Recife, a cidade da água engarrafada pela pirataria, e cara

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Informa o g1: As empresas da Região Metropolitana do Recife que comercializam água mineral comemoram o bom momento do setor. Com o racionamento praticado pela Companhia Pernambucana de Abastecimento (Compesa), a procura pelo produto tem sido intensa.

[Empresas que abastecem pequenos revendedores.

Em cada esquina do Recife, dois ou três pés de escada, a maioria clandestinos, que negociam com botijões de água e gás.

Portanto, é preciso diferenciar esses estabelecimentos oficiais ou clandestinos que comercializam a água nossa de cada dia.

Os pontos de drogas nas favelas não representam os grandes e milionários e intocáveis e invisíveis traficantes, que moram no exterior e no Brasil, em coberturas de edifícios à beira-mar e condomínios de luxo.

Os comerciantes da reportagem do G1 realizam um comércio para lá de lucrativo, mas são pobres coitados diante das bilionárias engarrafadoras, que ganham concessões do governo para explorar nossos aquíferos, que constituem a maior riqueza do Brasil hoje e, principalmente, no futuro.

São concessões presenteadas, dadas de graça pela Ana, prostituta respeitosa, que Lula chamou de “menina dos olhos dele”. Talvez o presidente estivesse pensando na Marquesa de Santos Rosemary Noronha – a beleza escondida pela Imprensa, a pedido dos piratas e corsários que ancoraram seus navios no porto seguro da Agência Nacional de Águas, dirigida pelo Chalaça Paulo Vieira.

As concessionárias, ou “fábricas”, vendem diretamente para a rede dos supermercados – os dez maiores são Angeloni, Mufatto, Bretas, Prezunic, Zaffari, GBarbosa, Walmart, Carrefour, Pão de Açúcar -, para as citadas empresas de comercialização, hospitais, padarias etc. E exportam para a maioria dos países, nos seis continentes do mundo]

Em um depósito de bebidas que funciona no bairro do Engenho do Meio, no Recife, os pedidos de água mineral são feitos a todo instante. As vendas cresceram: em janeiro, eram 1.500 garrafões por mês e, hoje, são 3 mil. “Normalmente, era venda para consumo, mas, hoje em dia, devido à necessidade do racionamento, a água está sendo usada na cisterna, para atender as necessidades de casa, como lavar prato e banheiros, com água mineral”, explica Francisco de Barros, dono do depósito.

[Não existe cisterna no Recife. Cisterna é coisa do Interior, para recolher água da chuva.

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In Wikipédia: ” Água mineral é aquela proveniente de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possua composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns (…). Não deve ser confundida com a água de mesa, que é uma água de composição normal, proveniente de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas, que preenche tão-somente as condições de potabilidade para a região.

Os diversos tipos de águas minerais são classificados segundo a composição química, origem da fonte, temperatura e gases presentes. Estes aspectos determinam a forma de uso: consumo como bebida, apenas para banhos e se são terapêutica ou não“.

 “A água está sendo usada (…), para atender as necessidades de casa, como lavar prato e banheiros”. Água abastecida por caminhões-tanque. Chamados de caminhões-pipa nas cidades interioranas – um serviço corrupto, bilionário, que enriquece os “industriais da seca” que fornicam no sofá do DNOCS.
Caminhão tanque no Recife
Caminhão-tanque no Recife para o abastecimento de água de poço
Caminhão pipa no Interior
Caminhão-pipa no Interior transporta água de rio, açude ou barreiro

Que desperdício “lavar pratos e banheiros” com água mineral!

Que luxo! o pobre recifense pobre beber água mineral.

Os efeitos medicinais são discutíveis. Que a água mineral pode causar vários tipos de doenças. Via arsênico, a diabete tipo 2. O resultado de análises físico-químicas realizadas em amostras de sete diferentes marcas de água mineral comercializadas na Região Metropolitana de Belém indicou que todas estão impróprias para consumo e não podem ser classificadas como águas minerais. Marcas pesquisadas: Belágua, Nossa Água, Mar Doce e Indaiá. Como existe monopólio, uma empresa internacional muda os nomes comerciais da água engarrafada por região, fonte, desnacionalização de uma empresa brasileira etc. O setor bancário faz o mesmo. Relembre as privatizações dos bancos estaduais.

Que luxúria o Recife tomar banho de água mineral. Nestes tempos de inflação e crise talvez fosse mais salutar tomar banho de leite à Cleopatra.

Os preços:

1 litro de leite Betânia em saco de plástico: R$ 2.50

meio litro de água mineral natural  Crystal com gás,  em garrafa de plástico: R$ 1.60

meio litro de água mineral natural Schin com gás, em garrafa de plástico: R$ 1.60

meio litro de água mineral natural Indaiá, em garrafa de plástico: R$ 1.50

Acorda Recife! você está bebendo água com preço alterado. Quanto custa um litro de álcool em um posto de gasolina?

Preços no Carrefour:

350 ml de cerveja Skol em lata: R$ 1,69

350 mll de cerveja Brahma em lata: R$ 1,39

350 ml de guaraná Antarctica, Pepsi, Soda ou Sukita, em lata: R$ 1,39. E toda água vem da mesma fonte. Repito: da mesma fonte. As empresas que fabricam  bebidas quentes e frias engarrafam a nossa água. Água que a ONU considera alimento]

Tanta procura já se reflete no preço para o consumidor, que está pagando, em média, 5% a mais pelo garrafão, independentemente do tamanho. Dependendo da marca, os que têm 20 litros de água chegam a custar R$ 8,00, a unidade.

Apesar da alta nos preços, os fornecedores estão se esforçando para dar conta dos pedidos. Em uma empresa que funciona em Paulista, no Grande Recife, 10 mil garrafões são distribuídos diariamente. Benedito Fonseca, o proprietário, conta que, de novembro a abril, a produção já cresce 20%. Este ano, por causa da estiagem e do racionamento, esse percentual foi ainda maior. “Esse ano tivemos um aumento na temperatura, uma baixa de umidade e, por conta disso, um aumento [nas vendas] superior ao período do verão do ano passado. De 20% passamos a produção para 30%”, afirma.

Com o aquecimento do setor, ganham também muitas pessoas que estavam fora do mercado de trabalho, porque vagas precisaram ser criadas. Depois de cinco anos desempregado, João Martins da Silva foi contratado em janeiro, para trabalhar na limpeza dos garrafões que vão receber a água mineral. Desde então, a vida melhorou para ele, a mulher e a filha pequena. “Quando comecei a trabalhar e recebi o primeiro salário, fiz as minhas compras, ajudei em casa, paguei conta de luz… E estou aqui até hoje”, comemora. Confira

[Em cada buraco tem vendedor de água. O entregador é sempre jovem. E usa como meio de transporte a bicicleta. Dependendo da distância: vem na peviária, sem carteira assinada, o emprego como bico, e esperando uma gorjeta cada vez mais difícil]

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Em cada botijão, com letra tipo 6, para ler com lupa, o aviso: “Não deixe exposto à luz do sol”. O prazo de validade está, também, com letras e números invisíveis. Os botijões não são descartáveis. Como não são padronizados, fica imposta uma fidelidade do consumidor a uma marca.  Uma obrigação que as multinacionais chamam de livre comércio.

 

BNDEs, o sócio fantasma


O assalto da quadrilha de Salvatore Cacciola, condenada e solta, no gozo da devassidão, desnudou a corrupção que lambuzou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no governo Fernando Henrique.

Essa má fama faz o BNDEs receber propostas indecentes. A proposta da compra do Carrefour, por 4,5 bilhões, é uma delas.

Para comprar o Carrefour, o cara pediu 3,5 bilhões para o Governo brasileiro. Isso é fazer negócio com a mão abanando.

Outro lado doce dessa história: o gargalo do monopólio do varejo de alimentos. Desde que a Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), holding que detém as lojas do Pão de Açúcar, Compre Bem e Extra, aumentaria seu poder de controle com a inclusão do Carrefour. Praticamente sem concorrência, passaria a ditar os altos preços dos alimentos que faltam na mesa do brasileiro.

Tem mais. Não era um empréstimo.
O BNDEs entraria como sócio.
Certamente que minoritário. Minoritário mesmo. Bote minoritário na jogada.
A mania de ser sócio minoritário virou vício do BNDEs.

 

 

Brasil das bilionárias estatizações

as pensões especiais

As famílias do Bolsa Família recebem esmolas, quando o governo libera bilhões para Abilio Diniz (Pão de Açúcar), para os banqueiros José Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim) e Sílvio Santos. & outros. & outros amigos do rei. Que aqui é a terra de Pasárgada.

Os aposentados e pensionistas da Previdência dos Pobres (INPS) passam fome. Recebem o mínimo do mínimo, quando os marajás do legislativo, do judiciário, do executivo recebem gordas aposentarias. Que depois são herdadas como ricas pensões pelos consortes.

Sorte grande dessa gente. É como acertar na loteria.
Eta Brasil desumano e injusto.