títulos pelo BRB foi feita sem nenhuma pesquisa de mercado que avaliasse o impacto da compra de títulos nas finanças da instituição. Não foi verificado se o preços dos papéis eram vantajosos, se haveria facilidade de revenda nem se o banco optou pelo melhor investimento entre outros disponíveis no mercado. Um ofício enviado ao presidente do BRB, Nilban de Melo Júnior, pelo Departamento de Supervisão de Bancos do BC em 19 de outubro pede explicações sobre o negócio.

Em resposta ao BC, no dia 5 de novembro, diretores do BRB afirmaram não ter existido “relatório técnico produzido que indicasse qualquer tipo de pesquisa ou consulta ao mercado financeiro”. Os papéis comprados pelo BRB pertenciam ao empresário Antônio José de Almeida Carneiro, conhecido como Bode. Bode é um dos donos e presidente do Conselho de Administração da João Fortes Engenharia, empresa com atuação no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, de Salvador e de Brasília. Na operação com o BRB, os papéis de Bode foram vendidos com um deságio de quase 16% do preço de face, que era de R$ 116,1 milhões. O BRB depositou os R$ 97,7 milhões em 4 de dezembro do ano passado numa conta-corrente indicada pelo empresário. ÉPOCA procurou Carneiro para ter detalhes da operação com o BRB, mas ele não atendeu aos pedidos de entrevista.

R$ 97,7milhões foi o valor pago pelo BRB por títulos do FCVS que pertenciam ao investidor Antônio José Carneiro, o Bode

A justificativa do BRB para a compra de títulos lastreados pelo FCVS era que precisava desbloquear recursos retidos no Banco Central. Captados a partir dos depósitos em poupança, esses valores deveriam ser emprestados a clientes interessados em comprar imóveis. Como o BRB não atendia a essas exigências da autoridade monetária, o dinheiro permanecia indisponível. O bloqueio no BC implicava prejuízos superiores a R$ 12 milhões por ano, segundo o BRB. No ofício de 19 de outubro enviado à presidência do BRB, a fiscalização do BC demonstra desconfiança em relação à escolha dos títulos em detrimento de papéis de “menores riscos e incertezas, além de maior liquidez”. Em outras palavras, papéis de maior garantia e mais fáceis de serem revendidos.

As observações do Banco Central fazem sentido. Gestora dos títulos do FCVS, a Caixa Econômica Federal leva, às vezes, mais de três anos para validar os créditos. De acordo com relatório do BRB, entre os problemas enfrentados pela Caixa está o de verificar toda a cadeia de antigos proprietários dos títulos e, assim, se certificar de que foram emitidos efetivamente.

Cinco meses depois de concluída a transação com Bode, o BRB ainda não contava com documentos básicos para validar os títulos adquiridos. Faltavam comprovantes de recolhimento das contribuições ao FCVS e atestados de inexistência de débitos do vendedor junto ao Sistema Financeiro da Habitação. A auditoria do BRB sugere negligência de um setor do banco por não produzir relatório técnico que alertasse sobre os riscos. A compra dos títulos foi denunciada ao Tribunal de Contas do Distrito Federal, responsável pela fiscalização da contabilidade do governo local. Nas explicações enviadas ao BC, os diretores do BRB afirmaram que a negociação foi intermediada pelo Banco Fator. O Tribunal de Contas afirma não ter identificado qualquer documento que vincule o Fator ao negócio. Procurado por ÉPOCA, o Banco Fator afirmou que não intermediou a transação financeira.

Segundo a direção do BRB, foi aberta uma sindicância interna para apurar a regularidade da compra dos títulos lastreados por FCVS. O banco disse que não se manifestará antes do final da investigação. Os relatórios da fiscalização, afirmou o banco, serão encaminhados a órgãos de controle, como Banco Central e Ministério Público Federal. O objetivo das investigações é descobrir se a operação foi apenas um negócio que descumpriu normas bancárias e se houve desvio de dinheiro público. Se for constatada gestão fraudulenta, o caso ficará então mais parecido com o rombo do PanAmericano.

A estátua do bode

Não tem bode nesse negócio da estátua. Digo gente.

Os antigos consideravam o bode o símbolo do poder criador que fecundou a matéria e que a organizou. Na Sérvia, o o atributo gerador.

De onde a idéia de fertilidade que lhe foi associada: o bode das colheitas encarnava o espírito do trigo nos ritos de fertilidade, ou festa do bode da Líbia.

Também para os gregos, o príncipio da fertilidade. Que seja para Brasília, o símbolo da abundância, da fartura, da riqueza, do progresso, do enriquecimento.

Brasília dos bilionários e mendigos incendiados

Sem ter nenhuma indústria, cidade dos funcionários públicos, Brasília dos 1001 palácios tem o segundo Pib do Brasil. Só perde para São Paulo.

É a cidade paraíso dos bilionários. Do enriquecimento ilícito e rápido. E o inferno dos mendigos. Não é a primeira vez que queimam moradores de rua.

Queimaram inclusive um líder indígena. Aconteceu com Galdino Jesus dos Santos

Brasília. O PIB dos marajás, Marias Candelária, empreteiros, comedores de toco e lobistas

Juscelino desapropriou as terras profetizadas por Dom Bosco para construir Brasília. Terras que viraram concessões de grileiros e outras almas sebosas.

Realmente o PIB de 1% de Brasília é de dar inveja a qualquer rico do primeiro mundo. Com seus palácios e cortes. Casas à beira do lago (os bilionários pagam o imposto terreno de marinha? O recifense sim, morando à beira de canais esgotos). Desconforme PIB de luxuosos condomínios fechados. De granjas do Torto, do esquerdo & de todos os pecados capitais. Coisa da capital da República. Dos que vivem no luxo e na luxúria.

Essa gente do alto PIB convive com os moradores pendurados no bolsa família, com os trabalhadores que recebem 545 reais, o segundo pior salário mínimo da América do Sul. Idem pensões e aposentadrias de igual valor. A igualdade nivelada por baixo. Na miséria. No atraso. Veja os escondidos retratos de Brasília

Recanto das Emas
Recanto das Emas
Samambaia
Samambaia
Sobradinho
Sobradinho
Taguatinga
Taguatinga
Brasília mostra tua cara
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