A ORIGEM DOS LATIFÚNDIOS NA DITADURA DE 64

A matança de nações indígenas começou no ano de 1536, em Pernambuco.

Invadir terras e casas dos bugres é coisa costumeira. No Rio de Janeiro, para doar o prédio Museu do Índio, para Eike Batista demolir (acredito que o governo realizará o serviço sujo da implosão), e construir um estacionamento, o governador Sérgio Cabral já despejou os “selvagens”. Tudo legalizado pela justiça.

Índio quer apito, cantam os mestiços brasileiros.

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Documento que registra extermínio de índios é resgatado após décadas desaparecido

por Felipe Canêdo

Depois de 45 anos desaparecido, um dos documentos mais importantes produzidos pelo Estado brasileiro no último século, o chamado Relatório Figueiredo, que apurou matanças de tribos inteiras, torturas e toda sorte de crueldades praticadas contra indígenas no país – principalmente por latifundiários e funcionários do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI) –, ressurge quase intacto. Supostamente eliminado em um incêndio no Ministério da Agricultura, ele foi encontrado recentemente no Museu do Índio, no Rio, com mais de 7 mil páginas preservadas e contendo 29 dos 30 tomos originais.

Em uma das inúmeras passagens brutais do texto, a que o Estado de Minas teve acesso e publica na data em que se comemora o Dia do Índio, um instrumento de tortura apontado como o mais comum nos postos do SPI à época, chamado “tronco”, é descrito da seguinte maneira: “Consistia na trituração dos tornozelos das vítimas, colocadas entre duas estacas enterradas juntas em um ângulo agudo. As extremidades, ligadas por roldanas, eram aproximadas lenta e continuamente”.

Entre denúncias de caçadas humanas promovidas com metralhadoras e dinamites atiradas de aviões, inoculações propositais de varíola em povoados isolados e doações de açúcar misturado a estricnina, o texto redigido pelo então procurador Jader de Figueiredo Correia ressuscita incontáveis fantasmas e pode se tornar agora um trunfo para a Comissão da Verdade, que apura violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988.

A investigação, feita em 1967, em plena ditadura, a pedido do então ministro do Interior, Albuquerque Lima, tendo como base comissões parlamentares de inquérito de 1962 e 1963 e denúncias posteriores de deputados, foi o resultado de uma expedição que percorreu mais de 16 mil quilômetros, entrevistou dezenas de agentes do SPI e visitou mais de 130 postos indígenas. Jader de Figueiredo e sua equipe constataram diversos crimes, propuseram a investigação de muitos mais que lhes foram relatados pelos índios, se chocaram com a crueldade e bestialidade de agentes públicos. Ao final, no entanto, o Brasil foi privado da possibilidade de fazer justiça nos anos seguintes. Albuquerque Lima chegou a recomendar a demissão de 33 pessoas do SPI e a suspensão de 17, mas, posteriormente, muitas delas foram inocentadas pela Justiça.

Brasil devia mudar de nome

Lembra Alexandre Brito, “no dia da Árvore e das Florestas, algumas curiosidades sobre a Caesalpinia echinata, ou simplesmente Pau-Brasil, árvore que empresta o nome à nossa pátria, infelizmente, em vias de extinção no seu habitat natural. Seu nome em tupi é ibira pitanga, ou “madeira vermelha”.

O nome Brasil lembra pirataria. Desmatamento. Um desmatamento que começou em 1500, ano da conquista portuguesa.

Pau pra toda obra:

Além da tinta corante, o pau-brasil também foi muito utilizado na construção naval, na construção civil e em trabalhos de torno em marcenaria de luxo. Na atualidade, a madeira é basicamente utilizada para a confecção de arcos de violino. Leia mais