CHACINA Vai ter selfies com os PMs de Osasco?

Por Altamiro Borges

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Nas marchas golpistas de março e abril, uma cena patética virou motivo de galhofa nas redes sociais. Dignos representantes das elites paulistas, hoje batizados de “coxinhas”, fizeram questão de tirar suas egocêntricas selfies com soldados do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Ao mesmo tempo que rosnavam pelo “Fora Dilma” e até pela volta dos generais ao poder, eles explicitaram o seu apoio incondicional à repressão policial. Neste domingo (16), estes adoradores da violência e do ódio bem que podiam fazer uma homenagem aos soldados da PM que assassinaram 18 pessoas em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Golpistas e carrascos em selfies simbólicas da barbárie.

A chacina ocorreu na quinta-feira (13). Homens encapuzados, de armas em punho, entraram em um bar na periferia da cidade e fuzilaram oito clientes. Na sequência, os assassinos percorreram outros 11 locais. Em cerca de três horas, 18 pessoas foram mortas e seis ficaram feridas em Osasco e Barueri. Apenas seis dos mortos tinham passagem pela polícia. A cena de violência revoltou os moradores da região. “Quando morre um policial, pode saber que em até 15 dias vai ter chacina. Nunca vai mudar, aqui não existe Justiça”, lamenta a costureira Rosângela Gonçalves – que há três anos perdeu um filho numa chacina e que na quinta-feira perdeu um amigo.

Tudo indica que o massacre foi planejado por um grupo de extermínio formado por PMs dispostos a vingar a morte de um policial na semana passada em um posto de gasolina – cena que ganhou enorme repercussão nos programas policialesco da televisão. “Se a hipótese for confirmada, o episódio não constituirá caso isolado. Ao contrário, a desconfiança quanto à participação de agentes de segurança se repete nas cinco principais chacinas registradas em São Paulo desde 2013”, aponta o editorial da Folha deste sábado (15). Nestes cinco massacres foram mortas 42 pessoas.

“Manifestações desse tipo expressam com crueza o quanto há de nefasto na existência de esquadrões da morte. Se as forças legalmente constituídas para garantir o respeito às leis não hesitam em violá-las, por que a população deveria confiar no Estado de Direito? O combate ao crime é um desejo de toda a sociedade, mas não pode ser feito ao arrepio das instituições. Fora dos marcos constitucionais não há ordem, mas barbárie; do ‘cada um por si’ resulta apenas mais violência e insegurança”, alerta a da Folha tucana, que sempre fez esforços para blindar o governador Geraldo Alckmin.

Será que os “coxinhas”, que voltarão a esbanjar seu ódio de classe contra pobres, negros e moradores da periferia neste domingo, vão tirar suas selfies sorridentes com os policiais de Osasco? Ou será que terão o mínimo de dignidade e exigirão uma imediata atitude do “picolé de chuchu” que ajudaram a eleger no primeiro turno das eleições de outubro passado? Os leitores já conhecem a resposta!

Quando o povo existe para a imprensa que mente

O povo sabe diferenciar o que é e não é notícia, porque ama a verdade.

Os jornais brasileiros mentem, e perdem leitores. Deixaram a informação de lado pra fazer propaganda dos interesses dos seus proprietários.

As manchetes dos jornais de hoje são vergonhosas. Venderam a notícia de que o povo foi pra rua, ontem, para pedir o fora Dilma, e o retorno da ditadura militar.

O Jornal do Comércio do Recife informa que 450 mil protestaram nesta domingo 12 de abril, nas ruas de todas capitais.  E informa que, apenas nas escolas de pernambuco,  "temos 650 mil alunos sem aulas". Teve jornais que noticiaram uma multidão de 100 mil na cidade de São Paulo
O Jornal do Comércio do Recife destaca que 450 mil protestaram neste domingo, 12 de abril, nas ruas de todas capitais. E informa que, apenas nas escolas de Pernambuco, “temos 650 mil alunos sem aulas”. Os jornais noticiaram uma multidão de 100 mil na cidade de São Paulo
A Gazeta de Vitória contou 30 mil pessoas. Qual foto tem mais gente
A Gazeta de Vitória contou 30 mil pessoas. Qual foto tem mais gente?
A Folha de São Paulo ora conta para mais ora para menos...
A Folha de São Paulo ora conta para mais ora para menos…

 

O Zero Hora de Porto Alegre parte para a comparação. E aumenta os 100 mil da Folha de S. Paulo para 250 mil
O Zero Hora de Porto Alegre parte para a comparação. E aumenta os 100 mil da Folha de S. Paulo para 250 mil

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Multidao mentira

Acontece que o povo não apóia os partidos da extrema-direita e direita, PSDB e PMDB, que votaram a terceirização, o emprego indireto e precário, o trabalho escravo.

Destaca a Veja, que vem perdendo leitores:

Mãe publica foto de biquíni na internet e tem quase 500 mil curtidas; entenda o motivo

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Mãe de três filhos, a americana Rachel Hollis estava de férias com o marido em Cancun quando ela pediu para ele tirar uma foto sua, aproveitando o sol e a areia branca, num biquíni laranja incrível. Feito o clique, a moça percebeu que a imagem mostrava as marcas deixadas pelos nascimentos de seus filhos em sua barriga.

Foi então que ela resolveu compartilhar a imagem em seu Facebook, junto com uma impactante mensagem sobre amor próprio:

“Eu tenho estrias e eu uso um biquíni.
Eu tenho uma barriga que é permanentemente flácida de carregar três bebês gigantes e eu uso um biquíni.
Meu umbigo é caído (e isso é algo que eu nem sabia que era possível) e eu uso um biquíni.
Eu uso um biquíni porque eu tenho orgulho do meu corpo e cada marca nele.
Essas marcas provam que eu fui abençoada por carregar meus filhos e a flacidez comprova que eu batalhei para perder peso.
Eu uso um biquíni porque o único homem cuja opinião importa sabe pelo que eu passei para ser assim.
E este mesmo homem diz que ele nunca viu nada mais sexy que o meu corpo, com marcas e tudo mais.
“Elas não são cicatrizes. São listras amigas, e você as mereceu.
Exiba seu corpo com orgulho“

Rachel-Hollis

Veja vídeo

Acontece com a nudez. Que pode ser indecente, pornográfica, humilhante, mas que pode ser também uma exaltação à beleza, glorificante e divina. Leia aqui O Vermelho e o Cinza

Assim são todas as marcas do corpo. Notadamente as marcas do tempo.

caras e bundas

Marlene Senna divulgou esta foto, no Facebook, das manifestações desde domingo 12 de abril, pelo retorno da ditadura, indagando: “Terceirizaram as roupas das gúrias?…”

 

Torturadores e assassinos da ditadura de 64 são derrotados pelo povo nas ruas de São Paulo. Carlinhos Metralha lança candidaturas de Moro e Bolsonaro

A imprensa conservadora e os partidos da direita (PSDB & aliados), que votaram a terceirização na Câmara presidida por Cunha (PMDB), foram derrotados hoje nas ruas vazias de São Paulo.

Promoveram até estripitize como chamariz.

Juliana Isen, a musa dos analfabetos políticos, não fez sucesso
Juliana Isen, a musa dos analfabetos políticos, não fez sucesso

 

Mas o estripitize mais escandaloso foi de um conhecido e impune estripador: o ex-agente do Dosp Carlos Alberto Augusto, carinhosamente chamado pela imprensa pusilânime de “Vovô Metralha”.

vovo metralha

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Bruna Bortoletto, no Facebook:  Metralha, esse cara torturou e matou pessoas, ele é um assassino, deveria estar preso!
Bruna Bortoletto, no Facebook: Metralha, esse cara torturou e matou pessoas, ele é um assassino, deveria estar preso!

O Movimento SOS Forças Armadas reuniu civis, policiais e militares do golpe de 64.

O carro de som da ordem unida tocando músicas marciais procurava animar o ajuntamento. Inclusive homenageou o ex-segurança do famigerado delegado Sérgio Fleury, Carlinhos Metralha, uma dupla de assassinos que participou da Chacina da Chácara São Bento, narrada no célebre romance Soledad no Recife, de Urariano Mota. Um massacre  de seis militantes de esquerda, dedurados por Cabo Anselmo.

Tinha carro de som, mas faltou gente
Tinha carro de som, mas faltou gente

Vestindo um paletó preto, gravata borboleta, capacete usado na Revolta Separatista de 1932, Carlinhos, que tem o alcunha de “Carteira Preta”, deitou falação. Disse que estava cercado de velhos parceiros, e revelou que o SOS era pelo retorno da ditadura dos marechais ou o juiz Moro para presidente.

 

Jair Bolsonaro, um candidato a presidente Daia Oliver: R7 SOS Forças Armadas. Foto
Jair Bolsonaro, um candidato a presidente do SOS Forças Armadas. Foto R7: Daia Oliver

É! faltou gente apesar das atrações circenses.

Noticiou o R7: O tratamento recebido em São Paulo pelo deputado Jair Bolsonaro foi bastante diferente do que vivenciou no Rio de Janeiro, quando foi vaiado por manifestantes.

Admiradores do Bolsonaro o rodearam e o chamavam de “presidente” enquanto pediam para o deputado tirar uma selfie.

Quem também marcou presença no protesto foi o deputado federal e major Olímpio Gomes, que preferiu não discursar.

— Eu vim aqui aplaudir.

É! as fotos mostram as ruas vazias. Portal Metropole publica:

Movimento “Fora Dilma” também fracassa em SP e leva menos de 5 mil à Paulista

Sem números oficiais da PM, a imprensa apura que menos de 5 mil pessoas estiveram presentes no movimento na Avenida Paulista

Avenida Paulista
Avenida Paulista. Foto M7
O da bandeira é da PM? É! havia mais fardados que paisanos. Foto M7
O da bandeira é da PM? É! havia mais fardados que paisanos. Foto M7

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A carta de Pêro Vaz de Caminha e os relatórios da Fifa

Carta de Pêro Vaz de Caminha
Carta de Pêro Vaz de Caminha

O Brasil programou gastar 2 bilhões em segurança na Copa do Mundo. Nos cinco séculos de presença branca e colonial, inimagináveis mudanças no comportamento e costumes dos habitantes da Ilha de Vera Cruz.

Escreveu Pêro Vaz de Caminha:

E o Capitão-mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens.

Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram. (…)

A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. (…)

O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço, e aos pés uma alcatifa por estrado. Sancho de Tovar, Simão de Miranda, Nicolau Coelho, Aires Correia, e nós outros que aqui na nau com ele vamos, sentados no chão, pela alcatifa. Acenderam-se tochas. Entraram. Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal como se lá também houvesse prata.

Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como quem diz que os havia ali. Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso. Mostraram-lhes uma galinha, quase tiveram medo dela: não lhe queriam pôr a mão; e depois a tomaram como que espantados.

Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram comer quase nada daquilo; e, se alguma coisa provaram, logo a lançaram fora.

Trouxeram-lhes vinho numa taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes a água em uma albarrada. Não beberam. Mal a tomaram na boca, que lavaram, e logo a lançaram fora. (…)

Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos, compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha.

Ali por então não houve mais fala ou entendimento com eles, por a barbaria deles ser tamanha, que se não entendia nem ouvia ninguém. (…)

E uma daquelas moças era toda tingida, de baixo a cima daquela tintura; e certo era tão bem-feita e tão redonda, e sua vergonha (que ela não tinha) tão graciosa, que a muitas mulheres da nossa terra, vendo-lhe tais feições, fizera vergonha, por não terem a sua como ela. (…)

Os outros dois, que o Capitão teve nas naus, a que deu o que já disse, nunca mais aqui apareceram – do que tiro ser gente bestial, de pouco saber e por isso tão esquiva. Porém e com tudo isso andam muito bem curados e muito limpos. E naquilo me parece ainda mais que são como aves ou alimárias monteses, às quais faz o ar melhor pena e melhor cabelo que às mansas, porque os corpos seus são tão limpos, tão gordos e tão formosos, que não pode mais ser.

Isto me faz presumir que não têm casas nem moradas a que se acolham, e o ar, a que se criam, os faz tais. Nem nós ainda até agora vimos nenhuma casa ou maneira delas. (…)

E o Capitão mandou aquele degredado Afonso Ribeiro e a outros dois degredados, que fossem lá andar entre eles; e assim a Diogo Dias, por ser homem ledo, com que eles folgavam. Aos degredados mandou que ficassem lá esta noite.

Foram-se lá todos, e andaram entre eles. E, segundo eles diziam, foram bem uma légua e meia a uma povoação, em que haveria nove ou dez casas, as quais eram tão compridas, cada uma, como esta nau capitânia. Eram de madeira, e das ilhargas de tábuas, e cobertas de palha, de razoada altura; todas duma só peça, sem nenhum repartimento, tinham dentro muitos esteios; e, de esteio a esteio, uma rede atada pelos cabos, alta, em que dormiam. Debaixo, para se aquentarem, faziam seus fogos. E tinha cada casa duas portas pequenas, uma num cabo, e outra no outro.

Diziam que em cada casa se recolhiam trinta ou quarenta pessoas, e que assim os achavam; e que lhes davam de comer daquela vianda, que eles tinham, a saber, muito inhame e outras sementes, que na terra há e eles comem. Mas, quando se fez tarde fizeram-nos logo tornar a todos e não quiseram que lá ficasse nenhum. (…)

Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem em nenhuma crença.

E portanto, se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho, que lhes quiserem dar. E pois Nosso Senhor, que lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, por aqui nos trouxe, creio que não foi sem causa. (…)

Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.

Neste dia, enquanto ali andaram, dançaram e bailaram sempre com os nossos, ao som dum tamboril dos nossos, em maneira que são muito mais nossos amigos que nós seus. (…)

Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. (…)

O soldado da Copa
O soldado da Copa

Pêro exaltou a mansidão do índio.

Qual a visão de um cartola da Fifa do brasileiro hoje, para exigir um gasto de 2 bilhões em segurança?

O índio era mais sadio que o brasileiro atualmente, porque comia bem. Alimentos não mais vistos na mesa do trabalhador, e proibidos nas luxuosas praças de alimentação das arenas da Copa.

Nos campos de concentração de SP, crianças são obrigadas a assistir às revistas de ânus e vagina das mães e a se despir diante das agentes para poder visitar os pais

Por Andrea Dip e Fernando Gazzaneo

 

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“Meu filho não é bandido. Ele tem apenas 5 anos e o Estado quer castigá-lo como castiga o pai, que já está preso e pagando pelo que fez”. A frase, carregada de indignação, é pronunciada com punhos cerrados sobre a mesa, pela paulistana A., mãe de dois filhos, profissional de vendas e estudante de direito. O marido foi preso há 3 anos e, desde então, a cada dois ou três meses, ela leva o filho R. para ver o pai.

Todas as vezes, na revista da entrada, ela e o filho passam pelo mesmo ritual:

“Nós entramos em um box, eu tiro toda a roupa, tenho que agachar três vezes, abrir minhas partes íntimas para a agente penitenciária, sentar em um banquinho metálico detector de metais, dar uma volta com os braços para cima e às vezes me mandam tossir, fazer força, depende de quem está revistando. Meu filho assiste tudo. Quando preciso abrir minhas partes íntimas, peço para ele virar de costas”, diz.

“Então chega a vez dele. Na penitenciária onde o pai esteve antes de ser transferido, as agentes passavam a mão por cima da roupa, mas quando T. foi transferido para um CDP aqui da capital paulista, a revista do meu filho mudou. Da primeira vez, a agente pediu para eu tirar toda a roupa dele. Eu achei estranho, disse que isso nunca tinha acontecido e ela respondeu que eram normas de lá. De luvas, ela tocou no ombro meu filho para que ele virasse, para ela ver dos dois lados, sacudiu suas roupinhas. Na hora eu disse ‘Não toca no meu filho. Você sabe que não pode fazer isso’. Ela ficou quieta e eu não debati, porque queria entrar logo, meu filho estava sem ver o pai há meses. O R. não sabe que o pai está preso, eu digo que ele trabalha lá empurrando aqueles carrinhos de comida que ficam na porta. Quando pergunta sobre as grades e as muralhas, eu digo que é para ninguém roubar ele de mim. Neste dia, quando ela pediu para tirar a roupa dele, eu disse: ‘Filhão, lembra que você teve catapora? A gente precisa tirar sua roupa para ver se você ainda tem, para não passar para o papai, tá bom?’ Ele disse ‘Tá bom mamãe, mas eu não tenho mais catapora”.

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CADA PRESÍDIO UMA SENTENÇA

“Existe uma resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária que diz que a revista manual íntima só pode ser autorizada em casos de fundada suspeita de que o revistando é portador de objeto ou substâncias proibidos legalmente e que deverá ter caráter objetivo, diante de fato identificado registrado pela administração, em livro próprio e assinado pelo revistado. Não é isso que se vê hoje nos presídios de São Paulo. Não existe qualquer norma que permita a revista de forma íntima e vexatória. Aqui a revista manual, íntima acaba sendo utilizada sempre, tanto para adultos quanto para crianças”, diz o defensor público.

A mesma resolução da CNPCP estabelece que a revista deveria ser feita de forma eletrônica – através de detector de metais, raio X e outros – na maioria dos casos. Em São Paulo, o Regimento Interno Padrão da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) diz que os agentes podem fazer revistas íntimas “quando necessário” e “em local reservado, por pessoa do mesmo sexo, preservadas a honra e a dignidade do revistado”.

No caso das crianças e adolescentes a revista manual é ainda mais grave, de acordo com o defensor: “Tocar em uma criança e fazer com que ela passe por situação constrangedora já fere o ECA de cara”, diz, referindo-se ao artigo 18 do Estatuto que estabelece: “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.

MÃE, VOCÊ TÁ PELADA?

Heidi Cerneka, do Instituto Terra Trabalho e Cidadania e da coordenação da Pastoral Carcerária de São Paulo, já ouviu muitos depoimentos como esse: “Segundo a Constituição, a pena não pode passar da pessoa do preso, mas o que a gente vê hoje é o contrário. Com estas humilhações, a família acaba não indo mais visitar ou o próprio preso pede para não ir. E a lei garante o vínculo familiar. Sem a visita, você garante como? Por carta? Que é violada e lida antes?”

Para Heidi, muitas mulheres acabam se convencendo de que aquela é uma situação tolerável para não sofrerem ainda mais: “São pessoas que vivem cotidianamente com violações. Para elas essa é só mais uma violação. Muitas se convencem de que não é nada para conseguirem aguentar. Porque ficar indignada e horrorizada toda semana é dificil. Você tem dois trabalhos: se indignar e desindignar, porque se ela entra chorando, o preso fica agitado. E a maioria não sabe o que fazer, a quem recorrer”.

D., de 21 anos, cunhada de M., também tem um marido preso no CDP de Praia Grande. Ela conta que ela e o filho passam pelo mesmo procedimento de revista narrado por M. “É constrangedor por causa da ignorância das carcereiras. Elas têm que passar a mão no corpo do menino e eu não acho que deveria ser assim, porque é criança. Né? Meu filho entende tudo, me pergunta: ‘Mãe, você tá pelada?’ Quando é revistado, ele tenta afastar a mão da carcereira, fica com um olhar assustado. Na escola, a professora me disse ele imita pros coleguinhas como eu faço quando sou revistada. Abaixa e levanta, abaixa e levanta…isso já ficou marcado na cabeça dele”. Leia mais

Un juez decidirá si se prohibe el nudismo en San Francisco

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Un juez federal de San Franciscoestudia restringir la desnudez pública en la ciudad, que siempre destacó por su tolerancia, e incluso modificar los derechos constitucionales de los nudistas en lo que se refiere a la libertad de expresión.

Un grupo de activistas presentó una demanda para invalidar la ley contra el nudismo que se planea que entre en vigor a principios de febrero. Sin embargo el ayuntamiento de San Francisco no está por la labor de retroceder y permitir de nuevo el desnudo público.

El juez Edward Chen, encargado del caso, afirmó que la ley podría haber sido elaborada más a la medida de la ciudad, es decir prohibiendo únicamente el desnudo público en los casos más radicales y que realmente molestara al conjunto global de los ciudadanos. Chen también prometió pensar sobre las peticiones de los activistas que piden que se respete el derecho a hacer nudismo.

La polémica comenzó después de que algunos vecinos se quejaran de que diariamente, un conjunto de hombres desnudos se reunía  en las plazas del barrio gay de la ciudad. Actualmente los infractores se enfrentan a multas de hasta 500 dólares.

De momento, el nudimo seguirá siendo legal en desfiles, festivales y ferias y en las playas de San Francisco, ciudad tradicionalmente liberal y muy abierta respecto a los hábitos de sus ciudadanos. Fonte: Público

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